
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.
No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):
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A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Neurocientista diz que ninguém deveria estar na escola às 7h da manhã
terça-feira, 10 de maio de 2016
Indiana de 70 anos dá à luz ao primeiro filho

"Deus ouviu nossas orações. Minha vida agora está completa. Cuidarei deste bebê sozinha. Sinto-me cheia de energia. Meu marido também é muito cuidadoso e me ajuda o máximo que pode", disse Kaur.
O bebê foi concebido com um óvulo e esperma do casal. Depois de pesar apenas dois quilos ao nascer, em 19 de abril, o pequeno Armaan se encontra agora "saudável e forte", segundo representantes da clínica National Fertility and Test Tube.
Mãe de quádruplos aos 65 anos apresenta bebês
https://catracalivre.com.br/geral/saude-bem-estar/indicacao/indiana-de-70-anos-da-luz-ao-primeiro-filho/
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Comida de restaurante não é muito mais saudável do que de fast food, revela estudo
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terça-feira, 22 de dezembro de 2015
20 fatos surpreendentes sobre comida

20 fatos surpreendentes sobre comida
terça-feira, 14 de abril de 2015
Estar abaixo do peso aumenta risco de demência, diz estudo
Médicos afirmam que resultados não são justificativa para engordar
domingo, 22 de março de 2015
Chance de ter câncer é 40% maior em mulheres obesas
As novas estatísticas indicam, ainda, que as mulheres obesas têm uma chance em quatro de desenvolver tumores ligados ao sobrepeso. Em um grupo de mil obesas, 274 foram diagnosticadas alguma vez na vida com um câncer ligado ao sobrepeso. Em um grupo com peso considerado saudável, 194 desenvolveram algum câncer.
De acordo com os autores do estudo, os resultados não deixam dúvidas sobre a relação entre câncer e obesidade em mulheres. Eles advertem, no entanto, que as estatísticas valem para o Reino Unido - onde foi conduzida a pesquisa - e não podem ser extrapoladas para outros países. No Reino Unido, um quarto das mulheres é obesa. Anualmente, no País, 18 mil mulheres desenvolvem tumores como resultado do sobrepeso, segundo o estudo.
No Brasil, de acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2014, 47,4% das mulheres estão acima do peso considerado saudável. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), uma parte importante dos casos de câncer poderia ser evitada no Brasil com o controle da obesidade, que é responsável por 14% dos casos de câncer de mama.
Estrogênio
Uma das autoras do estudo britânico, a médica Julie Sharp, afirmou que há diferentes maneiras pelas quais a obesidade pode aumentar o risco de câncer - e há possibilidade de que a doença esteja ligada à produção de hormônios pelas células de gordura, em especial o estrogênio. Acredita-se que esse hormônio funcione como "combustível" para o desenvolvimento dos tumores.
"As células de gordura são ativas e aumentam os níveis de certos hormônios e compostos químicos - especialmente os hormônios sexuais - que circulam no nosso corpo. Isso pode levar ao desenvolvimento de tumores como o câncer de mama", disse Sharp.
Segundo a cientista, a parte do corpo onde se tem o excesso de peso é também um fator relevante. "A gordura em torno do estômago parece aumentar os riscos de câncer mais que o peso nos quadris, por exemplo. Isso pode estar ligado à proximidade das células de gordura ativas em relação a órgãos como os rins e intestinos", afirmou.
https://br.noticias.yahoo.com/chance-ter-c%C3%A2ncer-%C3%A9-40-maior-mulheres-obesas-123100895.html
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Estudo feito ao longo de 20 anos põe em xeque o mito do obeso saudável
Obesos considerados saudáveis têm declínio da saúde ao longo dos anos.
Obesidade saudável é apenas um estado de 'saúde relativa', diz cientista.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
O Futuro da Comida: Alegria de comer
Durante as refeições, fazemos amigos, brindamos amores e celebramos a vida. O que existe no ato de comer que tanto nos aproxima?
domingo, 14 de dezembro de 2014
A nova dieta dos vigilantes do peso
Pela primeira vez, a tradicional entidade passa a pontuar os alimentos por seu valor nutricional, e não apenas de acordo com seu teor calórico
Rachel Costa
AUXÍLIO
O método dos Vigilantes ajudou Ana Carolina a escolher
opções mais saudáveis na hora de se alimentar
Emagrecer é uma ótima oportunidade para aprender a se alimentar melhor. Essa é a mensagem que fica para quem tem contato com a nova dieta anunciada pelos Vigilantes do Peso na Inglaterra e nos Estados Unidos. Pela primeira vez, a entidade – presente em mais de 30 países, com 18 mil associados só no Brasil – passa a classificar os alimentos de acordo com seu valor nutricional, e não somente por sua quantidade de calorias.
Os Vigilantes consagraram-se pelo método que estabelece pontos para os alimentos e os limites de pontuação que cada um poderia consumir. Pode-se comer de tudo, até alimentos gordurosos ou guloseimas, desde que respeitado o teto de pontos diários. A tabela baseada no valor calórico das comidas, porém, nem sempre encorajava a escolha saudável. Por exemplo: uma maçã ou dois bombons valiam os mesmos dois pontos na contagem diária.
Com as alterações da metodologia, isso muda. Frutas não contam mais pontos, se consumidas dentro dos limites do plano de emagrecimento. “Afinal, frutas também são fontes de carboidratos e são calóricas”, lembra a nutricionista Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro.
Mas, como a nova equação para se calcular os pontos não leva em conta apenas as calorias, é possível fazer concessões em nome de uma vida mais saudável. Isso porque o segredo do método é considerar não apenas a energia contida em cada alimento, mas a forma como o organismo irá consumi-la. Assim, quando há grande quantidade de fibras e proteínas, que demoram mais para serem digeridas (o que significa uma sensação de saciedade mais prolongada), a pontuação do alimento é menor. Já as comidas com muitos carboidratos e gordura recebem pontuação maior.
O limite de pontos consumidos por dia também foi alterado. Antes, a contagem era feita a partir de 20 pontos. Agora é iniciada com 29. “Mas isso não significa que a pessoa pode comer mais”, diz Rodrigo Faro, presidente da entidade no Brasil. “Foi apenas um ajuste necessário para contemplar a nova fórmula.”
Com as modificações, pretende-se dar mais força a um objetivo que já vinha sendo trabalhado pelo grupo: além de quilos a menos, adquirir hábitos de vida mais saudáveis. Foi assim com a administradora Ana Carolina Kammerer, 31 anos, que entrou para os Vigilantes do Peso em agosto do ano passado, com a meta de perder 14 quilos. O objetivo foi atingido em outubro, mas o que aprendeu no período passou a fazer parte de sua rotina. “Aprendi a comer legumes e troquei a lasanha e a pizza congeladas por sopa e vegetais”, conta.
As mudanças atualizam o plano alimentar do grupo com descobertas recentes da nutrição – que já haviam sido absorvidas por endocrinologistas e nutricionistas em seus consultórios. Isso, porém, não tira o impacto da iniciativa, avalia Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. “A orientação do consultório é para um indivíduo. Nos Vigilantes do Peso, será para milhares de pessoas”, diz.
Para os brasileiros que se interessaram pelo novo método, porém, é preciso paciência. Pelas contas dos Vigilantes do Peso, ainda serão necessários cerca de seis meses para finalizar a adaptação das tabelas para os ingredientes e alimentos consumidos por aqui.


