OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


sábado, 30 de julho de 2011

Crianças precisam de café da manhã saudável e variado

Crianças e alimentos saudáveis
O café da manhã é fundamental para quebrar o jejum de várias horas de sono e disponibilizar energia para começar bem o dia. Uma refeição balanceada no início da manhã contribui para a ingestão de nutrientes essenciais, especialmente vitaminas e minerais, e para as crianças é ainda mais importante. “A infância é o período em que se formam os hábitos alimentares e é fundamental incentivar as crianças a experimentar, desde cedo, várias opções de alimentos”, afirma Mauro Fisberg, pediatra e nutrólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Leia Também: Saiba qual é a alimentação ideal para mães de diferentes idades.
Foi com base nessa constatação que a empresa MarketTools realizou um levantamento para conscientizar as mães sobre a importância do café da manhã no desenvolvimento das crianças. O resultado mostrou que grande parte delas está insatisfeita com a qualidade da refeição. O levantamento realizado mostra que metade das mães afirma que os filhos comem sempre ou quase sempre os mesmos alimentos. Para 59% dessas mães, isso ocorre porque os filhos não querem abrir mão de seus alimentos preferidos.
Crianças precisam de um café da manhã saudável

Segundo 20% delas, o cardápio se repete porque outras opções são mais caras e 15% não têm tempo de preparar outras coisas. Para Fisberg, são vários os motivos pelos quais as mães têm dificuldades em contemplar todas as necessidades nutricionais de seus filhos no café da manhã. “Muitas mães afirmam que os filhos não têm fome ao acordar, pulam o café da manhã ou o consomem de forma incompleta, ou se cansam de alguns alimentos por consumirem sempre a mesma coisa. Nessa fase, o sabor influencia muito a aceitação dos alimentos”.
Para mais de um terço das mães entrevistadas, os próprios filhos decidem o que comem no café da manhã. Em outro terço dos casos, os pais escolhem os alimentos, mas baseiam-se na preferência dos filhos. Nos demais casos, os pais decidem sozinhos. Os alimentos mais consumidos no café da manhã são pão, manteiga, biscoitos e frios, acompanhados de leite, café e achocolatados.
A professora Sílvia M. Franciscato Cozzolino, nutricionista da Universidade de São Paulo (USP), lembra que um café da manhã equilibrado deve incluir todos os nutrientes de que o organismo necessita dentro do percentual destinado a essa refeição, ou seja, ao redor de 25% das necessidades diárias. Dessa forma, respeitando nossos hábitos alimentares, a composição de alimentos estaria baseada nos carboidratos como cereais, preferencialmente integrais; como fonte proteica, o leite e seus derivados (iogurtes, queijos, entre outros), e contemplando os minerais, vitaminas e fibras, uma porção de fruta ou suco. “O que acontece muitas vezes é que as crianças saem de casa com apenas um desses alimentos e a refeição acaba não oferecendo tudo o que ela precisa”, ressalta a nutricionista.
Crianças e alimentos saudáveis
Benefícios do café da manhã
O café da manhã equilibrado está associado a um estilo de vida saudável, que traz vários benefícios para o desenvolvimento físico e cognitivo, principalmente na infância e adolescência – fases de crescimento e desenvolvimento do organismo. Pesquisas científicas apontam que crianças que tomam café da manhã tendem a ter um melhor desempenho escolar, pois a refeição colabora para o aumento da capacidade de concentração e ajuda a ter uma melhor performance cognitiva.
A ingestão de micronutrientes também é fundamental para prevenir deficiências de vitaminas e minerais. A deficiência de ferro, que é a principal causa da anemia no mundo, atinge mais da metade das crianças em fase pré-escolar no Brasil. Já o cálcio, cuja deficiência também é frequente entre as crianças brasileiras, pode contribuir para o crescimento e a saúde dos ossos, tanto na infância como na adolescência, e uma formação óssea adequada pode reduzir os riscos de osteoporose na fase adulta. A nutricionista afirma ainda que os alimentos devem ser consumidos em porções adequadas para que o organismo aproveite seus nutrientes.
Crianças e alimentos saudáveis
Cereais Matinais
Para a professora Sílvia Cozzolino, os pais devem estar atentos ao café da manhã, pois, ao pular essa refeição, perde-se uma excelente oportunidade de ingerir nutrientes essenciais para que o corpo desempenhe suas funções ao longo do dia. “Os cereais matinais, assim como outros alimentos fortificados, podem complementar a ingestão das recomendações diárias de nutrientes, imprescindível para uma alimentação saudável”, diz.
Os cereais matinais são uma forma prática, saborosa e nutritiva de começar o dia. Eles estimulam o consumo de frutas e leite, que é a principal fonte de cálcio da dieta, além de colaborarem com importantes vitaminas e minerais, principalmente cálcio e ferro.
Fonte: Bonde  http://blog.jasminealimentos.com/criancas-precisam-de-cafe-da-manha-saudavel-e-variado/


