OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dietas e emagrecimento


Dietas e emagrecimento



Renée Zellweger, César Cielo e Christian Bale
Olá, pessoal!
A revista Veja desta semana traz uma reportagem muito completa e consistente sobre dietas de emagrecimento, seus truques, mitos e soluções verdadeiras. Aviso aos gordinhos que buscam mágicas para emagrecer: não há mágica nem remédios, somente a determinação e compromisso com seu objetivo podem surtir efeito e, mesmo assim, a ajuda de sua genética será fundamental.
Antes de ler e decidir alguma coisa, analise sua dieta atual e seu compromisso em segui-la e atribua uma nota de 1 a 10 para sua performance. E lembre:
* Até 5 : você está comendo para engordar, e vai conseguir com certeza , como a atriz Renée Zellweger quando foi gravar “O Diário de Bridget Jones”.
* De 6 a 8: você está comendo para manter seu peso, emagrecer será quase impossível.
* De 8 a 9: dieta bem feita e com dedicação, sua chance de emagrecer é muito grande.
* Nota 10 , dieta xiita : relaxe, quase ninguém faz, a não ser os atletas, como o nadador César Cielo, ou quem vai ganhar muito dinheiro para fazer um filme, como Christian Bale quando foi gravar “O Maquinista”.
Listo abaixo algumas frases e conceitos muito bem colocados para resumir e ajudar os interessados a mudar de vida:
* Como eu já disse, o corpo humano tem um mecanismo ancestral formatado para estocar calorias e acumular gordura. Sendo assim, 90% das pessoas tem que se controlar e aprender a comer para emagrecer e manter-se magras;
* Quem sabe ler uma planilha, equilibrar as contas e gastos, administrar o trabalho e cuidar da família também pode aprender o que deve ou não comer para emagrecer. Use organização e disciplina;
* Nada é tão inútil quanto fingir que faz dieta, ou seja, fazer dieta nota 6 ou 7 e ficar torcendo para emagrecer. Desista desse método, ou você faz dieta ou se contenta com os pneus e bolsas de gordura;
* Mesmo que você já esteja em processo de manutenção do peso, não relaxe na vigilância. Não misture álcool e doces na mesma refeição, nem se esbalde no couvert e no prato principal no mesmo dia. Engordar de novo é fácil, fácil…
* Relembre matemática: se gosta muito de comer, faça as contas e tente gastar mais calorias com exercícios para equilibrar. Só para constar, 100g de chocolate = 600 calorias = três ou quatro doses de álcool = uma hora de corrida. Calcule.
* Adivinhe qual é a grande invenção dos brasileiros para ajudar os gordinhos? Erra quem pensa em algum exercício ou remédio. A grande invenção é a comida por quilo. Isso mesmo, você escolhe exatamente o que vai no prato, a quantidade e paga só por aquilo que consumir. Só não faz dieta quem não quer (ou os “gordinhos felizes”);
* Não compre um monte de bobagens para encher sua geladeira e sua despensa para depois ficar se torturando tentando não comer. Compre aquilo que faz parte de seu programa. E, por favor, não coma as comidas das crianças, como bolacha, miojo etc. São vetados para adultos que querem ser magros;
* Se no seu programa constam quatro castanhas e você resolve comer a lata inteira, prepare-se para engordar e xingar a balança em pouco tempo. Isso vale para tudo, com exceção de alface e água;
* Quer fazer dieta e seu namorado (a)/marido/esposa quer comer feito louco (a)? Melhor um magro do que dois gordos. Entre em um acordo ou compre essa briga;
* Dieta de emagrecimento é por um tempo, vigilância e controle são para sempre (ou enquanto você quiser ficar magra). O corpo tende sempre a engordar, você é quem terá que programá-lo para te obedecer e ficar magro. Não é fácil, mas é possível;
* Leia, informe-se sobre nutrição. Café da manhã com pão e manteiga e almoço com arroz branco são o inicio do fim (além de muito ultrapassados). Pense em aveia, arroz integral e carnes magras. E não compare com seus avós, pois até para abrir o vidro do carro e mudar o canal da TV eles gastavam calorias e você só aperta botão;
Ignore as dietas absurdas, como as “do abacaxi”, “da lua” etc. declaradas pelas celebridades. Ou elas mentem ou engordam tudo de novo após algum tempo.
Difícil? Claro, se fosse fácil todo mundo seria magro e aí não teria graça nenhuma. Corpo bonito e saudável é para os fortes de espírito e determinados. Você pode, só precisa decidir se quer.
Bjo
Autor: settanni -
http://colunistas.ig.com.br/fitness/tag/revista-veja/


