OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


terça-feira, 30 de abril de 2013

22 lugares incríveis que é difícil de acreditar que são reais

  em 29.04.2013 as 18:00 Nosso mundo é tão cheio de maravilhas que novos e surpreendentes lugares são descobertos a cada dia, seja por fotógrafos profissionais ou amadores. Diferentes localizações geográficas, condições climáticas e até mesmo estações oferecem a mais ampla variedade de belezas naturais: lagos cor de rosa, campos de lavanda ou tulipas deslumbrantes, cânions e montanhas de tirar o fôlego, e outros lugares que mal podemos acreditar que realmente existem. Confira:

Tunnel of Love, Ucrânia

1
O “Túnel do Amor” fica em Kevlan, na Ucrânia. Lá, um trecho desativado de uma linha de trem se transformou em um túnel cercado pela vegetação e embalado em clima poético. O lugarzinho mágico, de uma comunidade onde vivem oito mil pessoas, é considerado um dos mais românticos do mundo, com apenas 3 quilômetros de extensão.

Campos de tulipa, Holanda

2
O bolbo dessa flor já vagueou na Pérsia, na China e na Turquia, até que um cientista holandês o levou para o pequeno país europeu, onde a tulipa logo apreciou o clima e o solo, e se tornou um símbolo nacional. Encontrada por toda a Holanda, sete milhões de tulipas florescem anualmente em Keukenhof, o maior parque floral do mundo, bem como nos campos de tulipas de Bollenstreek, que atraem centenas de milhares de amantes da flor.

Salar de Uyuni: um dos maiores espelhos do mundo, Bolívia

3
O Salar de Uyuni é a maior planície salgada do mundo, localizada no sudoeste da Bolívia, no altiplano andino, a 3.650 metros de altitude. Estima-se que o Salar de Uyuni contenha 10 bilhões de toneladas de sal, das quais menos de 25.000 são extraídas anualmente. Além da extração de sal, o Salar também é um importante destino turístico.

Parque de Flores Hitachi Seaside Park, Japão

4
Não tem como não se encantar com a beleza do Hitachi Seaside Park, um parque de flores localizado na cidade de Hitachinaka, no Japão. Ele é muito procurado pelos turistas durante o ano todo, pois a cada estação seu cenário se modifica completamente, trazendo a beleza das suas flores sazonais.

Cavernas de gelo Mendenhall, Alasca (EUA)

5
O glaciar Mendenhall tem cerca de 19 km de comprimento e está localizado no Vale de Mendenhall, a cerca de 19 km do centro de Juneau, na região sudeste do Alasca. Uma das atrações mais impressionantes do glaciar é sua caverna de gelo extremamente azul – a combinação das fantásticas paredes de gelo com a luz solar proporciona a visão incrível.

Praia Vermelha, Panjin, China

6
A praia vermelha da cidade de Panjin é um espetáculo natural que acontece anualmente. Uma alga encontrada em abundância nas águas daquela região começa a crescer entre abril e maio, permanecendo verde durante todo o verão. Com a chegada do outono, a alga começa a morrer e ficar completamente vermelha, completando o seu ciclo e transformando totalmente a paisagem costeira.

Floresta de bambu, Japão

7
Sagano Bamboo Forest é uma linda floresta de bambu que cobre uma área de aproximadamente 16 km², localizada em Arashiyama, a 30 minutos de Kyoto, no Japão. O lugar encanta não só pela sua beleza natural, mas pelos sons produzidos pelo vento soprando por entre as árvores de bambu.

Túnel Cherry Blossom, Alemanha

8
O túnel Cherry Blossom (Heerstrabe) está localizado na cidade alemã de Bonn. É uma rua tranquila sobre a qual se formou uma passagem feita com uma série de belas árvores de flores de cerejeira. O momento perfeito para visitá-lo é, obviamente, na primavera alemã.

Mina de Naica, México

9
A Mina de Naica, no estado mexicano de Chihuahua, é uma mina em laboração da qual são extraídos chumbo, zinco e prata. Ao longo da sua exploração, no entanto, ela ficou famosa por suas numerosas cavernas contendo cristais de selenite com tamanhos que vão até os 11 metros de comprimento e os 4 metros de diâmetro. A mais famosa é a Caverna dos Cristais.

Túnel Wisteria, Japão

10
A cascata de flores roxas parece ter saído de um sonho ou uma pintura, mas é real e pode ser apreciada pelos visitantes do Kawachi Fuji Gardens, um jardim em Kitakyushu, no Japão. As plantas formam um túnel que impressiona pela densidade e pela mistura dos tons de verde e de lilás.

Floresta Negra, Alemanha

11
A Floresta Negra é uma cordilheira do sudoeste da Alemanha, no estado de Baden-Württemberg. Região bastante irrigada, a Floresta Negra é atravessada pela linha divisória de águas entre o oceano Atlântico e o Mar Negro.