Especialista dá dicas para manter a alimentação saudável da criança

Dicas de Alimentação

Criançada em casa é sinônimo de festas e muita animação, e o período de ferias é o mais esperado pelos pequenos. O momento é de muito passeio, brincadeiras e comidinhas deliciosas. Mas, agora que o mês está acabando, os pais ficam malucos para inovar em atividades e opções para os lanches. Você sabe o que preparar para surpreender essa turminha?
Veja como incentivar seu filho a comer de forma saudável.
Férias significam regras mais flexíveis, pensando nisso a consultora em Segurança Alimentar Maria Travaglini, elaborou algumas dicas para que as crianças possam desfrutar das comidinhas que eles adoram sem interferir de maneira negativa em sua saúde.

Nesta época do ano, as crianças ficam mais susceptíveis a contrair resfriados e a ingerir alimentos nada saudáveis, como as guloseimas e os salgadinhos. Travaglini alerta que os cuidados com a alimentação devem ser redobrados.
Travaglini recomenda manter os horários das refeições bem definidos e evitar que a criança substitua as refeições por fast-foods, salgadinhos ou doces. Esses devem ser consumidos com moderação.

Uma dica valiosa e simples é oferecer para criança uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, incentivando seu consumo de forma agradável como forma de lanche nos passeios mais longos. Os nutrientes desses alimentos ajudam a manter as gripes e resfriados bem longe, e são essenciais para o crescimento.
Segundo a especialista, é fundamental manter a criança hidratada, oferecendo água, água de coco e sucos naturais. Evite os refrigerantes e sucos industrializados, pois contêm excesso de açúcar.

Na hora das refeições, Travaglini indica o consumo de carnes cozidas, assadas ou grelhadas, pois são mais saudáveis e leves.
Fonte: JC Rio Claro
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Um Comentário para “Especialista dá dicas para manter a alimentação saudável da criança”

Excelentes dicas em termos nutricionais.
Nunca é demais enfatizar a necessidade de incutir nas crianças hábitos alimentares saudáveis. E quanto mais cedo melhor, antes de elas se contaminarem com os maus hábitos e desenvolverem vícios alimentares que, entre outros males, dificultam, ou mesmo, inviabilizam o desenvolvimento do paladar, uma causa importante de restrição da possibilidade de variação da dieta dos pequenos que tende a se instalar para o resto da vida.
Mas há de se convir que na educação alimentar, como de resto, em tudo o que se relaciona com comportamento, não se pode usar do “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”.
É fundamental que a família inteira tenha um padrão alimentar saudável. A educação doméstica se faz sobretudo através do exemplo. Nenhum discurso convencerá a uma criança de que uma fruta ao natural é melhor do que um sorvete. E o que é pior, e não é um comportamento incomum, a criança consentir em aceitar esse ou aquele alimento em troca de uma recompensa. Exemplo: “Coma seu almocinho que depois mamãe deixa você comer um chocolate ou lhe compra um brinquedo”. Um exemplo seguro para o aprendizado de como chantagear os pais.
Ouvi, há um ano, uma de minhas netas, então com apenas seis aninhos, dizer ao escolher entre duas posibilidades de alimetos na hora de um lanche: “Vou comer uma banana que é mais saudável.”
Isso significa que ela absorve a orientação familiar em termos alimentícios. E está aprendendo precocemente a fazer escolhas acertadas neste sentido.
Mas, infelizmente, também tenho uma netinha com seis anos, que come desordenadamente, na base de alimentos inustrializados, que apresentou recentemente alteração nas taxas de colesterol. Resultado: da noite para o dia tem-se que enquadrar uma criança a um novo regime alimentar à força bruta. Uma perversidade que e impõe.
Diagnóstico do médico apontando para a mãe: “A culpa é sua”!
E de quem mais poderia ser?!!!
Um abraço.
http://blog.jasminealimentos.com/especialista-da-dicas-para-manter-a-alimentacao-saudavel-da-crianca/ 