Fórmulas" Para Emagrecer

O excesso de peso é um importante problema de saúde pública, que afeta cerca de 40% dos adultos brasileiros, de acordo com o ultimo levantamento do IBGE. O individuo com alguns quilos a mais apresenta, além dos problemas estéticos, um significativo aumento no risco de doenças como o diabetes, a hipertensão, o infarto do miocárdio e a osteoartrose. O aumento no numero de pessoas com excesso de peso, observado nas ultimas décadas, se deve a mudanças nos hábitos alimentares e no nível de atividade física da população. Por essa razão, o tratamento da obesidade sempre deve começar com orientações especificas sobre a alimentação e aconselhamento sobre exercícios físicos regulares.
Quando essas mudanças de comportamento não são suficientes, podem ser necessárias outras medidas, tais como o uso de medicamentos ou mesmo a cirurgia de redução de estomago (gastroplastia). Entretanto, muitas vezes, o paciente obeso, no ímpeto de perder muitos quilos de forma rápida e sem muito esforço, recorre ao uso de medicamentos que não seriam os mais indicados ao seu tratamento.
De fato, no Brasil, a venda dos medicamentos "moderadores de apetite" aumentou em cerca de 500% nos últimos cinco anos, de acordo com um relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), um órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). O preocupante é que muitas vezes essas medicações são prescritas sem um programa concomitante de dieta e exercício, e nessa situação os medicamentos, sozinhos, dificilmente são eficazes. Quer dizer: o paciente pode perder vários quilos durante o uso da medicação, mas assim que interromper seu uso, se não tiver melhorado seus hábitos de alimentação e atividade física, ele vai ganhar novamente todo o peso perdido - ou até mais. É o chamado "efeito sanfona".
Um grande perigo para os pacientes obesos é o uso das chamadas "fórmulas" mágicas, ou "coquetéis", para emagrecer. São compostos que associam, numa mesma cápsula, varias substâncias diferentes, geralmente manipuladas em farmácias, com o objetivo de acelerar a perda de peso. O uso dessas "fórmulas" é PROIBIDO no Brasil, conforme normas emitidas pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Ministério da Saúde, mas infelizmente, como a vigilância sanitária não consegue fiscalizar adequadamente a prescrição e uso desses coquetéis, eles continuam sendo utilizados com muita freqüência por médicos inescrupulosos e por pacientes pouco motivados a mudarem seus hábitos de vida. Esses compostos possuem vários efeitos colaterais graves, podendo em algumas situações levar a risco de morte, dependendo da dosagem e da forma que são utilizados. Além disso, podem provocar dependência física e psicológica.
De que são feitas as "fórmulas" para emagrecer?
As "fórmulas" geralmente associam, numa só cápsula, um medicamento inibidor do apetite (em geral, um anorexígeno derivado das anfetaminas, tais como: o femproporex, a anfepramona ou o mazindol), juntamente com um diurético (furosemida) e um ou mais laxantes de origem vegetal (fucus, cáscara sagrada) ou química (fenolftaleína). Algumas vezes podem conter também hormônios tireoidianos (como a tiroxina - T4, a liotironina - T3, ou o acido triiodotiroacético - tiratricol ou Triac) e calmantes (diazepam), bem como várias outras substâncias de efeitos diversos, com o objetivo de aumentar a perda de peso ou diminuir os efeitos colaterais das outras substâncias.
Quais os efeitos colaterais das "fórmulas"?
Quanto mais substâncias químicas uma pessoa ingere, maior a chance de efeitos colaterais sérios. Quando se associam vários compostos com ações diversas numa mesma cápsula, os efeitos podem ser imprevisíveis e até mesmo fatais.

Veja abaixo os principais efeitos colaterais de cada tipo de substância usada nas "fórmulas":

1) Moderadores de apetite (femproporex, anfepramona, dietilpropiona, mazindol) - Podem aumentar a pressão arterial, acelerar os batimentos cardíacos (taquicardia), produzir arritmias cardíacas, causar insônia, boca seca, suor excessivo, agitação, ansiedade e até mesmo delírios e alucinações em algumas pessoas. Em indivíduos que já tenham pressão alta ou problemas cardíacos, podem provocar angina, infarto e morte por parada cardíaca. Os efeitos são mais graves quanto maior a dose e maior o tempo de utilização. Além disso, podem causar dependência se usados por mais de alguns meses. Esses medicamentos são proibidos na maioria dos paises desenvolvidos, mas no Brasil ainda podem ser usados, com receita medica, e tem a vantagem do custo acessível. No entanto, existem varias regulamentações para o seu uso (vide abaixo).

