OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


domingo, 14 de abril de 2013

A “maconha” do nosso corpo é o que nos faz comer muita gordura

  em 5.07.2011 as 19:36

Você já deve ter ouvido falar que fumar maconha dá fome. E mais surpreendente nem é essa informação, mas sim o que um novo estudo descobriu: o fato de que, quando você começa a comer batata frita, não consegue parar porque os alimentos gordurosos acionam o organismo para produzir substâncias químicas muito parecidas com as encontradas na maconha. 

Esses produtos químicos, chamados “endocanabinóides”, fazem parte de um ciclo que faz você continuar comendo porcarias sem parar. 

Segundo os pesquisadores, a sinalização endocanabinóide no intestino tem um papel importante na regulação da nossa ingestão de gordura. O estudo descobriu que a gordura no intestino provoca a liberação de endocanabinóides no cérebro: e ele não é o único órgão que faz produtos químicos naturais parecidos com a maconha. 

A pele humana também os produz. Canabinóides na pele podem desempenhar o mesmo papel que têm nas plantas: proteção oleosa contra o vento e o sol.

Os endocanabinóides também são conhecidos por influenciar o apetite e o paladar – o que explica a “larica” das pessoas quando fumam maconha.

No estudo, os pesquisadores equiparam ratos com tubos que drenam o conteúdo de seus estômagos. Esses tubos permitiram que os pesquisadores disessem se a gordura estava agindo sobre a língua ou no intestino.

Os ratos tomaram um milkshake saudável, uma solução de açúcar, um líquido rico em proteína chamado peptona, ou uma bebida rica em gordura feita de óleo de milho. Em seguida, os pesquisadores anestesiaram e dissecaram os ratos, rapidamente congelando seus órgãos para análise.
Açúcares e proteínas não afetaram a liberação de substâncias químicas naturais parecidas com a maconha, mas a gordura sim. 

Os resultados mostram que a gordura sobre a língua dispara um sinal para o cérebro, que repassa uma mensagem até o intestino por meio de um feixe de nervos, que comanda a produção de endocanabinóides no intestino, que por sua vez acionam uma cascata de sinais com a mesma mensagem: comer, comer, comer!]

Segundo os pesquisadores, no passado, essa mensagem foi útil para os mamíferos. Gorduras são cruciais para a sobrevivência, e elas eram difíceis de obter na dieta de mamíferos. No mundo de hoje, no entanto, onde há uma gama tão grande de junk food em cada esquina, o nosso amor evolutivo pela gordura é um tiro que sai pela culatra.

A boa notícia é que a descoberta pode ajudar os pesquisadores a desenvolver novas terapias. Bloqueando a recepção de sinais de endocanabinóides, os médicos podem ser capazes de quebrar o ciclo que leva as pessoas a comerem alimentos gordurosos em excesso.
Os cientistas alertam que bloquear os receptores endocanabinóides no cérebro também pode causar ansiedade e depressão, mas um medicamento projetado para atacar apenas o intestino pode não provocar tais efeitos colaterais negativos.[LiveScience]

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