Veja como incentivar seu filho a comer de forma saudável

Dicas de Alimentação Para que uma criança crie hábitos saudáveis em sua alimentação é muito importante que os pais as incentivem a comer grãos, legumes, verduras e frutas, alerta a nutricionista Vanderli Marchiori. “Faça as refeições junto com os seus filhos, estimule o consumo de legumes e frutas e, se possível, prepare os alimentos na companhia deles de forma a mostrar a importância de uma alimentação saudável para toda a vida”, afirma ela.
Vanderli chama a atenção para a importância de se consumir carboidratos, principalmente os integrais. “Para um bom desenvolvimento, de 50% a 60% da alimentação da criança deve ser composta por carboidratos. Deve-se dar preferência aos integrais, por serem ricos em fibras, ao serem quebrados, atingem a corrente sanguínea mais lentamente, deixando a criança satisfeita por mais tempo”.
A Abima – Associação Brasileira das Indústrias  de Massas Alimentícias – também destaca os benefícios nutricionais do macarrão na alimentação infantil. “As refeições com massas alimentícias são um componente chave de muitos padrões alimentares saudáveis em todo o mundo, como a Dieta Mediterrânea, já comprovada cientificamente” diz Claudio Zanão, presidente da Abima, citando uma das resoluções do Consenso Científico para a Saudabilidade da Massa, documento elaborado por 16 renomados especialistas de 13 países.
VEJA TAMBÉM: Nutricionista alerta sobre alimentação de crianças e adolescentes.
Vanderli sugere que os pais incluam, no café da manhã e lanches da escola, pães e biscoitos integrais. “Assim, a criança já vai se acostumando aos grãos. O macarrão, também integral, pode ser consumido no almoço e no jantar com molhos menos calóricos e, se possível, incluindo algum tipo de vegetal em seu preparo, por exemplo: macarrão com brócolis e tomate e macarrão a bolognesa com cenoura”, diz.
Uma dieta equilibrada também ajuda a reduzir os riscos da obesidade na infância. Segundo pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a obesidade já é uma epidemia no Brasil. Os resultados do estudo mostraram que o sobrepeso atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos.
Para a especialista, esta triste realidade se deve, em grande parte, aos hábitos errados de alimentação. “Na correria do dia a dia, muitas famílias brasileiras priorizam os alimentos práticos, como congelados e snacks, a opções mais saudáveis”, avalia.
Fonte: Bonde
http://blog.jasminealimentos.com/veja-como-incentivar-seu-filho-a-comer-de-forma-saudavel/