2) Hormônios tireoidianos (liotironina ou T3, tiroxina ou T4, acido triiodotiroacético ou Triac ou tiratricol) - Foram os primeiros medicamentos utilizados para o tratamento da obesidade, no final do século XIX, mas logo foram abandonados porque podem provocar taquicardia, arritmias cardíacas, aumento da pressão arterial, angina, infarto, insônia, agitação, irritabilidade e problemas menstruais quando utilizados em doses altas ou em pessoas que não tenham determinadas doenças da tireóide (Leia mais sobre isso na seção de Hipotireoidismo). Além disso, o uso de hormônios tireoidianos promove perda não só da gordura corporal, mas também do tecido muscular e ósseo, levando a osteoporose (com aumento do risco de fraturas ósseas) e a fraqueza muscular importante e redução da tolerância aos exercícios e da capacidade de trabalho. Seus efeitos colaterais podem ser potencializados pelo uso concomitante de moderadores de apetite (como acontece nas "fórmulas"). Como seus efeitos colaterais são geralmente bem maiores que seus benefícios nessa situação, não há nenhuma justificativa para o seu uso no tratamento da obesidade na ausência de algumas doenças da tireóide.

3) Diuréticos (furosemida, hidroclorotiazida etc.) - Reduzem o peso apenas através da perda de água corporal, sem interferir na quantidade de gordura do corpo. Por alterarem o conteúdo de água do organismo, podem levar a problemas renais graves (insuficiência renal e pedras nos rins), bem como à perda de sais minerais importantes (potássio, sódio, cálcio etc.).

4) Laxantes (fenolftaleína, fucus, sene, cáscara sagrada etc.) - Agem da mesma forma que os diuréticos: diminuem o peso aumentando a perda de água nas evacuações. Podem levar a problemas renais e intestinais diversos. Além disso, o uso de laxantes por tempo prolongado pode fazer com que o intestino fique "dependente" desses medicamentos, e o paciente vai ter muita dificuldade em evacuar sem o uso dos mesmos. Assim como os hormônios tireoidianos, nem os diuréticos nem os laxantes são recomendados para emagrecimento.

4) Calmantes e ansiolíticos (diazepam, clonazepam, lorazepam, bromazepam, fluoxetina) - São colocados nas "fórmulas" apenas para tentar diminuir os efeitos colaterais (insônia, agitação, irritabilidade) produzidos pelos moderadores de apetite e hormônios tireoidianos. Quando usados isoladamente, podem levar a ganho de peso. Quando usados em conjunto com essas outras substâncias, podem levar a interações medicamentosas diversas e efeitos imprevisíveis sobre o sistema nervoso central (delírios, alucinações, paranóia, mania de perseguição, fobias, depressão, surtos psicóticos etc.). Assim como os moderadores de apetite, também podem provocar dependência se usados por tempo prolongado.

