OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Comida viva emagrece e dá energia

Sementes em processo de germinação e brotos dão origem a um cardápio nutritivo. Projeto em São Paulo ajuda grupo de obesos a mudar hábitos alimentares.
GUACIRA MERLIN Rio de Janeiro e São Paulo

"Nós todos somos um grupo e temos o mesmo objetivo: alcançar o emagrecimento com saúde. Assim, um ajuda o outro", conta a dona de casa Paula Verônica de Souza e Silva.

Um ritmo diferente transformou a vida e o cardápio de várias pessoas. Todos entraram na dança no Grupo de Estudos e Tratamento do Obeso (Gesto), em São Paulo, e no projeto Terrapia, projeto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. 

"Quando eu vi, foi como se eu tivesse um choque. Porque é uma coisa muito diferente para mim. Foi uma manhã que me estremeceu toda", lembra a dona de casa Maria Ventura da Silva, que foi sem saber ao certo o que encontraria.

"O Terrapia é um projeto social da Escola Nacional de Saúde Pública. É uma espécie de modelo de centro de saúde ao ar livre, onde as pessoas se juntam para conversar sobre saúde e cuidados ambientais. Temos como modo de trabalho a apresentação da culinária viva", explica a médica da Fiocruz Maria Luiza Branco.

Mas, afinal de contas, o que é essa "comida viva"?

"Eu pensei: 'Não vou comer'. Na preparação do almoço a comida estava tão gostosa que eu comecei a provar. Fiquei tão encantada com tudo que voltei", conta dona Maria Ventura.

Maria Luíza é idealizadora do Terrapia. "O que temos de tão especial são as sementes germinadas. Porque alimento vivo significa sementes em processo de germinação e brotos. Depois, a culinária acontece da brincadeira com esses ingredientes", esclarece.

Dona Maria Ventura já é uma das colaboradoras do projeto. Está 12 quilos mais magra e com as taxas de colesterol, triglicerídeos e glicose bem diferentes do que os exames indicavam anos atrás. "Os triglicerídeos não baixavam nunca. A pressão e o colesterol estavam sempre altos", relata.

Agora, ela não se descuida mais. "Na última consulta, as taxas tinham baixado. Ela disse: 'Maria Ventura, continue com essa alimentação, porque suas taxas baixaram", conta a dona de casa.

Dia de festa. Uma turma encerrou o ciclo de seminários sobre comida viva. A prova final foi de encher os olhos. A professora Eloisa Helena Reis de Souza já ia aos seminários quando descobriu que estava com a taxa de glicose altíssima. "A desculpa é sempre falta de tempo. Passei para a prática quando eu vi a coisa ficar feia", diz. Assim, tomou uma decisão: "Comecei a arranjar tempo. Acordava mais cedo, fazia o planejamento das sementes. Cada semente tem seu tempinho de germinação". Ela trocou a alimentação que tinha pela comida viva. De manhã, prepara o almoço. Prato do dia: um feijão-tropeiro bem diferente, com feijão germinado. E os exames revelaram: a glicose baixou de 328 para 146 em 15 dias. "Desde que eu estou no Terrapia e comecei a alimentação viva não tomei nenhum remédio", comemora. E tem mais: "Eu emagreci oito quilos em 30 dias. Não me senti fraca, nem desanimada. Muito pelo contrário. A comida natural dá mais energia, você não passa mal".

"Os alimentos são baseados em proteínas, carboidratos, gorduras. E esse conceito nutricional vem sendo questionado por algumas pessoas, como é o caso da turma do alimento vivo. A diferença é olhar sob a ótica da vitalidade dos alimentos. Um alimento que carrega vitalidade satisfaz com mais facilidade", diz Maria Luiza Branco.

Um cardápio diferente. O pessoal de São Paulo também tem uma nova receita de vida. Eles cantam, dançam e aprendem a se alimentar com saúde. É um prazer. Em dia de feira, o grupo animado aprende a emagrecer longe dos consultórios.

"A caminhada já é um exercício. Eles encontram na feira os alimentos que vão melhorar a saúde deles. Vão em busca do objetivo deles, que é emagrecer", diz a nutricionista Maria Sueli Hilário.