Nutricionista alerta sobre alimentação de crianças e adolescentes

Dicas de Alimentação
Consumo excessivo de lanches, geralmente nada saudáveis, entre as refeições é hoje rotina na vida de crianças e adolescentes. A realidade mostra um caminho contrário ao da busca pela saúde. Sobrepeso, obesidade, diabetes e hipertensão crescem cada vez mais nesta parcela da população, preocupando pais e familiares.
Para a nutricionista Graça Cavalcante, responsável pelo programa de Reeducação Alimentar do Hospital Geral do Estado (HGE), o consumo de alimentos saudáveis auxilia no bom crescimento e desenvolvimento do organismo, além de evitar doenças.
“Hoje é comum encontrar crianças com doenças associadas a outras patologias, como hipertensão, diabetes, hipotireoidismo e outros distúrbios hormonais. A presença dessas patologias pode afetar o metabolismo infantil, atrapalhando o crescimento e desenvolvimento, podendo também acarretar em doenças futuras na fase adulta”, alertou.
VEJA TAMBÉM: Saiba qual é a alimentação ideal para mães de diferentes idades.
A nutricionista explica que o surgimento do sobrepeso e obesidade entre os jovens se dá pelo excesso de consumo de alimentos de alto valor calórico e baixo consumo de frutas, leguminosas e hortaliças. “É uma realidade bastante triste e preocupante. Cada vez mais cedo os jovens desenvolvem doenças que antes eram comuns somente aos adultos devido à má alimentação”.
Segundo ela, crianças e adolescentes apresentam particularidades que devem ser observadas. Para ambos os sexos, quanto mais precoce é o início do distúrbio do peso, maior a susceptibilidade ao desenvolvimento de sobrepeso e obesidade na vida adulta, sendo a faixa de 4 a 8 anos de idade a de maior ocorrência. E esse quadro pode ser ainda mais agravado caso a criança seja sedentária.
“A atividade física é fundamental na vida da criança e do adolescente, uma vez que o exercício acelera o metabolismo, ajuda no crescimento e desenvolvimento psicológico e do corpo. Além de promover o desenvolvimento social, trazendo bem-estar, assim como inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida”, orientou.
De acordo com Graça Cavalcante, a alimentação deve ser balanceada, com o valor calórico compatível com o crescimento corporal e aporte satisfatório de vitaminas e minerais.
“A ingestão de alimentos in natura deve ser estimulada pelos pais em qualquer tempo de vida, no entanto, se for praticada nos primeiros anos de vida os benefícios serão maiores, pois a possibilidade de se desenvolver problemas de saúde sérios, como a diabetes e a obesidade, que são doenças relacionadas com práticas alimentares definidas como impróprias, é praticamente anulada”, explicou a nutricionista.
Ela orienta a família a adotar e reproduzir atitudes alimentares positivas, como o consumo de no mínimo três porções de frutas ao dia e a substituição de refrigerantes por suco de frutas com pouco açúcar.
Segundo a especialista, os pais devem minimizar o uso de frituras nas preparações proteicas como a carne, por exemplo. “Prefira os métodos de técnicas dietéticas, grelhar, assar e cozinhar. E inclua guloseimas apenas nos finais de semana e com moderação”, explicou.
Nenhum alimento deve ser proibido, de acordo com a nutricionista. “O certo é explicar, conscientizar a criança ou o adolescente sobre a importância de uma alimentação saudável e, principalmente, dos malefícios que trazem o excesso do consumo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e de alto valor calórico”, orientou.
Fonte: Primeira Opção
http://blog.jasminealimentos.com/nutricionista-alerta-sobre-alimentacao-de-criancas-e-adolescentes/

Ritmo de aumento da obesidade infantil no Brasil preocupa médicos

Combate à obesidade
Obesidade infantil no Brasil preocupa médicos
As estatísticas apontam que a obesidade infantil é a que cresce mais rapidamente no Brasil, e o cenário agravado por mudanças nos hábitos alimentares, ampla oferta de produtos hipercalóricos e menos atividades físicas nas horas de lazer preocupam médicos que lidam com o problema
Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, indicam que em 20 anos os casos de obesidade mais do que quadruplicaram entre crianças de 5 a 9 anos, chegando a 16,6% (meninos) e 11,8% (meninas).
Leia Também: Combate à Obesidade.
“É de chorar como está vertiginoso o aumento, como o ritmo está maior”, diz a nutricionista Inês Rugani, professora da Uerj e sanitarista do Instituto de Nutrição Annes Dias. “A obesidade vem aumentando faz tempo entre os adultos, mas não era observada na infância dessa forma”.
“Tratamos a obesidade infantil como uma epidemia pelo ritmo vertiginoso de aumento que está tendo no mundo, e o Brasil está acompanhando esse fenômeno”, diz Rugani, apontando que, em contrapartida, o processo de desnutrição está em processo de superação no País.
Quando se consideram também as crianças com excesso de peso, o problema é ainda mais alastrado. De 1989 para 2009, o sobrepeso mais do que dobrou entre meninos e triplicou entre meninas.
Hoje, um em cada três meninos e meninas de 5 a 9 anos está acima do peso normal para a idade. O fenômeno é grave também entre pessoas de 10 a 19 anos, faixa de idade em que o excesso de peso gira em torno de 20%.
Entre os fatores que levam ao aumento de peso ainda na infância, especialistas destacam mudanças no padrão alimentar, redução da prática de atividades físicas nas horas de lazer e diferentes hábitos nas refeições – não raro feitas diante da televisão.
“Os jogos antes eram na rua ou na pracinha, as crianças gastavam energia”, diz o endocrinologista pediatra Paulo Solberg. “Hoje, as brincadeiras são no videogame.”
“A noção de que elas têm que fazer atividade física é nova, porque antigamente elas faziam naturalmente”, acrescenta. “Isso tem que ser passado para os pais e filhos.”

