Estudante chegou a pesar 116 kg e por pouco não se submeteu à cirurgia.
Com vida transformada, hoje ela incentiva outras pessoas obesas.
Segundo a jovem, que é estudante de enfermagem, nos exames que antecederam a cirurgia o médico constatou que ela estava com a glicose muito alta e com algumas complicações, o que representava risco na hora da cirurgia. Por isso, determinou que ela perdesse 10 kg para que o procedimento pudesse ser feito. Ela então procurou um educador físico para conseguir perder os quilos necessários à viabilidade da cirurgia.
(Foto: Ruthyele Aguiar/Arquivo Pessoal)
Ruthyele conta que começou a fazer atividades três vezes por semana com o educador e ainda complementava com exercícios fora da academia. Apesar de já ter mudado radicalmente de vida, ela diz que ainda não atingiu o objetivo e por isso segue firme com as atividades e com a reeducação alimentar para chegar ao peso que considera ideal, algo entre 60 e 65 kg. Com uma vida bem melhor, ela relembra as dificuldades.
“Eu já estava de um jeito que não gostava mais de ir a festas, estava perdendo aquele lado feminino, pois todas as roupas já não serviam, tinha muita sudorese [transpiração] e sempre escutava muita coisa das pessoas por ser gorda. Minha família tem pré-disposição à obesidade e eu, dos 17 aos 21 anos, disparei a engordar, pois foi nesse período que comecei a beber e ter vida social”, falou.
Ela destaca que também mudou completamente a rotina alimentar, aboliu refrigerantes e consome bebida alcoólica raramente apenas em festas da família. O curso de enfermagem também ajudou Ruthyele a encarar a obesidade de frente e decidir mudar a rotina e ganhar uma vida mais saudável.
“O curso me ajudou muito. Cheguei à conclusão de que pra você fazer saúde você tem que ter saúde. Como vou passar uma aula de cuidados para alguém se eu mesmo não dou o exemplo? Antes eu tinha uma alimentação toda desregulada e mantinha uma vida sedentária, mas agora faço tudo ao contrário”, contou.
40 kg mais magra, Ruthyele hoje faz questão de ajudar as pessoas obesas que tentam emagrecer. Através do seu perfil no Instagram, a estudante de enfermagem posta fotos do antes e do depois, da reeducação alimentar, das atividades e incentiva outras pessoas a superarem a obesidade sem a necessidade de uma cirurgia bariátrica.
“Hoje eu procuro ajudar as pessoas com minha história de vida. Meu instagram é um diário do emagrecimento. As pessoas precisam saber que é muito diferente da cirurgia, muito melhor para o organismo. Eu, por exemplo, não sei dizer a última vez que adoeci e se eu fui capaz, qualquer pessoa também é”, afirmou.
quer perder peso(Foto: Ruthyele Aguiar/Arquivo Pessoal)
“Propus um desafio e falei que treinaria ela, mas que gostava de resultados, pois não queria só o dinheiro. Disse que queria transformá-la em uma pessoa mais saudável e isso melhoraria a vida dela em todos os sentidos. A primeira aula teve 15 minutos de duração e ela foi as lágrimas, dizendo que não iria mais vir, mas eu a convenci e ela não desistiu”, relembrou o educador físico.
Hoje, ele destaca que Ruthyele é um exemplo de superação a ser seguido por outras pessoas que convivem com a obesidade e sonham em poder transformar essa realidade. Para o educador, a força de vontade e a determinação foram os passos primordiais para a mudança na vida da estudante teresinense.
“Ela foi muito determinada e tem muita força de vontade. A Ruthyele serve de referência para outras alunas e sempre digo não existe força maior do que a de uma mulher realmente determinada”, concluiu.
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/05/jovem-desiste-de-cirurgia-bariatrica-e-perde-43-kg-apos-focar-em-exercicios.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
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