Sueli é a nutricionista do Gesto, um projeto da Secretaria de Saúde do Estado. Na feira, a aula é prática. "Eles colocam em prática o que nós conversamos", acrescenta.

"Temos que olhar para a barraca de pastel e seguir. Não pode", alerta a tecelã aposentada Zilda Nascimento.

A mudança no cardápio começa bem longe da cozinha, na hora de escolher os alimentos. Uma lista de compras ajuda a não cair em tentação, garantindo na sacola só o que faz bem à saúde e não pesa na consciência. Juntos, eles aprendem a comprar os melhores ingredientes, com os melhores preços.

"Mexerica não engorda", ressalta Paula Verônica.

Fim de feira. Na volta, começa o mutirão na cozinha e sala de almoço. Hora de aprender a usar tudo em um lanche de baixa caloria: peixe, saladas e pão integral. Que delícia! E que transformação!

"Não é mais sofrimento. Agora é alegria", comemora Zilda Nascimento.

"Eu sofro de verdade, mas é um sofrimento bom. Porque sem sofrimento não vamos a lugar nenhum. Tudo com sofrimento é mais gostoso. E esses quilos que eu perdi foram com sofrimento. Eu mudei hábitos alimentares de 40 anos. Eu não comia verduras, nem frutas. Temos que persistir para alcançar um objetivo. Senão, nunca vamos conseguir. A questão é mudar hábitos alimentares, não tem jeito", revela Paula Verônica.

"O que procuramos, na verdade, desde o tempo da caverna, é carne gorda e fruta doce", observa o biomédico Eduardo Fonseca Pereira.

"Eu tinha preconceito de mim. Acho que as pessoas também tinham. As pessoas têm preconceito de gente gorda. Eu era muito reprimida. Quando me xingavam de gorda, eu chegava em casa chorando. De fato, eu era gorda. Ainda sou gorda. Mas agora não aguento mais desaforo. Agora, eu xingo", diz a artesã Lúcia Shirley Arinciotta.

"Xingar emagrece, porque não engolimos sapo", comenta Paula Verônica.

"Ser um obeso na sociedade tem um peso. Nosso trabalho é que essas pessoas percam algum peso. Mas é muito importante que elas readquiram cidadania e sejam pessoas completas", diz o psiquiatra Ezequiel Gordon.

Agora, se oferecerem alguma guloseima para essa turma... "Parece que a Sueli vem dizer: 'Pode comer de tudo, mas não pode comer tudo'", conta Paula Verônica.

De cantoria em cantoria, todas as pessoas dos dois projetos estão mais saudáveis, mais magras e felizes.


Conheça os benefícios da comida viva

Médico do SUS ensina receita que baixa a temperatura do fogão e aumenta o valor nutritivo de grãos, frutas e folhas.
Ismar Madeira Campos do Jordão, São Paulo

Prato do dia: verduras, legumes, frutas e sementes germinadas. É a comida viva!

"Eu tomava remédio para pressão e não tomo mais. Emagreci dez quilos com uma alimentação natural que qualquer um pode fazer em casa", conta o aposentado Orlando Asse dos Santos.

Não é milagre. É o resultado da orientação médica, que seu Orlando recebeu em um posto de saúde de Campos do Jordão, em São Paulo. Tudo de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foi com o médico Alberto Gonzalez, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que ele e muitos outros pacientes começaram a aprender que comida é remédio.

"Há influências bastante claras na obesidade, na constipação, na inflamação crônica, na dislipidemia – que é o desequilíbrio do colesterol –, nas doenças gastrointestinais e respiratórias e no diabetes", aponta Alberto Gonzalez.

Mas, afinal, o que é comida viva? A receita é simples: nada pode ser cozido, frito ou assado. Os alimentos são de origem vegetal. E para começar bem o dia, um suco poderoso.

Se uma pessoa que não tem uma doença diagnosticada nem se sente mal resolver experimentar esse alimento vivo, que resultados vai sentir?

"É muito importante que eu, me apresentando como médico, diga que alimento vivo é bom para quem está doente, mas o alimento vivo é uma alimentação para quem está sadio e quer se manter sadio", esclarece Alberto Gonzalez.

Decidi experimentar. Em dez dias, que resultados eu veria?

