16 dicas que você precisa saber sobre alimentação – e poderá emagrecer ao praticar
Este texto é voltado para um grupo de pessoas bem específico: Vou
falar exclusivamente para aquelas pessoas que querem perder peso, e para
as pessoas que conhecem alguém que quer perder peso. Pronto, estou
falando para 99,9% da população.
Se você sair na rua perguntando para as pessoas, principalmente paras
mulheres, quantos quilos elas querem perder, 99% delas vão ter uma
resposta, só 1% vai dizer que está contente com seu próprio peso. É o
mal do século?
Neste texto vou contar porque tem tanta gente acima do peso e o que fazer para emagrecer.
Para começo de conversa é legal entendermos que comemos além do
necessário. Como eu sei disso? É fácil, se você tem acumulo de gordura
no seu corpo significa que este corpo não consumiu toda energia, em
forma de calorias, e estocou o que sobrou em forma de gordura. Se você
está acima do peso é porque, ou ingeriu mais do que queimou de energia,
ou queimou menos do que consumiu.
Entender porque comemos além do necessário, saber como a evolução nos
preparou para comermos muito e como as frustrações colaboram para
usarmos a comida como válvulas de escape ajuda a “fazer às pazes” com a
balança. Só assim teremos recursos para não morrer de fome a ainda
emagrecer.
Comida é um assunto que se refere ao corpo e à mente
Comer está basicamente relacionado à manutenção da vida, da saúde.
Mas muitas vezes a gente come além do necessário para a manutenção de
uma vida saudável, a gente come compulsivamente, muitas vezes até nos
prejudicamos com a obesidade - isso é comportamento desajustado, é
consequência de uma mente que precisa de ajustes.
Quando o fator psicológico não está em ordem temos conseqüências
sérias. Se você está ansioso, sentindo-se culpado, ou com qualquer
alteração psicológica, você pode sair por aí comendo feito um louco,
comportamento este que não tem nada a ver com nutrição e manutenção da
vida.
Mas o inverso também é verdadeiro. Quando o corpo não está bem o lado
psicológico também sofre, se você se alimenta mal, de forma errada,
você vai debilitar seu organismo, vai ganhar colesterol, diabetes,
obesidade. E com o corpo debilitado a cabeça também não vai funcionar
muito bem. Sem falar da auto-imagem negativa, pois se você não gosta do
que vê no espelho, vai se culpar, se considerar inferior, inadequado,
feio, esquisito, enfim, se sentir muito mal com você mesmo.
Obesidade, excesso de peso, sobrepeso são conseqüências de quê?
Pode ser muita coisa. Como você verá adiante, procurei cobrir a maior
parte das possibilidades. Por um lado você vai descobrir que pode estar
comendo mais do que o necessário porque a evolução lhe dotou de
sistemas para que a comida fosse algo tão interessante a ponto de te
motivar para comer muito. Isso porque na era primitiva a comida não
estava tão disponível como hoje, não era só esticar o braço na geladeira
ou atravessar a rua para alcançar o mercado ou a lanchonete. Na era
primitiva o esforço era grande, mas valia a pena pois sem comida a
pessoa morria. O grande problema é que hoje ninguém precisa de tanto
esforço assim para conseguir comida, e o perigo de não ter comida
suficiente também não existe mais como existia para o homem primitivo,
mas o apetite, a voracidade por alimentos continua a mesma porque nosso
corpo ainda não se adaptou a essa nova realidade, então você acaba
comendo muito mais do que precisa e, engorda. Engordando se sente mal
com você mesmo. Se sentindo mal com você mesmo você vai procurar algo
que te console, algo agradável, e que tal um prato bem saboroso? E aí
que acontece? Engorda mais ainda, e vira uma espiral ascendente, um
circulo vicioso.
Fome como “preocupação” politica
O presidente Lula se preocupou muito com o problema da fome no país.
Nobre, muito nobre. Tanto é que ninguém deu muita bola para os que
contaram, e contaram acertadamente, que morre muito mais pessoas no país
por excesso de peso que por falta de peso. Uma coisa é certa, falta de
comida provoca comoção. Excesso de peso é considerado falta de vontade,
falta de auto-controle e até desleixo. A maioria não olha com bons olhos
aquele que está acima do peso, não consegue ver que ninguém está acima
do peso porque quer. Na realidade comer a principio serve para a
manutenção da vida, mas pode se transformar em algo tão disfuncional
que, em casos mais graves causa tanto prejuízo à saúde física e mental
que pode levar à morte, morte psicológica ou morte física mesmo.