Todo mundo sabe: pensar em um alimento delicioso no momento da fome faz a boca salivar e aumenta o apetite. Agora, pesquisadores americanos descobriram que a imaginação pode ser usada para ajudar quem precisa perder peso. Como? Os cientistas defendem que a pessoa deve criar imagens mentais de si mesma devorando com prazer a iguaria que vai comer dali a minutos. “Imaginar-se comendo o alimento várias vezes reduz seu desejo por ele quando estiver em frente ao prato”, diz Carey Morewedge, da Universidade Carnegie Mellon, que liderou o trabalho. Mas atenção: é necessário visualizar a comida que você vai comer para dar certo. Não pode ser qualquer uma.
O trabalho que dá base a essas afirmações foi publicado pela revista científica “Science”. Participaram do estudo 51 pessoas. Uma parcela dos voluntários imaginou-se colocando 33 moedas em uma máquina de lavar. O segundo grupo idealizou-se despejando 30 moedas, uma a uma, em uma máquina de lavar e teve direito a pensar-se comendo três chocolatinhos M&Ms. Já o terceiro colocou apenas três moedas e pôde sonhar que comia 30 M&Ms. Depois, foram servir-se livremente de uma tigela com os confeitos coloridos. “Quem imaginou que comia 30 doces comeu menos do que os outros”, diz Carey. Os pesquisadores repetiram três vezes o teste. A descoberta, no entanto, está sendo vista com reservas. “É uma perspectiva interessante, porém mais pesquisas são necessárias para investigar essas possibilidades”, afirma o renomado endocrinologista Alfredo Halpern, da Universidade de São Paulo.
http://www.istoe.com.br/reportagens/115551_A+NOVA+DIETA+DOS+VIGILANTES+DO+PESO
“Como emagrecer de forma saudável”

