Big Mac
O lanche mais famoso da história contém dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, teorias da conspiração, Henry Ford, guerra cambial, cebola e picles. No pão com gergelim
por Paulo Darcie
O que vai no molho especial do Big Mac é segredo. Mas cozinheiros pelo mundo arriscam decifrar e imitar a receita. Se algum já acertou, é difícil saber, mas a variedade de ingredientes usados nas tentativas é grande: açúcar, sal, vinagre (tanto de vinho como de maçã), endro (tempero de origem egípcia), pepino, cebola, pimentão (verde e vermelho), leite, manteiga, farinha de trigo, maionese...
LENDA URBANA
Junto com um Big Mac, você leva uma lenda urbana de 3 décadas: a de que os hambúrgueres levam carne de minhoca "para dar liga". Não faz sentido, até porque a carne de minhoca é 5 vezes mais cara. E a de boi já "dá liga" sozinha. Para combater o mito, o McDonald’s começou a imprimir nas caixas que os lanches são 100% carne bovina. Mas a lenda vai continuar por um motivo simples: todo mundo gosta de uma conspiração.
PROBLEMAS COM A JUSTIÇA
O Big Mac não é uma bomba calórica - são só 504 kcal. Mas quase ninguém pede só o lanche... Aí complica. Tanto que o McDonald’s já foi processado por inúmeros clientes por tê-los engordado. No Brasil, inclusive. A Justiça gaúcha condenou a rede a pagar R$ 30 mil a um ex-gerente do McDonald’s, que disse ter sido levado a se alimentar mal e engordado 30 quilos.
HENRY FORD
Os irmãos Richard e Maurice McDonald revolucionaram a maneira de fazer comida ao adotar a produção em série. O preparo da comida seguia o modelo que Henry Ford tinha criado para montar carros: dividir as etapas de produção. Um funcionário só fritava hambúrgueres; outro só aplicava os condimentos... Além de acelerar a produção, isso permitiu pagar salários menores (e baratear os lanches), já que é simples treinar empregados para essas funções.
ANÁLISE ECONÔMICA
Nos EUA ele custa US$ 3,71. No Brasil, sai pelo equivalente a US$ 5,26. Na China, US$ 2,18. Mas espera aí: todos são feitos com os mesmos ingredientes. Em tese, deveriam sair pelo mesmo preço. A diferença, então, indica se uma moeda está subvalorizada (boa para quem exporta) ou supervalorizada (boa para importar e ruim para a economia interna). É o Big Mac Index (da revista The Economist), um bom termômetro para o câmbio internacional
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