A boa noticia é que não é impossível perder peso, ficar mais saudável e se gostar mais. A questão é encontrar o caminho certo.
Eu elaborei um programa com várias etapas para emagrecer.
Dicas: O que fazer para emagrecer
Em primeiro lugar você deve se conhecer.
Primeira etapa. Identifique o porquê de você querer perder peso.
Você quer ser aceito pelos outros? Não ser reprovado no exame médico da
empresa? Conseguir uma namorada?
Sem não tiver o motivo certo, sinto muito mas você não vai emagrecer.
Ao contrário do que se pensa, arrumar namorado, fazer bonito na balada,
ser aceito no trabalho, agradar o pai, nada disso não são bons motivos
para emagrecer.
O que fazer: Escreva
o seu motivo numa folha de papel, identifique cada aspecto envolvido
nesse motivo. Mas seja honesto, não vá colocar só o que você acha que é
bonito de dizer sem realmente acreditar na coisa. identifique tudo o que
você pensa que pode ganhar emagrecendo. Avalie se são motivos justos.
Segundo passo. Avalie seu comprometimento à meta de emagrecer.
Você é do tipo que só se entrega a alguma tarefa se ela for fácil, se
não der muito trabalho? Ou você tem capacidade de se esforçar por
alguma coisa que sabe que vai valer a pena? Você sabe avaliar quando
alguma coisa vale o seu esforço? Sabe reconhecer agora o quanto você vai
ganhar, e sabe usar isso para te motivar a suar um pouco a camisa?
O que fazer: Anotar
todas as situações nas quais você se dedicou, se esforçou. Valeu a pena?
Quando não topou o esforço, o trabalho, que coisas você perdeu, que
coisas deixou de conquistar? Valeu a pena ter perdido estas coisas
porque não quis se esforçar?
Terceiro. Você quer emagrecer ou espera que outro o emagreça?
Muitas pessoas consideram muito mais confortável ingerir um remédio
para emagrecer ou fazer uma cirurgia. Essa é a postura dos que esperam
ser “emagrecidos” por fatores externos. Pode até dar resultado, mas não
vai se manter por muito tempo, e a conquista não é sua, então não está
nas suas mãos manter o ganho, ou seja você pode voltar a engordar sem
mesmo entender o porque. Na realidade com este modo de funcionar você
está entregando o seu controle para longe de você, para os outros. Todo
mundo que emagreceu assim já sabe no que deu. Dali a pouco tá de novo na
mesma, ou até pior.
O que fazer:
Conscientizar-se que se você for o agente de sua mudança vai ser muito
mais gratificante, pois assim você percebe que você pode contar com você
mesmo. Se emagrecer dependeu de você, manter-se assim também vai
depender, e como você sempre pode contar com você mesmo está garantido o
sucesso.
Quarto. Avalie o ganho secundário.
Será que tem alguma vantagem em permanecer acima do peso? Parece uma
pergunta estapafúrdia, não? Mas não é não. Muitas vezes
inconscientemente tem algo de bom em ser gordo, como por exemplo o papel
de vítima, as outras pessoas ficam dó de você, e no fundo você gosta
disso. Será que a sensação de que tem alguém “cuidando de você” dando
dicas, fazendo comidas especiais para você, e assim demonstram o quanto
você é importante, e isso vale tão a pena que te impede de emagrecer. Ou
será que ser gordo não está justificando outras dificuldades, como por
exemplo a dificuldade em paquerar, assim você usa a desculpa da gordura
para não “precisar” de paquerar, enfim, é um ótimo pretexto para que
ninguém se interesse por você. Ou a comida pode estar servindo como o
único agrado que você está conseguindo proporcionar a você mesmo. Sendo
assim, ta triste, come, ta nervoso, come, levou bronca do chefe, come, e
aí você não vai querer abrir mão deste agrado.