Repórter : Danúbia Mota
27/10/2011 - 00h00
Este é o tema da palestra do Programa Vigilantes do Peso hoje em Ipatinga
sábado, 29 de novembro de 2014
Busca pelo emagrecimento engorda caixa de empresas
Com avanço da obesidade, que afeta metade das pessoas com 20 anos ou mais, faturamento de academias, fábricas e lojas de produtos light e diet e de suplementos chega a R$ 25 bi

sábado, 8 de novembro de 2014
Obesidade entre brasileiras aumenta 22% em quatro anos
terça-feira, 22 de junho de 2010

O índice sobe a cada ano. Em 2006, quando o levantamento começou a ser feito, o percentual de mulheres com obesidade era de 11,5%. O crescimento em quatro anos foi de 22%. De modo geral, 42,3% das brasileiras têm peso acima do ideal. Entre os homens, 51% estão acima do peso e 13,7% obesos.
Os dados do Vigitel, segundo Deborah Malta, mostram que as causas genéticas da obesidade não representam a maioria dos casos de sobrepeso. “Apenas 14,7% dos entrevistados admitiram praticar exercícios físicos em níveis adequados”, comenta. As conseqüências impactam o atendimento no SUS. De acordo com a pesquisa, 24,4% da população foi diagnosticada com hipertensão arterial e 5,8% com diabetes.
Na avaliação do representante da Abeso, os casos de diabetes no País podem estar subestimados pela pesquisa. “Pelos estudos feitos nos últimos anos, imagino que esse índice é de 10%. O estudo é baseado em autodeclaração e muita gente não compreende a doença”, diz.
Os especialistas garantem que, para combater o fenômeno da obesidade, diferentes ações terão de ser realizadas simultaneamente. O investimento em programas de estímulo à prática de atividades físicas não funcionará sem ações educativas nas escolas, por exemplo. “A educação para saúde é essencial. Esse é um problema sério mundial”, afirma Deborah.
Amélio concorda que a educação é fundamental. “Informar não é educar. As campanhas são importantes, mas é preciso uma política de governo de educação intensa”, comenta.
domingo, 29 de junho de 2014
Células de gordura podem murchar, mas o número delas se mantém
Pessoa que já foi gorda tem que cuidar do peso para o resto da vida.
No Brasil, 15% da população é obesa, segundo dados oficiais.

Muitas pessoas acham que os gordinhos são assim porque querem, e atribuem o excesso de peso a preguiça, falta de vergonha ou desleixo.
O fato é que a obesidade é uma doença, e esse número vem crescendo no mundo todo. No Brasil, 15% da população já é considerada obesa, segundo os dados oficiais mais recentes.
O endocrinologista Alfredo Halpern explicou que, quando um indivíduo engorda, produz uma quantidade maior de células de gordura. Ao emagrecer, essas células murcham, mas não desaparecem – a quantidade só aumenta, nunca diminui.


Portanto, alguém que já teve 100 kg e hoje está com 60 kg jamais será igual a uma pessoa de 60 kg que nunca ganhou peso.
Quem já foi obeso guarda no corpo as células de gordura que um dia foram inchadas, além de sofrer mudanças na expressão de genes que favorecem a obesidade, como aqueles que estocam energia. É por essa razão que o metabolismo fica mais lento.
- Exclusivo na web: Halpern tira mais dúvidas sobre obesidade
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Preconceito contra os gordos
De acordo com uma pesquisa feita no Brasil em 2010, sete em cada dez empresários têm algum tipo de restrição para contratar pessoas acima do peso. E essa é uma constatação de quem está na fila do emprego.
O excesso de peso sempre chama a atenção, não interessa quem é a pessoa, se tem fama ou é anônima.
O ator Leandro Hassum (no vídeo abaixo), que trabalha no Zorra Total, diz que já sofeu com pré-julgamentos sobre sua condição de saúde e limitações físicas. Ele foi recusado para um emprego de garçom porque um uniforme sob medida teria que ser feito especialmente para ele.

