Cabeça de magro
Esse barato não foi provocado por uma nova droga da moda. É uma velha conhecida que, consumida com moderação, é essencial à nossa sobrevivência: comida. Mais especificamente aquela com grandes quantidades de gordura, sal e açúcar, ingredientes que, a ciência revela, nos fazem pedir cada vez mais, mais e mais. “São as chamadas comidas palatáveis, não só porque são saborosas e dão prazer, mas porque estimulam nosso apetite e nos fazem comer sem parar”, diz o autor do livro The End of Overeating (O Fim da Comilança, sem edição no Brasil) David Kessler, ex-integrante do FDA, órgão que regulamenta alimentos e remédios nos Estados Unidos. Esses ingredientes mexem em mecanismos cerebrais que costumam ser atingidos também por drogas pesadas, como a heroína e, a mais recente descoberta, maconha. Basta sentirmos um cheirinho de batata frita ou dar a primeira mordida em um bolo de chocolate para disparar o ciclo vicioso. “Comer alimentos ricos em açúcar, gordura e sal só nos faz comer mais alimentos ricos em açúcar, gordura e sal”, diz e repete Kessler. Para entender esse desejo sem fim, a ciência da gordura — que já analisou nosso metabolismo e reações fisiológicas — agora muda de foco. “As pesquisas sempre buscaram o que acontece em nosso corpo enquanto comemos. Mas a verdadeira pergunta é: o que acontece em nosso cérebro?”, diz Kessler. Entender isso é essencial para que possamos reprogramar nossa mente. E dar início a uma reabilitação alimentar — a única saída para se pensar como um magro.
Não é só gordura que tem essa capacidade de nos fazer continuar comendo mesmo quando já estamos supostamente satisfeitos. “Toda comida prazerosa pode neutralizar os sinais de saciedade”, diz o neurocientista David Linden, autor do livro A Origem do Prazer (lançado no Brasil em agosto pela Editora Elsevier). Aí também entram os pratos ricos em açúcar e sal, que liberam em nosso cérebro mais dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de felicidade e bem-estar, do que os demais tipos de alimentos. Um truque da natureza para que os homens das cavernas sobrevivessem.
Na dieta dos nossos antepassados, alimentos com sal, gordura ou açúcar eram raros — as refeições não tinham mais que 10% de lipídios, as gorduras que vinham da carne. Nosso vício em sal não é totalmente explicado pela ciência. Mas os pesquisadores desconfiam que seja uma estratégia evolutiva para compensar o sódio perdido no suor. Já a gordura e o açúcar são reservas naturais de energia: fomos programados para abocanhá-los sempre que os encontramos pela frente. “Mas sabemos que se você comer açúcar, gordura e carboidratos refinados [que se transformam rapidamente em açúcar na digestão] repetidamente, isso irá alterar seus circuitos de prazer”, afirma Linden. Com o tempo, as células cerebrais não irão responder de forma tão intensa ao estímulo provocado por esses ingredientes. Como acontece com a heroína, o efeito enfraquece com o passar do tempo. E aí você precisa de mais quantidade da substância para sentir o mesmo barato.
A prova veio de um estudo divulgado em abril, em que pesquisadores da Universidade de Yale, EUA, reuniram 48 mulheres, entre magras e acima do peso, para testar o quanto ficavam tentadas ao ver um milkshake de chocolate. Após 4 a 6 horas em jejum, as voluntárias olhavam para uma foto da bebida. Somente depois podiam saboreá-la de fato. Nos dois momentos, seus cérebros foram escaneados. Em algumas mulheres, os cientistas observaram um padrão de atividade de neurônios comum também no vício em drogas: a simples sugestão da comida ativava mais o sistema de prazer e recompensa do que ingeri-la propriamente. Essas mulheres tinham uma fissura por comidas calóricas maior do que a normal (já que liberavam mais dopamina nas preliminares) e uma satisfação inferior à média ao abocanhar as gostosuras (quando os químicos de bem-estar vinham menos do que o esperado). Resultado: elas comiam mais como forma de compensação.
