OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.
No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):
|
|
A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano
terça-feira, 14 de abril de 2015
Não ao colesterol
sábado, 11 de abril de 2015
A vida na menopausa
Saiba mais
- Doenças e Sintomas Menopausa e climatério
- Saúde da mulher Climatério e menopausa
terça-feira, 17 de março de 2015
Aposentado de 99 anos ensina suas 25 lições de vida

Em maio, o americano Andy Anderson completa 100 anos de uma vida intensa.
Foram tantas as experiências, que ele decidiu escrever para a bisneta Macy Williams, editora-assistente do PopSugar (site de cultura pop, entretenimento, moda e beleza), suas 25 lições de vida.
Ela publicou o material num post, em que conta que a vida do bisavô renderia um filme, e relata uma das histórias dele, a de seu casamento: Andy conheceu a mulher em um sábado, e o casamento foi no sábado seguinte. Viveram juntos por 67 anos, até a morte da companheira.
Mesmo sem ter cursado faculdade, ele se tornou gerente nacional do departamento de laticínios da rede de supermercados Safeway, quando ganhou o apelido de Mr. Cheese, que logo se tornou "Vovô Queijo" para a família.
“Eu me sinto muito bem envelhecendo. Posso ter 99 anos, mas ainda estou aprendendo e experimentando coisas novas todos os dias. Você nunca para de aprender. A idade não é apenas um número, é um crachá de todas as minhas experiências de vida”, afirmou Andy ao "Huffington Post".
“Vovô Queijo me ensinou muito sobre a vida. Eu não poderia pensar em pessoa melhor para dar ao mundo algumas de suas lições”, diz Macy. E completa: “Se você está se perguntando o que Vovô Queijo tem feito atualmente, ele está pilotando sua scooter em torno de Benicia, Califórnia, e ‘pensando no que vou fazer quando começar a ficar velho’, como diz”.
Eis o que ele aprendeu nesses 99 anos:
Por QSocial, com informações do PopSugar
- Sempre manter o senso de humor.
- Nunca ser bom demais para começar por baixo.
- Exercite-se todos os dias, mesmo quando você não estiver com vontade.
- Não gaste mais dinheiro do que você ganha.
- Beba suco de laranja todos os dias.
- Amor à primeira vista não é uma fábula.
- Ter um emprego ruim é melhor do que não ter nenhum trabalho.
- Coma em volta da parte mofada; não desperdice comida.
- A família é a coisa mais preciosa que você vai ter na vida.
- Coma linguiça todos os dias _ funcionou para mim.
- Sua vida é delicada, e se você não se cuidar, vai apodrecer. Foi o que os queijos me ensinaram.
- Nunca tenha medo de ser você mesmo.
- Todo mundo tem muitas roupas. Use o que tem e pare de comprar mais.
- Você deve ser capaz de perdoar, mesmo que seja difícil.
- Guarde o seu dinheiro agora e gaste depois.
- O amor nem sempre é fácil; às vezes dá trabalho.
- Encontre algo cômico em cada situação.
- Se você se deparar com um problema, não demore para achar a solução. Mas, se não tiver solução, você tem de esquecê-lo.
- Certifique-se de que você está fazendo o que você ama; não tenha medo de perseguir os seus sonhos.
- A educação é importante, mas não é necessária. A vida em si pode ser uma educação.
- Explore seu mundo e mantenha-se curioso.
- Tente não se levar tão a sério.
- Meu nome completo é William Bradford James Anderson, e as minhas iniciais sempre me lembram de me perguntar: “Por que ser só um qualquer?” (as mesmas iniciais da frase em inglês: "Why be just anybody?")
- Tenha bom senso. Pense sobre a resposta mais razoável para cada situação. Se você não tiver bom senso, você está perdido.
- A vida é um presente que você deve desembrulhar. Cabe a você determinar se o que está lá dentro lhe trará felicidade ou desânimo. Você tem o poder de decidir sozinho.
*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.
https://queminova.catracalivre.com.br/inspira/aposentado-de-99-anos-ensina-suas-25-licoes-de-vida/
domingo, 21 de dezembro de 2014
Prepare uma refeição saudável em cinco minutos
Confira nossas dicas e coma bem sem gastar muito tempo na cozinha
Mas existem diversas maneiras de agilizar o preparo do jantar, deixando tudo praticamente pronto, afirma a nutricionista Daniele Cirulyn, do Instituto Saúde Plena. Separamos as técnicas mais simples e úteis quando o assunto é garantir uma refeição rica, em poucos minutos. Tudo para acabar de vez com as desculpas para comer besteiras antes de ir para cama.
