OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


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sexta-feira, 24 de junho de 2016

sábado, 11 de julho de 2015

NÃO FAÇA DIETAS! APRENDA A SE ALIMENTAR EQUILIBRADAMENTE

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Olá, Amores!
Sou completamente contra DIETAS! 
Dietas recorrentes, principalmente as que prometem resultados mágicos, desregulam mecanismos finos e delicados de controle de fome e de saciedade. Por isso é tão comum o círculo vicioso de ganho-perda-ganho de peso. Nosso cérebro (e nosso organismo) já não sabe como se portar diante da alternância de privação e oferta de alimento.
Portanto, evite dietas malucas, com alta restrição calórica ou de algum nutriente importante, como a Dieta da Proteína, por exemplo. Isso induzirá um grande estresse corporal e pode influenciar de forma negativa na manutenção de um peso saudável.
Já percebeu que o termo ‘ioiô’ aparece tão associado à palavra 'dieta'? PORQUE DIETA ENGORDA! 
Um estudo da Universidade de Columbia, nos EUA, apurou que, depois de eliminarmos peso, as áreas do cérebro responsáveis pelo desejo de recompensa estão mais ativas do que as responsáveis pelo autocontrole; e os níveis do hormônio grelina, responsável pela sensação de fome, ficam 20% mais altos. Enquanto isso, os níveis hormonais de leptina, que inibe o apetite e aumenta a taxa metabólica, descem abaixo do normal. 
É necessário mudar é a forma de se relacionar com a comida. 
1. Corte 50% do doce: Estudos comprovam que, quando se restringe demais o cardápio, cortando radicalmente os ingredientes mais amados, o risco de um ataque à geladeira aumenta potencialmente. E procure optar por doces que levem fruta, como musse de maracujá, torta de maçã, bolo de laranja, em vez daqueles que são chocolate puro. 
2. Diga sim ao carboidrato camarada: Descarte de uma vez por todas aquela velha estratégia de cortar pão, massa e arroz para tentar um emagrecimento a jato. Várias pesquisas já provaram que reduzir drasticamente a cota de carboidrato do menu pode provocar queda no rendimento intelectual, cansaço e até mesmo depressão. Você só precisa saber escolher o carboidrato do bem, que são integrais. 
3. Eleja seu Mc Dia Feliz: Dá para fazer um acordo de paz com a balança sem ter que abandonar essas veneradas guloseimas. Um dos segredos é selecionar as combinações; por exemplo, se quiser um sanduíche mais reforçado, tipo Big Mac, dispense a batata frita e a sobremesa. Outro segredo é maneirar no garfo nas outras refeições do dia, elegendo apenas pratos ultraleves. E esse tipo de farra gastronômica na lanchonete não pode virar rotina! 
Comer equilibradamente e os alimentos certos, sem passar fome, é missão para o resto da vida. 
Você Quer, Você Pode, Você Consegue!


domingo, 17 de maio de 2015

Dieta Ravenna


Comportamento
|  N° Edição:  2354 |  09.Jan.15 - 20:00 |  Atualizado em 17.Mai.15 - 18:17

Um regime poderoso

Como o método de emagrecimento do médico argentino Máximo Ravenna conquistou presidente, ministros e parlamentares em Brasília e se tornou a nova moda entre as dietas

Josie Jeronimo e Camila Brandalise
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O poder está de dieta e isso não é uma metáfora para o cenário de arrocho financeiro do País. A austeridade está no cardápio e os resultados já podem ser verificados em muitas silhuetas, inclusive na da presidente Dilma Rousseff. De vestido claro, Dilma desfilou na cerimônia de posse, no dia 10 de janeiro, ostentando seis quilos a menos. A proeza foi alcançada em dez dias e, o feito, creditado à dieta Ravenna, método de emagrecimento que alia o corte de farinhas e açúcares a sessões de acompanhamento terapêutico para mudar a relação do paciente com a comida. Dilma foi apresentada ao trabalho do médico argentino Máximo Ravenna (leia entrevista na pág. 46) pela ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci. Quando a amiga apareceu 17 quilos mais magra, a presidente resolveu aderir ao método e logo o indicou para a nova titular da Agricultura, Kátia Abreu. Antes de trazer Dilma para as fileiras de Ravenna, Eleonora já havia passado a corrente para Miriam Belchior, ex-titular do Ministério do Planejamento. E as conversas nas reuniões ministeriais fizeram o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entrar para o clube, até então exclusivamente feminino no Planalto.
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A presidente fez adaptações para conseguir seguir o método do especialista argentino: ela não poderia frequentar o centro terapêutico nem participar das reuniões de acompanhamento, como fazem os outros pacientes. No seu lugar, então, mandou a chef de cozinha da Presidência para a clínica. Andrea Munhoz conheceu o cardápio Ravenna e o adaptou para Dilma. O consultório, geralmente, oferece pratos prontos congelados para pacientes que queiram levar a comida balanceada em porções de 300 calorias para casa. A presidente não comprou as refeições da clínica, mas sua chef reproduziu o modelo e elaborou as frações. Antes da refeição, a presidente toma um caldo de legumes ralo, bem quente. Aquecer as papilas gustativas é uma técnica que o médico usa para dar ao paciente à sensação de saciedade antes de consumir o prato principal. A dieta de Dilma revolucionou as compras do governo. As despensas das copas do Palácio do Planalto foram abastecidas, nas últimas semanas de dezembro, com gelatinas diet, barras de cereal sem glúten, água de coco, chá-verde e castanhas. Esses produtos são os lanchinhos intermediários que a presidente come entre as quatro refeições. A chef de Dilma tem de usar a criatividade para inventar pratos, pois o método do argentino proíbe alimentos à base de farinhas refinadas e controla as carnes, permitindo apenas proteínas com pouco teor de gordura. Convidada pela equipe do consultório de Brasília a aderir à dieta junto com a chefe do Executivo, Andrea Munhoz preferiu manter o próprio cardápio.
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A inserção de um novo método na rotina presidencial tirou as funções da nutricionista oficial da Presidência. A alimentação do chefe de Estado sempre foi uma responsabilidade de funcionários das Forças Armadas. A nutricionista oficial do Palácio da Alvorada é a capitã de fragata Luisa da Costa. Geralmente, os profissionais são orientados a oferecer pratos de até 1.800 calorias para os presidentes e familiares. Na dieta Ravenna, Dilma é submetida a 900 calorias diárias. Por enquanto, a petista anda empolgada com os resultados. Mas ela não está seguindo um princípio básico do método, que é o acompanhamento terapêutico. O tratamento é conhecido por ajudar o paciente a manter o peso, não só a perder os excessos. Apesar da propaganda positiva que a clínica teve com a redução das medidas da presidente do País, sócios temem que, se ela não se dedicar ao tratamento integral e voltar a engordar, o marketing possa ter efeito contrário.
A febre Ravenna tem dado trabalho para outras equipes de copa da Esplanada. Ministros que costumavam sair para almoçar agora têm como hábito pedir a refeição no gabinete para não fugir da dieta. Entre eles está José Eduardo Cardozo, da Justiça, que perdeu cinco quilos com o método, mas tem objetivos ambiciosos de afinar pelo menos 22. Cardozo diz estar reduzindo a agenda de almoços políticos para não cair em tentação. Kátia Abreu, da Agricultura, não teve a disciplina necessária e comeu de tudo nas festas de fim de ano. Ela chegou a perder quatro quilos em pouco mais de uma semana, pois queria ficar bem no vestido de noiva que usará em sua cerimônia de casamento no próximo mês. Mas a nova ministra afirma que, depois dos abusos do fim de ano, voltou ao cardápio light.
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Quem introduziu Ravenna no meio político foi a deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Em abril de 2010, ela sofreu um infarto. Após deixar o hospital e voltar à rotina, seu cardiologista lhe deu um puxão de orelha: ela precisava emagrecer. Com sobrepeso e complicações cardíacas, o médico recomendou uma dieta que não utilizasse medicamentos. Assim, ela conheceu o consultório de Ravenna. “Fui eu quem indicou o método para a Eleonora. Em dezembro de 2013, fui a uma reunião com a ministra e ela me perguntou o que eu havia feito para emagrecer. Eu perdi 24 quilos”, diz Erika.
No Congresso, a dieta do especialista argentino criou uma espécie de “frente parlamentar Ravenna”. Pelo menos 15 deputados da base governista e da oposição estão unidos no objetivo de emagrecer. Nos dias de intensos debates e votações, alguns deputados levam comida saudável congelada em vez de almoçar nos restaurantes do Parlamento. Um exemplo é a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), que perdeu 12 quilos. Sua colega de partido Alice Portugal (PCdoB-BA) foi uma das primeiras a conhecer o sistema de emagrecimento, que faz sucesso com celebridades da música da Bahia desde 2010. Ela foi à clínica para apoiar sua filha e também entrou na dieta. A jovem perdeu 37 quilos e se tornou uma atleta amadora e a deputada deixou para trás 13 quilos. “A vida parlamentar engorda, não tem um restaurante no Congresso que ofereça comida mais saudável, é uma vida sem regra. Parei durante a campanha, mas, assim que eu puder, volto para o Ravenna”, afirma Alice.
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6.jpgEntre os parlamentares que conheceram o método por meio de Alice está o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Ele perdeu seis quilos em dez dias, mas tem sofrido com a quantidade de reuniões políticas que envolvem comida e bebida. 