Campos de chá, China

12
Essa foto mostra a cultura de chá verde na China. É uma paisagem incrível.

Montanhas Tianzi, China

13
Essa montanha está localizada em Zhangjiajie, na província chinesa de Hunan, perto do Vale Suoxi. É nomeada em homenagem ao agricultor Xiang Dakun da etnia Tujia, que liderou uma revolta entre os fazendeiros locais. “Tianzi” significa “filho do céu” e é o epíteto tradicional do imperador chinês.

Caverna Hang Son Doong, Vietnã

14
Essa caverna é a maior do mundo. A passagem subterrânea é tão grande que seu fim ainda não foi encontrado. Hang Son Doong faz parte de uma galeria de 150 cavernas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, a cerca de 500 quilômetros da capital, Hanoi. Expedições mostram que o espaço tem pelo menos 4,5 quilômetros e chega a 140 metros de altura em algumas partes.

Parque Takinoue, Japão

15
Takinoue Park é um parque japonês famoso por suas flores pequenas rosas e roxas que se espalham por 100.000 m² A melhor época para visitá-lo é do meio de maio ao começo de junho. O festival “Pink Moss Festival” acontece todo ano em maio, quando as flores estão na sua mais bela coloração.

Cânion Antelope, EUA

16
Esse cânion é um dos mais estreitos e visitados do sudoeste americano. Localizado nas terras da nação Navajo, no Arizona (EUA), o Antelope Canyon consiste em duas formações separadas, referidas individualmente como Upper Antelope Canyon (Antelope Canyon Superior) e Lower Antelope Canyon (Antelope Canyon Inferior).

Lago Hillier, Austrália

17
O lago Hillier fica em Middle Island, o maior do conjunto de ilhas e ilhotas que compõem o arquipélago de Recherche, na Austrália. Ninguém sabe ao certo porque ele tem essa coloração rosa, mas sabe-se que é permanente, uma vez que não se altera nem quando a água é recolhida em um recipiente.

Lago Retba, Senegal

18
Outro lago rosa. Dessa vez, os cientistas pensam que a coloração é resultado de altos níveis de sal na água. Em algumas áreas, a concentração de sal chega a 40%. Senegaleses navegam diariamente no Retba para coletar o mineral, que depois fica amontoado nas margens do lago. Assim como no Mar Morto, é bem fácil flutuar no lago, por causa da alta concentração salina.

Campos de lavanda, Reino Unido e França

19
19-
Campos de lavanda é um gênero de 39 espécies de plantas com flores da família das mentas, Lamiaceae. Muitos membros do gênero são cultivados extensamente em climas temperados como plantas ornamentais para jardim e uso da paisagem, e também comercialmente para a extração de óleos essenciais. Destino popular para qualquer tipo de fotógrafo, os vastos campos de florezinhas roxas podem fazer algumas paisagens deslumbrantes.

Campo de flores canolas, China

20
Em toda primavera surge um oceano de flores amarelas no condado de Luoping, uma área pouco desenvolvida a leste da Província de Yunnan, na China. São canolas, usadas para a produção de óleo para humanos, animais e biocombustível.

Monte Roraima, América do Sul

21
Monte Roraima é o monte mais alto das montanhas Pacaraima. Ele fica na fronteira entre Venezuela, Brasil e Guiana. Este monte faz parte do Parque Nacional Canaima, na Venezuela, um Patrimônio Mundial da UNESCO. O ambiente é protegido pelo parque no território venezuelano, e pelo Parque Nacional do Monte Roraima em território brasileiro.

Parque Geológico Zhangye Danxia, China

22
Elas parecem ter sido pintadas à mão, mas são obra de milhões de anos de ação geológica: as montanhas multicoloridas do Parque Geológico Zhangye Danxia chamam a atenção dos turistas cada vez mais numerosos que vão até a província de Gansu, no norte da China. Esse tipo de geomorfologia única, encontrada apenas na China, consiste em formações de arenito e outros depósitos minerais que foram se acumulando por mais de 24 milhões de anos. O movimento da crosta terrestre, junto com fatores externos, como vento e chuva, foram criando as camadas de diferentes cores, texturas, tamanhos e padrões.[BoredPanda]

http://hypescience.com/22-lugares-incriveis-que-e-dificil-de-acreditar-que-sao-reais/

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cumprindo suas promessas de Ano-Novo – parte 3: Como comer menos

