OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


sábado, 26 de julho de 2014

Renata Celidônio se esforça para chegar ao IMC 25

  • Yahoo Brasil/Reprodução - Renata Celidonio se esforça para chegar ao IMC 25
Renata Celidonio se esforça para chegar ao IMC 25 A atriz Renata Celidônio, que se tornou conhecida do grande público ao interpretar uma dona de casa que se tornou modelo plus size na novela 'Aquele Beijo' (2011), continua firme e forte na dieta e na academia, mesmo depois de ter perdido mais de 60 kg depois de fazer uma cirurgia bariátrica, no ano passado. 

Renata, que já chegou a pesar 154 kg, planeja chegar aos 75 kg e tem como objetivo alcançar a a marca de 25 de Índice de Massa Corporal, até o fim do ano. Atualmente, ela está com 88 kg.

Pelo Instagram, a atriz compartilha com os seguidores os esforços que tem feito para conseguir o que considera o corpo ideal. Nesta semana, depois de passar uma semana em um spa, postando imagens de dua dieta de desintoxicação, Renata compartilhou um vídeo em que aparece correndo na esteira.  "Um dia, há uns 4 anos, um médico disse pra mim: 'Quer emagrecer? Corre!' 
(taí, doutor... demorou, mas entendi... rsrs...) #veloxfitness #rumoaoimc25 #verãochegando #quemnãoseendireitarnãotemlugaraosol (sic)", escreveu ela na legenda do vídeo.

Para chegar ao peso que estabeleceu como objetivo, a atriz ainda precisaria perder 13 kg e parece determinada a conseguir. Ela costuma postar fotos de suas refeições na web. Tudo muito light.

Renata já chegou a pesar 154 kg. 

Renata já chegou a pesar 154 kg.

Casal perde 127 quilos junto e faz sucesso na web

 Sofrendo de baixa autoestima e com péssimos hábitos alimentares, o casal Robert e Jessica Foster decidiu mudar de vida em 2012 e emagrecer juntos. A ideia deu certo que em dois anos ele perdeu aproximadamente 72 quilos e ela 63.

 Em 2011, Robert Foster pesava 140 quilos e sua esposa Jessica, 130. Ele, que se descrevia como amante de churrasco, chamava atenção das pessoas pelo seu tamanho. Ela trabalhava em um banco onde os clientes que atendia começavam a encará-la por causa do peso.

 

Casal perde 127 quilos juntos e faz sucesso na web 

Em 2011, Robert Foster pesava 140 quilos e sua esposa Jessica, 130. Ele, que se descrevia como amante de churrasco, chamava atenção das pessoas pelo seu tamanho. Ela trabalhava em um banco onde os clientes que atendia começavam a encará-la por causa do peso.




Casal perde 127 quilos juntos e faz sucesso na webEm entrevista a uma rede de TV, o casal norte-americano contou que o ganho de peso foi acumulando e se tornava cada vez mais difícil parar com os hábitos alimentares que eles criaram. Ao contrário de Robert, Jessica se sentia invisível. Seu aniversário de 30 anos se aproximava e ela estava cansada do jeito que se sentia e da sua aparência. Foi então que durante uma conversa com seu marido ela pensou: "Amo meu marido e meus filhos, mas cheguei a ponto de me odiar. Não estou dando o melhor de mim para minha família". "Você tem que se olhar no espelho e dizer: 'Vou continuar desse jeito ou vou fazer o necessário para mudar?".

 

Casal perde 127 quilos juntos e faz sucesso na web

O primeiro passo de Jessica foi entrar em uma aula de zumba. Nas primeiras semana ela perdeu 6 quilos, o que foi o suficiente para motivá-la a conquistar novos desafios. Para Robert a ideia de sair para correr não era atrativa. Então, começou a praticar tênis e parar de repetir o prato no jantar. Ele demorou para começar a se exercitar, então fez pequenas mudanças na dieta.

 

 

 

 

 

 

Casal perde 127 quilos juntos e faz sucesso na web Durante o verão de 2012, eles acrescentaram atividades diferentes que não parecia que eles estavam malhando, como fazer trilhas e natação com os filhos, até que gostaram muito e não quiseram mais deixar de se exercitar. A ideia de perder peso sem uma dieta rigorosa deu tão certo que eles emagreceram muito. Em dezembro do mesmo ano, participaram de uma maratona de cinco quilômetros. Jessica fez a prova em um tempo menor que Robert, o que deixou tudo competitivo e fez com que ele começasse a levar aquilo mais a sério. "Depois daquele dia eu prometi que cumpriria a prova de cinco quilômetros sem desacelerar". Quanto mais ele corria, mais ele sentia que sua vida estava melhorando

 

 

Casal perde 127 quilos juntos e faz sucesso na webEm maio de 2014 Robert completou uma prova de 16 quilômetros, em que já havia perdido 72 quilos. Durante essa jornada, o casal usou um aplicativo que contava calorias para saber tudo o que estavam comendo. Eles sabiam que precisavam quebrar o ciclo vicioso de má alimentação na família se quisessem que seus filhos tivessem hábitos saudáveis. Para isso, passaram a não entrar em corredores de supermercado, onde sabiam que teriam vontade de comer "besteiras". Começaram a fazer tudo em casa, até mesmo pão: "Percebemos que quanto mais sabor colocávamos em nossa comida, menos tínhamos desejo de comer besteiras"




