A auto-estima tem dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a auto-estima é a soma da autoconfiança com auto-respeito. Ela reflecte o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar os problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades). Assim, a auto-estima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e os outros
Ter uma auto-estima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é, competente e merecedor, no sentido que acabamos de citar. Ter uma auto-estima baixa é sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas errado como pessoa. Ter uma auto-estima média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento - às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo - reforçando, portanto, a incerteza.
Em alguns casos, a fraca autoestima das pessoas deve-se à sua aparência física, pois estas sentem-se pouco atraentes perante a sociedade. Quando a questão se prende com a obesidade é sempre bom aconselharmos a pessoa a emagrecer gradualmente e de forma saudável, através de um plano alimentar saudável, e exercício físico, estimularem a perda de peso. A pessoa terá mais gosto em arranjar-se e sentir-se-á mais bonita para se apresentar ao mundo!
Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim.
Quando crianças, a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito podem ser alimentados ou destruídos pelos adultos - conforme tenhamos sido respeitados, amados, valorizados e encorajados a confiar em nós mesmos.
Mas, em nossos primeiros anos de vida, as nossas escolhas e decisões são muito importantes para o desenvolvimento futuro de nossa auto-estima. Estamos longe de ser meros receptáculos da visão que as outras pessoas têm sobre nós. E de qualquer forma, seja qual tenha sido a nossa educação, quando adultos o assunto está em nossas próprias mãos.
Ninguém pode respirar por nós, ninguém pode pensar por nós, ninguém pode nos dar autoconfiança e amor-próprio.
Posso ser amado pela minha família, por meu companheiro ou companheira e por meus amigos e, mesmo assim, não amar a mim mesmo.
Posso ser admirado pelos meus colegas de trabalho e mesmo assim ver-me como um inútil.Posso projectar uma imagem de segurança e uma postura que iludem virtualmente a todos e ainda assim tremer secretamente ao sentir a minha inadequação.
Posso preencher todas as expectativas dos outros e, no entanto, falhar em relação ás minhas; posso conquistar todas as honras e apesar disso sentir que não cheguei a nada; posso ser adorado por milhões e despertar todas as manhãs com uma nauseante sensação de fraude e vazio.
Desenvolver a auto-estima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e optimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados.
Desenvolver a auto-estima é expandir a nossa capacidade de ser feliz. A verdadeira auto-estima não se expressa pela autoglorificação à custa dos outros, ou pelo ideal de se tornar superior aos outros, ou de diminuir os outros para se elevar. A arrogância, a ostentação e a super-estima das nossas capacidades são atitudes que reflectem uma auto-estima inadequada, e não, como imaginam alguns, excesso de auto-estima. Uma das características mais significativas da auto-estima saudável é que ela é o estado da pessoa que não está em guerra consigo mesma ou com os outros.
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