Feijão congelado
A prática já é bem conhecida, mas as dúvidas ainda existem. Pode ou não pode congelar o feijão? Ele perde os nutrientes? É melhorar temperar antes ou depois? O feijão pode ser congelado, ele dura até três meses dentro do congelador sem perder os nutrientes, mesmo quando ele é temperado antes de ir para o freezer , diz a especialista. E o feijão não perde o sabor porque foi congelado. Para deixá-lo com jeito de fresquinho, a dica é temperar na hora de esquentar.Arroz congelado
Cozinhe e congele em pequenas porções. Ele também dura até 3 meses dentro do freezer e não perde nenhum nutriente. O arroz deve ser congelado em potes pequenos, para que não entre muito ar, o que acaba estragando o alimento. É super prático chegar em casa e ter até o arroz prontinho para a refeição , ressalta Daniela Cirulyn.Saladas variadas
Até as saladas levam tempo para ficar prontinhas para o consumo. Mas, para elas também existem pequenas práticas que aceleram esse processo. Para agilizar o preparo das saladas, deixe as folhas já lavadas. Mas é preciso tomar alguns cuidados, como secar bem antes de devolvê-las para a geladeira. Outra dica é deixá-las nas prateleiras de baixo, que são menos geladas, diminuindo o risco de queimar as folhas , explica a nutricionista.Carnes
A carne também pode ser devidamente preparada para garantir um janta mais rápida. Temperada de um dia para o outro, ela deve ficar na parte mais alta da geladeira, que também é o local mais gelado. "O importante é reparar na textura e na cor do alimento antes do preparo", explica a nutricionista Daniela Cirulyn. "Se ela ficar escura demais ou escorrendo um líquido de aparência viscosa, é melhor descartar".Massa
O preparo de massas já é bastante prático e rápido e a nutri ensina como deixá-lo ainda mais fácil. Para agilizar o preparo, basta deixar o molho congelado. Na hora do consumo é só esquentar em uma panela e adicionar pequenos temperos. Fica uma delicia, afirma.Lanche
Os lanches são uma boa pedida para os dias que a geladeira não está preparada para uma janta rápida. Só não vale abusar. Existem diversas maneiras de preparar lanchinhos saudáveis e, para os casos de emergência, eles são uma ótima opção. Atum, peito de frango, alface, tomate. São ingredientes rápidos e que podem ser feitas em pequenos minutos.Comida pronta congelada
A comida congelada, na maioria das vezes, apresenta alto teor de gordura, calorias e sódio que prejudicam a saúde e o regime. A comida congelada deve ficar restrita a dias de emergência geral.O problema é que elas apresentam uma quantidade muito grande de sódio, item que pode causar prejuízos para quem tem pressão alta, ou trazer esse mal para quem não tem , alerta Daniela Cirulyn. E, se por caso escolher por essa opção, verifique bem o rótulo, prestando atenção nas calorias e na gordura trans.
Refeição elaborada
Quer impressionar a família com uma refeição saborosa, mas não quer perder tempo? Confira a receita que a nutricionista separou para você preparar uma refeição dos deuses.Filé de peixe ao molho rose
Ingredientes
-2 filés de pescada ou linguado temperados com alho, limão, sal e pimenta do reino
-1 xícara de molho de tomate ou 1 lata de molho de tomate pronto
-2 colheres de sopa de requeijão light
Modo de preparo
Num pirex de vidro, coloque os filés de peixe temperados, cobertos com o molho de tomate e as colheradas de requeijão. Tampe com papel alumínio e leve ao forno para assar. Quando os peixes já estiverem cozidos, tire o papel alumínio e deixe assar até secar a água e o molho ficar cremoso.
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/5083-prepare-uma-refeicao-saudavel-em-cinco-minutos/#carousel-galeria
domingo, 14 de dezembro de 2014
Mudança de hábito faz emagrecer com saúde
‘Vigilantes do peso’ trabalha em duas etapas, o emagrecimento e a manutenção do peso
2. As refeições devem ser feitas em lugares tranqüilos e sem pressa. Mastigue pelo menos trinta vezes cada garfada, isso fará com que você se sinta saciado ingerindo menos alimentos.
3. Comece sua refeição pela salada crua, que contém fibras e tira a sensação de fome. Se depois da refeição ainda sentir fome, coma mais salada e não repita o prato quente.
4. Evite beber durante as refeições. As bebidas, principalmente gasosas, dilatam o estômago.
5. Beba muita água no intervalo das refeições. Ela ajuda a limpar o organismo e manter as suas funções normais.
6. Diminua o consumo do açúcar e aumente o consumo de fibras. O açúcar é muito calórico e não traz nenhum benefício à saúde, enquanto que as fibras asseguram um bom funcionamento intestinal e reduzem a sensação de fome.
7. Substitua produtos comuns por lights ou desnatados, pois estes contêm menos calorias. Substitua queijos amarelos (prato, muzzarela, provolone, requeijão) por queijos magros (ricota, cottage, queijo branco).
8. Prefira carnes magras, peixes e aves sem pele. Prepare-os assados, cozidos ou grelhados, com pouco óleo.
9. Diminua o consumo de massas, cereais, pães e doces.
10. O exercício físico, orientado por um profissional, acelera a queima de gordura armazenada, auxiliando na redução de peso.
11. Não faça exercícios com o estômago cheio, pois a energia necessária para fazer a digestão será desviada para a atividade física.
12. Não durma logo após as refeições, nem ingira alimentos muito pesados à noite, pois neste período a digestão é mais lenta.
domingo, 9 de novembro de 2014
Hunza, o povo que não envelhece e vive até 120 anos
16 set 2014 - 15h 19


São apenas 30 mil habitantes em um vale paradisíaco com 2500 mil metros de altitude, nas montanhas do Kush Hindu, que falam um idioma próprio (Burushaski) sem relação com nenhum outro existente.
Os habitantes ganharam fama por serem um povo feliz, simpático, sempre alegre e ativo, em que diversas pessoas vivem tranquilamente com mais de 110 anos de idade — alguns chegam até mais de 120 —, e com um detalhe fundamental: sem sofrer doenças graves nem problemas sérios de saúde — praticamente um milagre nos dias atuais.