5) Compostos "naturais" e ervas diversas (erva-de-são-joão, aloína, quitosana, guaraná, kava-kava, passiflora, gelatina, glucomannan) - Não há estudos sobre o uso dessas substâncias no tratamento da obesidade, portanto não se sabe se são úteis ou não. Além disso, como não há estudos sérios sobre seu uso, também não há conhecimento sobre seus possíveis efeitos colaterais. O mito de que remédios "naturais" não possuem efeitos adversos e totalmente falso. De fato, muitos dos medicamentos e venenos mais potentes conhecidos na atualidade são derivados de substâncias "naturais". Como seus efeitos são desconhecidos, não podem ser recomendados para o tratamento da obesidade, e deve-se ter muita cautela com seu uso, uma vez que pode haver efeitos colaterais ainda ignorados.
As "fórmulas" para emagrecer funcionam?
Em curto prazo, o uso de "fórmulas" produz perda de peso. Alguns tipos de "fórmulas" podem levar a perdas de mais de 10 quilos por mês no inicio do uso. No entanto, a maioria dos pacientes não suporta os efeitos adversos potencialmente graves desses compostos e acaba utilizando-os por poucas semanas. Se o paciente não tiver mudado seus hábitos nesse intervalo, ele fatalmente recuperara todo o peso perdido (ou mais) dentro de poucos meses. Portanto, as "fórmulas" não funcionam em longo prazo. Para algumas pessoas, as "fórmulas" acabam sendo "remédios que engordam", pois um indivíduo pode perder 8 quilos durante o uso das drogas e ganhar 12 quilos depois que parar seu uso - no final das contas, um ganho de 4 quilos.
Além disso, as pessoas que conseguem fazer uso desses "coquetéis" por mais tempo correm um risco alto de desenvolver dependência física e psicológica (provocada pelos moderadores de apetite e calmantes). Nesse caso, a interrupção da "fórmula" vai causar perturbações serias, como depressão, ansiedade, sonolência excessiva, cansaço, desanimo, mal-estar, inchaço, obstinação intestinal, hipotireoidismo e até mesmo tentativas de suicídio.
Vale ressaltar que uma perda de peso saudável e aquela que reduz a quantidade de gordura corporal e melhora a saúde geral do individuo. No caso das "fórmulas", não é isso o que acontece, pois a pessoa perde não só gordura como também músculos, massa óssea e água corporal, além de poder apresentar varias complicações de ordem mental e física e correr um enorme risco de ganhar peso novamente após interrupção do seu uso.
Quais são as leis que regulamentam o uso de remédios para emagrecer e "fórmulas"?
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou em 1997 a Resolução CFM numero 1477/97, que proibiu aos médicos a prescrição simultânea de drogas moderadoras de apetite (tipo anfetaminas), com um ou mais dos seguintes fármacos: benzodiazepínicos (calmantes), diuréticos, hormônios da tireóide, extratos hormonais e laxantes, com finalidade de tratamento da obesidade ou emagrecimento.
Em 1998, o Ministério da Saúde confirmou essa orientação do CFM através da aprovação da Portaria numero 344/98, que regulamentou a prescrição e venda de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial em território nacional, incluindo os moderadores de apetite. Essa Portaria, no seu Artigo 47, especifica que é proibida a prescrição e aviamento de fórmulas contendo a associação de um moderador de apetite com calmantes, diuréticos, hormônios, extratos hormonais e laxantes. A Portaria ainda lista os compostos que são considerados moderadores de apetite, a saber: aminorex, anfepramona (ou dietilpropiona), femproporex, fendimetrazina, fentermina, mazindol e mefenorex. Essas substâncias só podem ser compradas com receita medica especifica (azul) e sua venda é fiscalizada pela Vigilância Sanitária. A Portaria também determinou que a embalagem desses medicamentos contivesse uma tarja preta contendo as frases: "Venda sob prescrição medica" e "O abuso deste medicamento pode causar dependência".
As orientações acima foram adotadas também pelos paises membros do MERCOSUL. Em 1999, o Grupo Mercado Comum (GMC) resolveu proibir a fabricação, manipulação, distribuição e comercialização de medicamentos industrializados ou preparações magistrais contendo moderadores de apetite (anorexígenos) associados entre si ou com calmantes, diuréticos, hormônios, laxantes ou qualquer outra substância medicamentosa. Essa determinação consta da Resolução MERCOSUL/GMC número 39/99, que aplica ao território de todos os paises membros do Mercado Comum do Sul.
Outro importante documento a regulamentar o uso de moderadores de apetite pela classe medica é o Consenso Latino-Americano de Obesidade, elaborado em 1998 pelas maiores autoridades medicas latino-americanas envolvidas com esse assunto. O Consenso estabelece as seguintes diretrizes, com relação ao uso de medicações no tratamento da obesidade: a) a medicação não deve ser a única forma de tratamento; b) a medicação deve ser dirigida ao tratamento integral do paciente obeso, e não exclusivamente à redução de peso; c) sempre deve ser prescrita e observada por um medico. O Consenso também restringe o uso de "fórmulas magistrais" (manipuladas) aos paises onde não se encontra o principio ativo industrializado ou quando se pretendem utilizar doses diferentes das medicações, sendo que o seu uso deve respeitar as regulamentações e normas éticas de cada pais.
A própria Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) constituiu em 2000 o Grupo Assessor de Estudos sobre Medicamentos Anorexígenos, que publicou seu Parecer Técnico-Científico no Diário Oficial de 21 de julho de 2000. Este documento recomendou que fossem intensificadas as medidas de controle para evitar o uso indevido e indiscriminado desses medicamentos no Brasil, através do estabelecimento de punições aos médicos e farmacêuticos envolvidos com as más-práticas em relação ao uso de anorexígenos e fiscalização intensiva dos estabelecimentos que trabalham com essas medicações.
Um importante passo no sentido de coibir e punir o uso indiscriminado e antiético de anorexígenos foi dado quando o Congresso Nacional aprovou uma nova Lei Antidrogas (Lei número 11.343, de 23 de agosto de 2006). Essa lei embasou muitas novas ações penais contra médicos que prescrevessem anorexígenos em doses maiores que as recomendadas e em associações proibidas.
Em 2006, a atenção da mídia e dos profissionais de saúde foi despertada com relação ao problema do uso excessivo de anorexígenos no país pela divulgação de um relatório da JIFE (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes), que atua para o Escritório Contra as Drogas e o Crime da ONU. O relatório apontou novamente o Brasil como maior consumidor mundial de drogas estimulantes utilizadas para emagrecer.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) também entrou na luta pela redução do uso dos famigerados coquetéis para emagrecer. Em 2006, especialistas da SBEM, juntamente com profissionais da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), formaram o Grupo de Especialidades para o Tratamento da Obesidade. Esse grupo de especialistas começou a apresentar e defender, junto aos órgãos oficiais, medidas para inibir o uso de "fórmulas" emagrecedoras. Uma das primeiras realizações do Grupo foi o lançamento, ainda em 2006, de uma Posição Oficial sobre a Formulação de Medicamentos, que condena a manipulação de anorexígenos juntamente com outras substâncias com finalidade de emagrecimento.
A própria Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG), percebendo a importância do problema da manipulação excessiva e descontrolada de medicamentos para emagrecer, lançou em 2006 um Guia para a Farmacoterapia da Obesidade, onde propõe parâmetros éticos e seguros para o uso desses medicamentos.
Com base na posição dessas importantes sociedades profissionais, a ANVISA e o Ministério da Saúde finalmente reviram suas normas e regulamentos para o uso de anorexígenos, com o intuito de limitar e punir o uso irresponsável desses medicamentos. Assim, em setembro de 2007, a ANVISA lançou a Recomendação da Diretoria Colegiada número 58 (RDC 58, de 5 de setembro de 2007), onde estabelece doses máximas para cada anorexígeno e define normas mais rígidas para sua prescrição, aviamento e utilização.
A SBEM, em seguida, aprovou a vinda da nova regulamentação da ANVISA e inclusive sugeriu aos seus associados meios de denunciar profissionais que ainda insistissem em prescrever anorexígenos de forma ilegal e antiética.