Casal perde 127 quilos juntos e faz sucesso na web

Após meses comendo uma dieta rica em alimentos integrais, vegetais e carnes magras, eles decidiram se tornarem vegans por razões de saúde, ambientais e éticas. Juntos, Robert e Jessica perderam aproximadamente 127 quilos.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

9 hábitos das pessoas mentalmente fortes que podem te ajudar a enfrentar qualquer dificuldade

Publicado: Atualizado:

PESSOA MENTALMENTE FORTE
Em 1914, o laboratório de Thomas Edison foi destruído num incêndio, e anos de trabalho foram perdidos. Isso poderia facilmente ser descrito como a pior coisa a ter acontecido a Edison, mas em vez disso o inventor decidiu encarar o incidente como uma oportunidade de reexaminar e reconstruir muito de seu trabalho. Edison teria afirmado na época: “Graças a Deus que todos os nossos erros foram queimados. Podemos começar de novo, do zero”.

“Em um mundo que não controlamos, a tolerância é obviamente um bem”, disse ao Huffington Post Ryan Holiday, autor de The Obstacle Is The Way (O obstáculo é o caminho, em tradução livre). “Mas a capacidade de encontrar energia e força naquilo que não controlamos é uma vantagem competitiva imensa.”

Ele está falando de força mental, um conceito psicológico difícil de definir e que inclui inteligência emocional, obstinação, resiliência, autocontrole, resistência mental e consciência. É algo que Edison tinha de sobra e a razão pela qual algumas pessoas são capazes de superar qualquer obstáculo, enquanto outras se esmigalham diante dos desafios e das frustrações do dia a dia.

A capacidade de lidar com emoções e situação difíceis é um indicador importante do nosso sucesso e da nossa felicidade. Os indivíduos mais capazes neste sentido transformam obstáculos em fontes de crescimento e oportunidade. E, apesar de muito se falar do que as pessoas mentalmente fortes evitam fazer -- tal como viver no passado, ressentir-se do sucesso alheio e sentir pena de si mesmas --, o que elas de fato fazem? Que táticas elas usam para superar as adversidades repetidas vezes?

“O que pensamos ser obstáculos na verdade são oportunidades de fazer algo”, diz Holiday. “De certa maneira, são recompensas inesperada, desde que lidemos e não fujamos desses obstáculos.”

Aqui estão nove hábitos essenciais e práticas das pessoas mentalmente fortes que podem ajudá-lo a atravessar qualquer desafio ou dificuldade.
Elas veem as coisas objetivamente
objetivo

Existe uma máxima na antiga filosofia do estoicismo: “Não há mau nem bom, apenas a percepção”, que mais tarde foi ecoada num verso famoso de Shakespeare: “Não há nada bom ou nada mau, mas o pensamento o faz assim”.

A maneira como percebemos uma situação tem um poder tremendo de nos ajudar ou nos prejudicar. Muitas vezes reagimos emocionalmente e projetamos julgamentos negativos em uma situação, quando na realidade a chave para superar um obstáculo é ver as coisas objetivamente.

“Você pode ter o melhor plano do mundo, mas, se não vir a situação claramente, não adianta nada”, diz Holiday.

Holiday estudou inúmeros exemplos de indivíduos ao longo da história capazes de lidar com obstáculos que, para nós, parecem insuperáveis, desde ser falsamente acusado de um triplo homicídio a ser intensamente discriminado por motivos de raça ou sexo. Ele concluiu que a resistência mental depende de três coisas: percepção, ação e vontade.

“[A resistência mental depende de] algum tipo de estrutura filosófica que permita enxergar além das emoções ou das primeiras impressões causadas por determinada situação”, diz Holiday. “Então, os elementos disso são 1) sua percepção: você consegue enxergar as coisas claramente e com equilíbrio? 2) você tem soluções ou ações criativas? E, finalmente, que tipo de determinação ou vontade você tem para lidar com a situação?”

Elas não se acham “no direito”
mulher pensando

Todos nós merecemos a felicidade, mas não merecemos uma vida livre de obstáculos ou adversidades. Agir como se esse fosse um direito – achar que devemos ter o que queremos a maior parte do tempo – dificulta a vida na hora de lidar com os desafios quando eles aparecem e nos pegam de surpresa. Esse é um obstáculo especialmente comum para a Geração Y, de acordo com o especialista Paul Harvey, professor-assistente de administração da Universidade de New Hampshire, que observou que a geração do milênio tem “expectativas irreais e uma forte resistência em aceitar comentários negativos”.

“Vendeu-se para a Geração Y um certo jeito de pensar sobre o mundo”, concorda Holiday. “Antigamente, as pessoas recebiam uma estrutura que não era só mais humilde, mas que também entendia como o mundo poderia ser imprevisível e inexplicável.”

Pessoas mentalmente fortes reconhecem que seus planos de vida, e a vida em si, podem sair dos trilhos a qualquer momento – e elas não perdem tempo se considerando vítimas do destino quando as coisas não acontecem como elas gostariam.
Elas mantêm a calma
calma

Resistência mental não significa estar feliz o tempo todo. Talvez seja mais razoável pensar em algo como “manter a calma o tempo todo”, diz Holiday.