Tem explicação?
De acordo com o médico escocês, Dr. Mac Carrisson, que descobriu essa galera por curiosidade e acabou convivendo com eles por sete anos, o segredo da saúde em Hunza está na alimentação de seu povo, sempre a base de cereais integrais, frutas (principalmente o Damasco, considerado sagrado na região), verduras, castanhas, queijo de ovelha e o inusitado pão de Hunza, sempre respeitando uma restrição calórica de 30%.
Porém, com uma diferença: tudo 100% orgânico, sem vitaminas sintéticas (produzidas em laboratórios), assim como os agrotóxicos e adubos químicos, que são extremamente comuns em boa parte do globo e acabam matando o organismo humano ao longo de uma média de 75 anos, o que explica o crescente número de casos de câncer e AVC no planeta.
Além disso, os Hunza só tomam duas refeições por dia, sendo que a primeira acontece só ao meio-dia. Ou seja, eles passam boas horas em jejum, mas nunca parados, agindo como sedentários, e sim com diversas atividades físicas. A carne não é totalmente cortada na dieta, mas é comida apenas em ocasiões especiais, e sempre em pequenas quantidades.

Aliás, é interessante informar a você que qualquer tipo de exercício feito em jejum proporciona os maiores efeitos de indução enzimática das enzimas antioxidantes, SODCu-Zn citoplasmática e a SODMn mitocondrial.
Era uma vez um paraíso...
O Vale de Hunza é governado pelo rei Jaman Khan, um monarca que adora mergulhar em montanhas de dinheiro e acabou deixando que ingleses e americanos fossem para lá a partir da década de 20, iniciando a destruição deste paraíso na Terra.Com isso, a criançada largou boa parte dos velhos costumes e passou a comer hambúrguer freneticamente, tomar Coca-Cola e se preocupar com formação acadêmica tradicional, se tornando apenas um “gado da matrix”. Atualmente, existem diversas escolas inglesas nos vilarejos de Hunza, como Chapursan, Tajik ou Sust, onde as crianças aprendem a serem “civilizadas” pela máquina do sistema.

Sendo assim, as pessoas passaram a morrer mais cedo de umas décadas para cá, com apenas 70 ou 80 anos em média. Hoje em dia, são bem poucas as famílias que ainda mantêm a tradição original de longevidade que mar
cou o povo de Hunza durante sua história, infelizmente.
Lenda urbana: Hunza, o povoado vegetariano que vive mais de 120 anos
Quem não quer viver mais? Todos querem. Um pouquinho mais de tempo aqui, um pouquinho mais de tempo ali, não é por isso que vivemos correndo? Porque queremos mais tempo?
Curta também a nossa página no Facebook e não caia em boatos

Se pararmos para pensar, a fonte da juventude de hoje é tudo aquilo que fazemos para viver mais e parecer que temos menos idade. Comer saudavelmente, praticar exercícios físicos, dormir bem, por um botoxzinho no rosto, usar creme todas as noites, uma bolsa de água quente para tirar as marcas de insônia, e etc, etc, etc.
Aí, como estamos desesperados por mais tempo, e por aparentar ter mais tempo fica fácil acreditar que existe alguém que encontrou a fórmula perfeita para viver mais. Neste caso, vários alguéns. Um povoado inteiro que vive por mais de 100 anos porque tem uma vida balanceada, adotam uma dieta vegetariana, tomam banho super gelado.
Confira na íntegra a postagem sobre o povo que demora muito mais que nós para morrer e que viralizou na internet:
‘Conheça o segredo dos Hunza, um povoado vegetariano que vive uma média de 120 anos
Você sabia que lá entre a fronteira entre a Índia e o Paquistão, vive uma população que é conhecida como o “oásis da juventude”, que possui uma alimentação vegetariana e que seus habitantes vivem em média 120 anos?
Pois é, os moradores desse povoado, os hunza, habitam sobre o vale do rio Hunza, quase nunca ficam doentes e têm uma aparência de juventude.
…
Os segredos desse aspecto sempre saudável, pode ser o fato de que eles tomam banhos super gelados a 15 graus abaixo de zero, praticam esportes, e é comum à uma mulher dar à luz aos 65 anos. A alimentação é baseada em frutas, verduras cruas, damascos secos, grãos germinados e queijo de ovelha.
…
A dieta inclui em média 1900 calorias. E é precisamente essa dieta, que permite a notável longevidade [...]’.
Vamos por as coisas na ordem então. Fatos primeiro, mitos depois. O povo Hunza existe mesmo. Vive realmente entre a Índia e o Paquistão, tem uma dieta balanceada e realizam atividades físicas de acordo com as necessidades do povoado (plantação, colheita, estoque e armazenagem de comida, criação de animais, entre outras coisas).
No entanto, eles não são vegetarianos, não chegam todos aos 120 anos, não aparentam ser todos jovens e não são imunes a tudo. Como sabemos? Bom, graças ao livro Lost Kingdom os the Himalayas do pesquisador John Clark que esteve na região do povo hunza e viveu com eles por 20 meses, comprovando que eles adoecem sim, que eles envelhecem sim, que eles comem carne sim e que idade para eles não tem nada a ver com calendário.
