Atividade física faz adulto fabricar tipo de gordura que protege da obesidade, mostra estudo
O estudo analisou uma substância chamada PGC1-alpha, produzida em abundância pelos músculos durante e após os exercícios.
Um hormônio produzido em resposta à prática de exercícios pode transformar a gordura comum do corpo em gordura marrom, boa para a saúde, reduzindo o risco de doenças como obesidade e diabetes. A conclusão é de um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na Nature.
Ao contrário da gordura comum (também chamada de 'branca'), a gordura marrom é metabolicamente ativa, ou seja, leva à queima de calorias. Até pouco tempo, achava-se que ela existia apenas nos bebês, mas estudos revelaram que adultos também podem fabricar esse tipo de gordura "desejável".
A pesquisa, conduzida por pesquisadores do Instituto de Câncer Dana-Farber e da Faculdade de Medicina de Harvard, ajuda a entender como os exercícios afetam o organismo em nível celular.
O estudo analisou uma substância chamada PGC1-alpha, produzida em abundância pelos músculos durante e após os exercícios.
“Parece claro que o PGC1a é responsável por muitos dos benefícios atribuídos aos exercícios”, afirma Bruce Spiegelman, professor das duas instituições e autor do estudo.
Segundo ele, ratos que foram induzidos a produzir grandes quantidades da substância nos músculos mostraram-se resistentes à obesidade e ao diabetes, assim como muitas pessoas que praticam exercícios com regularidade.
Os pesquisadores descobriram que a substância estimula a expressão de uma proteína chamada Fndc5, que há muito tempo chama atenção dos biólogos.
Mensageiro
Os cientistas da Harvard notaram que uma das coisas que a proteína faz é se quebrar em duas partes, sendo que uma delas é um hormônio que até então era desconhecido. Ele foi batizado de “irisina”, em homenagem a Íris, a deusa mensageira da mitologia grega.
Diferentemente da maioria das substâncias que nascem dos músculos, a irisina entra na corrente sanguínea e segue em direção às células de gordura onde, a partir de sinais bioquímicos, começa a transformar a gordura comum (também chamada de branca) em marrom.
Os pesquisadores acreditam que a irisina, ou seja, a quantidade de exercícios que uma pessoa faz, é que determina a quantidade de gordura marrom no organismo.
Os cientistas injetaram a irisina nas células de gordura branca dos ratos e perceberam que elas começaram a se transformar em gordura marrom. Os ratos também passaram a queimar mais energia depois do procedimento.
Em experimentos adicionais com ratos engordados em laboratórios, injeções da proteína Fndc5 aumentaram a tolerância dos animais à glicose, ou seja, eles ficaram protegidos do diabetes, apesar do risco aumentado pela dieta rica em gordura.
Células humanas
Testes posteriores com células musculares de seres humanos apontaram uma quantidade maior de irisina após a execução de um programa de corrida que durou várias semanas. Curiosamente, o hormônio detectado era igual ao descoberto nos ratos.
Apesar de todos os benefícios, os ratos que receberam irisina perderam poucos quilos. Spiegelman explica que o hormônio evita o ganho de peso – mesmo diante de uma dieta rica em gordura – e mantém os níveis de açúcar estáveis. Ou seja, ele aparentemente ajuda a manter a pessoa saudável, mas não ajuda a emagrecer.
No futuro, o pesquisador espera testar as injeções de irisina em pessoas que, devido a deficiências ou problemas de saúde, não podem praticar atividade física. Ele também quer descobrir qual a quantidade e o tipo de exercício capazes de levar ao aumento da substância em pessoas saudáveis.
(com The New York Times)
(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2012/01/12/atividade-fisica-faz-adulto-fabricar-tipo-de-gordura-que-protege-da-obesidade-mostra-estudo.jhtm)
http://saude-joni.blogspot.com.br/2012/01/atividades-fisicas-gordura-marrom-e.html
Cientistas descobrem hormônio que imita efeito de exercício
Folha
Um novo estudo abre perspectiva de que os exercícios físicos possam ser trocados por uma pílula.
Em experimentos com camundongos, cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, em Boston, descobriram que um tipo de um hormônio, produzido após a atividade física, era capaz de transformar o tecido adiposo.
Em sua presença, células de gordura branca - responsável por armazenar energia - se convertem na chamada gordura marrom, que queima calorias para aquecer o corpo.
A nova molécula, batizada de irisina, também existe em humanos. Num teste, os cientistas injetaram pequenas doses da substância em roedores sedentários, obesos e com sintomas de pré-diabetes.
Após dez dias, os animais tiveram os níveis de glicose e insulina normalizados no sangue e até perderam peso. O experimento foi descrito na revista "Nature".
"Com a irisina, nós conseguimos traduzir uma pequena parte do efeito dos exercícios têm sobre o organismo", disse Pontus Boström, autor do trabalho. Ele alerta que a irisina não vai deixar ninguém mais forte. "Existe uma vasta gama de efeitos que jamais poderemos substituir por uma única intervenção metabólica."