A estabilidade emocional e a capacidade de manter a cabeça fria é um bem importante na hora de lidar com situações desafiadoras. Felizmente, a estabilidade emocional tende a aumentar com a idade – e não é surpresa que fiquemos mais felizes como resultado disso.
Elas não aspiram à felicidade o tempo todo
pensando

Uma preocupação excessiva com a felicidade pode na verdade levar a uma atitude pouco saudável: emoções e experiências negativas. Pessoas mentalmente fortes não tentam evitar emoções negativas – em vez disso, elas aceitam as emoções positivas e negativas e permitem que os diferentes sentimentos coexistam, um componente-chave da resiliência.

“Nós damos tanto valor ao otimismo, à felicidade e a todos esses traços positivos, eles mesmos abstrações, que somos pegos de surpresa e não conseguimos lidar com seus opostos”, diz Holiday. “Se estivéssemos mais no meio do caminho as coisas seriam melhores. Tiraríamos vantagem do que acontece conosco porque haveria mais objetividade.”

O pesquisador australiano Hugh Mackay argumenta que nossa obsessão cultural com a felicidade pode ser perigosa e que, em vez de se preocupar em ser felizes, deveríamos na verdade nos preocupar em ser completos.
“A ideia de que tudo o que fazemos é buscar a felicidade me parece realmente perigosa e tem levado a uma doença contemporânea na sociedade ocidental, que é o medo da tristeza”, escreve Mackay em The Good Life. “Deveríamos buscar a completude, e a tristeza é parte dela, assim como o são os desapontamentos, as frustrações e os fracassos; tudo o que nos faz ser o que somos. Felicidade, vitórias e conquistas são coisinhas boas que acontecem em nossas vidas, mas elas não nos ensinam muito.”
Elas são otimistas realistas
otimista
As pessoas mentalmente fortes estão acostumadas a se levantar depois de uma queda. Em vez de ficarem aflitas e desesperadas, elas aproveitam a oportunidade para raciocinar e encontrar uma solução criativa para o problema. Essas pessoas tendem a ser otimistas realistas -- elas têm a esperança dos otimistas e a clareza dos pessimistas – o que lhes dá a motivação e o pensamento crítico exigido para obter as soluções criativas.
“Toda vez que [o otimista realista] está diante de uma questão, um desafio ou um problema, ele não vai dizer: “Não tenho escolha, esta é minha única opção”, diz a pesquisadora Sophia Chou ao LiveScience. “Eles são criativos e terão um plano A, um plano B e um plano C.”
Elas vivem no presente
viver momento
Estar presente – em vez de viver no passado ou ter expectativas futuras – permite ver as coisas como elas realmente são. Mesmo que não meditem propriamente, as pessoas mentalmente fortes tendem a manter essa consciência e essa abordagem perante o mundo.
“Pode chamar como quiser, mas a ideia é que, se você se concentrar exclusivamente naquilo à sua frente, você não está trazendo nenhuma bagagem para a situação e está considerando só as variáveis que importam”, diz Holiday.
A ciência tem demonstrado que a meditação pode aumentar o poder do seu cérebro. Praticar essa “conscientização” já foi ligado à estabilidade emocional, menos estresse e ansiedade e mais clareza mental.
Elas são persistentes na busca de seus objetivos
persistente
Todos já ouvimos histórias inspiradoras de pessoas incrivelmente bem-sucedidas que superaram dificuldades e fracassos para chegar lá. Elas mostram uma das qualidades fundamentais das pessoas resilientes: perseverança ou, como coloca a psicóloga Angela Lee Duckworth, obstinação.
Em suas pesquisas com estudantes em diferentes ambientes educacionais, Duckworth descobriu que a obstinação é a principal razão do sucesso, mais que qualquer outra qualidade (QI, inteligência emocional, aparência, saúde física). Ela também estudou professores e trabalhadores e diversos ambientes profissionais para determinar as razões do sucesso.
“Em todos esses diferentes contextos, um fator emergiu como segredo do sucesso, e não era a inteligência social, a aparência, a saúde física ou o QI. Era a obstinação”, disse Duckworth numa palestra no TED. “A obstinação é paixão ou perseverança em nome de objetivos de longo prazo. Obstinação é ter resistência, é não abrir mão do futuro, dia após dia – não só por um dia ou por um mês, mas por anos – para transformar aquele futuro em realidade.”
Mas elas sabem quando é hora de abrir mão
desapego
Uma pessoa mentalmente forte pode dizer para si mesma: “Tentei de tudo e agora posso desistir”, diz Holiday. Reconhecer que você controla somente suas ações, e não o resultado delas, é tão importante quanto perseverar. Aceitar este fato nos permite abrir mão das coisas que estão além de nosso alcance.
Há uma ideia no estoicismo, explica Holiday, chamada a “arte da aquiescência”, que é abrir o caminho para as coisas que você não pode mudar, tentando tirar o melhor da situação em vez de se afligir ou frustrar. Precisamos de força, determinação e perseverança, mas nem sempre elas são a resposta que procuramos. As pessoas mentalmente fortes vivem de acordo com a Oração da Serenidade -- elas mudam o que podem controlar, aceitam o que não podem controlar e sabem a diferença entre as duas situações.
“Às vezes a solução do problema é aceitá-lo e ser flexível o suficiente para contorná-lo, em vez de bater de frente com ele até que você quebre”, diz Holiday.
Elas amam suas vidas
amor
Amor fati é uma expressão em latim que pode ser traduzida como “amar o destino”, um conceito derivado dos antigos filósofos estoicos gregos e romanos que reapareceu mais tarde na obra de Nietzsche. Talvez esse seja o fator mais importante na força mental.
“A ideia é que você não tem apenas de tolerar as coisas que não pode controlar – elas podem ser uma benção”, diz Holiday. “Você pode encontrar a felicidade não apenas aceitando, mas abraçando as coisas que acontecem para você.”
Pessoas mentalmente fortes são gratas pelos obstáculos pelo simples fato que eles representam a própria vida. Pouco antes de morrer, a escritora Jane Lotter, de Seattle, deixou esse conselho para sua família, num obituário que ela mesma escreveu.
Como disse Lotter, “Que você se lembre sempre de que os obstáculos no caminho não são obstáculos, eles SÃO o caminho.”



sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cinco passos para alimentar o mundo

O FUTURO DA COMIDA 30/04/2014

O Futuro da Comida:

Onde encontrar comida para 9 bilhões de pessoas?