O povo hunza não é vegetariano. Comem carne e praticamente todas as partes do animal que consomem. Além disso, a dieta hunza utiliza muito da gordura desses animais na feitura de queijo e manteiga. Por causa da dificuldade de pastoreio com o leite do Yak, da ovelha e da cabra eles produzem seus derivados cheios de carboidratos e consomem a carne de fêmeas velhas e alguns machos. Mas, também comem vegetais e grãos que estocam durante a estação quente para consumo durante o inverno.
Os hunza também envelhecem (desolem-se). A aparência das pessoas do povoado não é sempre jovem e há vários anciões entre eles (vide fotos no Google imagens). Aliás, a noção de idade para eles é diferente da nossa, porque não tem a ver com a data de nascimento e sim com a experiência e sabedoria que se tem na vida. Assim, uma pessoa de 50 anos pode ter 130 em sabedoria, e que se dane o calendário.
Sobre o banho gelado, não há comprovação científica de que isso interfira favoravelmente na longevidade dos hunza, nem na mencionada super resistência a doenças. Eles também adoecem e tem uma alta taxa de mortalidade como comprovou Clark.
Ahhhhh é tudo mentira? Praticamente. O povo hunza tem sim um modo próprio de viver, mas não vivem muito mais que o resto do mundo. Trata-se de um povoado singular e que por isso sempre servem de origem para boatos, até a história de que eles são imunes ao câncer já rodou por aí. Tudo boato (choro, soluço e lenços de papel). Voltemos para a nossa correria e os renews da vida então.
Sobre Hellen Bizerra
http://www.megacurioso.com.br/misterios/45654-hunza-o-povo-que-nao-envelhece-e-vive-120-anos.htm
O segredo dos Hunza, o povo que não envelhece


Foi um médico escocês, Mac Carrisson que descobriu esse povo e com ele conviveu por 7 anos. Primeiramente constatou que os Hunzas eram dotados de uma saúde excepcional. Parece que eram imunizados contra as doenças modernas principalmente o câncer e o infarto do miocárdio e que não conheciam a palavra, doença. De fato, eles estão resguardados da artrite, varizes, obstipação intestinal, úlceras gástricas, apendicites e o mais surpreendente é que as crianças não apresentam caxumba, sarampo ou varicela e a mortalidade infantil é muito baixa. Não é raro ver os Hunzas de 90 anos procriarem e as mulheres com mais de 80 anos passarem por mulheres ocidentais com 40 anos, isto se estiverem em plena forma.
Segundo o livro acima citado, a regra de base da alimentação desse povo é a frugalidade: “Uma frugalidade que não seria excessivo qualificar de extrema.
É interessante comentar que a atividade física ou exercício feito em jejum proporciona os maiores efeitos de indução enzimática das enzimas antioxidantes, SODCu-Zn citoplasmática e a SODMn mitocondrial, entretanto devemos salientar que o aumento da capacidade antioxidante não proporciona longevidade de 110- 120 anos.
Ainda de acordo com o livro de Godefroy, “Os Hunza alimentam-se principalmente de cereais, incluindo a cevada, o milho miúdo, o trigo mourisco e o trigo candial (novo). Consomem igualmente, com regularidade, frutas e legumes que, de um modo geral, comem frescos e crus ou cozidos apenas muito ligeiramente.
Entre os seus frutos e legumes prediletos, contam-se a batata, as ervilhas, o feijão, a cenoura, o nabo, a abóbora, o espinafre, a alface, a maçã, a pêra, o pêssego, abricó (apricot), as cerejas e as amoras. O caroço do abricó é particularmente apreciado e sempre presente na mesa dos Hunza. Eles consomem a amêndoa do caroço do abricó ao natural ou extraem-lhe o óleo através de um processo transmitido de geração em geração.
Chrisitan H Godefroy autor do livro ”Os Segredos de Saúde dos Hunzas”.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Condição humana
1. DIFICULDADE EM PERDER PESO
O QUE ESTÁ FALTANDO: ácidos graxos essenciais e vitamina.
ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.
2. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: na verdade um equilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.
ONDE OBTER: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro, semente de linhaça e os suplementos.
3. COMPULSÃO POR DOCES
O QUE ESTÁ FALTANDO: cromo.
ONDE OBTER: cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos...
4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA
O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio
ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja e água.
5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES
O QUE ESTÁ FALTANDO: lactobacilos vivos
ONDE OBTER: coalhada, iogurte, missô, Yakult e similares..
6. FALTA DE MEMÓRIA
O QUE ESTÁ FALTANDO: acetil colina, inositol.
ONDE OBTER: lecitina de soja, gema de ovo + suplementos.
7. HIPOTIREOIDISMO
O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo.
ONDE OBTER: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.
8. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS
O QUE ESTÁ FALTANDO: colágeno.
ONDE OBTER: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos.
9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR
O QUE ESTÁ FALTANDO: vitaminas A, C, E e ferro.
ONDE OBTER: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.
10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS
O QUE ESTÁ FALTANDO: Ômega 3 e 6.
ONDE OBTER: sardinha, salmão, abacate, azeite
11. DESÂNIMO, APATIA, TRISTEZA, RAIVA, INSATISFAÇÃO, DEPRESSÃO, MAL HUMOR, VONTADE DE MORRER
O QUE ESTÁ FALTANDO: Dinheiro e sexo, meu filho, dinheiro e sexo !!!