O que fazer: Escreva
tudo o que lhe vem à mente quanto aos possíveis ganhos por estar acima
do peso. Não censurar estes pensamentos. Após isso faça uma avaliação
sincera e encontre outras formas de ter estes ganhos, a atenção e
reconhecimento das pessoas por exemplo. Encontre outras formas de ter
satisfação na vida. Não dependa da comida para ter um pretexto para não
se colocar no mundo, corra riscos e veja como pode valer a pena.
Quinto. A comida alivia a sua ansiedade?
Ingerir alimentos pode significar, inconscientemente, controle. Todo
ser humano necessita sentir que está no controle. Quando está inseguro,
fica ansioso e cai na comilança como válvula de escape. A sensação de
controle te dá tranqüilidade. Quando ansioso a gente procura alguma
coisa para confortar, e nada melhor do que a sensação de estar se
abastecendo, de estar colocando algo saboroso na boca, está se agradando
e... controlando a situação.
O que fazer: Não
permita que haja falta de controle sobre sua própria vida. Vamos
trabalhar e ver em quais áreas você está sendo refém dos outros. Este é
um ponto onde meus pacientes gostam muito de ver os resultados. Não ser
refém, não se deixar ser levado pelo mau humor do outro, pela maldade do
outro. Mas, veja bem, muito importante tb que não seja você este
controlador.
Sexto. Avalie sua auto aceitação.
Antes de começar a emagrecer é importante que você se aceite como
está hoje, acima do peso mesmo. Porque? Porque é impossível mudar uma
coisa que você nem aceita que existe. Enquanto houver negação do
problema não vamos conseguir olhar o suficiente para ele e nem vamos
conseguir fazer alguma coisa para eliminar esse problema. Mas vejam bem,
aceitar é diferente de gostar ou concordar, aceitar é parar de brigar
com a gordura. É reconhecer que ela existe e você não vai brigar mais
com ela, você vai fazer coisas boas para sua saúde, a conseqüência vai
ser se despedir da gordura.
O que fazer: Aceitar
o próprio do corpo como ele está agora, não negar (evitar olhar no
espelho) nem exagerar (se chamar de balofa por exemplo). Parar de brigar
com este corpo é necessário para se ter paz de espírito suficiente para
ser eficiente ao fazer algo por ele. Se você está “de mal” com seu
corpo você não concordará em fazer algo de bom por ele. Então fique de
bem com esse corpo.
Sétima etapa. Entender porque deixar de comer não emagrece.
O corpo tem um sistema de alerta contra os perigos. Quando a pessoa
deixa de ingerir comida o seu cérebro entende como “dificuldades em
obter alimentos” e para sua auto preservação passa a reduzir o
metabolismo como uma forma de economizar as energias, e por isso não
queima de forma eficiente as gorduras excedentes. Ou seja você não
emagrece ficando sem comer. E tem também outro fator, quando você fica
sem comer por várias horas, a compensação desse período vai além do
proporcional à necessidade do alimento. É como se o seu cérebro
recebesse a seguinte mensagem “A coisa está feia lá fora, quando
aparecer comida, coma o máximo que puder, porque não se sabe quando vai
ter comida de novo”, e aí você come muito além do necessário. Mas a
ingestão de comida em grande quantidade não é tão eficiente em termos
nutricionais, pois seu organismo, quando sobrecarregado de comida, não
consegue sintetizar os nutrientes de forma eficiente. Ou seja, você
desperdiça o valor nutritivo da refeição, e só acumula gordura.
O que fazer: Não
ficar mais de duas horas sem se alimentar. Nutricionistas, médicos dizem
isso a toda hora. Você só não sabia porque devia fazer assim.
Oitava. Porque o paladar é algo tão agradável.
O homem primitivo precisou do paladar mais sensível para identificar
os alimentos que não são bons como os venenosos, os estragados, etc,
como também para ingerir fontes mais ricas de caloria. Num período onde
conseguir comida era algo muito trabalhoso e corria-se o risco de ficar
vários dias sem comida, ter alimentos ricos em energia era fundamental.
Por isso não é coincidência que os alimentos que mais atraem ao paladar
são os doces e os gordurosos, ou seja os extremamente calóricos. Talvez
daí venha a frase “tudo o que é bom engorda”. Ou seja nosso corpo ainda
está adaptado a outra era, ainda não nos adaptamos a esta fartura e
facilidade de acesso a comida, o resultado disso é gordura.