Ana Carolina Prado 18 de fevereiro de 2013
Agora que começamos a primeira semana pós-carnaval, não há mais desculpas: o ano começou de verdade. Portanto, se você estava postergando seus planos de Ano-Novo até agora, não tem mais saída, meu chapa. Já dei a receita da ciência para duas metas capazes de mudar a sua vida: parar de procrastinar e conseguir sair da cama mais cedo. Para finalizar a série, escolhi outro tema muito recorrente nas listas de resoluções: emagrecer.
O grande segredo, segundo um estudo recente da Universidade de Bristol, é mudar as suas memórias associadas à comida. Esse pequeno truque vai ajudar você a comer menos e, consequentemente, perder algum peso (em uma quantidade que vai variar, é claro, de acordo com sua dieta, rotina de exercícios e outros fatores).
Fome fisiológica x fome psicológica
A fome é um meio de nosso organismo fazer com que consumamos a quantidade necessária de calorias para nosso corpo ter energia suficiente. Mas, de acordo com a pesquisa, publicada na PLOS One, ela também tem um componente psicológico, o que torna possível que a manipulemos.
O autor, Jeffrey Brunstrom, fez um experimento bem elaborado para chegar a essa conclusão. Ele convocou voluntários para tomarem sopa em tigelas de dois tamanhos diferentes: metade recebeu uma de 300 ml e a outra metade, uma de 500 ml. Mas havia um truque: usando um sistema de tubos e válvulas secretos que podiam encher ou esvaziar as tigelas, os pesquisadores enganavam os voluntários em relação a quanto eles haviam consumido.
Parte das pessoas consumiu a quantidade de sopa que havia visto na tigela, mesmo, enquanto a quantidade real para outros foi diferente – gente com uma tigela de 500 ml podia acabar tomando 300 ml e vice-versa. Depois, os pesquisadores mediram a fome que cada um sentiu mais tarde e puderam separar os aspectos puramente fisiológicos (que têm a ver com o volume consumido anteriormente, ou quão cheio o seu estômago está) dos cognitivos (que têm a ver com quanto você acha que comeu).
Lembranças podem encher a barriga, sim
A primeira conclusão a que Brunstrom chegou foi a de que não há como enganar o estômago logo após a refeição. Quando testados logo após comer a sopa, os indivíduos que tinham comido mais se sentiam mais saciados do que aqueles que haviam comido menos e pouco importava o quanto eles pensavam que haviam comido.
Porém, duas horas depois, a mágica acontece: a fome de cada um tinha pouco a ver com o volume que realmente tinham consumido. O fator determinante era o que eles se lembravam de ter visto na tigela – ou seja, quem comeu a menor quantidade, mas achou ter recebido a maior sentiu menos fome do que quem comeu o equivalente à tigela grande, mas achou ter consumido a menor porção.
Isso nos ensina que a fome que sentimos pode ser bastante influenciada pela memória e, provavelmente, pelo contexto em que consumimos os alimentos. Uma pesquisa anterior já havia sugerido que comer distraidamente (vendo TV, por exemplo) faz com que as pessoas sintam mais fome depois, enquanto quem está bem consciente do que está consumindo acaba se sentindo mais cheio. Isso pode ser porque, quando prestamos atenção ao que comemos, criamos “memórias alimentícias” mais fortes – o que é um forte antídoto contra a fome futura.
Assim, um truque útil é se concentrar no que está comendo e trabalhar a sua percepção para considerar aquele prato algo enorme ou, quando sentir a fome vindo, manter em mente a última refeição que você teve. A dieta que escolher pode variar, mas saber que dá para burlar sua fome já é um ponto a seu favor.




quinta-feira, 18 de abril de 2013

Pão Integral da Pete Camargo

Meus queridos amigos, estamos sempre em busca de produtos de qualidade , que tenham ingredientes que  precisamos e queremos consumir sem deixar aquela dúvida…”será que tem mesmo farinha integral nesse pão”? Por isso  sempre que posso, faço meu pão em casa. Tenho aquela  panificadora caseira  que facilita bem, mas essa receita pode ser feita à moda antiga, claro! Cada um de  nós tem  o  seu pulo do gato para receitas de massas , sendo assim,  dentro da nossa proposta  alimentar, utilizem. Lembrem-se que  massa de pão NÃO PODE FICAR DURA, ela deve ter uma certa “liga”em nossas mãos, por isso, se precisar de mais líquido, acrescente aos pouquinhos!
Vamos anotar?

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Abóbora Japonesa, minha favorita!