Ameaças ao meio ambiente costumam ser logo associadas à fumaça emitida por carros e chaminés – jamais a almoços e jantares. Nossa fome, porém, tem sido um perigo para a natureza.
A agricultura está hoje entre os maiores responsáveis pelo aquecimento global por lançar na atmosfera uma quantidade de gases associados ao efeito estufa maior que a de todos os carros, caminhões, trens e aviões juntos – sobretudo sob a forma de gás metano (produzido na digestão do gado e em plantações de arroz), do óxido nitroso (oriundo dos campos cultivados) e do dióxido de carbono (liberado pelo desmatamento em regiões tropicais com o objetivo de abrir novas plantações e pastagens). O setor agrícola é o maior usuário dos nossos preciosos suprimentos de água doce e um dos maiores poluidores, na medida em que a drenagem de água, mesclada a fertilizantes e excrementos, perturba o frágil equilíbrio de lagos, rios e ecossistemas litorâneos em todo o mundo. A atividade também contribui para a perda de biodiversidade. Sempre que a fronteira agrícola avança sobre campos e florestas, estamos destruindo hábitats cruciais.
Os desafios ambientais postos pela agricultura são imensos e tendem a ficar mais urgentes à medida que nos empenhamos em satisfazer a fome crescente no planeta. Vamos ter mais 2 bilhões de bocas para alimentar até meados deste século – seremos 9 bilhões de pessoas. O mero crescimento demográfico não é o único motivo de necessitarmos de mais comida. A redução da pobreza ao redor do mundo, sobretudo na China e na Índia, levou ao crescimento da demanda por carne, ovos e laticínios, assim como ao aumento da pressão para cultivar mais milho e soja, essenciais na manutenção dos rebanhos de vacas, porcos e galinhas. Confirmando-se tais tendências, até 2050 será preciso nada menos que dobrar a quantidade de alimentos cultivados na Terra.
Infelizmente, a discussão sobre a melhor maneira de enfrentar o desafio global dos alimentos tornou-se polarizada demais. Opõe de um lado a agricultura convencional e o agronegócio global e, de outro, os métodos e os produtores dedicados aos cultivos locais e orgânicos. Modernas técnicas de mecanização e irrigação, fertilizantes e sementes geneticamente modificadas podem aumentar a produção. Se priorizados nas políticas de governos, sitiantes também poderiam produzir mais – sem recorrer a aditivos sintéticos.
Todos os argumentos estão certos. E, no fim das contas, não é preciso decidir entre uma coisa e a outra. Há acertos e erros dos dois lados. O mais sensato seria que explorássemos todas as boas ideias, o melhor de ambas as posições.
Eu tive o privilégio de liderar um grupo de cientistas no exame de uma questão simples: de que maneira o mundo pode duplicar a oferta de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir os danos ambientais? Concluímos que, cumprindo cinco etapas, será viável solucionar o dilema.
NG - Embora as pequenas propriedades sejam menos produtivas que as do agronegócio, elas geram maior proporção de alimentos para o consumo humano
Embora as pequenas propriedades sejam menos produtivas que as do agronegócio, elas geram maior proporção de alimentos para o consumo humano - Foto: Jim Richardson
PRIMEIRO PASSO Interromper o aumento do impacto ambiental da agricultura
Ao longo de quase toda a história, sempre que se colocava a questão de obter mais comida, derrubavam- se florestas ou semeavam-se campos de pastagens, ampliando assim a área de cultivo. Hoje reservamos no mundo para as plantações uma área mais ou menos equivalente à de toda a América do Sul. Para criar animais, usamos uma quantidade de terras ainda maior – uma área similar à da África. O impacto da agricultura já resultou na perda de ecossistemas de uma extremidade a outra do planeta, entre os quais as pradarias na América do Norte e a Mata Atlântica no Brasil. Não temos mais condições de aumentar a área de cultivo. Substituir a floresta tropical por áreas agrícolas é uma das coisas mais destrutivas que podemos fazer em relação ao ambiente – e raras vezes isso ocorre em benefício dos 850 milhões de pessoas que ainda passam fome no mundo. A maior parte da terra desmatada nos trópicos não contribui para a segurança alimentar global: em vez disso, acaba sendo destinada à criação de gado, ao cultivo de soja para a produção de rações animais, assim como para o aproveitamento da madeira e do óleo de palma. Impedir o desmatamento deveria ser uma prioridade absoluta no mundo atual.
SEGUNDO PASSO Aumentar a produtividade das plantações existentes