"Em dez dias, vai haver uma grande liberação de água do seu corpo. Muita água retida vai ser eliminada. Você também vai notar mudanças no âmbito da digestão e da disposição, principalmente após as refeições, Você vai se sentir muito bem disposto", adiantou Alberto Gonzalez.

Doutor Alberto troca o jaleco pelo avental. Hora de arregaçar as mangas e mostrar como se prepara o suco. "O grande equipamento é um liquidificador. Depois de tudo lavado, você começa a fazer o suco. Primeiro, picota o pepino. O pepino vai para perto da hélice, porque ele é um grande gerador de água. Aí vem a maçã. Vamos extrair a água do pepino, da maçã e das verduras orgânicas disponíveis com uma cenoura. E, finalmente, as sementes de girassol germinadas. Você pode usar só trigo, girassol, quinoa, gergelim, amêndoa. O ideal é a semente germinada”, ensina Alberto Gonzalez.

Este é o grande segredo da comida viva: grãos germinados. E se você já está se perguntando como vai fazer para conseguir essas sementes, não se preocupe.

"Em seguida, coamos. Fica uma massa consistente. É um coador de voal, que qualquer um pode ter. As pessoas com mais recursos usam uma centrífuga. É o café da manhã. É bom que seja um copo grande. Tem pão, manteiga, café e leite, só que em forma natural, viva e repleta de nutrientes vivos", ressalta Alberto Gonzalez.

Não é um suco ralinho, parece um leite ou algo muito cremoso. É em um casarão que doutor Alberto Gonzalez ensina receitas de alimentos vivos. Alguns pacientes são encaminhados para o local e aprendem que, além do suco, podem fazer pratos coloridos e saudáveis, como a caldeirada de frutos do mato.

Legumes ralados, picadinhos. Basta prensar os alimentos, uma técnica feita com as mãos, para controlar a temperatura da panela. Afinal, nos chamados alimentos vivos, legumes e verduras não podem ser cozidos.

"Se começar a queimar as mãos, tem que desligar. Se não queimar a mão, não vai queimar os alimentos também", explica uma funcionária do hospital.

“A carne é uma questão de herança cultural. Eu não vou chegar em uma aldeia de pescadores e dizer: parem de comer peixe. Comam o peixe, mas incluam na sua vida os alimentos que vêm da mãe terra. Porque eles vêm com a informação que você precisa", diz Alberto Gonzalez.

"Não posso dizer que sou vegetariano. Uma vez por mês eu não recuso um churrasquinho, mas também não sou escravo da alimentação. Como tudo que eu gosto, com uma certa regra", conta seu Orlando.

"Sempre digo que tudo que é verde faz bem para o que é vermelho. Quem está com doença cardiovascular volte-se para o reino vegetal. Alimente-se de tudo que é verde possível que a recuperação cardiovascular vem a reboque", aconselha Alberto Gonzalez.

Em casa, seu Orlando segue a orientação diariamente e faz questão de plantar suas verduras: "Eu aproveito qualquer cantinho. Uma jardineirinha da loja de R$ 1,99, um pouquinho de terra e brota um trigo bonito".

A grama de trigo usada no suco nasce de sementes comuns compradas no supermercado e simplesmente jogadas por seu Orlando na terra. "Todos os espaços, o quintal do vizinho, por exemplo, eu coloquei trigo há 15 dias e já está nascendo. Temos couve e outras hortaliças espalhadas no meio da vegetação. Uso de sete a oito qualidades para fazer o suco por dia", conta.

Será que é mesmo tão fácil assim? Nos dez dias em que testamos o suco também experimentamos a preparação dele, até em cozinhas de hotel. Se eu consegui, qualquer um consegue.

Mas, antes, é bom lembrar: estávamos no restaurante de um hotel na cidade turística de Campos do Jordão, e as tentações estavam servidas. Eram 9h. Eu jantei no dia anterior, às 20h30. Ou seja, havia mais de 12 horas. O estômago já estava reclamando. A mesa do café da manhã era farta. Em vez de optar por tudo o que eu normalmente comeria, fiquei só com as frutas e o suco verde.