Como precisa acompanhar os colegas, em vez de degustar um bom vinho, ele enche a taça com refrigerante diet. De olho nas autoridades que estão sempre em jantares por Brasília, os restaurantes passaram a oferecer cardápio específico para os adeptos de Ravenna. O Dali Camões, o Lakes e a pizzaria Santa Pizza, todos frequentados pelas esferas de poder, são exemplos. Mesmo os lugares que ainda não têm parceria com a clínica já estão em sintonia com o sucesso da dieta na cúpula política de Brasília. Nos restaurantes estrelados da capital, os garçons estão habituados a pedir adaptações nos pratos, quando o cliente informa que está em tratamento. Além de ser uma dieta, o método Ravenna está se tornando um modo de comer. O ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil Moreira Franco nunca viu o ponteiro da balança disparar. Ainda assim, ele usa o cardápio do médico argentino quando sai para comer em Brasília.

A fórmula é antiga: uma dieta de baixíssimas calorias que exclui alimentos engordativos, gordurosos ou que possam disparar o apetite, como os carboidratos refinados. Não entram pães, macarrão e arroz, nem integrais. É feito, ainda, um plano de exercícios e agendadas consultas com médicos, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos. Ainda assim, nada de revolucionário. Por que, então, a dieta Ravenna é a bola da vez da perda de peso? “O grande diferencial é uma excelente estrutura de marketing”, afirma a endocrinologista Cintia Cercato, integrante do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Na opinião de Cintia, o método tem vários pontos a favor, por seguir preceitos amplamente difundidos na literatura médica sobre metabolismo e perda de peso, como o baixo consumo de calorias e exclusão de alguns tipos de carboidratos. Mas salienta que é preciso acompanhamento para que um cardápio tão restrito não signifique falta de nutrientes.
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O médico e psicoterapeuta argentino Máximo Ravenna começou sua trajetória de sucesso em 1993, ao abrir a primeira clínica em Buenos Aires. Lá, teve entre os clientes famosos o ex-jogador Diego Maradona. Mas só em 2009 fundou uma clínica no Brasil, primeiro em Salvador. Um ano depois, já fincava base em São Paulo. Na lista de pacientes da capital paulista está a empresária Luiza Helena Trajano, dona do Magazine Luiza. Apresentada ao método pela filha, resolveu frequentar a clínica. “Assistência prestada e serviços realizados fizeram eu me adaptar bem”, diz Luiza, que perdeu 23 quilos em um ano. Também passou por lá Mariana Belém, filha da cantora Fafá de Belém, que contabilizou 15 quilos a menos em três meses e meio. Em 2012, a marca pousava também em Brasília, mas mesmo antes já se ouvia o nome do médico entre os parlamentares.

9.jpgApesar do cardápio restrito, a nutricionista do centro terapêutico do dr. Ravenna em São Paulo, Thais Shibuia, salienta que não se trata de uma dieta de proteínas, que tem como arauto o médico Pierre Dukan. “Além disso, muitos alimentos são cortados apenas na fase do ‘descenso’, ou seja, até o paciente perder os quilos que precisa”, diz Thais. Na primeira etapa, não adianta chiar. É preciso seguir à risca as orientações e, se pedir para aumentar a quantidade de alimentos, o paciente provavelmente será encaminhado para a psicóloga para entender o porquê dessa necessidade. O lema geral é “emagreceu, o peso desceu”.

O próprio Ravenna vem ao Brasil, de duas a três vezes por ano, para fazer palestras em seus centros. O médico se orgulha de não incluir remédios nem cirurgias nos tratamentos. Para a endocrinologista Maria Edna de Melo, membro de entidades como The Endocrine Society, dos Estados Unidos, e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), por ser uma doença, a obesidade não pode ser tratada apenas pelo seu caráter comportamental. “Pode ser que a questão psicológica seja o fator principal para alguns, mas não se pode generalizar”, afirma. Cintia Cercato, da Abeso, concorda. “A obesidade é colocada como se fosse um problema puramente psicológico e como pesquisadora posso dizer que não é. Há mais de 250 genes envolvidos na fisiopatologia da doença”, diz. “No tratamento, é preciso mudar os hábitos de vida, mas há situações em que focar só no comportamento não funciona.”
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Alguns especialistas afirmam que o grande trunfo do Ravenna é unir todas as atividades em um mesmo centro, chamado pelos pacientes de “clube” (leia mais sobre o método na pág. 44). Ele concebeu uma mistura de spa com Vigilantes do Peso, já que, além de todo o acompanhamento médico e nutricional, conta ainda com atendimento psicológico e grupos terapêuticos para que os clientes dividam suas experiências. É prático – quem pode, passa o dia lá: toma o café da manhã no restaurante, depois pode ir para um grupo e, ao fim dessa segunda atividade, vai para a sala de ginástica se exercitar. Se tiver alguma consulta, pode esperar pelo almoço e ficar até o jantar. O pacote para ter acesso a esse clube da saúde é de R$ 1.570 para adultos. No preço não estão incluídas refeições, que, além de serem servidas no local, também são vendidas congeladas. “O método está famoso porque é a bola da vez. Aí muitos seguem, têm bons resultados, e outras pessoas vão atrás”, afirma Walmir Coutinho, presidente da Federação Mundial de Obesidade. “Daqui a um tempo, vai aparecer outra dieta para ocupar esse lugar.” Mas até lá a marca de 120 toneladas perdidas pelos pacientes do Ravenna até hoje só aumentará – com uma contribuição de peso vinda de Brasília.
“Muitos políticos têm vergonha de se cuidar”
Aos 76 anos, o médico argentino Máximo Ravenna possui clínicas em cinco países – Argentina, Brasil, Espanha, Paraguai e Uruguai – e tem entre seus clientes artistas, empresários e políticos, muitos deles brasileiros.
 
dr.ravena.jpgISTOÉ – Nos últimos meses, autoridades brasileiras têm atribuído o afinamento da silhueta à adesão ao método Ravenna. O sr. sempre atendeu políticos?
Dr. Máximo Ravenna
– Sempre atendi políticos. São pessoas que vivem distraídas e ocupadas com sua função e acabam ganhando peso. Muitos ainda têm vergonha de se cuidar, mas eles têm uma imagem pública.