A partir da década de 1960, a “revolução verde” ampliou a produtividade agrícola na Ásia e na América Latina graças a variedades aperfeiçoadas de sementes e ao uso intensivo de fertilizantes, irrigação e mecanização – ainda que com altos custos ambientais. Hoje o mundo pode se concentrar em obter melhores resultados em terrenos menos produtivos – sobretudo na África, na América Latina e no Leste Europeu –, onde ainda há “hiatos de produtividade” entre os níveis atuais e o que daria para obter com melhores técnicas agrícolas. Com uso de métodos de cultivo de tecnologia avançada e de grande precisão, assim como de abordagens desenvolvidas na agricultura orgânica, seria possível multiplicar várias vezes a produtividade nessas regiões.
TERCEIRO PASSO Uso eficiente dos recursos
A revolução verde dependia do uso intensivo – e insustentável – da água e de produtos químicos obtidos de combustíveis fósseis. No entanto, a agricultura comercial vem passando por avan­ços enormes, encontrando maneiras inovadoras de aplicar fertilizantes e pesticidas de forma mais precisa graças a tratores dotados de equipa­mentos computadorizados, sensores avançados e aparelhos de GPS. Muitos cultivadores aplicam misturas de fertilizantes exatamente apropriadas às condições peculiares do terreno, o que ajuda a minimizar a contaminação por substâncias químicas das vias fluviais próximas.
O cultivo orgânico também reduz o uso de água e produtos químicos, ao fazer uso de cultu­ras de cobertura, de acolchoados e de composta­gem para melhorar a qualidade do solo, diminuir a perda da água e assegurar a contenção de nu­trientes. Sitiantes passaram a ter mais cuidado com a água, substituindo sistemas de irrigação pouco eficientes por outros mais precisos, como a irrigação por gotejamento sob a superfície.
QUARTO PASSO Mudanças na dieta
Vai ser mais fácil alimentar 9 bilhões de pessoas se uma proporção maior das safras hoje cultiva­das servir para a nutrição humana. Apenas 55% das calorias presentes em safras agrícolas atuais seguem para a mesa das pessoas. O restante vira ração para animais (cerca de 36%) ou então se converte em biocombustíveis e produtos indus­triais (por volta de 9%). Embora muitos de nós consumamos carne, laticínios e ovos de animais criados em estábulos fechados, apenas uma fra­ção das calorias existentes nas rações proporcio­nadas aos rebanhos acaba na carne e no leite que chegam à nossa mesa. Para cada 100 calorias, nos grãos, com as quais alimentamos os ani­mais, obtemos apenas 40 novas calorias no leite, 22 nos ovos, 12 na carne de frango, 10 na de por­co e meras 3 calorias na carne bovina. Encontrar formas mais eficientes de criar gado e adotar die­tas com menos carne poderia liberar quantida­des substanciais de comida ao redor do mundo. Uma vez que, nos países em desenvolvimento, é improvável que as pessoas passem a comer menos carne no futuro próximo, dada a recente melhoria em seu nível de vida, poderíamos nos concentrar antes nos países já habituados a essa dieta. A redução do cultivo de safras para a pro­dução de biocombustíveis também seria um jeito eficaz de ampliar a disponibilidade de alimentos.
QUINTO PASSO Diminuir o desperdício
Estima-se que um quarto de todas as calorias nos alimentos do mundo e até metade do peso total dos alimentos sejam perdidos ou desperdiçados antes mesmo de chegar aos consumidores. Nos países ricos, boa parte desse desperdício ocorre em residências, restaurantes e supermercados. Nos países mais pobres, o alimento em geral se perde no caminho entre o produtor e o mercado devido à precariedade do armazenamento e do transporte. No mundo desenvolvido, os consu­midores poderiam reduzir o desperdício por meio de iniciativas simples e fáceis, como servir porções menores, reaproveitar as sobras e incen­tivar lanchonetes, restaurantes e supermercados a tomar medidas contra o desperdício.
EM CONJUNTO, essas cinco etapas poderiam mais do que duplicar o suprimento de comida e redu­zir o impacto da agricultura sobre o ambiente em todo o mundo. Mas não vai ser fácil. Essas iniciativas requerem uma grande mudança de mentalidade e de comportamento. Ao longo de quase toda a história, ficamos ofuscados pelo im­pulso desenfreado de sempre extrair mais da ter­ra – desmatando cada vez mais, cultivando áreas maiores, consumindo recursos sem parar. Temos de achar uma forma de conciliar a necessidade de produzir mais alimentos com a preservação do planeta para as gerações futuras.
Este é um momento crucial, no qual enfrenta­mos ameaças sem precedentes para a segurança alimentar e a preservação do ambiente. A boa notícia é que sabemos o que nos cabe fazer. Pre­cisamos agora achar uma maneira de realizar isso. Enfrentar os desafios alimentares globais vai exi­gir de todos um maior cuidado com a comida que colocamos no prato. Teremos de estabelecer a ligação entre o alimento e aqueles que o pro­duzem e também entre o alimento e a terra, as bacias fluviais e o clima, que nos garantem a vida. Enquanto empurramos os carrinhos por entre as gôndolas dos supermercados, as escolhas que fi­zermos vão ajudar a definir o nosso futuro.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sete alimentos para combater a gordura localizada