ONDE OBTER: Se eu soubesse, não tinha todos esses FDPs desses sintomas...
domingo, 7 de setembro de 2014
O que acontece enquanto você dorme
Nunca dormimos tão mal - e tão pouco. Os brasileiros estão dormindo 1h30 a menos, em média, do que na década de 1990, e 63% têm problemas de sono. Agora, pesquisas de última geração começam a desvendar o que acontece durante a noite - e revelam qual é a verdadeira chave para dormir bem.
por Anna Carolina Rodrigues

São casos extremos de distúrbio do sono. Mas dormir mal não tem nada de extremo. Na verdade, é a coisa mais comum do mundo - e está piorando. Hoje, os brasileiros dormem em média 1h30 a menos do que há 20 anos, segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo com 1.024 pessoas. São apenas 6h30 por noite, bem menos do que os entrevistados desejariam dormir (em média, 8h10). E 63% têm algum problema de sono.
Mas a ciência finalmente começou a decifrar os segredos desse mundo misterioso no qual ficamos mergulhados por quase um terço da vida. Novos estudos estão revelando por que estamos dormindo tão mal, como resolver isso e o que realmente acontece no corpo durante a noite.
Dormir é uma delícia - mas, do ponto de vista da evolução, é um comportamento difícil de explicar. Para o homem das cavernas, dormir podia significar nunca mais acordar, pois a chance de ser atacado por um predador era grande. E, mesmo hoje, em que esse risco é muito menor, o sono continua sendo meio paradoxal, porque nos faz desperdiçar um terço do nosso tempo de vida consciente.
O sono é uma das áreas mais jovens da ciência. Até a metade do século 20, os cientistas acreditavam que o cérebro se desligasse totalmente durante a noite, com o único objetivo de descansar. Hoje, sabemos que não é bem isso. Dormimos por três motivos: para economizar energia, para fazer manutenção do corpo e para consolidar a memória.
O primeiro é fácil de entender. Enquanto você dorme, seu corpo consome menos energia - pelo simples fato de você estar imóvel e relaxado. Se não dormíssemos, teríamos de consumir um número muito maior de calorias para sobreviver, o que seria extremamente difícil para os homens primitivos. Num mundo onde o alimento era escasso, dormir era fundamental para não morrer de fome - mesmo que isso aumentasse o risco de ser atacado por animais selvagens durante a noite.
A segunda função do sono tem a ver com os processos reparadores que seu corpo executa enquanto você dorme. Na década de 1980, cientistas da Universidade de Chicago comprovaram isso realizando um teste com ratos. Após duas semanas impedidos de dormir, os bichos simplesmente morreram. Eles tinham desenvolvido manchas e feridas que não saravam e, independente da quantidade de comida que ingerissem, só perdiam peso. Até que, de uma hora para a outra, apagavam e não acordavam mais. Morte. O mesmo estudo foi repetido no ano 2000, e a conclusão foi a mesma: não dormir mata. Mas os pesquisadores nunca tinham conseguido entender o porquê disso.
A possível explicação só veio no ano passado, em um estudo da Universidade de Surrey, no Reino Unido. Os cientistas mantiveram pessoas acordadas por 29 horas e perceberam uma alteração: o nível de células brancas no sangue delas aumentou bastante, atingindo a mesma quantidade registrada em pessoas feridas. As células brancas são o elemento central do sistema imunológico. Quando você fica sem dormir, ele dispara - o que, em tese, poderia comprometer a habilidade do organismo de combater infecções.
Não é só. "O organismo libera hormônios como cortisol e adrenalina, respostas típicas de situações de estresse", diz a médica Luciana Palombini, do Instituto do Sono. E isso desencadeia uma série de processos já nas primeiras 24 horas. Primeiro, a pressão sanguínea aumenta. Logo depois, o metabolismo se desregula, e a pessoa sente uma vontade incontrolável de comer carboidratos (um estudo da Universidade Northwestern, nos EUA, constatou que quem dorme tarde e/ou mal tende a ingerir quase 250 calorias a mais por dia). Em seguida, se a pessoa continuar acordada, começam as alucinações. Sim, alucinações.
Veja o caso do estudante americano Randy Gardner. Em 1965, ele aceitou participar de uma experiência na Universidade Stanford - na qual ficou 264 horas (exatos 11 dias) sem dormir. É a maior experiência de privação do sono já registrada cientificamente; e teve efeitos terríveis sobre o pobre Randy. A partir do terceiro dia, ele começou a perder a capacidade de raciocínio, a ficar paranoico e enxergar coisas que não existiam. Ao final da experiência, Randy dormiu 14 horas seguidas. Segundo apontaram testes na época, não ficou com nenhuma sequela do experimento.
Mas não dormir, ou dormir mal, pode estar na raiz de doenças neurológicas gravíssimas. Num estudo recém-publicado, pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova York, mostram que o cérebro aproveita o sono para fazer uma limpeza - descartando células mortas e moléculas da proteína beta-amiloide, cujo acúmulo impede as conexões entre neurônios e provoca Alzheimer, doença incurável que leva à perda de memória. O que nos leva à terceira função do sono: gravar - e destruir - as suas memórias.





O seu cérebro não fica `desligado¿ enquanto você dorme. Longe disso. O sono é neurologicamente agitado, com quatro etapas que se sucedem e se repetem durante a noite (veja no infográfico da página 49). A mais interessante é justamente a quarta, identificada pela sigla REM - "movimento rápido dos olhos", em inglês. É o momento em que a pessoa mais descansa, e também é a fase em que ela sonha -movendo os olhos rapidamente, como se estivesse vendo coisas.