Logo pegamos a estrada. Acompanhamos doutor Alberto Gonzalez até a casa de um paciente. A viola dá o tom. O lavrador Benedito Vicente da Rosa leva uma vida simples. Mora com a mulher no alto de uma colina, em um lugar onde não tem luz elétrica. Mas sobram ar puro e produtos tirados da terra sem agrotóxicos. Faltava saber como aproveitar todos os seus nutrientes. Foi o que seu Benedito aprendeu nas consultas pelo SUS. Visitas periódicas fazem parte do Programa de Saúde da Família.

Há um ano, o lavrador mal conseguia ir ao posto de saúde, por causa de uma trombose na perna esquerda, uma ferida enorme não cicatrizava.

"Estava muito machucado, era uma ferida só. Tinha um roxo que parecia uma lesão só. Tomei o suco e fechou tudinho, foi uma beleza. Eu já estava até desenganado", comemora o lavrador.

Doutor Alberto Gonzalez explica: "Os vasos da perna dele não chegavam até a intimidade do tecido, por conta do problema vascular. O suco promoveu o fenômeno denominado neovascularização, de crescer novos capilares onde não tinha".

Mas o médico alerta: "Se você está usando remédios e quer mudar para o suco, consulte um profissional médico. A pessoa que tem um problema grave de pressão arterial ou problema grave de perfusão sanguínea do próprio coração não pode parar de tomar o remédio. Eu trabalho usando remédios e o suco. Os remédios vão sendo tirados à medida que os resultados com o suco vão aparecendo. E isso depende da adesão do paciente".

Seu Benedito se empenhou de verdade para ver o resultado. Afinal, o que já seria difícil na cidade grande poderia até ser impossível para quem vive sem energia elétrica – sem um liquidificador.

"Tentei socar no pilão, mas espirrou muito. Tive que inventar outro modo. Daí, foi no ralador. Achei que foi importante", diz seu Benedito, que colhe os ingredientes, rala e espreme tudo com as mãos. "É um verdadeiro remédio. A perna sarou que é uma beleza! Não tem mais nada, está forte. Já estou imaginando até jogar bola. Eu gostava muito de jogar bola. Fazer isso todo dia é difícil, mas sem esforço ninguém consegue nada".

A germinação dos grãos é que dá força ao alimento, potencializa os nutrientes. É o que garante a mais antiga pesquisadora da comida viva no Brasil, a designer e professora Ana Branco, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A primeira semente foi ela que plantou. Há 15 anos, Ana Branco reúne conhecimentos que ela passa adiante.

Preste atenção: é o passo-a-passo para você também aprender a germinar as sementes na sua casa.

"Colocamos a semente de girassol de molho na água. Vamos dormir e a semente vai acordar. São oito horas de molho na água. É o tempo de dormirmos e ela acordar. Na manhã do dia seguinte, jogamos a água fora e deixamos escorrendo em algum apoio por mais oito horas. Depois de oito horas de molho na água e oito horas no ar, é só darmos uma lavadinha antes de consumirmos. Podemos olhar o que aconteceu com a semente germinada. Dá para ver o narizinho que está nascendo. Nesse ponto, podemos consumir. Assim, comemos a energia vital contida nela. E ficamos forte que nem ela", diz Ana Branco.

Para ela, uma filosofia de vida que germinou e deu frutos. Muitos já aprenderam os segredos da alimentação viva em cursos e em uma feira na PUC-RJ.

"Nós começamos com o suco quando eu estava grávida da minha terceira filha. Meu marido faz o suco, fazemos para a família toda. Isso já acontece há três anos", conta a professora Rosana Cunha Pinto. "O grande barato é chamar as crianças para fazerem junto com você. Pede para uma pegar uma maçã, pede para outra segurar uma hortelã. E assim a gente vai cortando e preparando o alimento junto".

Eu bebi suco durante dez dias. E não foi difícil, mesmo fora de casa, dormindo em hotéis, comendo em restaurantes. Logo no primeiro dia, eu fiz exames de sangue que mostraram que a minha saúde vai muito bem. Taxas como colesterol e glicose, por exemplo, estão ótimas. E, por causa disso, eu resolvi não mudar mais nada na minha alimentação. No almoço e no jantar, continuei comendo o que estou acostumado e gosto: arroz, feijão, carne.