Porque as "fórmulas" continuam sendo utilizadas, se são proibidas e perigosas?
Infelizmente, vivemos num mundo que é uma verdadeira fábrica de obesos. Há muita disponibilidade de alimentos saborosos, baratos e altamente calóricos, e as pessoas praticam cada vez menos atividades físicas, seja pelas características próprias do seu trabalho (mais e mais sedentário) e pela existência de varias outras formas de lazer que não exigem esforço físico (TV, cinema, jogos eletrônicos, internet etc.). Além disso, circunstâncias diversas, tais como a falta de tempo livre, a violência urbana e a ausência de espaço físico adequado acabam inibindo a pratica de atividades físicas regulares pela população. Dessa forma, muitos indivíduos com excesso de peso, seja por desinformação ou por mera comodidade, acabam recorrendo a algum tipo de solução "mágica" para o seu problema. Entretanto, como já vimos, o uso de medicações de forma isolada, sem um bom programa de reeducação alimentar e exercícios regulares, raramente resulta em beneficio real para o paciente. O uso de "fórmulas", nesse contexto, parece interessante à primeira vista para pessoas que querem perder peso "rápido e sem sacrifício", como anunciam os usuários desse tipo de tratamento. Essa procura por uma solução fácil acaba gerando uma grande procura por médicos que dêem a receita desses compostos. Mas o uso desses coquetéis, na imensa maioria das vezes, acaba produzindo mais resultados prejudiciais que benefícios.
A falta de uma fiscalização adequada e eficiente por parte da Vigilância Sanitária também facilita a ação desses profissionais inescrupulosos e mal-intencionados. Há até mesmo farmácias que vendem livremente frascos e mais frascos das famigeradas "fórmulas", sem qualquer tipo de receita medica. Mesmo na internet podem ser encontrados vários sites que prometem vender a "solução definitiva para o seu problema de peso" na forma de cápsulas ditas milagrosas. É preciso muito cuidado com essas pílulas "maravilhosas", pois o tratamento da obesidade deve obrigatoriamente passar por uma mudança de hábitos visando à promoção da saúde - um objetivo que jamais vai ser alcançado com o uso de "fórmulas".
As "fórmulas" sempre trazem escrita sua composição química?
Não. Esse é um grande problema, que dificulta muito a fiscalização da prescrição e venda desses produtos. O medico que prescreve e a farmácia que manipula as "fórmulas" sabem que essa pratica é ilegal e antiética, e, portanto fazem de tudo para ocultar a verdade.
Muitas vezes as "fórmulas" para emagrecer são vendidas com outros nomes fantasiosos, que dão a impressão, ao paciente desinformado, que se trata de um medicamento seguro e eficaz. Alguns nomes que são dados às "fórmulas" são os seguintes:
- "composto emagrecedor";
- "acelerador do metabolismo";
- "facilitador da queima de gorduras", ou "fat burner";
- "remédio natural para emagrecer", etc.
De forma geral, fique desconfiado se a receita do medico ou o frasco da medicação não contiver a exata composição química do produto. Se o medico também não da nenhuma orientação sobre alimentação e/ou exercício físico e simplesmente da uma receita de um composto com algum nome como os acima, ou que contenha varias substâncias diferentes numa mesma cápsula, você pode estar diante de uma "fórmula". Evite seu uso.
Um recurso que alguns médicos acabam utilizando é colocar o moderador de apetite em uma cápsula e todos os outros compostos (3 a 15 substâncias diferentes, indo de laxantes, diuréticos, hormônios até calmantes e vegetais diversos) em outra cápsula em separado, mas as duas cápsulas serão usadas simultaneamente. Dessa forma eles conseguem escapar à fiscalização, pois é proibida a manipulação de moderadores de apetite com qualquer outra substância das citadas acima numa mesma receita, mas não em receitas separadas. Assim sua prescrição passa a ser "legal", mas continua tendo os mesmos efeitos adversos graves e continua sendo imoral e antiética, além de perigosa e ineficaz.
Fique atento também em farmácias de manipulação que vendem livremente "compostos para emagrecer" ou "queimadores de gordura" sem receita medica, principalmente se esses remédios "milagrosos" prometerem uma perda de peso muito grande ou não trouxerem informações detalhadas sobre a sua composição química.
O que fazer se um médico me prescrever uma "fórmula"?
Não use a "fórmula" prescrita. Ela não vai resultar em nenhum beneficio palpável em longo prazo, apesar de produzir perda de peso nas primeiras semanas (uma perda que não é saudável).
Pegue a receita do medico, ou o frasco do composto, e procure a delegacia do Conselho Regional de Medicina mais próximo à sua casa. Registre uma denuncia contra o medico que prescreveu a "fórmula". Isso é ilegal. O medico vai sofrer uma sindicância no CRM e, se forem comprovadas as irregularidades, pode receber vários tipos de punição, desde uma advertência até a cassação do seu registro profissional.
Outra possibilidade é levar a receita (ou uma cópia) até um médico endocrinologista, que deve encaminhar a denúncia para a delegacia regional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) do seu Estado.
O que fazer se uma farmácia tentar me vender uma "fórmula" ou um remédio para emagrecer sem receita medica?
O uso de "fórmulas" é ilegal, e qualquer remédio para emagrecer só pode ser vendido mediante a apresentação de receita medica. Caso uma farmácia tente vender qualquer produto para emagrecer, seja uma "fórmula", ou um "composto emagrecedor", ou um "remedinho natural", sem receita, denuncie-a ao Conselho Regional de Farmácia da sua cidade ou à Vigilância Sanitária. Se a irregularidade for confirmada, o estabelecimento pode ser multado ou mesmo interditado.
Quer dizer que não devem ser usados medicamentos para emagrecer?
Tome cuidado para não confundir as coisas! “Fórmulas” para emagrecer, contendo vários tipos de substâncias diversas, inclusive compostos que não são recomendados para perda de peso (como o hormônio tireoidiano, laxantes e diuréticos) são uma coisa. Outra coisa totalmente diferente é usar um medicamento específico para perda de peso (ou seja, uma substância apenas), em conjunto com um programa completo de reeducação alimentar, atividade física e mudança de hábitos.
Existem vários medicamentos que podem ser úteis para ajudar a perder peso, e que podem ser usados de forma segura e tranqüila, mas apenas um médico experiente e sério pode avaliar se há necessidade de medicação e qual é a mais indicada para cada caso. Uma boa dica é fugir dos “médicos da moda”, ou dos médicos que anunciam ser especializados no tratamento de obesidade mas não apresentam nenhuma qualificação, ou mesmo daqueles que sabidamente apenas prescrevem “fórmulas” sem nenhuma orientação sobre dieta ou exercício.
Você merece um tratamento sério. Não brinque com a sua saúde. Procure um médico endocrinologista que seja afiliado à Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Uma relação desses profissionais pode ser encontrada no seguinte endereço: http://www.endocrino.org.br/busca_medicos.php


