OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ESCAPE DA AUTOSSABOTAGEM


ESCAPE DA AUTOSSABOTAGEM

O termo autossabotagem foi criado pelos psicólogos americanos Steven Berglas e Edward Jones em 1978. Eles descobriram que um dos mecanismos mais comuns que levam a cometer um atentado contra si mesma é não se achar merecedora de algo. É como se, no fundo, sentisse que está conquistando algo ilicitamente. E isso pode acontecer no caso de uma promoção, de um bem novo, de um namorado.
Mas onde nasce tamanha desconfiança de si mesma? A chave está na autoestima baixa, diz o psicólogo Marco Antonio De Tommaso, da Universidade de São Paulo. Ser feliz parece gerar ansiedade e evocar ecos do passado que dizem ”Não mereço ser feliz”. Parece absurdo pensar que pode fazer tanto mal a uma pessoa tão querida: você mesma. O processo sempre passa pelo autoconhecimento. Muitas vezes é preciso terapia. Mas refletir também dá resultado.

Às vezes é difícil imaginar como aquele cara se interessou por você. Resultado da baixa autoestima. Crianças que eram valorizadas pelo que conseguiam boas notas, medalhas nos esportes etc. Tendem a achar que só serão amadas ao se mostrar poderosas ou extremamente autossuficientes. Só que essas características são as que, em geral, afastam muitos homens ou atraem os errados.
Não há caso mais óbvio de autossabotagem do que passar fome durante a semana para caber na calça jeans e comer feijoada no sábado. E depois ainda ficar se lamentando: Por que eu fiz isso? Ora, porque você não quer emagrecer de verdade. É claro que cair em tentação uma vez é mais do que normal. Mas a pessoa que sistematicamente detona a dieta, das duas uma: ou tem força de vontade zero ou não quer mesmo emagrecer. Descubra como a gordura é útil às suas estratégias de se autossabotar. 
 
Uma pessoa tímida, por exemplo, usa a gordura como proteção. E diz que não arruma namorado porque é gorda, define Marco Antonio De Tommaso. A obesidade também é usada para mascarar a sexualidade, fugir da vida social etc. Você pode atacar por todas as frentes: emagrecer, melhorar a autoestima e tratar seus problemas de se relacionar com as pessoas. Ou mesmo se assumir uma gordinha feliz. Uma coisa é certa: a vida não é dividida em pessoas que vestem 38 e são felizes e as que vestem 46 e estão condenadas à infelicidade. A primeira providência é abolir o papel de vítima, encarar a vida e decidir se você quer ser feliz ou não, independentemente do tamanho da sua calça jeans.
O escritor irlandês Oscar Wilde costumava dizer que no mundo há somente duas tragédias: uma é não ter o que se quer; a outra é ter. Muitas vezes a pessoa até formula desejos saudáveis, mas inconscientemente não resolveu sua relação consigo mesma e, por isso, não consegue ser feliz e desfrutar dos resultados positivos. 
 
Comprar um carro zero pode parecer uma grande conquista, mas há o medo inconsciente de que não vai acabar bem. A certeza de que algo ruim irá acontecer e pode ser com o carro novo, com a viagem tão esperada ou a festa-surpresa para a amiga é tão grande que é melhor precipitá-lo para acabar logo com a angústia. Ou seja, em vez de aguardar que a coisa ruim aconteça, a pessoa toma as rédeas da situação. Isso pode significar bater o carro antes de fazer o seguro, desmarcar a viagem ou deixar o lindo bolo se espatifar no chão ao levá-lo à mesa
Por mais incrível que possa parecer, coloque na sua cabeça que você merece. Sem culpa. 
 
O inconsciente é como uma criança dentro de nós que segue o que chamamos de princípio do prazer, ou seja, quer somente satisfazer seus desejos. Mas o lado adulto, consciente e racional, não aceita os próprios desejos infantis, gerando um descompasso, explica o psicanalista Roberto Dantas, de São Paulo. Deixe a criança solta, aceite a felicidade que bate à sua porta sem questioná-la, sem deixar que a culpa dê um chega pra lá na satisfação. Repita para você mesma Eu mereço todas as vezes que acontecer algo bom e não tenha pudores em estampar um sorriso enorme de satisfação no rosto, daqueles de dar cãibra nas bochechas.
 

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