O curioso é que esse padrão não foi visto apenas em mulheres obesas, mas também nas magras. “Estar dentro do peso não quer dizer que você não seja viciado em comida”, diz Ashley Gearhardt, pesquisadora do Centro Rudd para Política Alimentar e Obesidade da Universidade de Yale. Algumas pessoas compensam a comilança com dias sem colocar quase nada na boca ou com muito exercício físico, mas correm o risco de ganhar peso mais adiante.
de magro
A má notícia: somos viciados em gordura, sal e açúcar. A boa: novas pesquisas revelam que podemos reprogramar nossa cabeça para não cair em tentação. É o rehab alimentar
por Denise Dalla Colletta e Priscilla SantosCrédito: Sendi Morais |
OS VILÕES 1. BEBIDAS ADOÇADAS > Nosso corpo não interpreta as calorias dos líquidos como faz com os alimentos sólidos. Sucos, refrescos e refrigerantes saciam pouco e nos fazem comer mais. Quando há adição de açúcar, costuma ser em exagero. 2. GRÃOS REFINADOS > Pão e arroz branco logo viram glicose na digestão. Assim, há pouca diferença entre eles e uma tigela de açúcar puro. 3. BATATAS > São as piores. Rapidamente digeridas, viram glicose. As fritas são ainda mais viciantes, por causa da gordura e pela textura crocante por fora e macia por dentro, que ativam os circuitos de prazer. 4. CARNES > Evite até o fim as processadas (como hambúrgueres e salsichas) . Além da adição de gordura e açúcar, é como se a indústria já fizesse metade da digestão por nós. Macias e desmanchando na boca, só estimulam a comilança. 5. DOCES > Supercalórico, o açúcar é processado pelo corpo em tempo recorde e não deixa você satisfeito. É um dos ingredientes que dispara nosso sistema de vício no cérebro. Misturado à gordura (como em sorvetes) esse efeito é agravado. |
Toda essa comilança chega ao chamado hedonic hot-spot (ponto quente do prazer), uma espécie de ponto G do cérebro que, diferente do ponto G feminino, pode ser encontrado em regiões diversas. “Do tamanho de uma cabeça de alfinete, esses pontos levam a um pico de prazer quando são estimulados por opioides ou endocanabinoides”, afirma o professor de biopsicologia e neurociência da Universidade de Michigan, Kent Berridge. “A combinação de gordura e açúcar é muito mais potente do que os dois ingredientes separados”, diz Keller. Isso explica por que preferimos um brownie suculento a uma colher cheia de açúcar cristal. A somatória de sensações torna o prazer mais potente e a vontade de comer foge do controle. Para piorar, o mundo atual nos empurra para esses desejos o tempo todo.
A evolução que nos levou a fazer de tudo para comer alimentos calóricos, há milhares de anos, não previu que hoje haveria lojas de conveniência e lanchonetes a cada esquina. “O sistema que era útil à sobrevivência humana tornou-se muito perigoso, porque o excesso de consumo leva à obesidade, diabete e alguns tipos de câncer”, afirma o biopsicólogo Gary Beauchamp, diretor do Monell Center, instituto americano de pesquisa em paladar e olfato. Nossos antepassados pré-históricos precisavam armazenar todas as calorias disponíveis. Hoje, a maior parte do tempo estamos expostos a anúncios apelativos de comidas superdoces e gordurosas. Nunca foi tão fácil e barato conseguir salgadinhos e refrigerantes. E a indústria vem tomando proveito das descobertas sobre nosso vício em comida. “Os alimentos vêm sendo alterados com o objetivo de ficarem muito mais estimulantes. Nossa cabeça simplesmente não sabe como reagir a eles e acabamos comendo demais”, afirma Gearhardt.
A pesquisadora diz que a comida está tomando o papel que foi do tabaco há décadas. Quando fumar não era socialmente estigmatizado, o cigarro era fácil de se conseguir e exposto em todo lugar: bares, lanchonetes, supermercados. Com as campanhas contra essa indústria, a exposição diminuiu. O hábito caiu junto, mas abriu espaço para outros vícios. “Dos anos 60 até agora, o peso médio de um americano adulto aumentou 11 quilos”, afirma Linden. Os brasileiros também estão ficando mais cheinhos. Segundo dados do IBGE divulgados em julho, o excesso de peso já atinge metade da população. “Para algumas pessoas poderia ser o álcool, as drogas, o sexo ou a jogatina. Mas o vício socialmente mais aceito hoje certamente é o da comida”, diz Kessler. Afinal, vivemos em busca do prazer — cientificamente falando. Para se livrar de tal vício, que, em diferentes graus, atinge 85% da população mundial, só passando por um programa que o pesquisador chama de reabilitação alimentar.