O que fazer:
Habituar-se a ingerir comidas com sabor mais delicados, mais suave, sem
muito tempero. Porque assim você vai descondicionar alimentação da busca
de parazer.
Virão como é importante você saber como a coisa funciona para você
conseguir mudar o que não está funcionando bem, aposto como você está
super animado para emagrecer agora.
Nona. Porque o mais gostoso nem sempre é o mais saudável.
A industria moderna se aproveita desse nosso paladar ávido por
sabores e incrementa suas vendas intensificando o sabor dos alimentos
com temperos extras e químicas específicas. Sem falar do excesso de
gordura nas frituras e açúcar nos doces, que claro atraem ao paladar mas
estão além das nossas necessidades energéticas. Colocando muito sabor
em alimentos pobres em nutrientes, e conseqüentemente mais baratos, a
industria consegue vender, e lucrar, colocando dentro da sua casa
alimentos que são totalmente inúteis. Já ouviram a frase “é impossível
come um só”, é claro que é impossível, colocaram aquela química que
desperta seu cérebro a comer muito mais além do necessário, e lá vai
você dando lucro para industria do fast food.
O que fazer:
Habituar-se a ingerir alimentos com maior valor nutritivo, como as
frutas, verduras, legumes, carnes magras, peixes, etc. E treinar o
paladar a encontrar satisfação no sabor natural dos alimentos, para que
assim você considere suficiente o açúcar e gordura nas quantidades
originais das carnes, frutas, etc, sem tanto tempero extra.
Décima. Porque comemos além do necessário.
Nossos corpos são regulados por um “ponto de ajuste” que te ajuda
comer menos quando a comida escasseia, pois você sente menos fome. Mas
vai ficar mais esfomeado quando tem abundância de comida. Isto é uma
forma do corpo estocar calorias para o futuro, e este estoque é feito em
forma de gordura. Durante a era primitiva havia muitos períodos de
escassez, a refeição seguinte dependia de uma caçada e não de uma
corrida a geladeira. Esse sistema de regulagem permitia que o indivíduo
fizesse depósitos nos momentos de abundância para que pudessem ser
usados quando faltasse comida. Hoje como o acesso a comida é muito
fácil, sempre temos um estoque em casa, se estamos na rua há uma
lanchonete ou um mercado em cada esquina. Os sinais de ajuste não se
adaptaram a essa nova realidade e geram um grande problema, o consumo
desenfreado, o excesso de peso, os problemas de saúde relacionados à
obesidade.
O que fazer: Fazer
“regime” na geladeira. Não manter estoque desnecessário de alimentos.
Não ter em casa coisas que são desnecessárias e não nutritivas.
Décima Primeira. Porque temos comida predileta e desejo por alimentos específicos.
Seu corpo está provido de um sistema de alarme ao alimento que era
familiar, o que já é conhecido e sabe-se que é bom. Isto também é uma
herança de nosso processo evolutivo. O homem primitivo tinha muita
dificuldade em identificar qual alimento era saboroso ou saudável, assim
seria muito importante repetir aquele que já foi provado e aprovado. A
procura por esse alimento, já testado e considerado bom, surge na forma
de desejo por alimentos específicos.
O que fazer:
Resistir à esses impulsos. Ingerir outro alimento no lugar daquele
desejado. Treinar flexibilização dos hábitos alimentares. Se não der
para resistir comer uma porção pequena, mas não sofrer demais se
abstendo de determinada coisa, pois você pode supercompensar e cair de
boca, exageradamente, e jogar o regime para o alto.
Décima Segunda. Conscientize-se do quanto e como você está comendo hoje em dia.
Só é possível mudar quando se está consciente do comportamento atual.
O que fazer: Anotar cada alimento ingerido, a caloria correspondente e a hora da ingestão desse alimento.
Décima terceira. Fator Cognitivo 1: Pensamentos automáticos que te empurra ou autorizam a comer além do necessário.
