Aline pesava 24 kg antes de internação na Santa Casa de Piratininga, SP.
Ela recebe alimentação por via oral e por sonda, e já caminha pelo hospital.
A vontade de querer se recuperar também é outro ponto positivo aparente. Aline se alimenta por via oral e por sonda. O cardápio já conta com ovo mexido e iogurte. “Estou me sentindo fisicamente melhor. Taquicardia que sentia não tenho mais. Até comi ovo mexido, iogurte e tudo que tenho vontade, claro, que aos poucos. Graças a Deus não estou tendo rejeição”, informou.
recuperação (Foto: Alan Schneider / G1)
A mãe de Aline, Teresa Alves, que acompanha o tratamento da filha no hospital, está com a esperança renovada. “O resultado da parte clínica estou satisfeita. Ela está sendo bem monitorada e não tenho o que reclamar. O risco de morte já reduziu bem e, felizmente, nenhum órgão dela foi prejudicado”.
No entanto, Teresa ainda tem receio em relação ao tratamento psiquiátrico. “Fico com um pé atrás por causa da parte psiquiátrica depois de ela sair do hospital. O principal é o bloqueio da cabeça. A luta é para conseguir uma clínica para ela porque não tenho condições de manter o tratamento psiquiátrico. Na Santa Casa não tem, mas a psiquiátrica Vanessa Gimenes se solidarizou e começou a trabalhar na recuperação da minha filha. Fico direto com ela no hospital e não estou cansada porque estou otimista”.
(Foto: Alan Schneider / G1)
O resultado na primeira semana internada tem despertado outros desejos em Aline para um futuro próximo. “Quero voltar a usar meus sapatos de saltos, minhas roupas, sair de casa e até ir à praia e usar biquíni. Quero viver. Quem sabe um dia até arrumar um namorado”. Apesar da recuperação, Aline ainda não tem previsão de alta da Santa Casa de Piratininga.
A primeira crise de anorexia em Aline ocorreu entre os 13 e 17 anos de idade. Ela disse que no tempo de escola, os alunos a chamavam de gorda. Apesar de mostrar os sintomas da anorexia, no fim da adolescência, a mulher se casou e pouco depois teve a filha.
A alimentação dela até a semana passada era praticamente à base de água. Além disso, o risco de morte por conta do grau de debilitação chegou a 40%, já que os rins estavam fragilizados.
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