Quando uma memória se forma na sua mente, o cérebro constrói uma relação semipermanente entre os neurônios envolvidos com aquilo. Por exemplo. Vamos supor que você vá a um churrasco. Está fazendo um sol insuportável, o churrasqueiro deixa queimar a carne, você fica com fome. Mas nem tudo foi ruim - você conheceu uma nova pessoa, Maria, que se tornou sua amiga. Essas experiências todas ativam uma enorme quantidade de neurônios no seu cérebro - os que registram a sensação de calor, os responsáveis por processar cheiros (no caso, de carne queimada) e vários grupos que analisam todas as características da Maria, como sua altura, formato do rosto, voz, cor dos olhos, etc.
E o cérebro fortalece as ligações entre essa rede de neurônios. É como se eles ficassem "amigos". Passam a se comunicar mais facilmente entre si. Aí, quando você se lembrar de algum detalhe do churrasco ou da Maria, aquele mesmíssimo conjunto de neurônios será acionado - e todos os detalhes daquele dia voltarão à sua mente. É assim que a memória humana funciona.
Mas ela também age enquanto você dorme. Sabe quando você vivencia algo durante o dia, e aquela memória reaparece - muitas vezes exagerada ou distorcida - durante os sonhos? Acontece com todo mundo. Um estudo feito pelo psicólogo inglês Mark Blagrove constatou que os acontecimentos costumam aparecer nos sonhos pelo menos três vezes: na primeira, na quinta e na sétima noite de sono após vivenciados. Mas por quê? E por que as memórias surgem distorcidas, às vezes apimentadas com fantasia e coisas que jamais aconteceram? Existe uma teoria para explicar isso.
É a hipótese da homeostase sináptica (SHY, em inglês), criada por dois psiquiatras da Universidade de Wisconsin. Apesar do nome complicado, o conceito é simples: durante o sono, o cérebro desfaz algumas das conexões entre neurônios, ou seja, ele apaga memórias. O corpo libera ácido gama-aminobutírico, uma substância que enfraquece as relações entre os neurônios e deleta algumas das memórias adquiridas durante o dia. Objetivo: liberar `espaço¿, capacidade cerebral, para que você continue sendo capaz de aprender coisas novas.
Essa tese foi reforçada por uma pesquisa do National Institutes of Health (laboratório do governo americano), que este ano descobriu algo intrigante. Durante o sono, os neurônios do hipocampo, região cerebral que coordena a formação de memórias, disparam "ao contrário". Ou seja, eles emitem sinais elétricos na direção oposta de quando a pessoa está acordada. Para os cientistas, isso é um indício de que há memórias sendo apagadas.
Para determinar quais lembranças são menos importantes e podem ser deletadas, o cérebro vê se elas têm ligação com outras informações já armazenadas na sua mente. É por isso que, se você e a Maria tiverem algum conhecido em comum, a chance de que você se lembre dela é maior. Senão, o cérebro irá apagá-la. "Esse processo funcionaria como um desfragmentador de disco no computador, arrumando as nossas memórias", explica a neurologista Dalva Poyares, da Unifesp.
Esse apagamento supostamente acontece na terceira fase do sono, que antecede os sonhos. Ou seja: quando os sonhos começam, é possível que o cérebro ainda esteja sob influência da destruição de memórias, ou haja resíduos incompletos delas - e isso explique o teor de fantasia nos sonhos. Mas não existem estudos comprovando a relação. Já a conexão entre sono, memória e aprendizado é fartamente conhecida. Diversas experiências demonstraram que nossa capacidade de aprender é maior de manhã, logo após acordar, do que de noite. Dormir ajuda a aprender. Mas não é só isso. Também é possível aprender... dormindo. Nos anos 70 e 80, essa promessa era muito usada por charlatães, que tentavam vender cursos de inglês "durante o sono". A pessoa escutava uma fita com lições do idioma enquanto dormia e supostamente acordava sabendo falar inglês. Não funcionava, claro. Mas um estudo feito pela Universidade Northwestern constatou que é, sim, possível manipular - e reforçar - o aprendizado de uma pessoa enquanto ela dorme.
Na experiência, 50 voluntários foram expostos a uma longa sequência de imagens. Cada imagem vinha acompanhada de um som específico (como o barulho de uma explosão, por exemplo). Feito isso, os voluntários foram dormir. Só que metade deles recebeu um estímulo durante a noite. Quando eles atingiram a terceira fase do sono, os cientistas tocaram os sons que tinham sido associados às imagens. No dia seguinte, todo mundo acordou e os voluntários fizeram um teste de memorização. Quem tinha sido exposto aos sons conseguiu se lembrar de mais imagens, e em ordem mais correta. "Estímulos externos durante o sono podem ter influência (sobre o aprendizado)", diz o psicólogo Ken Paller, líder do estudo. "A nossa pesquisa mostra que a memória é reforçada, com a reativação de informações durante à noite", explica o psicólogo Paul J. Reber, coautor da experiência. Ou seja: não é possível aprender algo do zero enquanto se dorme. Mas é possível reforçar, dormindo, a memorização de algo que se aprendeu acordado.
