Grande parte dos dados nutricionais nos rótulos se baseia em dados
científicos ultrapassados do século 19. A forma como o alimento é
cozido e o metabolismo individual, faz uma grande diferença em como
essas colorias serão absorvidas.
Um estudo recente mostrou que em vez de 170 calorias por porção de
amêndoas cruas, apenas 129 são absorvidas. Em contraste, quando
ingerimos alimentos processados, como cereais açucarados, o número de
calorias pode ultrapassar o indicado nos rótulos.
Ratos que foram alimentados com batata-doce crua perderam mais de 4
gramas e os que receberam o mesmo alimento cozido, nas mesmas
quantidades, engordaram.
Outro problema é que, mesmo se o alimento é preparado da mesma forma,
cada indivíduo digere de forma diferente, graças ao tipo e abundância
de bactérias que existem em seu intestino.
Uma pessoa obesa, por exemplo, pode ter excesso de certos tipos de
bactérias intestinais, tornando-a mais eficiente na absorção de
calorias. O biólogo Rob Dunn da Universidade do Estado da Carolina do
Norte, nos EUA, disse que o atual sistema de cálculo de calorias é
absolutamente desatualizado.
Em um artigo na revista Scientific American, ele disse: “No
final, todos nós queremos saber como fazer as escolhas mais
inteligentes no supermercado. Contar apenas as calorias nos rótulos é
uma medida simplista para ter uma dieta saudável”.
Para
aqueles com intenção em perder peso, em vez de contar calorias, uma
abordagem mais confiável pode ser a de manter os alimentos crus no
prato, por serem mais difíceis de digerir.
Um sanduíche de queijo feito com pão integral é mais difícil de digerir
do que um pão branco. Como resultado, o primeiro tem 10% a menos de
calorias.
Especialistas em alimentos também alertam que a rotulagem de calorias
que já dura décadas ignora o teor de energia das fibras (em diversas
empresas espalhadas pelo mundo). Como resultado, uma tigela média de
farelo de cereal, contém um extra de 20 calorias.
O conteúdo calórico de proteínas também pode ultrapassar em até 20% o
real valor. Isso porque o sistema atual de contagem de energia não leva
em conta a mastigação para rasgar o alimento.
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