Não tem o que fazer? Fique pensando sobre sua morte. Segundo um novo estudo, pode ser muito benéfico para você.
Todo mundo já ouviu uma história parecida, seja em filmes e livros ou na vida real, de alguém que
encarou a morte
e agora vive muito mais intensamente, mudou sua forma de pensar, virou
uma pessoa melhor, está fazendo tudo o que gosta, está ajudando os
mais pobres, etc.
Há um tempo,
cientistas da Universidade de Washington,
EUA, acompanharam a atividade no cérebro de sete pessoas em estado
terminal através de eletro encefalogramas (que medem os impulsos
elétricos no cérebro), e descobriram que há uma cascata de impulsos
nervosos quando o organismo sente que a morte se aproxima. Que
consequência isso pode ter para nós?
Será que
quase morrer ou pensar em morrer tem o poder de nos fazer viver mais e melhor?
Pesquisadores americanos e holandeses liderados, por Kenneth Vail, da Universidade de Missouri, EUA, estudaram os pensamentos de morte, conscientes e inconscientes, das pessoas.
Eles descobriram que pensar na sua própria morte pode melhorar sua
vida. Claro que isso, chamado de “administração do terror”, também pode
ter consequências ruins. Mas o que quase ninguém fala é das suas
vantagens.
Eles dão um exemplo utilizando a catástrofe de 11 de setembro, ato
terrorista cometido contra os EUA. A mídia e a ciência focaram nos
aspectos negativos do episódio, como a violência e a discriminação
contra os muçulmanos. Porém, pesquisas descobriram que após tal situação
as pessoas também expressaram níveis mais elevados de gratidão,
esperança, bondade e liderança.
Lembra a historinha da pessoa que quase morre e muda tudo na sua
vida? Especialistas sugerem que a “consciência da inevitabilidade da
morte” faz as pessoas quererem dar sentido à vida, buscar algo maior, ou
seja, se identificar com algo maior que si mesma, como nações ou
religiões.
Uma pesquisa da Universidade de Otago até sugere que mesmo
pessoas não religiosas ficam mais receptivas
a uma crença inconscientemente quando pensam na morte (pois
conscientemente se declaram mais céticas), enquanto os religiosos ficam
ainda mais crentes.
Já um
estudo britânico
também concluiu que as pessoas que pensam sobre sua própria morte são
mais preocupadas com a sociedade, que, no caso específico da pesquisa,
foi representado pela vontade de
doar sangue.
Segundo os pesquisadores, a morte é uma motivação muito forte.
Pessoas conscientes de que sua vida é limitada podem aceitá-la mais, bem
como os objetivos que lhe são importantes. Ou seja, mais uma vez a
ciência sugere que pensar especificamente sobre a sua própria morte pode
fazer as pessoas viverem mais plenamente. [
LiveScience,
ScienceDaily]
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