Faça a escolha certa e acelere os resultados no seu plano para secar a barriga

Por Manuela Pagan

As calorias de sobra que foram consumidas durante anos não dão trégua: a gordura localizada no abdômen denuncia que faltou cuidado com a dieta e que os exercícios foram deixados de lado ou praticados com menos intensidade do que seu corpo merecia. "Na maioria das vezes, este acúmulo de gordura vem da ingestão de carboidratos simples, presentes em pães, massas, doces, refrigerantes, e bebidas alcoólicas", afirma a nutróloga Tamara Mazaracki, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Além do incômodo estético, a barriga costuma ser um fator de risco para a saúde cardiovascular - reduzir medidas abdominais, portanto, não significa apenas caber num manequim menor. Colesterol, hipertensão e outros problemas de saúde também são benefícios que você passa a usufruir. Se esta meta está na sua lista, alguns alimentos podem ajudar: eles aceleram a queima de gordura e combatem o ganho de peso. Fique de olho nas opções que engordam seu prato, mas deixam sua cintura na medida.  

Peixes e frutos do mar

A inflamação é um dos principais responsáveis pelo ganho de peso. Peixes e frutos do mar, por serem ricos em ômega-3, um ácido graxo essencial, ajudam a desinflamar as células de gordura, atuando no controle do problema. Além disso, esses alimentos também aceleram a transformação da glicose em energia, impedindo que ela seja estocada sob a forma de gordura. A nutróloga Tamara orienta a inclusão desses alimentos no cardápio pelo menos três vezes por semana.  
Óleo de coco - foto: Getty Images

Óleos funcionais

Não é a toa que os óleos funcionais são tão conhecidos quando o assunto é emagrecimento. "Os óleos funcionais atuam no metabolismo das gorduras, aumentando a quebra da dos ácidos graxos para produção de energia e, consequentemente, diminuindo as reservas de gordura", afirma a nutricionista Raquel Maranhão, da clínica BeSlim, no Rio de Janeiro. Entre os mais famosos, estão o óleo de cártamo e o óleo de coco, que agem também na aceleração do metabolismo. Mas também vale destacar o óleo das sementes de gergelim, que previne o armazenamento de gordura corporal através da inibição de fosfodiesterase, uma enzima responsável pelo acúmulo de gorduras no organismo.
Alimentos probióticos  - foto: Getty Images

Alimentos probióticos

A nutróloga Tamara explica que existem várias hipóteses para explicar como os alimentos probióticos auxiliam o emagrecimento. "Alguns lactobacilos produzem um tipo de gordura, o CLA (ácido linoléico conjugado), que é capaz de reduzir o porcentual de gordura", explica a especialista. Além disso, esse tipo de alimento tem como função básica equilibrar a flora intestinal. Um estudo publicado em 2006 pela revista científica Nature mostrou que as bactérias presentes na flora intestinal de pessoas com obesidade é muito diferente da de pessoas com peso adequado. A descoberta sugere que a absorção inadequada de gorduras no intestino, que ocorre nas pessoas com flora comprometida, pode estar relacionada ao ganho de peso.
Abacate - foto: Getty Images

Abacate

A bioquímica e os estudos científicos explicam: justamente pela sua alta concentração de gorduras benéficas, que promovem a saciedade por mais tempo, o abacate pode ajudar a reduzir o peso. Apesar da alta concentração de calorias, elas provêm da gordura monoinsaturada, que ajuda a reduzir o pico de insulina, hormônio que desencadeia o armazenamento das calorias extras sob a forma de gordura localizada. Além disso, o ômega-9 presente ativa outro hormônio, a adiponectina, que induz o corpo a produzir energia a partir dos depósitos de gordura, ou seja, derretendo o que sobra no abdômen. A nutricionista Renata Fidelis, do Spa Sorocaba, recomenda comer três colheres de sopa em dias alternados. "Cem gramas (cerca de três colheres de sopa) de abacate têm 182 calorias, então, quem quer emagrecer não deve abusar do alimento. Comê-lo três vezes por semana é o ideal." 
Frutas vermelhas  - foto: Getty Images

Frutas vermelhas

As frutinhas vermelho-arroxeadas (framboesa, amora, morango, cereja, jabuticaba, mirtilo, melancia e uva roxa) são poderosas aliadas no combate à gordura localizada. A nutricionista Renata explica que existem, nas cascas dessas frutas, substâncias fitoquímicas com ação antioxidante, como a antocianina, que mantém o sistema circulatório eficiente, melhorando a irrigação dos tecidos e ajudando na queima de gordura abdominal. A especialista recomenda o consumo de uma ou duas xícaras por dia, sem adição de açúcar.
Chá verde - foto: Getty Images

Chá verde

Além de atuarem no sistema nervoso central acelerando o metabolismo e aumentando a temperatura corporal, as xantinas (cafeína, teofilina e teobromina) presentes no café, chá verde e preto, mate e chocolate aumentam a mobilização de gorduras estocadas. Os polifenóis, também presentes no chá verde, eliminam radicais livres, o que diminui a oxidação de gorduras. A nutricionista Renata orienta tomar uma xícara de chá de 30 a 40 minutos após almoço e jantar, com cuidado especial para não consumi-lo antes de dormir (o que pode atrapalhar o sono) e se você for hipertenso, porque essas substâncias aumentam a pressão arterial.

Azeite

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Salud Carlos III, da Espanha, em parceria com a Universidade de Cambridge, da Inglaterra, aponta que a ingestão diária de azeite evita a formação de gorduras na região da cintura. O estudo foi publicado na revista Diabetes Care e afirma que as gorduras monoinsaturadas presentes do azeite previne o acúmulo de gordura na região.