Excesso de calorias
O aumento do consumo de alimentos de alto valor calórico, muitas vezes industrializados, também contribui para a obesidade – assim como o hábito de fazer refeições ou lanches fora de casa.
De acordo com dados do IBGE, quase 50% dos adolescentes comem fora de casa no dia a dia. Entre os itens mais consumidos na rua estão salgadinhos (fritos, assados ou industrializados), pizza, refrigerante e batata frita.
“A propaganda de alimentos faz esse apelo também, alimentos mais coloridos, milhares de biscoitos recheados“, diz a nutricionista Rosana Magalhães, pesquisadora do departamento de Ciências Sociais da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz.
“Os alimentos processados tendem a ter uma densidade energética absurda e perdem a gama de nutrientes que tinham, ficam muito estéreis”, acrescenta.
O custo de ter itens saudáveis na alimentação também pode pesar. Mãe da pequena Mylena, Luciane Queiroz Costa está desempregada e diz ser “entre trancos e barrancos” que consegue ter uma fruta ou legume na geladeira para a dieta da filha, que tem 8 anos e apresenta quadro de obesidade.
“A dificuldade é manter a geladeira com legumes e frutas pelo preço que estão”, diz Luciane. “Está tudo muito caro, fica complicado.”
Há quatro anos, Mylena vem sendo atendida em um projeto de prevenção à obesidade infantil no Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj. Começou recebendo orientação de nutricionistas e há duas semanas teve sua primeira consulta com endocrinologistas para verificar se tem problemas metabólicos.
As tentações do dia a dia são um dos fatores que dificultam a sua dieta, e a mãe tem dificuldades para controlar a alimentação da filha. Luciane nem sempre resiste às súplicas de Mylena para levá-la a uma rede de lanchonetes.
Alimentação saudável para as crianças
Tratamento
O tradutor e intérprete inglês Peter Lenny, pai do jovem Thomas John Niskier Lenny, de 13 anos, também enfrenta dificuldades com a alimentação do filho, que há dois anos luta – com sucesso – contra a balança.
“É muito difícil tentar reeducar as crianças em uma cultura que só empurra biscoitos e balas para elas o tempo todo”, diz.
Lenny conta que doces e balas estavam na vida de Thomas “o tempo todo”. “Como a turma dele na escola tem 30 crianças, isso dá em média dois aniversários por mês. Ele saía das festas com os bolsos cheios de doces e traçava em dois, três dias”, conta.
“A gente sempre quis dar a ele responsabilidade para que aprendesse a administrar as suas coisas. Mas deu no que deu.”
Aos 11 anos, Thomas estava acima do peso. Acabou procurando o Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fiocruz que oferece tratamento para obesidade infantil.
“Eu já não aguentava mais, aquilo estava me deixando mal comigo mesmo”, diz Thomas. “Quando descobri que não estava só gordinho, e sim com obesidade leve, foi um baque terrível.”
Em abril, o jovem recebeu alta da nutricionista e do instrutor de educação física do IFF após chegar a um peso considerado normal para sua idade.
“Agora estou feliz, fiquei muito satisfeito. A minha autoestima melhorou, tudo melhorou”, diz o adolescente, que agora não ouve mais zombarias de colegas na escola e incorporou os cuidados com a alimentação e os exercícios físicos à sua rotina.
Obesidade infantil no Brasil preocupa médicos
Políticas pública
Para estimular hábitos mais saudáveis entre as crianças, a nutricionista Inês Rugani destaca a importância de políticas públicas para regulamentar tanto a alimentação em cantinas de escolas como para impor restrições à publicidade de alimentos.
Tentativas recentes de regulamentação do setor foram alvo de protestos da indústria. “Se você tem um ambiente que promove a obesidade, não há comportamento adequado que dê conta”, avalia Rugani.
Segundo a nutricionista, a palavra-chave no combate à obesidade é prevenção.
“Quando você desenvolve a obesidade na infância e adolescência, a chance de você continuar obeso na vida adulta é muito grande”, diz. “Esta deve ser uma prioridade de saúde pública, ainda mais diante do aumento que estamos observando.”
Paulo Solberg ressalta a importância de que a criança seja acompanhada por um pediatra, que vai poder apontar quando a criança não está apenas “fofinha, saudável ou forte” – como muitas vezes são vistas pela família – e se está ganhando peso demais.
“O pediatra é uma peça fundamental no diagnóstico precoce e na orientação dos pais”, diz. “Aquela criança gordinha, que a gente achava bonitinha, hoje em dia é vista de outra maneira, porque pode vir a ter problemas de saúde se continuar assim.”
Fonte: Globo.com
http://blog.jasminealimentos.com/ritmo-de-aumento-da-obesidade-infantil-no-brasil-preocupa-medicos/