Crédito: Sendi Morais |
NEM BOM, NEM RUIM 1 E 2. QUEIJO E MANTEIGA > Não se esforce para consumir apenas as versões light. Elas não fazem você ser mais magro do que alguém que se esbalda com as versões integrais. Uma fatia gorda de parmesão pode deixar você mais saciado que cottage. E fazê-lo comer menos. 3. VEGETAIS > Frutas e legumes não estão relacionados com perda ou ganho de peso. Mas podem ser uma boa se ocuparem o lugar daqueles alimentos supercalóricos. 4. LEITE > O leite é uma exceção entre as bebidas. Apesar de o cérebro normalmente não encará-las como fonte de caloria, nesse caso, a gordura e a proteína podem deixar você satisfeito antes. Proteínas são o grupo de alimentos que mais saciam. |
Assim como vale mudar o caminho de casa para o trabalho para evitar a lembrança ou um cheirinho tentador, é cauteloso não entrar na cozinha ao chegar em casa. Quando você passa longe das tentações, corta o ciclo de vício pela raiz. Por mais que você pense em um hambúrguer delicioso, se ele não está por perto e não há a menor chance de comê-lo, seu cérebro já não libera tanta dopamina. Logo, você não fica tão fissurado pelo sanduíche. O neurologista da Universidade McGill, no Canadá, Alain Dagher, comprovou isso em fumantes. Ao escanear o cérebro de voluntários, percebeu que os que haviam sido avisados de que receberiam cigarros ao final da sessão liberaram mais dopamina do que aqueles que sabiam que teriam que ficar sem fumar por mais 4 horas depois dela. O segredo, então, é dificultar o acesso às comidas gordas.
Repetir o cardápio todo dia também reduziria a fissura. Em abril, o professor de medicina preventiva da Universidade de Buffalo, Nova York, Leonard Epstein, publicou um estudo que demonstra que monotonia na mesa pode ajudar a perder peso. No experimento, mulheres cumpriam tarefas, como fazer uma palavra cruzada, e eram recompensadas com docinho e um pedaço de queijo. Foram cinco testes com dois grupos. Com o passar das sessões, observou-se que as voluntárias que iam semanalmente ao laboratório continuaram empenhadas em ganhar o queijo e o doce, mas as que frequentavam o local diariamente diminuíram seu desejo. “Elas se habituaram aos sabores e isso reduziu a motivação para comer”, diz Epstein. A tática pode funcionar para qualquer um que queira perder peso. Para não tornar as refeições um tédio, o pesquisador recomenda diminuir a variedade de alimentos ricos em gordura, sal e açúcar e, ao mesmo tempo, aumentar a de vegetais, laticínios e grãos — capazes de nos fazer parar de comer antes.
Crédito: Sendi Morais |
OS MOCINHOS 1. CASTANHAS > Apesar de calóricas e gordurosas, podem levar à perda de peso. Além de gerar saciedade mais rapidamente, pouco se sabe sobre o fenômeno. Mas cientistas afirmam que esta é a prova de que o teor de gordura não é o único que se deve considerar na escolha de um alimento. 2. PÃES E GRÃOS INTEGRAIS > Entram na categoria dos alimentos minimamente processados que deixam o trabalho completo da digestão para o seu corpo. Como o serviço leva tempo, garante uma trégua para sua cabeça não pensar em comida. 3. IOGURTE > Esse é o herói do emagrecimento — sim, mais do que vegetais e grãos integrais —, pois ajuda a povoar nosso organismo com bactérias benignas. Cientistas acreditam que quando se tem poucas bactérias benignas no corpo, se engorda (não por acaso, bovinos são tratados com antibióticos para ganhar peso). |
A descoberta dos pesquisadores americanos e italianos sobre a liberação no intestino de endocanabinoides pode ajudar a entender essa contradição. Afinal, especulam os cientistas, esses químicos similares aos da maconha são os que prejudicam o envio dos sinais de saciedade ao cérebro. A nova pesquisa também abre perspectivas para a criação de remédios que bloqueiem essas substâncias e, assim, nos façam comer menos. “Foi a primeira vez que um estudo mostrou que é possível inibir os endocanabinoides no intestino, ou seja fora do cérebro, eliminando possíveis efeitos colaterais psíquicos”, afirma DiPatrizio. A hipótese foi testada em ratos, mas ainda está longe de fazer você poder se esbaldar na comilança sem se preocupar com os quilos extras.