Vale lembrar que a experiência da Northwestern envolve informações triviais (uma sequência de imagens). Não há comprovação, ao menos por enquanto, de que esse efeito se estenda a aprendizados mais complexos, como idiomas ou as disciplinas da faculdade. Não vale a pena dormir ouvindo uma fita com a voz dos seus professores. Melhor garantir uma boa noite de sono. Só que isso está ficando cada vez mais difícil.

Um estudo da Universidade de Virgínia estudou a rotina das pessoas no século 15, e descobriu que as pessoas costumavam dormir em duas etapas. Primeiro, elas dormiam do entardecer até a meia-noite. Aí acordavam, ficavam despertas por uma ou duas horas e depois voltavam a dormir até o dia clarear. Isso foi comprovado na prática pelo psiquiatra americano Thomas Wehr, do National Institute of Medical Health. Nos anos 90, ele confinou um grupo de voluntários em alojamentos sem luz elétrica. Eles eram obrigados a realizar atividades durante o dia, com o sol, e descansar durante a noite, por causa da ausência de luz. Após algumas semanas nessa rotina, algo curioso aconteceu: os voluntários passaram a apresentar o mesmo tipo de sono segmentado da Idade Média. E estavam sempre super-relaxados - descobriu-se que, no intervalo entre esses dois sonos, o corpo liberava prolactina, o mesmo hormônio que causa a sensação de relaxamento após o orgasmo.
Hoje em dia, dormimos de outra forma, em apenas um bloco. Isso é um subproduto da revolução industrial, que elevou a jornada de trabalho a 16 horas por dia - e limitou quando, e quanto, as pessoas poderiam dormir. Até hoje, dormir durante o dia é visto com preconceito. "Precisamos descansar. Descanso faz parte da vida. Ele ajuda nossa produtividade, melhora nosso humor e nos deixa mais criativos", diz a psicóloga americana Sara Mednick, autora de estudos que mostram o efeito positivo da soneca. "As pessoas tomam café para ficarem acordadas e quando chega a noite tomam um remédio para dormir. Será que esse é mesmo o melhor jeito de encarar uma semana de trabalho?", questiona.
Por isso, cada vez mais gente toma remédios para dormir. No Brasil, os três medicamentos tarja-preta mais vendidos (Rivotril, Lexotan e Frontal) são ansiolíticos, que acalmam e ajudam a dormir - e juntos vendem quase 15 milhões de caixas por ano. O problema é que eles, como todos os remédios que induzem sonolência, podem causar dependência física. A indústria farmacêutica ainda não conseguiu desenvolver uma droga para dormir que seja totalmente eficaz e tenha risco zero. Mas continua tentando. Sua nova esperança é o suvorexant, um remédio que inibe a hipocretina, um neurotransmissor responsável pela vigília. Ou seja: em vez de induzir o sono, como os medicamentos atuais, simplesmente anula a substância que deixa a pessoa acordada. "Estamos entusiasmados, pois a expectativa é que esse remédio não seja viciante", diz Belen Esparis, médica do hospital Mount Sinai, em Nova York, e uma das principais especialistas do mundo em sono. Mas o suvorexant foi barrado pela FDA (órgão do governo americano que aprova a comercialização de remédios), que pediu mais testes.
Uma solução mais segura, e possivelmente muito eficaz, é um aparelho chamado Somneo. Ele nasceu de pesquisas da Darpa (divisão de projetos avançados do Pentágono), que queria encontrar um jeito de fazer soldados ficarem até cem horas acordados sem sofrer. Não deu certo, mas levou à criação do aparelho, que usa várias técnicas para melhorar a qualidade do sono. Trata-se de uma máscara que cobre o rosto, as orelhas e parte da cabeça e aquece levemente a região dos olhos - o que, estudos comprovaram, faz a pessoa adormecer mais rápido e passar mais rapidamente à fase de sono profundo. A máscara também permite ao usuário programar exatamente a quantidade de tempo que deseja passar dormindo. Ela tem sensores de eletroencefalografia, que monitoram a transição entre as fases do sono e determinam qual o melhor momento para despertar a pessoa - liberando uma luz que aumenta de maneira gradual. A ideia é que essa máscara seja distribuída aos militares em guerras. Mas, como muitas das tecnologias inventadas para uso militar, ela provavelmente acabará tendo uma versão comercial.
Uma possibilidade ainda mais ousada é manipular diretamente as ondas cerebrais, ajudando a pessoa a se manter dormindo ou pular para estágios mais profundos do sono. A técnica se chama ETCC (estimulação transcraniana por corrente contínua), e consiste em aplicar uma corrente elétrica bem fraca, por meio de eletrodos, em certas áreas do cérebro. Cientistas da Universidade de Lübeck, na Alemanha, usaram a ETCC para fazer com que voluntários passassem mais rapidamente pelas duas primeiras fases do sono e ficassem mais tempo na terceira, mais profunda e relaxante. Uma experiência similar, desta vez na Universidade de Wisconsin-Madison, mostrou que é possível desencadear diretamente o sono profundo emitindo campos magnéticos sobre o cérebro. Segundo os pesquisadores, isso significa que seria possível ter os mesmos benefícios fisiológicos de oito horas de sono em apenas seis. Isso seria o equivalente a um mês `de vida¿, acordado, a mais por ano. Algo extremamente tentador para muita gente. E os voluntários não apresentaram efeitos colaterais. Mas as máquinas necessárias ainda são grandes, caras e seu uso constante pode ter conse-quências imprevisíveis a longo prazo. Não devem chegar ao seu quarto tão cedo. Mas existe uma solução para dormir melhor. E não é remédio nem máquina.