Noticias na imprensa sobre as "fórmulas" para emagrecer:

 
 
 


Pense magro!
 
 
 
* Entrevista com Dra Olga Inês Tessari
 
*o texto está registrado de acordo com a Lei de Direitos Autorais
Publicada na Revista Boa Forma – Editora Abril
por Eliane Contreras
2004

 
* Veja indicação de leitura de outros textos no final da página *
Quando você se imagina magra, fala como magra e age como magra, fica mais fácil perder e manter o peso. Então, treine sua mente para isso. A gente ensina a apagar os pensamentos gordos. As atitudes certas diante da comida vêm em seguida.
 
 
Se você quer emagrecer, não tem como escapar: é consumir menos e gastar mais calorias. Colocar isso em prática sem transformar sua vida num pesadelo pode depender de um só aliado: a força da mente. A idéia não é nova, mas as técnicas para mudar atitudes mentais negativas - aquelas que emperram até a mais esperta das dietas - nunca estiveram tão em moda.
 
 
O QI Mental, por exemplo, uma das propostas de emagrecimento mais comentadas no momento, usa imagens para reprogramar o cérebro e curar doenças de origem emocional. Essa técnica chinesa atua no subconsciente, onde se formam os padrões de comportamento, entre os quais aqueles que controlam o nosso jeito de comer. O médico João Yokoda, do setor de medicina chinesa e acupuntura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi quem adaptou o QI Mental ao tratamento da obesidade. “O exercício é superpor novas imagens mentais àquelas que atrapalham a sua dieta - você tem de se imaginar magra várias vezes ao dia para gravar esse novo padrão”, diz Yokada. As pesquisas mostram que atitudes mentais têm mais influência no volume de comida que ingerimos do que a própria fome.
 