FUTURO
Mesmo exibindo cautela em relação ao potencial terapêutico do novo hormônio, os pesquisadores se mostram otimistas com a perspectiva de usá-lo em humanos em um futuro próximo.
A molécula da irisina dos camundongos é quase idêntica à versão humana, o que significa que os mesmos benefícios observados nos roedores podem se mostrar em pessoas. "Esperamos ver efeitos colaterais muito pequenos", diz Boström.
Ele e seus colegas do Dana-Farber, um centro de pesquisa associado à Universidade Harvard, estão agora tentando criar uma maneira de administrar a irisina a humanos. No estudo com roedores, foi usado um vírus para distribuir o hormônio no organismo, algo difícil de fazer com segurança.
Para criar uma droga que possa ser usada em humanos, Boström e seus colegas estão tentando "colar" a irisina em moléculas de anticorpos, as proteínas de defesa do sistema imunológico, para só depois injetá-las no sangue.
"Temos de fazer isso para que a droga não entre em degradação na corrente sanguínea", diz o cientista.
Ainda não há perspectiva sobre quando os testes em humanos podem começar.
NÃO É PREGUIÇA
Para pesquisadores, mesmo que não seja adequado substituir exercícios por uma droga que tente emular seus efeitos, é possível encontrar uma brecha para aplicação.
"Há muitos pacientes por aí que precisam de exercício mas, por diferentes razões, não podem fazer", diz Boström.
"Um medicamento pode vir a ser uma opção para pessoas extremamente obesas, que têm dificuldade em se movimentar para fazer exercícios, ou para pessoas com alguns tipos de deficiência física", acrescenta.
http://www.douradosnews.com.br/brasil-mundo/cientistas-descobrem-hormonio-que-imita-efeito-de-exercicios
Atividade física faz adulto fabricar tipo de gordura que protege da obesidade, mostra estudo
Um hormônio produzido em resposta à prática de exercícios pode transformar a gordura comum do corpo em gordura marrom, boa para a saúde, reduzindo o risco de doenças como obesidade e diabetes. A conclusão é de um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na Nature.
Ao contrário da gordura comum (também chamada de 'branca'), a gordura marrom é metabolicamente ativa, ou seja, leva à queima de calorias. Até pouco tempo, achava-se que ela existia apenas nos bebês, mas estudos revelaram que adultos também podem fabricar esse tipo de gordura "desejável".
A pesquisa, conduzida por pesquisadores do Instituto de Câncer Dana-Farber e da Faculdade de Medicina de Harvard, ajuda a entender como os exercícios afetam o organismo em nível celular.
O estudo analisou uma substância chamada PGC1-alpha, produzida em abundância pelos músculos durante e após os exercícios.
“Parece claro que o PGC1a é responsável por muitos dos benefícios atribuídos aos exercícios”, afirma Bruce Spiegelman, professor das duas instituições e autor do estudo.
Segundo ele, ratos que foram induzidos a produzir grandes quantidades da substância nos músculos mostraram-se resistentes à obesidade e ao diabetes, assim como muitas pessoas que praticam exercícios com regularidade.
Os pesquisadores descobriram que a substância estimula a expressão de uma proteína chamada Fndc5, que há muito tempo chama atenção dos biólogos.
Mensageiro
Os cientistas da Harvard notaram que uma das coisas que a proteína faz é se quebrar em duas partes, sendo que uma delas é um hormônio que até então era desconhecido. Ele foi batizado de “irisina”, em homenagem a Íris, a deusa mensageira da mitologia grega.
Diferentemente da maioria das substâncias que nascem dos músculos, a irisina entra na corrente sanguínea e segue em direção às células de gordura onde, a partir de sinais bioquímicos, começa a transformar a gordura comum (também chamada de branca) em marrom.
Os pesquisadores acreditam que a irisina, ou seja, a quantidade de exercícios que uma pessoa faz, é que determina a quantidade de gordura marrom no organismo.
Os cientistas injetaram a irisina nas células de gordura branca dos ratos e perceberam que elas começaram a se transformar em gordura marrom. Os ratos também passaram a queimar mais energia depois do procedimento.
Em experimentos adicionais com ratos engordados em laboratórios, injeções da proteína Fndc5 aumentaram a tolerância dos animais à glicose, ou seja, eles ficaram protegidos do diabetes, apesar do risco aumentado pela dieta rica em gordura.
Muito bom teu post, dá pra entender muitas coisas ao lê-lo. Beijo.
ResponderExcluirFico contente qu tenhas gostado!!!
ResponderExcluirIvana gostaria de lhe perguntar se além do blog da Petê, você conhece outro similar ao dela ou que seja bem rico em informações sobre obesidade e emagreciemnto? Abraços