Mariana Fusco Varella
O
acúmulo de gordura abdominal aumenta o risco de morte súbita, revela
novo estudo feito por pesquisadores americanos e publicado no periódico
americano Heart, que publica estudos científicos sobre cardiologia.
A
morte súbita é caracterizada como a cessação da atividade cardíaca, em
geral causada por taquicardia ventricular e fibrilação ventricular
prolongadas. Na maioria das vezes, quem sofre de morte súbita já tinha
alguma doença cardíaca, diagnosticada ou não.
Dados sugerem que a morte súbita é responsável por metade das mortes relacionadas a problemas cardíacos.
Os
pesquisadores do estudo acompanharam14.941 homens e mulheres, cuja
idade média era de 54 anos, durante quase 13 anos. Os participantes
realizaram exames de saúde detalhados em cinco ocasiões durante o
estudo, e houve 253 mortes súbitas no período.
Como os
pesquisadores previam, aqueles que morreram subitamente tinham taxas
mais altas de outros fatores de risco cardíacos, como obesidade,
hipertensão, colesterol alto, entre outros.
Contudo, independentemente
desses fatores, aqueles que tinham a relação cintura-quadril (para
calculá-la, meça a cintura e o quadril com uma fita métrica, depois
divida a medida da circunferência da cintura pela medida da
circunferência do quadril, ambas em centímetros. O resultado não deve
ser superior a 0,85cm para as mulheres e a 0,90 cm para os homens) mais
alta tinham mais que o dobro de risco de morte súbita, comparados com
aqueles cuja relação estava dentro da faixa tida como ideal.
O risco era aparente apenas entre os não fumantes.
Os
mecanismos pelos quais isso ocorre ainda não estão totalmente claros,
mas os pesquisadores apontam que a gordura abdominal produz mais
substâncias inflamatórias, e portanto, causa mais danos cardíacos que a
gordura acumulada em outras regiões.
Portanto, para evitar riscos
de doenças cardíacas, é preciso evitar o excesso de peso, seguir uma
dieta equilibrada e fazer exercícios físicos regularmente, orientam os
pesquisadores.
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