Enquanto gordura, sal e açúcar ainda deixam você na fissura, o melhor é investir no programa de reabilitação alimentar. Resista à tentação das comidas supergordas e incrivelmente sedutoras e aposte nos pratos que vão deixá-lo satisfeito por mais tempo. Grãos integrais e alimentos cheios de fibras, como frutas e legumes, farão você passar mais horas sem comer após uma refeição. Sim, não é fácil ir contra nossa tendência natural a ter cabeça de gordo. De vez em quando você terá recaídas. Mas, aos poucos, pode conseguir reprogramar sua mente. E verá que nada garante tantos quilos a menos como ter uma cabeça de magro.
Mente gorda
A verdade é que há uma ligação direta entre as emoções e o ganho de peso. Assim sendo, a cabeça pode, sim, levar ao sobrepeso, principalmente em pessoas com a "mente gorda".
O corpo sente as consequências quando a alimentação deixa de ser combustível para o funcionamento do corpo e vira fonte de prazer. É quando o estado emocional passa a ser dependente da comida. A situação se agrava ainda mais quando ela se torna a única fonte de prazer.
Já Keila Sena, também produtora cultural e de comerciais, comenta que a ansiedade a faz comer além da conta, e geralmente isso está relacionado a questões pessoais. Enquanto está na correria que seu trabalho impõe, ela diz não sentir nenhum pouco de fome. "Mas de uns poucos anos pra cá, quando tenho um sentimento mais voltado para a tristeza, sinto vontade de comer doces. Doce nunca foi meu forte, mas quando tenho esse tipo de sentimento, angústia, tristeza, o doce me conforta."
Apesar de não haver estudos conclusivos sobre diferenças de gênero quanto aos comportamentos alimentares, vários dados, segundo o psicólogo cognitivo-comportamental Diego Macedo, apontam serem as mulheres mais suscetíveis a transtornos alimentares. Segundo 4ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatísticas das perturbações Mentais (DMS), publicação norte-americana, o sexo feminino apresenta uma tendência 1,5 vez maior para apresentar problemas dessa ordem, relacionado com comer compulsivamente e impulsivamente.
Terapia cognitiva é o tratamento mais indicado
O tratamento mais recomendado para distúrbios alimentares é a Terapia Cognitivo-comportamental, uma técnica que trabalha modificando os padrões de pensamento, emoção e comportamento construídos ao longo de anos pelo paciente, como indica o psicólogo e professor Diego Macedo.
"A pessoa que usa técnicas cognitivas comportamentais consegue desenvolver um padrão de consumo alimentar mais saudável, geralmente diminuindo o desconforto diante dos alimentos calóricos. Além disso, o paciente aprende a desenvolver uma nova rotina, no qual pode até incluir alimentos calóricos mas em menor quantidade, em uma menor frequência semanal de consumo e de modo que não se estabeleça uma rotina para esses alimentos", esclarece Diego, para quem tudo é uma questão de mudança de hábitos e dos padrões de pensamento.
O psicoterapeuta Ronnie Peterson trata distúrbios alimentares com hipnoterapia ericksoniana e diz gostar de fazer seus pacientes perceberem como seus próprios pensamentos funcionam. Segundo ele, muitas vezes uma dieta não funciona pelo fato de ser uma mudança imposta de comportamento. "Só que mudar um hábito sem uma mudança cognitiva e emocional, ou seja, sem mudança de pensamento e de sentimento, a probabilidade daquele comportamento antigo voltar é muito grande."