Apesar dos quilos a mais, Leandro não descuida da aparência nem do bom gosto. E dá dicas para as mulheres mais cheinhas: cuidar do cabelo, das unhas, da pele, da higiene e do visual em geral.
Ele também revela que, quando encontra alguma roupa legal que sirva, já leva várias para garantir, mesmo que sejam todas da mesma cor.

No vídeo ao lado, você vê como obesos sofrem preconceito na hora de buscar um trabalho formal. Vanessa Santana, que está desempregada, foi até uma central de empregos para procurar uma oportunidade. Ela acredita que, se fosse mais magra, já teria conseguido uma vaga.
E a manicure Alexandra Silvério recebeu dicas do recrutador de recursos humanos Renato Grinberg para voltar ao mercado.

Segundo ele, algumas profissões dependem mais da aparência, como é o caso de vendedores e recepcionistas. Mas, para qualquer posição, o visual tem importância porque representa a imagem da empresa. E não é questão de estar bonito, mas bem-cuidado. Assista às recomendações no vídeo ao lado.
E confira abaixo o resultado da nossa enquete:


Halpern destacou que uma pessoa acima do peso não está exatamente com problemas de saúde. A atriz Fabiana Karla (veja ao lado o vídeo dela como a doutora Lorca), que atualmente interpreta a Dilmaquinista do Metrô Zorra Total, é um exemplo disso: tem todos os exames normais. Fabiana passou recentemente por uma cirurgia experimental e perdeu quase 20 kg.
Existem obesos metabolicamente normais, que, por algum motivo, não desenvolvem hipertensão ou colesterol alto. Mas isso, segundo Halpern, ocorre em um em cada quatro casos e não significa que esses pacientes não precisem emagrecer.
Apesar das exceções, indivíduos com alto índice de gordura corporal apresentam mais risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Isso porque o excesso de gordura aumenta a resistência do corpo à insulina, o que leva à elevação dos níveis de açúcar, triglicérides e colesterol.
Forças engordativas
Enquanto uma pessoa magra, com metabolismo normal, fabrica gordura em um determinado ritmo, um gordinho produz mais gordura em menos tempo. Além disso, enquanto um magro desfaz gordura mais rápido, um gordinho demora mais.
Existem basicamente quatro forças engordativas, que levam a pessoa a:
- Comer mais
- Gastar menos
- Fazer mais gordura
- Desfazer gordura com dificuldade
Síndrome metabólica
É um conjunto de alterações que inclui o aumento do risco cardiovascular e está associada ao acúmulo de gordura na região abdominal.
Tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais desse hormônio. Além disso, faz aumentar a glicemia, a pressão arterial, os triglicérides e o colesterol ruim (LDL).

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Alimentação: veja as principais mudanças nos doze primeiros anos do século 21
Surgiram os alimentos funcionais, a pirâmide alimentar foi substituída e redes de fast-food baniram a gordura trans

- 1999: os alimentos funcionais
O século ainda não tinha nem começado, mas uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos últimos suspiros dos anos 1990 trouxe luz a um assunto que continua rendendo debate entre pesquisadores, médicos e nutricionistas: os funcionais, alimentos naturais ou industrializados com nutrientes que, se não são essenciais para a manutenção da vida, poderiam trazer benefícios. Em 1999, o órgão brasileiro regulamentou a categoria de alimentos, classificando-os como produtos que, além das funções nutricionais básicas, produzem efeitos metabólicos
ou fisiológicos benéficos à saúde, podendo ser consumidos com segurança sem supervisão médica.