ISTOÉ – Pessoas com rotina profissional muito estressante têm mais facilidade para engordar?
Dr. Ravenna –
Sim, porque têm mais tendência a acumular cortisol e ter desequilíbrios na liberação do hormônio insulina.

ISTOÉ – Por que o método do sr. favorece a manutenção do peso?
Dr. Ravenna
– Uma pessoa gorda sabe emagrecer e engordar, mas não sabe manter. E isso não é bom. No nosso método temos o lema do abandono de alimentos que dificultam o emagrecimento, como as farinhas e o açúcar, e isso exige atenção plena.

ISTOÉ – Como funciona o tratamento psicológico do paciente?
Dr. Ravenna
– A reprogramação mental é a base do tratamento. É a partir do conhecimento profundo de cada um, da consciência do que significa o alimento, que o paciente vai perder e manter o peso. As pessoas vão se pesando dia a dia, perdendo peso e nós acompanhamos como ela está emocionalmente.

ISTOÉ – Inibidores de apetite funcionam?
Dr. Ravenna
– Nós achamos que fazem mal, pois produzem pequenos resultados, praticamente imperceptíveis. Os remédios podem causar transtornos emocionais.

ISTOÉ – Os adoçantes são aliados ou vilões?
Dr. Ravenna –
Adoçantes não naturais podem trazer problemas ao organismo, mas ainda não se sabe bem as enfermidades que podem causar. E podem ter efeito no pâncreas, na produção de insulina: a pessoa tem sensação de fome, mas não lhe falta nada.

ISTOÉ – O sr. aprova dietas que cortam o glúten e derivados do leite?
Dr. Ravenna –
A eliminação do glúten, em certa linha de trabalho responsável, se dá pelo grande número de enfermidades digestivas e metabólicas que ele provoca. E nós não aplicamos de forma drástica a redução dos lácteos. Não vamos nos transformar em fundamentalistas. Nosso mecanismo de trabalho é que a pessoa deve estar bem nutrida.
Fotos: Pedro Ladeira/Folhapress; Adriano Machado/ag.istoé; Ronaldo de Oliveira/cb/d.a press; Divulgação; Arquivo Pessoal; Pedro Dias/ag. istoé 

Cardápio de um dia do Método Ravenna

Veja como é o cardápio de um dia do Método Ravenna, que elimina até 2 kg em 1 semana

Texto Rita Trevisan e Thaís Macena | Adaptação Rebecca Nogueira Cesar
Cardápio de um dia do Método Ravenna
Foto: Xico Buny
Método Ravenna: Cardápio de um dia
Café da manhã- 1 pote (200 ml) de iogurte natural desnatado adoçado com sucralose ou estévia
- 1 pires (chá) de fruta picada (melão, morango ou pera)

Almoço- 1 cumbuca (pequena) de sopa de abóbora com brócoli
- 1 prato (raso) de salada de alface, rúcula e agrião, temperada com 1 fio de azeite de oliva extravirgem, vinagre a gosto e 1 pitada de sal
- 1 filé médio de carne magra
- 1 col. (servir) de arroz integral
- 1 banana-prata com canela
- 1 café expresso

Lanche da tarde- 2 torradas de abóbora, sem glúten e sem açúcar (à venda em lojas de produtos naturais)
- 1 queijo tipo Polenghi

Jantar- 1 cumbuca (pequena) de sopa de legumes picados (vagem, cenoura, chuchu e aipo)
- 1 prato (raso) de salada com 1 pepino e 1 tomate cortados em rodelas e alface à vontade, temperada com 1 fio de azeite extravirgem, vinagre a gosto e 1 pitada de sal
- 1 pires (chá) de picadinho de frango com pimentão e batata
- 1 tigela de gelatina diet
- 1 xíc. de chá branco

Revista Corpo a Corpo | Ed. 279

Dieta do Dr.Ravenna




Dr. Máximo Ravenna é um famoso médico e psicoterapeuta argentino que desenvolveu um programa de dieta que vem fazendo muito sucesso. Sendo que até mesmo o Brasil conta com um Centro Ravenna de atendimento, que tem clientes de todo o país.

Essas pessoas contam com relatos impressionantes, de gente que perdeu peso rapidamente. Dentre elas, uma paciente que firma ter perdido mais de 45 quilos em 7 meses.

A Dieta Ravenna é uma dieta de baixas calorias que provoca o rápido emagrecimento, permitindo que você perca até 3 quilos já na primeira semana. Depois, com a continuação. você pode chegar a emagrecer o quanto desejar, basta seguir a dieta rigorosamente e ter propósitos determinados para alcançar os objetivos. Eles são estabelecidos de acordo com os padrões internacionais, ou seja, depois de uma série de exames é feita a medição das porcentagens de massa magra e gordura corporal e então pode-se estabelecer o peso ideal.

A partir daí, é definida a dieta e o plano de atividades físicas, ambos personalizados de acordo com as necessidades e as características de cada paciente.
Contudo, apesar da Dieta Ravenna ser personalizada, há alguns princípios que norteiam os programas elaborados pelo médico, como por exemplo a redução radical do consumo de produtos que contenham farinha branca, doces e carboidratos. A dieta é organizada em 4 refeições: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.

A seguir vamos trazer algumas opções que guiam o cardápio da Dieta Ravenna para você conferir e se basear para montar a sua dieta, mas antes de correr para montar sua dieta usando como modelo o método Ravenna, aconselho que leia a entrevista que fiz com a Andréa do P12s, o programa de emagrecimento definitivo mais completo que já tive a chance de conhecer. Nessa entrevista, A Dieta da Presidente Dilma, perguntas como, “O método Ravenna Funciona Mesmo?” , “Quais os Prós e Contras da Dieta do Dr Ravenna?” e muitas outras são respondidas com muita franqueza.
Café da manhã e da tarde: (café, iogurte, 1 fonte de proteína e 1 fruta)
  • Café com leite desnatado e adoçante, omelete de peito de peru e uma fruta;
  • Café com leite desnatado e adoçante, 1 iogurte desnatado e 1 fruta;
  • Café com leite desnatado e adoçante, 2 fatias de queijo branco e 2 fatias de peito de peru;
Almoço e Janta: 1 porção de caldo, salada verde (tomate, pepino, alface, agrião, champignon), 1 fonte de proteína(carne, frango, peixe, ovo), vegetais (vagem, couve-flor, purê de abóbora,  suflê de cenoura) e sobremesa (ameixa, maçã, abacaxi, morango, damasco, goiaba, pêssego fruta ou compota diet e gelatina).
  • 1 prato de caldo de tomate, salada verde, 1 filé de frango com legumes e 1 porção de gelatina light;
  • 1 prato de caldo de abóbora, salada verde, 1 filé de alcatra, cenoura refogada, pêssego em calda light;
  • 1 prato de caldo de cebola, salada verde, abobrinha gratinada com ricota, 1 fruta;
Além da dieta o programa do Dr. Ravenna inclui 1 hora de malhação diária, dividida em ½ hora de caminhada ou bicicleta ½ hora da atividade de sua preferência.

http://emagrecerrapido.info/dieta-do-dr-ravenna/

Por Luiza Camargo 3 meses atrás

Dieta Ravenna: método que conquistou Dilma Rouseff promete emagrecer 2 kg por semana

Desenvolvida pelo médico e psicanalista Maximo Ravenna, dieta fez a presidente perder 13kg em 4 meses. Médica nutróloga fala dos benefícios do método; confira

A presidente Dilma Rousseff está nitidamente mais magra em 2015. Desde outubro de 2014 ate o final de fevereiro, ela já tinha emagrecido 13kg, graças a uma dieta que se popularizou muito no Brasil nos últimos anos: o Método Ravenna.