Renata Fidelis enfatiza que o azeite é um excelente alimento para prevenir doenças cardiovasculares, já que tem componentes anti-inflamatórios que atuam nos vasos, diminuindo a agregação de placas de gordura. Três colheres de sopa por dia do alimento cru (o cozimento transforma a gordura saudável em vilã) são suficientes para colher os benefícios.  


sexta-feira, 11 de julho de 2014

7 alimentos que sabotam a dieta sem você perceber

Até mesmo as comidas consideradas "magras" pedem consumo moderado

Por Roberta Lemgruber - atualizado em 12/03/2013

A mudança dos hábitos alimentares é um dos fatores principais para ter sucesso na dieta. Exige que você consuma mais frutas e legumes, priorize alimentos mais nutritivos e faça escolhas mais saudáveis, reduzindo o consumo de açúcares e gorduras. Os resultados são compensadores. Bastam pequenos ajustes para sentir a diferença no corpo, para as roupas ficarem mais largas e você sentir mais disposição. O esforço costuma surtir efeito na maioria dos casos, mas quando o ponteiro da balança emperra, as pessoas se indagam sobre o que estão fazendo de errado. Você já pensou que a resposta para a estagnação pode estar na listinha de compras do regime? 
1 Granola
Este mix de cereais, frutas secas e castanhas leva fibras e vitaminas que dão saciedade e energia, mas também contém açúcar. Invista na versão diet/light da mistura. De acordo com a nutricionista Rosana Farah, 100 g de granola tem 421 calorias. Seguindo a tabela da dieta dos pontos, meia xícara (chá) apresenta quatro pontos. "O recomendado por dia é 25 gramas", diz a especialista. Prefira comer a granola no café da manhã para ganhar mais disposição e ainda ter um dia inteiro para gastar as calorias consumidas.  
Água com sabor - Foto Getty Images 2. Água de sabor

Beber água para hidratar o corpo é essencial para a nossa sobrevivência e para a dieta. A água nutre as células, desintoxica o organismo, faz os rins e intestino trabalhar melhor. O ideal é beber até 2 litros de líquidos por dia. É pensando nisso que muita gente acaba abusando das águas de sabor. De limão, morango e até mesmo de maçã-verde e lichia, elas contém aditivos, adoçantes e, às vezes, até açúcar. Não deve ser consumida em grande quantidade, no máximo, dois copos por dia.
Salada - Foto Getty Images 3. Saladas perigosas

A saladinha costuma ser uma opção leve e refrescante para os dias de verão, mas segundo a nutricionista Rosana Farah, aquelas temperadas com molhos prontos, azeite, queijos, azeitonas e croutons devem ser evitadas porque costumam carregar muitas calorias e gordurosas saturadas. Uma opção mais saudável é um prato de salada de folhas verdes, tomate, pepino e palmito, temperada com molho de iogurte desnatado e acompanhada de uma proteína mais leve, como o peito de frango ou peixe grelhado.
Açaí - Foto Getty Images 4. Açaí

A fruta da região amazônica faz sucesso, sobretudo entre praticantes de esportes que adoram se refrescar depois dos exercícios. Apesar de ser rico em nutrientes (principalmente: cálcio, ferro, vitamina B1), o principal problema do açaí é a quantidade de calorias do alimento, são 248 calorias em 100 gramas. Um copo de açaí tem 2 pontos e a tigela de açaí (com banana, granola e mel- 1 colher de sopa) tem 4 pontos. Os complementos na hora de consumi-lo também costumam tornar ainda mais calórica a fruta, dentre eles: granola, banana picada e leite condensado. "O ideal é consumir o açaí puro e, se for substituir o lanche da manhã ou da tarde por ele, coma uma tacinha pequena de 50 gramas", explica a nutricionista Rosana Farah.
Comida japonesa - Foto Getty Images 5. Comida japonesa

Um dos alimentos que as pessoas mais gostam da culinária japonesa é o sushi. Apesar de ser feito com alga, vegetais e frutos do mar, o alimento tem a base de arroz e, às vezes, recheios calóricos como o cream cheese. Sem contar as versões fritas. O sushi têm entre 20 e 45 calorias cada um, mas o problema é que come-se muitos de uma vez só. Uma unidade tanto de atum quanto de salmão apresenta 1 ponto. A recomendação da nutricionista é "No seu almoço ou jantar, limite o consumo até quatro unidades, assim você pode desfrutar do restante do cardápio oferecido no restaurante japonês", aponta Rosana.
Refrigerante - Fotto Getty Images 6. Refrigerante light ou zero

Os refrigerantes desse tipo não possuem calorias, mas um outro elemento do refrigerante causa preocupação nos especialistas: o adoçante. A nutricionista Rosana Farah ainda alerta que quanto maior for o consumo de adoçantes, maior fica o desejo por doces. "Estudos apontam o efeito do adoçante nas papilas gustativas fazendo com que fiquem mais receptivas ao sabor doce", diz ela.
7. Barrinhas de cereais

As barrinhas de cereais são ótimas opções para os lanches intermediários, mas contêm, em média, 100 calorias, portanto não devem ser ingeridas à vontade. As que possuem cobertura de chocolate costumam ser as com mais calorias (e pontos). No caso das barrinhas de cereais (dependendo da marca), a pontuação varia de 0 a 3 pontos.  