- 2005: a nova pirâmide alimentar
Em 1991, no período pós-descoberta de que a gordura saturada é danosa à saúde e de que a vegetal, por sua vez, estaria associada a quedas nos níveis de colesterol, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos decidiu propor uma pirâmide alimentar para facilitar as escolhas das pessoas no que diz respeito a uma alimentação equilibrada e saudável. O problema, segundo alguns especialistas, é que a pirâmide sugeria, em vez de trocar gorduras ruins pelas boas, simplesmente diminuir a gordura total da sua dieta. Além disso, propunha consumir uma quantidade diária alta de cereais, pães e massas em detrimento das gorduras boas para a saúde, que se misturavam às ruins no topo da pirâmide. O resultado: o baixo consumo de gorduras “do bem” e o consumo altíssimo de carboidratos refinados fez da obesidade caso de saúde pública no país.
Segundo uma reportagem do The Wall Street Journal de junho de 2002, em 11 anos desde a criação da pirâmide, o número de americanos com sobrepeso subiu 61%. Médicos e nutricionistas passaram a condenar a pirâmide. Em 2005, o professor de medicina da Universidade de Harvard Walter C. Willett lançou o livro Coma, beba e seja saudável: o guia da alimentação saudável da escola de medicina de Harvard, propondo uma nova pirâmide. Na base, nada de comida: manutenção do peso ideal, exercícios físicos diários e muita água. Óleos vegetais saudáveis, como o azeite, e cereais integrais em pães e massas dividem o segundo andar da pirâmide. Frutas, verduras e legumes continuam na terceira faixa, com sugestão de três a cinco porções por dia, seguidas de leguminosas e oleaginosas; aves, peixes, ovos e frutos do mar; leite e derivados e, finalmente, no topo da pirâmide, manteiga e carnes vermelhas gordas, doces e refrigerantes e os carboidratos refinados, que pularam da base para a ponta da estrutura.

- 2005: o “claim” da soja
A soja não é coisa do século 21. Seu consumo vem de milênios em algumas regiões do planeta e, por aqui, começou a ser vista como alimento por volta dos anos 1960, quando a ciência passou a condenar a gordura saturada e a indústria alimentícia viu na soja uma fonte de óleo vegetal. Até então suas únicas utilidades eram óleo e farelo para produção de alimento animal. Como comida de gente, foi só a partir dos anos 1980, com iniciativas de governos e universidades para tentar introduzir o grão na rotina alimentar como uma alternativa barata à carne devido aos seus quase 40% de proteína — duas vezes mais, por exemplo, do que o feijão, um primo bastante próximo da soja.
Mas seus benefícios à saúde só vieram à luz por meio de pesquisas lá pelos anos 1990. Segundo José Marcos Gontijo, pesquisador da Embrapa Soja, nos Estados Unidos, desde 1999, o Food and Drug Administration, órgão que regulamenta a produção e comercialização de medicamentos e alimentos — equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária aqui — autoriza a utilização de um health claim, uma espécie de selo de saúde, no rótulo de alimentos industrializados que contenham soja. No Brasil, a Anvisa só liberou o alerta em 2005. Desde então, as embalagens podem alegar: “O consumo diário de, no mínimo, 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Alegações com relação a isoflavonas da soja, tanto de conteúdo (“contém isoflavona”, por exemplo), quanto de propriedades funcionais, de saúde e terapêuticas, para cura e prevenção de doenças, continuam proibidas.
Nem vilões nem mocinhos
Alguns alimentos acabam estigmatizados. Há 40 anos, a ideia predominante era de que a dieta ideal seria rica em proteína. De acordo com o nutrólogo Arnoldo Velloso, a Organização Mundial da Saúde chegou a preconizar que uma pessoa deveria comer, diariamente, 2g de carne por kg de massa corporal. Anos depois, essa proporção diminuiu para 0,75g, sendo que um terço disso deveria ser de origem vegetal, devido à quantidade de gordura saturada presente nos produtos de origem animal. O excesso de proteína animal resultaria em câncer de esôfago e aumentaria o colesterol. A principal vítima de preconceito foi o ovo, que pesquisas posteriores mostraram que um por dia não faria mal.
Atualmente, superada a preocupação com os problemas que o ovo traria, outros alimentos o substituíram no papel de vilão. Alergias ou intolerância, como à lactose e ao glúten, mais comuns do que se pensa, e mais facilmente diagnosticadas que antigamente, acabaram colocando o leite, seus derivados e os produtos que contêm glúten como vilões da saúde e até do emagrecimento. Cerca de 40% dos brasileiros apresentam intolerância à lactose e 20%, ao glúten.
“Não é a ciência que muda de ideia, é o conhecimento que vai sendo adquirido aos poucos”, justifica Arnoldo Velloso, sobre o motivo das flutuações da ciência a respeito do que faz bem ou mal à saúde. Enquanto isso, Anthony Fardet, pesquisador do Instituto Nacional Francês de Pesquisa em Agronomia, percebe uma tendência do público geral e da mídia: “Eles tendem a querer respostas pretas e brancas sobre nutrição e têm dificuldade em entender a questão da dúvida, inerente à ciência, o que gera mal-entendidos entre eles e os cientistas”.
Existe um prato perfeito?
Conheça alguns alimentos que passaram a entrar na alimentação no século 21
Vale tudo para emagrecer?
- 2006: sem gordura trans
Hoje em dia, quase todo mundo sabe que, se um alimento contém gordura trans, é melhor deixá-lo na prateleira do supermercado a levá-lo para casa, sob risco de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular. Nem sempre foi assim. Entre os anos 1950 e 1960, pesquisadores começaram a desconfiar que a gordura saturada seria ruim para a saúde, baseados em análises de diferentes povos e seus hábitos alimentares. Nos anos 1970, o conselho geral era para que as pessoas substituíssem a gordura saturada pelo óleo líquido vegetal.