Criado pelo medico e psicanalista argentino Maximo Ravenna, o programa de emagrecimento une diferentes profissionais da área da saúde, sendo multidisciplinar.

" No método Ravenna há um médico, educador físico e psicólogo ou psicanalista, que analisa o lado emocional da pessoa e o motivo que ela descarrega suas emoções na comida",  explica a médica nutróloga Doutora Alice Amaral.

Segundo a médica, a dieta Ravenna é dividida em 4 refeições por dia, café/almoço/lanche/jantar, e em média são consumidas 800 até 1200 calorias por dia.

" No método Ravenna  são proibidos alimentos com alto índice glicêmico, como doces, massas, batatas, pães, fritura, queijos amarelados e bebida alcoólica. Antes do almoço e do jantar, também é indicado o consumo de uma leve salada ou caldo, para diminuir a fome na refeição", esclarece.

O método promete emagrecer, em média, 2 kg por semana, por isso seu sucesso é enorme, já que  a perda de peso é muito rápida.

"Frutas cítricas, como abacaxi e limão, carnes magras, como peixes e frangos, leites e derivados como ricota, vegetais e legumes estão liberados dentro da quantidade calórica permitida", explica a médica.

Com acompanhamento do educador físico que conhece a dieta, exercícios físicos, sob sua orientação, estão permitidos.

Mesmo sendo um método que faz as medidas enxugarem rapidamente, ele não é considerado o mais "saudável", e, como o consumo de calorias diárias é pequena, é fácil as pessoas desistirem  mais facilmente.

"O lado bom desta dieta é que ela prioriza esse lado emocional, procurando a origem da obesidade, por qual motivo a pessoa está comendo tanto, essa abordagem multifatorial. O que não acho saudável é que o método Ravenna libera  o consumo de produtos industrializados  e a ingestão de calorias diárias é muito pequena,  por isso é difícil segui-la  por muito tempo". comenta a médica.

http://caras.uol.com.br/bem-estar/dieta-ravenna-metodo-que-conquistou-dilma-rouseff-promete-emagrecer-2-kg-por-semana#.VVkESUY-DIX

Idealizador de dieta se diz impactado pela beleza de Dilma

Domingo, 17 de Maio de 2015 - 08:20

Foto: Divulgação/Máximo Ravenna
Idealizador de dieta se diz impactado pela beleza de Dilma O médico argentino, Máximo Ravenna, responsável pela dieta que fez a presidente Dilma Rousseff emagrecer nos últimos meses, se disse impactado pela beleza da chefe do Executivo nacional.
 
 "Disse a ela que não caísse em cantos de sereia, de que, por ser presidenta, teria que comer ou pesar um pouco mais. E disse que ela merecia pesar menos do que 70 kg, porque é uma mulher muito bonita. 
 
A mim me impactou o linda que é", afirmou em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Segundo Ravenna, Dilma é uma “hipervip” e recebe acompanhamento especial. Uma equipe composta por um médico, um nutricionista e um preparador físico, vão periodicamente ao Palácio da Alvorada para monitorar o regime. A clínica de Ravenna oferece um kit de refeições, mas os cozinheiros do palácio foram treinados para prepará-las. As vezes, o próprio idealizador do método a visita diretamente. 
 
O médico revelou ter viajado recentemente de Buenos Aires, onde vive, até Brasília para jantar com ela no residência oficial. No cardápio, salada, bacalhau diet (sem batata) e banana feita no microondas. Os dois conversaram por cinco horas. 
 
 

Conheça a dieta que fez Dilma emagrecer mais de 10 quilos

Por Elioenai Paes - iG São Paulo |

Com perda de peso rápida e acompanhamento psicológico contínuo, dieta de baixa caloria faz mulheres perdem de 5% a 7% do peso por mês e os homens de 7% a 10%

Fotos mostram a presidente Dilma em outubro de 2014 (à esquerda) e em fevereiro de 2015 (à direita): perda de peso é notávelA presidente Dilma tem surpreendido nas aparições públicas por conta da silhueta bem mais esbelta do que há dois meses. Ela perdeu mais de 10 quilos até agora. O segredo do emagrecimento repentino é a dieta Ravenna, idealizada por um médico e psicanalista argentino, Máximo Ravenna. Com três clínicas no País, o método já é o queridinho do Planalto. 
Roberto Stuckert Filho / PR
Fotos mostram a presidente Dilma em outubro de 2014 (à esquerda) e em fevereiro de 2015 (à direita): perda de peso é notável

Fotos da presidente Dilma em outubro de 2014 (à esquerda) e em fevereiro de 2015 (à direita) mostram a diferença entre o antes e o depois da dieta Ravenna. Foto: Ichiro Guerra - Dilma 13 / Elza Fiúza - Agência BrasilO segredo da dieta é o acompanhamento contínuo. Não muito diferente de outras dietas restritivas por aí, a Ravenna prega uma quantidade baixa de calorias, bem menos do que o corpo precisa para se manter. A média gira entre 800 a 1200 calorias por dia.

Outras imagens mostram o rosto mais fino da presidente Dilma após a dieta (à direita). Foto: Roberto Stuckert Filho / PR“Isso leva o organismo a queimar sua reserva de gordura. A combustão da própria gordura pelo corpo não apenas possibilita um emagrecimento rápido, como dispara uma mensagem de saciedade ao cérebro, o que não torna a dieta sofrível”, explica Moema Soares, sócia-diretora das unidades do Centro Terapêutico Máximo Ravenna no Brasil.

A perda de peso é feita de forma rápida. Moema explica que as mulheres perdem de 5% a 7% do seu peso por mês e os homens de 7% a 10%. “Uma paciente que entra no tratamento com 100 quilos pode projetar, com segurança, subir na balança e comemorar a chegada aos 65 quilos em nove meses, considerando o resultado mínimo do tratamento”, diz Moema. “Mas é importante ressaltar que tudo depende da disposição e do empenho dos pacientes”.

