OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


domingo, 17 de novembro de 2013

Por que as calorias que você pensa que os alimentos possuem estão erradas

Por em 20.02.2013 as 15:00

Se você escolhe seus alimentos com base nos valores calóricos listados na embalagem, cuidado: de acordo com o primatologista Richard Wrangham, da Universidade de Harvard (EUA), a variação entre esses valores e os “reais” pode ser de até 30%.
Atualmente, o método usado para calcular a quantidade de calorias de um alimento se baseia em um sistema desenvolvido há mais de um século pelo químico Wilbur Olin Atwater. Ele estabeleceu que um grama de carboidrato ou de proteína teria 4 kcal e que um grama de gordura teria 9 kcal.
“A Convenção de Atwater oferece valores realistas para comidas altamente digeríveis, como pão branco”, reconhece Wrangham. Mas por considerar que fibras seriam passadas “direto” pelo sistema digestivo, Atwater desconsiderou valores calóricos para elas e, segundo Wrangham, isso gera uma imprecisão em relação a certos tipos de alimentos, uma vez que as fibras são, ao menos até certo ponto, digeridas.
Além disso, Wrangham aponta que a Convenção não considera a energia que o corpo gasta para digerir diferentes tipos de comidas – alimentos crus, por exemplo, demandam mais energia. “Há duas razões básicas pelas quais alimentos crus fornecem menos calorias do que cozidos – são menos digeríveis e os pedaços que podem ser digeridos demandam mais energia para serem quebrados. Estamos falando de uma diferença de 10 a 30%”, aponta. “Assim, comer alimentos crus é uma boa maneira de perder peso, mas você precisa ter cuidado quanto a isso a longo prazo, e não é uma prática recomendada para crianças”.
Embora Wrangham ressalte a importância de se desenvolver sistemas mais precisos, a solução não seria facilmente implantada. “Não podemos chegar a uma situação em que os produtores de alimentos poderão usar evidências como a digestibilidade de seus produtos para determinar precisamente o efeito em nosso consumo de calorias, já que há uma variante psicológica, e seria impossível recomendar, por exemplo, uma meta diária de calorias com base nessa premissa”, aponta Catherine Collins, nutricionista-chefe da St George’s Hospital Medical School em Londres (Inglaterra).
Além disso, o alto custo para se desenvolver e aplicar um sistema mais preciso de cálculo de valores calóricos acaba dificultando a iniciativa. Seja como for, é importante que o consumidor esteja atento a essa diferença entre os valores calóricos anunciados e os “reais”.[Medical Xpress] [Science Magazine] [The Guardian]

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