Mesmo assim, substituindo só café da manhã, o suco fez efeito. Perdi 2,1 quilos. Eu também senti outras mudanças que não podem ser medidas. A primeira: comecei a sentir menos fome nos últimos dias. E a segunda: mudança no apetite. Já não tenho tido mais tanta vontade de comidas pesadas. Pode ser resultado do suco.


Veja como preparar feijão-tropeiro "vivo"

Prato faz parte da chamada culinária viva, que utiliza sementes em processo de germinação e brotos.
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Ingredientes

alho
azeite de oliva
1 tomate
pimentão amarelo e vermelho (um pedacinho de cada)
sal e temperos a gosto
farinha de aipim
grão germinado de feijão azuki (colocar em um vidro com água e deixar por três dias)

Modo de Fazer

Deixe o feijão de molho durante oito horas. Em seguida, escorra a água e lave cerca de cinco vezes, pela manhã e à noite. Esfregue o feijão para tirar um pouco da casca. Para preparar o tempero, comece amassando o alho. Junte duas colheres de sopa de azeite extra virgem. Acrescente salsa e cebolinha, os pimentões e o tomate cortados em cubinhos. Depois, acrescente sal e temperos a gosto. Depois, junte o feijão tropeiro e a farinha. A farinha é feita com aipim ralado ou triturado no liquidificador com um pouquinho de água. Você pode levar ao sol ou ao forno bem fraquinho, com a porta entreaberta. Teste a temperatura com mão: o ponto ideal é conseguir colocar a mão no tabuleiro.


Veja como preparar o filé de pescada

Receita faz parte do cardápio ensinado pelo Grupo de Estudos e Tratamento do Obeso (Gesto), em São Paulo.
Ingredientes:

1 cebola grande em rodelas
alho picado
2 tomates em rodelas
2 colheres de sopa de óleo
1 xícara (café) de azeitona picada
2 colheres (sopa) de shoyu
suco de dois limões
1 copo de caldo de peixe ou de galinha
1,5kg de filé de pescada
1 colher (sopa) de azeite
sal e tempero verde picado

Modo de Fazer

Na panela, cebola, alho, tomates, óleo, tempero verde, sal e azeitonas vão para o fogo brando. Coloque os filés por cima de tudo. À parte, misture o shoyu, o suco dos limões e o caldo. Vá juntando esse molho sobre os temperos e o peixe. Quando levantar fervura, tampe e deixe por cinco minutos. Ao desligar o fogo, a panela deve continuar tampada pelo mesmo tempo. Por fim, é só colocar na travessa e servir.

Receitas energizantes

Indisponivel/Indisponivel Grãos germinados são o grande segredo do suco vivo

SUCO DE LUZ DO SOL (SUCO VIVO OU SUCO VERDE)

Modo de Fazer:

Cortar uma maçã em pedaços pequenos e tirar as sementes grandes. Colocar no liquidificador. Usar um pepino como socador para auxiliar a extrair o líqüido que mora dentro das hortaliças. Acrescentar os grãos germinados*, as folhas verdes comestíveis, o legume e a raiz escolhida na proporção indicada, variando as hortaliças sempre que possível e privilegiando as de produção orgânica. Coar em um pano e beber logo em seguida.

Legumes e raízes: cenoura, abóbora, maxixe, batata-doce, inhame, quiabo, couve-flor, abobrinha, nabo, beterraba.

*Como germinar grãos

1 – Colocar de uma a três colheres de sopa de grãos em um vidro e cobrir com água limpa.

2 – Deixar de molho por uma noite (8 horas).

3 – Cobrir o vidro com filó e prender com elástico. Despejar a água e enxaguar bem sob a torneira.

4 – Colocar o vidro inclinado em um escorredor em um lugar sombreado e fresco.
5 – Enxaguar pela manhã e à noite. Nos dias quentes, é preciso lavar mais vezes. Os grãos iniciam sua germinação em períodos variáveis. Em geral, estão com sua potência máxima logo que sinalizam, o processo do nascimento, quando ficam prontos para serem consumidos.

Sugestões de sementes:

Todas as sementes comestíveis, tanto pelo homem como pelos pássaros: girassol, painço, niger, colza, aveia, trigo, linhaça, arroz, soja, centeio, gergelim, grão-de-bico, amendoim, lentilha, nozes, castanha-do-pará, amêndoas, ervilha, feno-grego etc.