Todo comportamento é motivado por um pensamento. Você só tem atitudes
que sua cabeça o levou a ter. Mesmo que estes pensamentos não sejam
conscientes, eles podem ser automáticos, ou seja você não se deu conta
deles, mas eles existem. Por exemplo, porque você lava a maça toda vez
que vai come-la? Porque passa pela sua mente um pensamento automático,
baseado em um aprendizado anterior, que diz que toda fruta tem que ser
lavada. Mesmo que você não perceba que está pensando isso, essa idéia
está na sua mente. Isso é pensamento automático. Pensamentos automáticos
coordenam todas nossas ações, inclusive a alimentação. Portanto toda
vez que você comeu algo, foi sua cabeça que te fez comer aquilo.
Todo alimento que ingerimos além do necessário, ou seja aquele que
vai ser armazenado em forma de gordura, foi ingerido porque autorizamos,
ou seja passou coisas em nossa cabeça que te permitiram, ou até te
impeliram a comer.
O que fazer: Em
primeiro lugar treinar-se para que os pensamentos saiam do automático e
você passe a ter consciência do que te levam a comer. Para isso existe o
formulário RPD, Registro de Pensamentos Disfuncionais. Nele vamos
anotar tudo o que te passa na cabeça imediatamente antes de ingerir
qualquer alimento, como por exemplo: “Já que emagreci um quilo posso
comer um doce a mais hoje”, “Como caminhei ontem estou com crédito para
comer um pouco mais hoje”, “Fulano me deixou nervoso, preciso de comer
senão estouro”, etc
Num segundo momento vamos elaborar novas formas mais funcionais de pensar, para combater a comilança desnecessária.
Décima quarta. Fator Cognitivo 2: Pensamentos automáticos que impedem o emagrecimento.
Pensamentos disfuncionais como: “Emagrecer me trará prejuízos pq vou
ter que comparar outras roupas”, “Tenho roupas tão bonitas que dá dó não
poder usa-las mais”, “Ir a um rodízio e comer pouco é desperdício”,
“Para que começar regime hoje, começo amanhã”, “Ontem eu achei que
queria emagrecer, mas pensando bem não estou tão gordo assim”, “Para que
emagrecer se não vou a lugar nenhum?”, “Porções pequenas são coisas de
gente pão dura”, “Quem me recebe com pouca comida é porque não gosta de
mim”. Tudo isso são pensamentos que boicotam seu regime.
Muitas vezes o hábito de comer demais vem da cultura familiar, como
por exemplo a crença de que gordura significa saúde, ou a crença de se
não come é porque não está feliz, a crença de que gordo é bonito,
gordura significa fartura, sucesso na vida, etc. Mudar estas crenças é
algo que parece fácil num primeiro momento, mas tem que arrancar todas
as raízes, senão nada muda.
O que fazer: RPD -
Registro de pensamentos disfuncionais. Elaborar novas formas mais
funcionais de pensar. Na terapia a gente faz isso juntos, conforme os
pensamentos que passam na sua cabeça.
Décima quinta. O que os hábitos, a rotina do dia a dia, tem a ver com emagrecer?
Comer é um habito, e hábitos podem ser mudados. Mudar hábitos de
forma geral, todos, mesmo os não relacionados à comida desenvolvem
flexibilidade mental e desconecta comida de prazer, de passatempo, de
atividade social, etc. Quando você se torna uma pessoa mais flexível
você se permite mudar até seu hábito alimentar.
O que fazer: A cada dia fazer algo diferente, algo que não faz parte da sua rotina.
Décima sexta. Comer é vicio?
Como todos os vícios comer trás satisfação em curto prazo e dor e
arrependimento a longo prazo. O que define um vicio é: A satisfação
provocada pelo agente viciante; A necessidade de doses cada vez mais
fortes para se obter o mesmo efeito e: A síndrome de abstinência quando
se retira este agente. Sendo assim podemos considerar vicio tanto o
cigarro, a bebida, a droga, como o comer compulsivo.
O que fazer: Controle dos impulsos. Auto-instrução. Mudança de rotina para descondicionar o cérebro. Reestruturação Cognitiva.
Perceberam que para emagrecer é muito util mudar seu relacionamento
com a comida. Você tem que mudar a sua cabeça com relação à comida.
Todo magro provavelmente tem uma relação saudável com a comida, não de
dependência ou de compulsão. O que te faz comer não é apenas teu
estomago, é sua cabeça. O que te faz comer além do necessário e te deixa
gorda é uma cabeça disfuncional. Consertando essa cabeça, se
condicionando a novas atitudes diante da comida, você pode emagrecer.
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