“Naquela época, margarinas eram muito ruins para nós, porque eram muito ricas em gordura trans. Agora, quase todas dizem em suas embalagens que são ‘livres de gordura trans’”, pondera Walter C. Willett, professor de medicina da Universidade de Harvard e um dos pesquisadores da gordura trans naquela época. O movimento saiu da indústria e chegou a restaurantes. Em 2006, a cidade de Nova York tomou uma medida radical contra a gordura trans: o conselho de saúde da cidade proibiu que restaurantes usassem óleos de fritura contendo a gordura.
A medida vale desde padarias até redes de fast food. Em 2009, o Departamento de Saúde e Higiene da cidade divulgou um estudo dizendo que as pessoas diminuíram o consumo da gordura sem propriamente mudar hábitos. O estudo comparou as refeições em restaurantes fast food em 2007, antes da medida vigorar, e em 2009. Em 2009, cada prato reduziu cerca de 2,4 gramas de gordura trans.
- 2011: gente não come ração
Em 2010, um novo alimento começou a ganhar a atenção das pessoas, especialmente das que queriam emagrecer. A ração humana era um preparado de cereais e sementes moídos, principalmente linhaça e quinoa, que, se consumido no lugar de algumas refeições durante o dia, prometia resultados quase milagrosos para as medidas. Receitas de preparação do alimento em casa começaram a circular na internet e versões prontas passaram a constar nos estoques de supermercados.
Em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) saiu em ataque ao produto — ou pelo menos à forma como ele era vendido até então. Em 7 de junho, a agência divulgou um alerta para que as pessoas não substituíssem refeições inteiras pelo preparado, porque ele não continha nutrientes suficientes para uma alimentação saudável e equilibrada e consumi-lo dessa forma poderia levar a problemas de saúde por carência nutricional, como anemia. Além disso, o órgão também vetou o nome “ração humana” nas embalagens, justificando que ele poderia levar os consumidores a pensar que o produto seria uma refeição completa. Além do nome, ficaram proibidos nos rótulos indicações de propriedades medicinais, como redução do colesterol, e de emagrecimento. As empresas que ignorarem a medida estão sujeitas a multas de até R$ 1,5 milhão.
- 2013: chega de tanto iodo
A medida mais recente que gerou polêmica e debate entre médicos e nutricionistas foi tomada há apenas três meses. Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu diminuir a quantidade de iodo adicionada ao sal de cozinha. Antes entre 20mg e 60mg por quilo do produto, a medida deve ficar agora entre 15mg e 45mg. A obrigatoriedade de acrescentar iodo ao sal vem de 1953, uma época em que, devido à deficiência do composto na dieta, boa parte da população apresentava papo e muitas crianças tinham retardo mental endêmico, conhecido também como cretinismo, causado pela falta do mineral na fase intrauterina.
Na época, a medida foi comemorada e defendida inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Isso porque iodo está diretamente relacionado ao bom funcionamento da tireoide. Problemas como o hipo ou o hipertireoidismo, ocasionados, entre outras coisas, pela carência do nutriente, são os culpados pelo aparecimento do bócio endêmico, nome correto do “papo”.
No entanto, alguns especialistas alegam hoje que excesso de iodo pode, no lugar de prevenir doenças da tireoide, favorecer o aparecimento delas. Na época, o Departamento de Tireóide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia criticou em nota a decisão da agência, justificando que, no Brasil, estudos demonstram que mais da metade das mulheres grávidas apresentam carência de iodo e que a redução poderia agravar ainda mais o quadro. “A Anvisa deveria focar seus esforços em reduzir a quantidade de sal nos alimentos industrializados, não em reduzir a quantidade de iodo no sal”, afirmou a instituição.