Como funciona
A dieta consiste em fazer quatro refeições por dia, fugindo da premissa de comer de três em três horas. “A ideia é desconectar-se da comida para que a pessoa não passe o dia todo em função dela”, explica Moema. Café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar são as refeições permitidas diariamente. “No almoço e jantar, por exemplo, um caldo quente é servido para cessar a ansiedade com que a pessoa vai para a mesa”.
Presidente visivelmente mais magra em fevereiro deste ano. Foto: ELZA FIÚZA / AGÊNCIA BRASILFotos da presidente Dilma em outubro de 2014 (à esquerda) e em fevereiro de 2015 (à direita) mostram a diferença entre o antes e o depois da dieta Ravenna. Foto: Ichiro Guerra - Dilma 13 / Elza Fiúza - Agência Brasil
 
Em seguida ao caldo, uma salada verde é servida. “O prato principal inclui uma proteína e um acompanhamento, que pode ser purê de abóbora, suflê de cenoura ou legumes no vapor”, conta Moema. Em seguida, vem a sobremesa, que pode ser uma fruta ou gelatina e um café. “Um dos objetivos é resgatar o ritual das refeições, evitando o modelo de fast food”, diz.

O acompanhamento psicológico é uma das armas da dieta. O paciente é orientado a frequentar os grupos terapêuticos ao menos duas vezes por semana. Esses encontros também acontecem aos sábados, domingos e feriados.

“Entende-se que esses são os dias mais difíceis de controlar a compulsão pela comida”, explica Moema. “Os pacientes dividem seus sucessos e insucessos, apoiados por psicoterapeutas da equipe e pelos demais pacientes que estão na mesma situação”.
Método é conhecido por fazer emagrecer muito e rápido, o que daria motivação para perder peso. Foto: Reprodução / YouTubeSegundo Moema, é nesse espaço que os pacientes expõem seu padrão em relação à comida e passam a ressignificar o valor exacerbado dado a ela.

“Ao ver que os outros conseguem, os pacientes têm um fator de motivação e comprometimento. Por essa razão, é importante o trabalho em grupo, mas, quando necessário, é possível consultar os profissionais de maneira individual”, detalha Moema.
Atividade física
Mas nem só de fechar a boca e conversar com psicólogos consiste a dieta que fez a presidente Dilma emagrecer. Exercícios físicos são um dos pilares do método Ravenna. É imprescindível praticá-lo na frequência que muda de acordo com a perda de peso.

A dieta não é barata: um tratamento completo custa cerca de seis mil reais. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados“Aos poucos, inserimos atividades para os músculos das pernas, quadril, braço e tórax. À medida que o peso diminui, deve-se aumentar a atividade física, de quatro a cinco vezes por semana, no mínimo, de 20 a 40 minutos por dia”, conta a sócia-diretora do Centro Terapêutico Máximo Ravenna.

Os exercícios, no entanto, são orientados e adaptados por um profissional, de acordo com a etapa do tratamento. “Eles consistem basicamente em: caminhar, andar de bicicleta ou nadar. Em uma segunda etapa é adicionada a musculação para tonificar os músculos e auxiliar o processo de emagrecimento, já que acelera o metabolismo”, conta.
O consumo máximo permitido pelo método é de 800 calorias diárias, além de um rígido acompanhamento psicológico e de exercícios físicos. Foto: CHARLES SHOLL/FUTURA PRESSO cardápio não é alterado com o aumento da atividade física. Por causa da restrição calórica, os especialistas da clínica prescrevem suplementação de minerais e vitaminas, como potássio, magnésio e sódio, que, segundo Moema, são perdidos em função da diminuição dos carboidratos.

A dieta exige persistência e comprometimento. “A maioria dos pacientes frequenta a clínica diariamente, seja para participar dos grupos, praticar exercícios físicos ou fazer alguma das refeições do dia”, diz Moema.

Dilma antes da dieta que a fez perder mais de 10 quilos. Foto: APVeja ainda:
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quinta-feira, 26 de março de 2015