Prevenção da obesidade deve começar na escola

Nutrição
Prevenção da obesidade deve começar na escola
Ensinar alunos do ensino fundamental sobre a importância de comer alimentos saudáveis, fazer atividades físicas e passar menos horas em frente à TV pode significar uma economia considerável aos cofres públicos. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, programas voltados à prevenção da obesidade e dos distúrbios alimentares entre jovens são mais econômicos do que o custo dos tratamentos para essas doenças.
Leia Também: Alimentos funcionais e os seus benefícios.
A análise econômica, realizada por S. Bryn Austin, epidemiologista do Hospital da Criança de Boston, e por Li Yan Wang, economista da área de saúde, teve como base o programa Planet Health. Desenvolvido pela Escola de Saúde Pública de Harvard, o Planet Health é um projeto com o intuito de tornar professores capazes de guiar os alunos do ensino fundamental na escolha de alimentos mais saudáveis, no aumento das atividades físicas e em evitar o sedentarismo em frente à TV. Ele fornece ainda treinamento a esses professores, planos de aulas, materiais e o Fit Check, uma ferramenta de autoavaliação para os próprios alunos.
Prevenção da obesidade deve começar na escola
Pesquisa – Os pesquisadores utilizaram dados de um estudo randomizado em 10 escolas de Massachusetts, das quais cinco haviam adotado o Planet Health e as outras cinco não (grupo controle). Descobriu-se, então, que as meninas com sobrepeso nas escolas com Planet Health tinham duas vezes mais chances de voltarem aos seus pesos ideais. Elas apresentaram também metade dos riscos de uso de remédios para controle do peso. Os efeitos não foram estatisticamente significativos para os garotos. “Ficamos surpresos e encorajados ao ver o quão protetor o Planet Health foi para os transtornos alimentares em garotas”, diz Austin.
A bulimia é um dos principais problemas alimentares encontrados na juventude. O distúrbio costuma ter início com alguns comportamentos específicos, como uso de remédios para emagrecer ou purgativos. A doença pode colocar em risco a vida dos pacientes e traz uma série de complicações médicas, tais como desidratação, desequilíbrio do organismo, distúrbios do ritmo cardíaco, erosão dentária e disfunção intestinal. “As desordens alimentares podem ser crônicas e caras de se tratar. Isso costuma ser um grande fardo financeiro sobre os indivíduos, seus familiares e sociedade”, diz Austin.
Prevenção da obesidade deve começar na escola
Economia – Austin e Wang estimaram que 3,4% das garotas no programa seriam prevenidas de desenvolver distúrbios alimentares com a idade de 13 anos e meio. Os pesquisadores se basearam em números do estudo original randomizado sobre o Planet Health: 7 das 254 garotas no Planet Health (2,8%) desenvolveram desordens alimentares, frente a 14 das 226 meninas das escolas de controle (6,2%). Ancorados em conhecimentos atuais sobre a progressão dos transtornos alimentares, eles calcularam que um caso de bulimia seria prevenido na idade de 17 anos entre as 254 garotas.
Considerando os custos dos tratamentos usuais – que podem ser de dezenas de milhares de dólares –, Austin e Wang estimaram que uma média de 34 mil dólares seriam economizados ao se prevenir que apenas uma garota das cinco escolas do Planet Health desenvolvesse bulimia nervosa. Acrescentando à conta achados anteriores de Wang que estimaram uma economia de 27.042 dólares na prevenção da obesidade nas mesmas cinco escolas, o programa traria, assim, uma economia líquida de 14.238 dólares – já subtraídos os custos do programa nas escolas de 46.803 dólares.
Prevenção da obesidade deve começar na escola
“Como os distúrbios alimentares podem ser caros de se tratar, prevenir apenas um caso nas cinco escolas com o programa se traduziu em uma redução de custos médicos de 34 mil dólares”, diz Austin. “Mas, se nós intensificarmos os custos para, digamos, 100 escolas do ensino fundamental em Massachusetts, a redução dos custos médicos pela prevenção da bulimia seria de mais de meio milhão de dólares. Se elevarmos isso a níveis nacionais, para digamos mil escolas, o potencial de redução dos custos é considerável.”
Fonte: Veja
http://blog.jasminealimentos.com/prevencao-da-obesidade-deve-comecar-na-escola/ 



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