COMIDAS MUITO ESTRANHAS...
Hoje resolvi trazer umas comidinhas diferentes, bem do meu gosto...
Se a chamada exótica gastronomia do planeta dependesse de gente como eu - para levar adiante a história da culinária global - estaria com os dias contados.
É ótimo conhecer países diferentes: seu povo, sua cultura, sua gastronomia - com seus temperos estranhos, seus molhos exóticos, talheres complicados, e horrores que me tiram o sono. Mas é assim mesmo, o homem come coisas estranhas desde que desembarcou no planeta.
Bem, ao dar uma voltinha lá pela China percebi que os chineses adoram espetinhos de qualquer coisa: bezouros, lagartas, bicho-da-seda, marimbondos, cobras, escorpiões... Tudo comestível; aquelas coisas venenosas e traiçoeiras que os ocidentais quase morrem ao ver. Os espetinhos são vendidos na rua, para turistas curiosos que querem se superar... Tudo muito bom: o óleo vai se renovando nas fritadas... Mas por outro lado, para quem não come fritura, há algo mais saudável, como a lagarta ao molho (acima), pelo menos não entope as artérias.
Num passeio pela culinária de Camboja percebi uma iguaria diferenciada: aranhas enormes e cabeludas, aquelas cheias de pernas que nos deixam brancos e covardes. Pra encarar um bicho daqueles só sendo muito macho: mas com um molhinho apimentado e uma cervejinha, talvez desça. Nessa vida, estou com dificuldades de ser um pouco macho para encarar esse tipo de coisa, mas quem sabe lá, numa outra encarnação.
Mas, fico impressionada é com o Japão: lá, existe um peixe chamado Fugu. Aqui no Brasil chama-se Baiacu. Bem, o Fugu possui um veneno 1200 vezes mais forte do que o cianeto. Este prato tem de ser preparado por cheffs, com 4 anos de curso especializado no corte para retirar uma bolsa venenosa, perto das brânquias – órgão respiratório. Além desta bolsa há veneno na pele e no fígado. Assim mesmo 70% dos candidatos - os fugu cheffs - são reprovados. Veneno de Fugu não tem antídoto , portanto não deixa de ser uma roleta russa.
O Fugu é um prato muito solicitado justamente por ser excitante, desafiador, como se fosse um esporte radical. Dizem que seu gosto não é lá essas coisas... O importante é a adrenalina. Mesmo assim, com todos esses cuidados, morrem muitas pessoas por ano no Japão e outros países que usam o Fugu em sua culinária.
1- Pegue o polvo da tigela que é levada à sua mesa;
2- Estique os tentáculos do polvo para baixo; pegue a cabeça do bicho e afogue num molho de sua preferência e vá empurrando goela abaixo, lutando contra as pernas do bicho, pois elas se negam a descer. Ficam se debatendo fora de sua boca. Esse é o ponto máximo da náusea gastronômica.
Porém, para os que não são chegadinhos num polvo, o ensopadinho do bicho da seda desce melhor...
Por ter sua fermentação exagerada (estado de decomposição), o governo italiano proibiu sua comercialização por motivos de saúde. Porém é encontrado no mercado negro.
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