 
A dificuldade de perder e manter o peso quando temos o registro de um corpo gordo na cabeça é infinitamente maior. Sidney Chioro, neurologista e professor de psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), sempre apostou nessa idéia e apoiou seu trabalho com obesidade em recursos que atuam no sistema neurológico. “São as emoções que traçam o caminho das mensagens no circuito dos neurônios. Um padrão neurológico inadequado pode transformar uma carência afetiva num comando de fome”, explica Sidney. É por isso que muita gente tenta resolver uma crise amorosa devorando uma caixa de bombons em vez de buscar solução para o relacionamento. Na luta contra a balança, Chioro usa imagens e sons que visam corrigir a rota do pensamento e facilitar o emagrecimento.
 
 
No entanto, existem maneiras mais simples para convencer sua mente a trabalhar a seu favor. Sucesso nos Estados Unidos, o livro Think Thin, Be Thin (Pense magro, seja magro, editora Broadway Books) traz 101 exercícios para quem quer educar a mente, somando pontos no projeto deusa. As autoras, a psicóloga americana Doris Wild Helmering e a escritora Dianne Hales, combinaram conceitos de várias linhas terapêuticas - terapia cognitiva, programação neurolingüística, gestalt terapia e análise transacional -, ajudando você a se livrar do registro de gorda que habita sua cabeça e garantindo um happy end para sua dieta. Isso não significa dormir gordinha e acordar enxuta. “Para que o cérebro registre novos padrões, os exercícios de reprogramação devem ser repetidos várias vezes ao dia, durante semanas ou meses”, defende a psicóloga Olga Inês Tessari, da Clínica Movimento Corporal, em São Paulo, especializada em emagrecimento. Curiosa? Selecionamos as sete sugestões mais bacanas do livro - pratique, pratique e pratique! Elas podem abrir sua cabeça para um corpo magro que sabe identificar a verdadeira fome.
 
 
Mudar a cabeça faz a dieta funcionar!
Tirar da cabeça a idéia fixa de que é impossível emagrecer, faz você modificar as atitudes diante da comida e perder peso sem sofrer
 
 
SEJA POSITIVA
 
Você tem coragem de chamar uma amiga que está gordinha de “rolha de poço”? Claro que não! Mas existe o risco de dizer coisas desse tipo (ou piores) para si mesma, programando seu cérebro para uma derrota na balança. Se você conserva pensamentos como “sempre estive gorda” ou “nunca fui capaz de perder peso”, acaba bloqueando qualquer possibilidade de mudança, mantendo o corpo pesado. Então, comece a ser positiva a partir de agora.
 
 
- Risque os pensamentos gordos. Quando eles vierem à mente, diga firmemente: “Pare ou apague!”
 
- Você pode tudo. Pare de repetir que não tem pique para malhar ou não pode viver sem doce. Reforce o que você pode fazer, dizendo a si mesma: “Eu posso fazer dieta”, “Eu posso andar mais dez minutinhos na esteira”, “Eu posso viver sem mousse de chocolate”.
 
- Trace metas realistas. Você vive dizendo que não consegue perder peso? Mude o discurso para: “Não perdi peso ainda, mas, quando decidir de verdade, vou conseguir”.
 
 
 
IMAGINE E OUÇA SEUS DESEJOS
Além de frases sobre um corpo magro e saudável, é importante criar imagens na mente. Como? Feche os olhos e se veja caminhando num parque ou numa praia paradisíaca. Se disser “eu vou andar ouvindo axé”, cria também um estímulo auditivo. As representações sensoriais visuais e auditivas ajudam o cérebro a traduzir os pensamentos em ações.
 
 
EXERCITE A GRATIDÃO
Você tem o hábito de agradecer as coisas boas da vida? Ótimo! Esse exercício, de acordo com pesquisas na área da psicologia positiva, mantém o bom humor e deixa você mais disposta. O que isso tem a ver com o controle de peso? Quando está bem, você reduz o risco de encher o prato para curar uma dor emocional. Reserve um horário do dia para agradecer tudo aquilo que sua vida tem de bom - pode ser a família, a casa, o emprego, uma cama macia com lençóis cheirosos, um bilhete carinhoso do namorado ou do filho. O ideal é fazer isso logo antes da refeição - é um exercício que acalma a alma e deixa você com o estado de espírito perfeito para comer com tranqüilidade.
 
 
PROVOQUE SUA MENTE
Sabe aquelas historinhas populares que as avós adoram contar? Elas podem valer por várias sessões de terapia direcionadas para a perda de peso, segundo terapeutas especializados em programação neurolingüística. Exercite com o conto O Milagre da Mudança, de Dennis Wholey: um homem está nadando para atravessar um rio segurando uma grande pedra em uma das mãos. Quando chega ao meio da travessia, as pessoas que estão à margem do rio percebem que ele está em apuros, engasgando e engolindo água, se esforçando para continuar boiando. “Largue a pedra!”, diz um homem. “Assim poderá nadar melhor.” Mas o homem na água segura a pedra com mais força. “Largue a pedra!”, grita o povo. “Largue a pedra!” Finalmente o homem se vira e, com seu restinho de fôlego, diz: “Não posso. É minha”. Agora responda a estas perguntas:
 
- Você sente seu peso puxando-a para baixo?
- Se enxerga agarrando-se a um corpo pesado apesar de estar perto de se “afogar”?
- Como você justifica os quilos extras?
- Existe algo que alguém pudesse dizer ou fazer para convencê-la a liberar o excesso de gordura?
 