Você já deve ter ouvido as recomendações mais manjadas. Faça exercícios. Tenha uma alimentação balanceada. Tente evitar o estresse. Não tome café de noite. Maneire no álcool. Tudo isso é verdade - e é essencial para dormir bem. Mas a epidemia de insônia no mundo tem outra raiz.
O sono é coordenado por um hormônio chamado melatonina. Ela é produzida pela glândula pineal, bem no meio do cérebro, e é a chave do "relógio interno" que nos faz dormir e acordar em ciclos de 24 horas. A melatonina também está presente em outros animais, em plantas e até em micróbios. Ela é um mecanismo que a natureza criou para adaptar os seres vivos ao ritmo do Sol. Conforme começa a escurecer, o organismo começa a liberar mais melatonina - e você sente cada vez mais sonolência, até apagar. De manhã, com tudo claro, o nível de melatonina cai, e você acorda.
Essa é a ordem natural das coisas. O problema é que o mundo moderno, e em especial a tecnologia, está bagunçando essa ordem. Depois que anoitece, continuamos a ver televisão e usar celular, computador, tablets, etc. A humanidade vive rodeada por telas que emitem luz. E isso desregula o ritmo do organismo. "Como o cérebro não sabe qual a diferença entre luz artificial e a do Sol, ele pensa que ainda é de dia", diz Simone Petera, especialista em medicina do sono. Com isso, o corpo reduz a produção de melatonina, e a pessoa não consegue dormir bem.

Existe gente que toma melatonina em comprimidos para tentar dormir melhor. Ela não tem registro oficial na Anvisa, mas não é proibida - pode ser encontrada em lojas de suplementos nutricionais. Mas não é recomendada. "A melatonina não é uma pílula para dormir muito boa, pois o organismo já a produz naturalmente", diz Belen Esparis. Se for tomada em doses erradas, pode atrapalhar o sono. Isso sem contar possíveis efeitos colaterais de longo prazo, como alterações no ciclo menstrual. O melhor a fazer é controlar a iluminação durante a noite - e com isso aumentar naturalmente o nível de melatonina no corpo.
As telas de TV e de gadgets emitem luz com temperatura (tonalidade) de 5.500 graus Kelvin, a mesma que o Sol emite ao meio-dia. Ou seja: são especialmente ruins para o sono. Mas uma experiência feita pela Universidade de Basileia, na Suíça, constatou que a luz avermelhada, típica do pôr do sol, é muito menos danosa. E você pode regular suas telas para que elas tenham esse tom. Na televisão, basta selecionar o modo "Cinema". Nos celulares e tablets Android, instalar um aplicativo chamado Twilight. E no PC e Mac, um programa chamado F.lux. São todos grátis, ou seja, não custa experimentar (no iPhone e no iPad, só é possível instalar o aplicativo F.lux por meio de jailbreak - destravamento do sistema -, pois a Apple não autoriza o uso do programa). E nunca use lâmpadas de luz fria no quarto. Fazer esses ajustes deixa o ambiente mais agradável e dá resultado: o estudo de Basileia mostrou que as pessoas expostas à luz "quente" durante a noite produzem até 40% mais melatonina do que quem recebe luz fria.
Mas à noite o ideal é deixar as telas de lado e ler algo que não emita luz, como um livro ou revista. E, se mesmo assim o sono não vier, não se culpar por isso. Dormir meio mal, de vez em quando, é a coisa mais normal do mundo.
Na adolescência, o hormônio do sono é liberado mais tarde. É por isso que a pessoa tem dificuldade em dormir e acordar cedo.
Discórdia na cama
60% dos homens com mais de 40 anos roncam (geralmente porque estão acima do peso). E isso atrapalha bastante o sono das mulheres - que são as maiores vítimas de insônia.
Hora do galo
Conforme envelhecem, os idosos tendem a acordar cada vez mais cedo. E isso tem uma explicação biológica.
Boca
A produção de saliva diminui e a boca fica mais seca, ambiente propício para a proliferação das bactérias bucais. É por isso que acordamos com mau hálito.
Pele
Quando dormimos pouco, o corpo libera mais cortisol, um dos hormônios do estresse. Em excesso, ele inibe a produção de colágeno, proteína responsável por deixar a pele bonita.
Cérebro
Faz uma limpeza - descartando células mortas e moléculas da proteína beta-amiloide, cujo acúmulo impede as conexões entre neurônios e provoca Alzheimer, doença neurológica que leva à perda de memória.
Músculos
Há liberação de hormônio do crescimento que, dentre outras funções, ajuda a reparar as fibras musculares. Por isso, dormir é fundamental para se recuperar de uma lesão ou após fazer musculação.
Fonte: Belen Esparis, diretora do Centro de Desordens do Sono no Mount Sinai Medical Center (Nova York)
Dreamland: Adventures in the strange science of sleep
David K. Randall, W. W. Norton & Company, 2012.
Take a Nap! Change Your Life
Sara Mednick, Workman Publishing Company, 2006.
The Slumbering Masses: Sleep, Medicine and Modern American Life
Mathew J. Wolf Meyer, University of Minnesota Press, 2012.