Um dos ingredientes mais importantes é a "grama" do trigo. Muito rica em clorofila, é encontrada em mercados e muito fácil de ser plantada em casa. É só comprar sementes de trigo e colocar em bandejas de isopor ou copos plásticos. Basta regar que ela brota, nem precisa de terra. O ideal é comer enquanto está verdinha, até a altura de cerca de um palmo.

Receita: Ana Branco, designer e professora da PUC-RJ

ENERGIZANTE NATURAL DE VINAGRE

Ingredientes:

1 colher rasa de mel
1 colher de vinagre
água com gás

Modo de Fazer:

Dissolver o mel no vinagre. Em seguida, adicionar a água gasosa, sem mexer, para não perder o gás.

Como alternativa à água com gás, pode-se usar água de coco ou chá verde.

Receita: Vitório dos Santos Júnior, biólogo

MOLHO DE VINAGRE PARA SALADA

Ingredientes:

1 maçã-verde sem casca e sem semente
3 colheres de vinagre de maçã
1 colher (sopa) de azeite
1 dente de alho pequeno
sal a gosto

Modo de Fazer:

Misturar todos os ingredientes e usar para temperar saladas verdes.

Receita: Vitório dos Santos Júnior, biólogo

LASANHA DE ABOBRINHA

Ingredientes:

4 abobrinhas cortadas ao comprido
1 queijo minas padrão ralado
1 tomate
1 cebola
1 pimentão
alho a gosto (para quem gosta)
1 pacote de soja em grão (no lugar da carne moída)
cheiro-verde
molho de soja (para dar cor à carne)
3 copos de água quente
½ colher de açúcar
um pouco de óleo

Modo de Fazer:

Soja à Bolonhesa:

Colocar a soja em grão em uma vasilha com a água quente e um pouco de molho de soja. Deixar por 5 minutos e escorrer. Refogar a cebola, o tomate, o pimentão e o alho picados com um pouco de óleo. Depois, despejar a soja, misturar, acrescentar mais um copo de água e um pouco de molho de soja. Quando ferver, apagar o fogo e reservar. Acrescentar o cheiro-verde picado.

Montagem da Lasanha:

Em uma tigela refratária, colocar uma camada da soja à bolonhesa, uma camada da abobrinha cortada e uma camada do queijo ralado. Repetir as camadas até terminar. A última camada deve ser de queijo. Colocar no forno pré-aquecido entre 15 a 20 minutos.

Receita: Sandra da Conceição Oliveira, empregada doméstica

MÚSCULO COZIDO COM ESPECIARIAS

Ingredientes:

1kg de músculo cortado em cubos pequenos
400g de cebola picadinha
5 dentes de alho
1 colher de chá de páprica doce
1 colher de chá de páprica
sal a gosto
3 colheres de sopa de óleo vegetal
água para cobrir o músculo na panela

Modo de Fazer:

Em uma panela de pressão pré-aquecida, acrescentar o óleo e dourar bem as cebolas. Acrescentar o alho e, em seguida, o músculo. Acrescentar as pápricas e o sal. Tampar a panela e esperar apitar. Após o apito, baixar o fogo e deixar cozinhar por 20 minutos.

Receita: Clóvis Evaristo, motorista e professor de culinária

CALDEIRADA DE FRUTOS DO MATO

Ingredientes:

Hortis:

1 maço de couve-flor
1 maço de brócolis
1 berinjela
½ repolho branco ou roxo
½ maço de cebolinha
3 unidades de shiitake grande
outros produtos de horta a gosto

Sementes:

100g de trigo
100g de cevadinha
100g de gergelim branco

Temperos:

Miso, cúrcuma, louro, pimenta dedo-de-moça, almeirão, chicória, salsa ou coentro e azeite extravirgem.

Modo de Fazer:

Picotar o brócolis, o repolho e a berinjela. Prensá-los com miso até brotar o néctar. Picotar os outros hortis e colocá-los na panela de barro em fogo baixíssimo, prensando levemente com os temperos até atingir o amornamento. Adicionar shiitake fatiado junto aos prensados. Servir com aziete extravirgem.

Receita: Oficina da Semente




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