Dietas para emagrecer

Obesidade

Alfredo Halpern é médico endocrinologista, professor da Faculdade de Medicina da USP. Publicou pela Editora Record os livros “Pontos para o gordo“e, em coautoria com Claudir Franciatto, “Desta vez eu emagreço!” e “Magro para sempre!”.
O cérebro humano foi moldado numa época de extrema penúria. Ao longo de toda a história da evolução, a humanidade nunca obteve alimentos com facilidade. Para consegui-los, havia que correr atrás deles e gastar muita energia. Depois, diante da presa abatida, era preciso comer o máximo possível para acumular reservas e enfrentar os períodos de jejum que se seguiriam.
Hoje, os tempos são outros. Para parte expressiva da humanidade, são tempos de fartura e comodidade. Alimentos de alto valor energético e grande conteúdo calórico estão aí, em abundância, e podem ser conseguidos com mínimo esforço.
Pegar um indivíduo criado em época de penúria e colocá-lo diante da geladeira cheia, do disque-pizza, da churrascaria rodízio, de sanduíches transbordando recheios, é expô-lo a uma tentação que não está preparado para resistir. Por isso, a obesidade está se transformando uma doença que acomete homens, mulheres e crianças num verdadeiro problema de saúde pública.
HERANÇA GENÉTICA
Drauzio – O que você acha da expressão “dietas para emagrecer”?
Alfredo Halpern – Detesto. Pior do que ela só a palavra regime. Sabe por que as detesto? Primeiro, porque são palavras que indicam restrição. Por isso, todo o mundo tem antipatia por regime e dieta. Segundo, porque parecem indicar algo provisório. É uma questão de filosofia. A pessoa que nasceu para ser gorda, se fizer qualquer coisa provisória, emagrece um pouco e volta a engordar.
Drauzio – O que você entende por “pessoa que nasceu para ser gorda”?
Alfredo Halpern – Atualmente está demonstrado que existem pessoas que nasceram programadas para serem gordas. Descendem de ancestrais que sobreviveram numa época de penúria, de falta de alimento, de vida dura, porque tinham um sistema genético aparelhado para estocar energia a fim de usá-la nos períodos de escassez. Quem são essas pessoas? Somos nós, é a grande maioria. Indivíduos que não engordam, os que chamo de “magros de ruindade”, são cada vez mais uma exceção no mundo de hoje.
No Brasil, 40% das pessoas estão com excesso de peso e, se continuar nesse ritmo, daqui a 20 anos, vai existir mais gente gorda do que gente magra, porque pelo menos 60% da população estará acima do peso.
Drauzio – Fiquei impressionado com um mapa dos Estados Unidos em que estavam registrados os índices de obesidade ou excesso de peso calculados em 1991 e 2001 em vários estados americanos. Nesses dez anos, o peso da população aumentou mais de 50%.
Alfredo Halpern – Conheço esses dados. O impressionante é que o ganho de peso vem ocorrendo com mais nitidez nos últimos 10 ou 15 anos. Nesse período, estourou a prevalência de obesidade, apesar de todas as dietas espalhadas pelas livrarias, bancas de jornal ou divulgadas pela mídia.
VARIEDADE DAS DIETAS
Drauzio – Há inúmeras dietas mesmo. Existem aquelas respaldadas em princípios mais sérios como a do Dr. Atkins, por exemplo, e outras como a do abacaxi e da Lua sem base científica alguma. Há algum denominador comum entre elas? 
Alfredo Halpern – Acho que sim. Nos livros que escrevi com o jornalista Claudir Franciatto, “Desta vez eu emagreço!” e “Magro para sempre!”, está contada a história real de um sujeito, o Claudir Franciatto, que experimentou todas as dietas do mundo, porque queria emagrecer de qualquer maneira. Ele chegava a perder peso, mas logo voltava a engordar. Juntos, estabelecemos uma espécie de filosofia para ajudá-lo a perder peso e a manter-se magro. Mesmo tendo conseguido emagrecer 40kg, só escrevemos o livro “Magro para sempre!” depois que o novo peso foi mantido por dois anos.
Na minha opinião, a única dieta que funciona é aquela em que o indivíduo come o que gosta, observando, porém, certa contenção. Aí, ele faz dieta a vida inteira e não engorda mais. Já regimes e dietas milagrosas trazem resultados temporários. O que há de comum entre eles? Em primeiro lugar, a esmagadora maioria busca sucesso comercial. Seus autores sabem que é vasto o campo de pessoas interessadas em emagrecer e dispostas a fazer qualquer coisa para alcançar esse propósito. Segundo, são dietas sem nenhuma base científica e que não surtem efeito a longo prazo.
A dieta que proponho nada tem de especial. A pessoa pode comer de tudo. Simplesmente, são atribuídos pontos aos alimentos para poder medir, contar o conteúdo energético daquilo que é ingerido.
Drauzio – A curto prazo, no entanto, essas dietas fazem perder peso, porque se baseiam na restrição calórica.
Alfredo Halpern – Sempre brinco que a dieta do brigadeiro é excelente. A pessoa emagrece comendo brigadeiro. Come seis por dia e mais nada! Houve um tempo, por exemplo, em que uma dieta chamada Beverly Hills fez muito sucesso. Era mais ou menos assim: você pode comer o que quiser, desde que seja abacaxi. Desse jeito, qualquer um emagrece. O segredo é continuar magro. Usei o termo magro, embora não o considere o mais adequado. Às vezes, o indivíduo não consegue tornar-se magro, mas emagrece bastante e mantém o novo peso para o resto da vida.
DENSIDADE ENERGÉTICA DOS ALIMENTOS
Drauzio  O excesso de peso tem duas vertentes. Uma é a ingestão de alimentos altamente calóricos. Você pode comer um queijo que tenha 50% menos calorias do que outro. A outra é a quantidade daquilo que se come. Como você orienta as pessoas nesse sentido? 
Alfredo Halpern – O que está assumindo importância agora é o que se chama de densidade energética, ou seja, quantas calorias existem em determinada porção de alimentos. Por exemplo, o queijo tem alta densidade energética, porque um pedaço pequeno contém muitas calorias. Alface, couve, verduras (em geral o menos gostoso) têm poucas calorias em grandes volumes. O ideal é comer um volume maior de alimentos com poucas calorias para satisfazer o estômago. Isso não quer dizer que não se possa comer queijo, feijoada e churrasco. A questão é ter bom senso para equilibrar as refeições.
Drauzio – Você vai a um jantar e servem uma salada. Você está morrendo de fome e come um bom prato. Depois servem a carne e só de olhar a boca enche de água. Você não acha que existe uma motivação interna selecionada evolutivamente que nos leva a preferir alimentos altamente calóricos?
Alfredo Halpern – Disso eu tenho certeza. O estudo da obesidade está evoluindo de tal maneira, que já não se discute mais a existência de neurônios no cérebro que reagem à visão da carne ou de um doce e despertam o desejo de comer esses alimentos. Por isso, não acredito e não gosto quando dizem que o gordo é sem-vergonha porque come muito. Ele come porque tem fome ou apetite. A necessidade de comer doce, por exemplo, é comuníssima principalmente nas mulheres. Ela é provocada pela diminuição das concentrações cerebrais de uma substância chamada serotonina.
RESISTÊNCIA AO APELO DA FOME
Drauzio – Parece que o ser humano resiste menos à fome do que à dor. Muita gente com dor na coluna toca a vida normalmente. Com fome, a impressão é que fica difícil fazer alguma coisa.
Alfredo Halpern – O grande problema é que, se não comer, a pessoa morre, o que na maioria das vezes não acontece quando ela sentir dor. Comparar, por exemplo, comer com fumar é outro erro. Não existe necessidade biológica para fumar, mas para comer existe. Se a pessoa consegue deixar de fumar, sua vida melhora muito. Se parar de comer, definha e morre. A alimentação é indispensável para sobrevivência de todos nós.
Além disso, estamos cada vez mais aparelhados para engordar não só pela fartura de comida como pela fartura de conforto. Hoje, tudo é projetado para moderar o gasto de energia. Os carros têm direção hidráulica, são hidramáticos e os vidros sobem e descem com um simples apertar de botões. Já foi calculado, por exemplo, que uma única extensão telefônica numa residência representa um ganho de peso de 1,100 kg por ano.
ntigamente, só existia um aparelho telefônico em cada casa. Alguém chamava – “Fulano, telefone para você” – e a pessoa tinha de se movimentar até o lugar onde estava o aparelho. Andava, subia ou descia escadas, atendia o chamado e percorria o caminho de volta.
Agora o celular está ao alcance da mão. Não é preciso dar um passo para atendê-lo. Se não houver uma profunda reformulação no estilo de vida, todo o mundo vai ser gordo em poucos anos.
DIETA DO DR. ATKINS
Drauzio – O que você pensa a respeito da dieta do Dr. Atkins? Eu mesmo já vi várias pessoas perderem peso com ela?
Alfredo Halpern - Certa feita fui convidado para falar num congresso sobre diabetes. O tema proposto era a dieta do Dr. Atkins analisada sob critério científico. Minha primeira reação foi recusar o convite – não vou falar a respeito de charlatanices. Depois, decidi pesquisar intensamente o assunto e fui ao congresso que redundou num artigo publicado no The New Engandd Journal of Medicine. Conclusão: a dieta do Dr. Atkins funciona, faz perder peso. A curto prazo faz perder mais peso do que as outras dietas. A longo prazo, porém, o resultado não é diferente. As pessoas voltam a engordar, porque ninguém aguenta comer o mesmo tipo de alimento indefinidamente. Só funciona a dieta que permite comer de tudo, mas com parcimônia e moderação.
Além disso, a longo prazo, dietas ricas em gordura como a do Dr. Atkins predispõem a doenças cardiovasculares e ao diabetes, porque acabam comprometendo as funções do pâncreas, órgão que produz insulina.
SISTEMA DE PONTOS
Drauzio – Que tipo de orientação você dá aos pacientes? Você lhes diz o que e quanto podem comer por dia?