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Cirurgias plásticas após obesidade devem ser feitas quando o peso já está estabilizado

Cirurgião plástico deve avaliar caso a caso quais procedimentos precisam ser realizados em cada paciente

Por Especialista


A cirurgia plástica após grande perda de peso aborda basicamente três tipos de pacientes: 
  • Pacientes que realizaram cirurgia bariátrica ou usaram balão intragástrico resultando em perda de dezenas de quilos no período de alguns meses
  • Pacientes que ganharam peso excessivo durante a gravidez e se recuperaram após o término da amamentação
  • Pessoas obesas ou com sobrepeso que conseguiram voltar ao peso próximo do normal em relação à sua altura (índice de massa corpórea) por meio de hábitos de vida saudáveis envolvendo basicamente dieta balanceada e exercícios regulares.
A cirurgia plástica após grande perda de peso se tornou popular primeiramente nos Estados Unidos, onde a obesidade é mais acentuada e frequente que em outros países. No entanto, nos últimos anos, esse tipo de cirurgia plástica tem se intensificado no Brasil, sendo que alguns tipos são inclusive cobertos por alguns convênios médicos. 
As principais cirurgias indicadas para pessoas que perderam muito peso naturalmente são basicamente as mesmas e podem envolver: correção de hérnias (comum após cirurgia bariátrica), correção de alargamento dos músculos reto abdominais (comum para plástica depois do parto), lipoescultura e lipoenxertia, plástica de braços (braquioplastia), plástica de abdômen (abdominoplastia), cirurgia de mama feminina (com ou sem implante), cirurgia de mama masculina (ginecomastia), lifting de coxas, remodelamento de nádegas (com ou sem aumento do volume), cirurgia de face e pescoço, plástica de áreas íntimas femininas, Upper Body Lift, Lower Body Lift E Total Body Lift. 
Dessa maneira, entende-se que a cirurgia não envolve "apenas a retirada do excesso de pele"; na verdade, cada caso individualizado de maneira que pode ser necessária também a retirada de depósitos de gordura e providenciar a reposição de regiões "caídas" usando diversas técnicas para remodelar a região alterada. Por exemplo, a perda excessiva de peso pode causar perda de volume facial e nas nádegas; nesses casos, a lipoenxertia estruturada pode revitalizar a região com um aumento tridimensional que melhora muito a aparência do local. 
Algumas dicas para quem deseja minimizar a necessidade desse tipo de cirurgia: 
  • Emagreça com monitoramento médico e nutricional, sem pressa e de maneira contínua. Ou seja, evite o "efeito sanfona" de emagrecer e engordar várias vezes, pois não é saudável
  • Se observar que está ganhando peso, lembre-se de usar hidratante corporal para tentar evitar a ocorrência de estrias. A presença de muitas estrias juntamente com flacidez de pele ainda não são tratados de maneira eficaz sem a cirurgia
  • Tenha hábitos saudáveis de alimentação balanceada, com prática regular de exercícios físicos, e lembre-se: não fume.

O que é o upper, lower e total body lift?

O Upper Body Lift (ou lifting da região superior do corpo) é a plástica na qual se aborda de uma só vez toda a parte superior do tronco. Portanto, a cirurgia de mama feminina (ou cirurgia de mama masculina) é realizada no mesmo tempo operatório que a plástica dos braços e lipoescultura. 
O Lower Body Lift é considerado um "lifting" e remodelamento de toda a parte inferior do corpo realizado em apenas um tempo cirúrgico. Ou seja, nessa abordagem, a plástica de abdome é realizada no mesmo tempo operatório que a plástica de coxa, plástica de nádegas e lipoescultura local.
O Total Body Lift foi idealizado por cirurgiões da University of Pittsburgh e é uma abordagem uniforme que retira o excesso de pele pendente da face, mamas, braços, coxas, abdome em toda sua circunferência e remodelamento de nádegas (com ou sem aumento de seu volume). Essa técnica não se aplica a todos os pacientes. O candidato ao Total Body Lift deve cumprir os seguintes critérios para ser operado: ter menos de 50 anos de idade, ser saudável (ex: não tem diabetes, pressão alta, etc), peso adequado, estar praticando exercícios regularmente e ser altamente motivado. 
Essas três abordagens são realizadas há muitos anos em diversos países do mundo e são consideradas seguras desde que o paciente seja avaliado rigorosamente pelo médico que vai operá-lo. Cada pessoa é avaliada de maneira individualizada, pois as deformidades decorrentes da grande perda de peso afetam diferentemente os pacientes. Deve-se sempre priorizar a saúde do paciente e nunca colocá-lo em risco para se obter um benefício estético. Portanto, converse abertamente com seu cirurgião da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostrando suas expectativas realistas. 

Quando é a hora ideal para realizar a cirurgia plástica após grande perda de peso?

A melhor época para fazer a plástica depois da bariátrica é quando se está próximo(a) de alcançar o peso ideal e se mantém estável por pelo menos 3-6 meses. Isto ocorre, em média, entre 12 e 18 meses decorrido o procedimento bariátrico ou após 12 meses de emagrecimento monitorado sem cirurgia. 
As pacientes que desejam realizar a plástica depois do parto devem esperar pelo menos 6 meses do término da amamentação. Não recomendamos que a plástica seja feita no mesmo tempo do parto. Este momento é mágico e toda atenção e dedicação deve estar voltada para o recém-nascido e saúde da mãe. 
Após refletir muito sobre o assunto, converse com um cirurgião plástico da SBCP para exame particularizado e esclarecimento de dúvidas.