 
TRANSFORME DESEJOS EM METAS
Viver só no desejo de derreter as gordurinhas não resolve. Você precisa dar passos concretos em direção ao que quer. A pesquisas mostram que a característica que diferencia as garotas de sucesso é o estabelecimento de metas claras e específicas. Portanto, ao adotar seu programa de perda de peso, trace objetivos viáveis. E, conforme progredir, adicione ou modifique as metas de maneira que elas continuem sendo inspiradoras em vez de opressoras. Veja o que fazer.
 
- Visualize, fale e escreva. Imagine-se magra dentro do biquíni ou sorrindo ao subir na balança. Depois, registre essas cenas num diário. Pronto! O desejo foi transformado em compromisso. À medida que você for progredindo, revise, melhore e amplie suas metas.
 
- Vá devagar para ir longe. Mesmo se quiser perder 10 ou mais quilos, almeje reduzir um pouco por vez. E antecipe a sensação prazerosa de atingir sua meta a cada quilo perdido. Cada pequena vitória garante uma explosão de motivação e incrementa a autoconfiança.
 
- Amplie suas estratégias. Pensar dia e noite em emagrecer pode ser limitante e frustrante. Estabeleça objetivos com foco na mudança de comportamento e torne-os o mais específicos possível, por exemplo:
 
Meta diária: vou caminhar 15 minutos no horário do almoço e tomar leite desnatado em vez de chocolate gelado com chantilly.
 
Meta semanal: ao menos três noites na semana, vou comer frutas no lugar da sobremesa ou dispensá-la.
 
Meta mensal: vou descer do elevador num andar inferior e subir de escadas até meu apartamento. Ao final do mês, estarei subindo ou descendo dois ou três lances antes de entrar no elevador.
 
 
CONTROLE A GULA
 
Comer é necessário, mas você pode escolher bem cada bocado. A mesma regra vale para a gula - ela parece incontrolável, mas não passa de uma decisão interna que pode ser modificada. Como? Prepare planos para enganá-la.
 
- Beba água aos goles. Muita gente confunde sede com gula. Então, da próxima vez que você sentir fome fora de hora, beba um copo de água em pequenos goles. Se for sede, a vontade de comer vai passar rapidinho.
 
- Conte até dez. Em vez de se entregar à gula logo de cara, resista a ela por dez minutos. Esconda as guloseimas e saia para andar ou ocupe as mãos com um trabalho manual.
 
- Resista à junk food. Se você come fast-food de segunda a sexta, comece a fazer isso dia sim outro não, depois a cada três dias e, finalmente, uma vez por semana.
 
 
AME SEU CORPO
 
Quando olham no espelho, as garotas geralmente não gostam do que vêem. Mesmo aquelas que estão com o corpo legal tendem a achar que precisam perder uma gordurinha aqui outra ali. Mas não espere secar os excessos para cuidar da auto-estima. Comece valorizando as partes do seu corpo que você gosta. Tenha orgulho do seus olhos brilhantes, do colo bem desenhado, dos dedos longos. Outra maneira de se sentir feliz é cuidar de si mesma com o carinho que costuma tratar suas amigas. Não se subestime nem faça piadas sobre as benditas dobrinhas que insistem em saltar da blusa. Além disso, cultive o bom humor, adote atitudes saudáveis e trace perspectivas positivas. Quanto mais você fizer isso, mais sua mente vai trabalhar a seu favor. Não esqueça!
 
 

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Dra Olga Inês Tessari

Autora do livro "Dirija a sua vida sem medo"
Escritora - Palestrante - Pesquisadora – Supervisora – Consultora

Psicóloga e Psicoterapeuta desde 1984 (CRP06/19571) atuando nas áreas de ansiedade, auto-estima, medos, timidez, pânico, stress, depressão, orientação de pais, problemas específicos da criança, do adolescente, da mulher, do homem, da terceira idade, do casal e da família, mediadora de conflitos dos problemas e dificuldades nos relacionamentos em geral (do casal, de pais com filhos, entre amigos, parentes, vizinhos, colegas de trabalho, etc.), trabalha também em equipe multidisciplinar com os distúrbios da alimentação (compulsão, obesidade, anorexia, bulimia).
Atendimento e aconselhamento de adolescentes, adultos, pais, casais, grupos e famílias.
Desenvolve e ministra palestras, cursos, palestras e projetos específicos para empresas e grupos em geral.
Consultora em temas de Psicologia para a mídia em geral
Visite o site: www.ajudaemocional.com
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