Alfredo Halpern – Não gosto de dietas muito estruturadas. Por isso criei o Sistema de Pontos há mais de 30 anos.
Drauzio  Em que consiste esse sistema?
Alfredo Halpern – O Sistema de Pontos é uma filosofia, não uma dieta. Eu me formei em 1966 e, quando fui trabalhar no consultório, em 1969, já tinha feito residência em clínica médica, estava fazendo endocrinologia e aprendia de tudo, menos como resolver o problema da maioria de meus pacientes: o excesso de peso. Na verdade, de 70% a 80% da clientela de um endocrinologista é constituída por gente que quer emagrecer. Diante disso, pensei: já que o problema é esse, vou tentar resolvê-lo direito.
Naquela época havia pouco material sobre obesidade. Agora, há uma enxurrada tão grande que não é mais possível acompanhar tudo o que se publica a respeito do tema.
Observando o que acontecia, minha primeira conclusão foi que todo o mundo fazia uma dieta burra, parecida com a do Dr. Atkins: carne, verdura, duas colheres de arroz, uma de feijão, salada e quatro frutas por dia. Consequentemente, ninguém aguentava segui-la por muito tempo. Foi, então, que me surgiu a ideia de que uma dieta só funciona se o indivíduo puder comer de tudo. Comecei, então, a catalogar os alimentos atribuindo a cada um deles uma unidade chamada pontos. Não se trata de nenhuma novidade, porque quem inventou os pontos foi Deus quando criou as calorias. Cada ponto vale 3,6 calorias. Atualmente, no meu site www.emagrecendo.com.br existem mais de 4.000 itens relacionados.
No Sistema de Pontos, a pessoa pode comer de tudo, mas precisa ir anotando o que comeu para controlar o número de pontos ingeridos num dia e que não pode ultrapassar uma quantidade previamente calculada de acordo com seu peso, idade, sexo e atividade física.
Não adianta nada a pessoa conhecer a tabela de pontos se não houver certa interação com uma nova filosofia que pressupõe conhecimento do processo e determinação.
Hoje vou comer feijoada, mas amanhã farei refeições menores para compensar.” Nas dietas tradicionais o que acontecia? O sujeito quebrava o regime e comia feijoada. Pronto! Achava que tinha estragado tudo e desistia da dieta. No Sistema de Pontos, feijoada não é um prato proibido, desde que no dia seguinte a pessoa consiga compensar a extravagância ingerindo menos calorias.
QUOTA PESSOAL DE PONTOS
Drauzio – Sou médico formado há mais de 30 anos e quando alguém me pergunta quantas calorias pode ingerir por dia não sei responder.
Alfredo Halpern – Estabelecer esse dado é complicado e depende do peso, altura, sexo, atividade física e de quantos quilos a pessoa quer perder. A regra básica é que homens devem comer mais ou menos 30 calorias por quilo de peso. Se pesam 80 kg, portanto, devem ingerir 2.400 calorias. Saber isso não adianta praticamente nada se a pessoa não souber quantas calorias cada alimento contém.
A imprensa vira-e-mexe pergunta: “Dr., o que a pessoa precisa fazer quando quer emagrecer?” E eu sempre respondo: “Olhe, se fosse fácil, o Brasil inteiro seria um país de gente magra”.
É difícil encontrar uma pessoa que não saiba que alimentos ricos em gordura e açúcar ajudam a engordar. No entanto, é preciso aprender a enfrentar esses inimigos para vencer a batalha, porque em algum momento eles vão aparecer na nossa frente.
Drauzio  Hoje o mercado de alimentos está inundado de alimentos diet e light. Esses alimentos podem ser ingeridos à vontade?
Alfredo Halpern – Existe um estudo mostrando que o consumo de alimentos light e diet corre paralelo ao ganho de peso dos indivíduos. Claro que se trata de um viés na análise. O fato é que quem se preocupa com excesso de peso, isto é, 80% a 90% da humanidade, tende a escolher esse tipo de alimentos, o que não quer dizer que possa comê-los ou bebê-los à vontade. Nada tenho contra eles, mas alguma coisa está errada. A oferta de produtos novos que se encaixam nessa categoria aumenta a cada dia, embora os casos de obesidade estejam crescendo assustadoramente.
Como médico, às vezes, me sinto frustrado. Há anos vou aos meios de comunicação, explico o que está acontecendo e alerto a população sobre os riscos dessa doença que é a obesidade. No entanto, me parece que as pessoas recebem uma informação diferente daquela que os médicos tentam transmitir.
Os laboratórios Roche e Abott, interessados no assunto porque produzem medicamentos para controle da obesidade, fizeram uma pesquisa para saber o que as pessoas pensavam a respeito do excesso de peso e por que queriam emagrecer. Descobriram que o motivo primordial não é a saúde. É a autoestima. Elas querem sentir-se bem. Não pensam que podem morrer por causa da obesidade. Acham que isso não vai acontecer com nenhuma delas. Algumas chegam às minhas mãos em péssimas condições. Olho para elas e tenho a impressão de que não vão viver um ano. Estão com diabetes, pressão alta, colesterol elevado, respiram mal. Quando lhes pergunto como se sentem, invariavelmente respondem: “Estou bem, doutor”. Não tenho dúvida, porém, de que se conseguirem emagrecer, o quadro clínico melhorará muito e sua qualidade de vida também.
Drauzio – Sou corredor de maratona. Às vezes, fica difícil acreditar como certas pessoas com excesso de peso conseguem correr 42 km sem parar. Essas pessoas precisam emagrecer?
Alfredo Halpern – Essas pessoas diminuíram um fator de risco que é o sedentarismo, mas continuam expostas a outro fator de risco importante: a obesidade. De qualquer forma, se compararmos duas pessoas com os mesmos quilos a mais, a que não corre tem maior probabilidade de sofrer infarto ou derrame cerebral.
Drauzio – Essa preocupação com o emagrecimento pode virar uma neurose. O indivíduo passa a vida perseguindo um peso ideal que nada tem a ver com suas características orgânicas. 
Alfredo Helpern – Em geral, é um peso inatingível. Existem pesquisas, e minha experiência não é diferente, mostrando que as pessoas estabelecem como meta a atingir um peso impossível. Vamos citar um exemplo. O indivíduo pesava100 kg, emagreceu, chegou aos80 kg, mas quer pesar65 kg. Não está satisfeito apesar de ter perdido 20% do peso, o que lhe trará benefício enorme segundo todos os estudos a respeito do assunto. Se mantiver esse novo peso para sempre, seu caso foi um sucesso, mas ele se sente fracassado, porque não conseguiu pesar o que havia previamente imaginado.
DOENÇA CRÔNICA
Drauzio – Além de estar atenta aos hábitos alimentares, o que a pessoa deve fazer para manter o novo peso?
Alfredo Halpern – A pessoa precisa saber que tem uma doença crônica, de caráter orgânico, chamada obesidade. Ela pode não estar doente naquele momento já que conseguiu perder peso, mas é doente, porque seus genes estão aparelhados de tal forma que ela será obesa se não tomar cuidado. Depois, precisa aprender a enfrentar as “forças engordativas”, termo que criei para designar inimigos que estarão presentes durante toda a sua vida. Se a pessoa que emagreceu, conseguir manter o novo peso por um bom tempo, as forças engordativas ficarão mais débeis. Caso contrário, se fortalecem. O organismo fica impaciente e quer recuperar o que foi perdido. É o famoso ioiô ou efeito sanfona – engorda, emagrece; engorda, emagrece – que acontece com muita gente. Pelo que se sabe hoje, é melhor a pessoa continuar gorda do que se expor a essa perda e ganho de peso, pois o efeito sanfona é causa de inúmeras doenças.
Drauzio – Não se pode esquecer de que, quando ocorre perda de peso, o cérebro tende a fazer o organismo voltar ao peso inicial.
Alfredo Halpern – Se a pessoa que pesava 120 kg chega aos 80 kg e consegue manter esse peso por dois anos, a tendência para voltar ao peso antigo é menor. Durante o processo de emagrecimento vão ocorrendo platôs. O inverso é verdadeiro quando engordamos. Aos 20 anos, o indivíduo pesa 70 kg. Com 30, 75 kg. Aos 40, 85 kg, porque o organismo vai tendo memória dos novos pesos. Quando ele chega aos 100 kg, é preciso perder peso e ajustar de novo a sintonia. Isso exige prática. Leva tempo. O Claudir Franciatto descreve esse processo no livro que escrevemos. Se baixar a guarda, qualquer um recupera o peso num instante.
Drauzio – Você acha que as mães têm um pouco de responsabilidade nesse processo de ganho de peso, já que insistem para os filhos pequenos comerem tudo. “Olhe, menino, se não raspar o prato, hoje não tem sobremesa”. 
Alfredo Halpern – Embora os casos de obesidade infantil estejam aumentando, não acho que o problema seja só de responsabilidade dos pais. Na verdade, o comportamento deles está mudando. Mesmo assim, como dizia Freud, as mães continuam sendo sempre culpadas.
ESTRESSE TAMBÉM ENGORDA
Drauzio – Os adolescentes comem muito e não engordam. Aos 50 anos, querem manter o padrão alimentar dos 20 anos e obviamente ganham peso.
Alfredo Helpern – É uma pena, mas isso acontece. Eu, por exemplo, comia mais antes do que agora e venho engordando. Sabe por quê? Porque à medida que o tempo passa, gastamos menos calorias e, infelizmente, nosso organismo vai transformando músculo em gordura. Além disso, a cada dia surgem mais evidências de que o estresse é um fator engordativo. A elevação dos níveis de cortisol está diretamente ligada à carga de estresse e ao aumento de peso.
Drauzio – O estresse faz engordar porque provoca alterações no metabolismo ou porque as pessoas estressadas comem mais?
Alfredo Halpern – As duas coisas. As pessoas pensam que estresse engorda, porque elas comem mais. Não é só por isso. Estresse engorda, porque provoca alterações metabólicas. Infelizmente, nossa geração e as que estão vindo depois de nós têm que aprender a lutar contra mais essa força engordativa que o estresse representa.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Dieta detox: método limpa o organismo e acelera emagrecimento