Ele comenta ser a comida algo muito primitivo e de ser através da boca nossa primeira relação com o mundo. É a chamada fase oral, quando temos contato com o peito materno que, além do alimento, nos dá conforto, afeto e acolhimento. "Tem mães que amamentam os filhos e estão ansiosas, depressivas, não estão conseguindo estar emocionalmente com eles. Então, você vai associar aquela sensação de comer e de não se saciar."
Diego Macedo comenta que nem sempre a pessoa com esse padrão de "pensamento gordo" é obeso, apesar de essa ser uma forte tendência. "É comum haver sentimentos desagradáveis durante e após os episódios de excesso alimentar já que o ato comer compulsivamente mexe com a auto-estima e com o humor, podendo levar a quadros de transtornos de ansiedade e depressão."
Já Ronnie Peterson diz ouvir bastante no consultório pacientes dizendo: "Nem gosto tanto assim de comer, mas quando fico ansioso, eu como. E eu não sei porque isso acontece." Na verdade, segundo o terapeuta, trata-se de uma pessoa ansiosa, que associa a ansiedade a um comportamento de comer muito.
Além de hipnose, Ronnie Peterson também trata seus pacientes com meditação que, de acordo com ele, ensina a pessoa a lidar com a respiração, o que melhora a ansiedade, e também faz desenvolver a atenção pelos próprios pensamentos.
"Não podemos esquecer também que tem o componente educativo. Ao mesmo tempo em que nossa sociedade cobra das pessoas ter corpos extremamente sarados e magros. Então, a gente saber que em nossa sociedade como um todo, no geral, as pessoas têm uma dificuldade muito grande de lidar com o próprio corpo, de escolher alimentos saudáveis também", reflete Ronnie.
FONTE: Tribuna do Norte
"Ame o seu corpo" para perder peso
A obesidade aumenta o risco de diabetes e doenças cardíacas e pode reduzir significativamente a expectativa de vida de uma pessoa.
Por isso, não deveria ser surpresa que as pessoas que gostam mais de si mesmas deveriam lutar com maior determinação contra essa condição.
Pesquisadores das universidades Técnica de Lisboa e Bangor fundamentaram essa constatação, em um estudo que mostra que melhorar a autoimagem pode aumentar a eficácia dos programas de emagrecimento com base em dietas e exercícios.
Psicoterapia
Os pesquisadores reuniram mulheres com sobrepeso e obesidade em um programa de perda de peso com um ano de duração.
Metade das mulheres recebeu informações sobre saúde em geral, sobre a boa nutrição, gerenciamento do estresse, e a importância de cuidar de si mesmas.
A outra metade participou de 30 sessões semanais em grupo, onde foram discutidas questões como exercícios físicos, o comer emocional, melhoria da autoimagem corporal, e como reconhecer e superar barreiras pessoais à perda de peso e lapsos da dieta, o chamado efeito sanfona.
Conscientização
As mulheres do plano de intervenção comportamental melhoraram a imagem que tinham do próprio corpo e reduziram suas preocupações com as dimensões e a forma corporal.
Ao contrário do que possa parecer, contudo, mesmo se sentido muito melhores consigo mesmas, elas não se resignaram com seu peso.
Em comparação com o grupo controle, elas foram mais capazes de auto-regular sua alimentação e perderam muito mais peso - em média 7% do seu peso inicial, em comparação com menos de 2% para o grupo controle.
Problemas de imagem corporal
"Problemas de imagem corporal são muito comuns entre as pessoas com sobrepeso e obesidade, muitas vezes levando a padrões mais rígidos de alimentação, que são obstáculos para perder peso," dizem os pesquisadores.
"Nossos resultados mostraram uma forte correlação entre melhorias na imagem corporal, especialmente na redução da ansiedade sobre as opiniões de outras pessoas, e mudanças positivas no comportamento alimentar.
"Com isto, acreditamos que aprender a se relacionar com o próprio corpo de forma mais saudável é um aspecto importante para a manutenção da perda de peso e [isto é algo que] deve ser abordado em todos os programa de controle de peso." FONTE: Diário da Saúde
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