Alimentos com poder anti-inflamatório fazem seu corpo funcionar melhor

POR CAROLINA SERPEJANTE - atualizado em 21/10/2013

Ao iniciar uma dieta, algumas pessoas notam que o resultado é mais lento do que o esperado para o emagrecimento e até mesmo algumas mudanças que costumam surgir por causa da alimentação saudável demoram a aparecer, como uma pele mais bonita, cabelos mais brilhantes e um sono tranquilo. Esse é o seu caso? A culpa pode ser de alimentos tóxicos que você consumia antes que causam diversos processos inflamatórios no organismo e fazem com que ele não consiga mais exercer as funções corretamente. "É comum sentirmos sintomas dessa intoxicação, como dor de cabeça, fadiga e problemas intestinais", alerta a nutricionista Izabella Fratezi, consultora da Galgani Farmácia de Manipulação, em Belo Horizonte.

Para evitar esse problema, alguns nutricionistas recomendam adotar uma dieta desintoxicante antes de fazer a reeducação alimentar de fato. "Essa dieta ajuda o corpo a eliminar as toxinas acumuladas por causa do consumo de alimentos industrializados, açúcar refinado, gorduras saturadas e gorduras trans e hidrogenadas, além de vícios como álcool e cigarro", explica a nutricionista. A duração da desintoxicação dependerá de cada organismo. Confira os alimentos que podem ser consumidos sem culpa durante essa desintoxicação: 
salmão com legumes - Foto: Getty Images

Salmão

Esse peixe é rico ômega 3, ômega 6 e ômega 9, todos nutrientes com poderosa ação anti-inflamatória. "Além disso, durante esse processo de desintoxicação, não é aconselhável comer carne vermelha ou outros tipos muito gordurosos, que têm a digestão muito lenta e provocam inflamação", explica a nutricionista Izabella. O ideal é ingerir peixe de três a cinco vezes por semana. 
frutas e legumes - Foto: Getty Images

Frutas e legumes

Além de terem uma digestão mais fácil, as frutas, legumes e verduras são ricas em vitaminas e minerais que atuam como antioxidantes. "Elas impedem ou neutralizam a formação de compostos denominados radicais livres, que são nocivos ao organismo", explica a nutróloga e dermatologista Cristiane Braga, da Associação Brasileira de Nutrologia. A quantidade diária para ingestão de frutas e legumes é de 3 a cinco porções.
chá verde - Foto: Getty Images

Chá-verde

A bebida é rica em catequinas, substâncias que combatem a inflamação e os radicais livres. "As catequinas também possuem efeito termogênico, ajudando a reduzir a concentração de gorduras no sangue", afirma a nutróloga Cristiane. De acordo com a nutricionista, o chá-verde pode ser ingerido várias vezes ao dia, desde que não ultrapasse o limite de um litro diário.
Gengibre - Foto Getty Images

Gengibre

Devido à presença de duas substâncias chamadas cineol e gingerois, o gengibre é um perfeito anti-inflamatório, antioxidante e bactericida. "Ele também é rico em vitamina B6, cobre, magnésio e potássio, todos nutrientes com propriedades anti-inflamatórias importantes", diz a nutróloga Cristiane. O gengibre pode ser ingerido cru, fatiado, ralado ou na forma de chás.
arroz integral - Foto: Getty Images

Alimentos integrais

Por serem ricos em fibras, os alimentos integrais atuam na melhora do funcionamento intestinal. "Com o intestino funcionando melhor, o corpo aumenta a capacidade de excreção de toxinas por meio das fezes, potencializando a desinflamação", explica Cristiane Braga.
linhaça - Foto: divulgação

Grãos

Além de possuir vitaminas e minerais, os grãos integrais em geral possuem amidos resistentes, isto é, fibras que não são digeridas e agem promovendo a aceleração do trânsito intestinal. "Grãos como a quinua e linhaça também possuem ácidos graxos ômega 3, que são anti-inflamatórios", declara a nutricionista Izabella. Você pode consumi-los em saladas, com frutas e até batidos com sucos.
lima da pérsia fatiada - Foto: Getty Images

Limão e lima da pérsia

"Por possuir vitamina C, ácido cítrico e uma substância chamada d-limoneno, esses frutos estimulam o funcionamento do fígado e a expulsão das toxinas", explica a nutróloga Cristiane. Durante a desintoxicação, recomenda-se um copo de água com suco de meio limão em jejum, pela manhã, para limpar o organismo. "No entanto, essa prática não é recomendada para quem tem úlceras ou gastrite, pois pode piorar o quadro", lembra a médica.
shitake - Foto: Getty Images

Shitake

Esse tipo cogumelo é uma importante fonte de ácido pantotênico, uma das vitaminas do complexo B que atua como cofator de outras vitaminas (B1, B2, B3, B6 e biotina) e ajuda na formação de hormônios e neurotransmissores. "O shitake também é rico em oligoelementos que realizam uma limpeza no organismo", diz a nutricionista Izabella. A necessidade diária do ácido pantotênico é de 5 miligramas, encontrados em 100 gramas de shitake.
dois cocos na areia da praia - Foto: Getty Images

Água de coco

Poderoso antioxidante, a água de coco combate os radicais livres e tem um alto potencial hidratante, o que estimula o funcionamento dos rins. A nutricionista Izabella afirma que a água de coco contém uma composição de minerais que satisfaz as necessidades do organismo quando é necessária uma reidratação. "Além disso, o coco também possui vitaminas A, B1, B2 e B5, que atuam na desinflamação."

Invista na água

A maioria dos desequilíbrios orgânicos acontece no meio ácido. A ingestão de água pode ajudar a restabelecer o pH do organismo, sendo um elemento fundamental para a desintoxicação do corpo. Para combater o problema, a bebida precisa ser dotada de ORP negativo ou pH alcalino (acima de oito). Antes de comprar a sua garrafa, verifique na embalagem qual é o pH da água - se for acima de oito, o ORP já é negativo. "A ingestão adequada de água também aumenta a diurese, facilitando a excreção de toxinas pela urina, além de ajudar no bom funcionamento do organismo como um todo", complementa a nutróloga Cristiane.