Meus amigos,
esse legume CORINGA chamado abóbora japonesa ou cabotiá, pode e deve ser utilizado para o preparo de diversos pratos. Sua textura cremosa e levemente adocicada, sacia sem pesar na balança.
Hoje preparei uma abóbora cremosa, servida com molho de tomates e frango, polvilhada com um delicioso parmesão.
É só anotar!
Molho:
4 coxas de frango devidamente limpas e SEM PELE
3 dentes de alho e 1 cebola pequena picados
folha de louro, ramo de alecrim, ramo de manjericão, pimenta dedo de moça e temperos do seu agrado
1 lata de tomate pelati
1 colher de sopa de azeite
sal
água fervente
Refogar o alho, depois a cebola no azeite dentro de uma panela de pressão. Colocar os pedaços de frango, temperos e ir refogando pingando água fervente se precisar. Coloque o molho levemente batido , mais água fervente…fechar a pressão e deixar cozinhar 30min depois que começar a chiar. Esfriar, abrir a tampa e deixar o molho encorpar.
Abóbora:
É só colocar no vapor com sal, pimenta, azeite e depois de cozida amassar com garfo

Chás para emagrecer


domingo, 14 de abril de 2013

Tristeza

Boa noite amigos,
mande a tristeza embora e faça uma vida de alegria, 
pois a vida é um dom de privilégio para poucos...
Bjs!!!
Marta Mendonça

Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim
Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim

Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar
 
 

Cirurgia bariátrica devolve quilos de autoestima


27/03/2013 às 14:10:51 - Atualizado em 27/03/2013 às 14:09:08

Ana Carolina Bendlin
Felipe Rosa
Com 30 quilos a menos, Laura não guarda nem fotos da época anterior à cirurgia.
Na semana passada, o Ministério da Saúde publicou uma portaria com novas condições para a realização de cirurgias bariátricas em todo o território nacional. Desta forma, a idade mínima para o procedimento de redução de estômago foi reduzida de 18 para 16 anos. Também não há mais idade máxima, que antes era de 65 anos. No entanto, as novidades não devem interferir tanto no cotidiano dos centros cirúrgicos pelo país afora.

Isso porque a maioria dos procedimentos é feito em mulheres entre 20 e 40 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). “As mulheres representam cerca de 70% das cirurgias realizadas no país e grande parte está nesta faixa etária porque é nesta etapa da vida que elas têm mais dificuldade de emagrecer”, explica o cirurgião do Aparelho Digestivo do Hospital Vita e membro da SBCBM, Glauco Morgenstern.

De acordo com o chefe do Serviço de Cirurgia Bariátrica do Hospital Santa Casa de Misericórdia, Luiz Sérgio Nassif, as mulheres também têm mais tendência a desenvolver a obesidade. “No Brasil, existem pesquisas que mostram que 30% da população está com sobrepeso. Desse total, apenas 11% são homens”, conta. Essa condição é agravada por outros fatores. “As mulheres têm mais alterações hormonais e levam uma vida mais sedentária”.

Morgenstern explica que a cirurgia é indicada para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35. “Acima de 40, o procedimento é obrigatório, pois caracteriza obesidade mórbida Mas, já neste valor, o sobrepeso pode estar associado a outra doença, como pressão alta, diabetes ou problemas ortopédicos, e esta é a melhor forma de prevenção.”, relata. Este último foi o caso da enfermeira Laura Bortoli, 32 anos. “Fiz a cirurgia há um ano e meio porque estava com problemas no joelho e não conseguia nem fazer academia, pois doía muito. Desde então, já emagreci 30 quilos”, conta.

Pensando no bem-estar

Outro fator que leva as mulheres a optarem pelo procedimento é a questão da auto estima. “O IMC é o principal critério para avaliar se uma pessoa tem necessidade de fazer a cirurgia, mas muitas mulheres a procuram no intuito de emagrecer para ter mais qualidade de vida”, comenta Morgenstern. Este foi o motivo pelo qual a representante comercial Joana Muniz, 37 anos, optou pelo procedimento.

“É muito difícil você saber que está fora do padrão, quando você é a única gordinha enquanto todo mundo é magro. Apesar de ter pressão alta, não foi este o motivo que me levou à cirurgia, foi a baixa auto estima”, lembra. Mesmo depois de oito anos desde o procedimento, ela continua com o novo peso. “Eu tinha 120 quilos e passei a 60 com a cirurgia. Agora, estabilizei nos 64 e não saio mais disso”, conta.

Dieta e cuidados com a gravidez

Joana mantém o peso com uma dieta rigorosa. “Não sou muito de fazer exercícios, mas escolho muito bem os alimentos, não sou viciada em nada, me policio e me cuido. Antes, eu comia meia pizza, agora só um pedaço ou, no máximo, dois”, revela. Até tentou “quinhentas mil dietas” antes da cirurgia, mas não conseguia emagrecer porque tem hipotireoidismo.

Segundo Nassif, nenhum paciente deve fazer a cirurgia sem passar por um tratamento clínico. “Primeiro, tentamos fazer o paciente mudar seu estilo de vida. Se não der certo, optamos pela operação”, conta. E de nada adianta fazer a cirurgia se o paciente não mantiver esses hábitos depois do procedimento. “Está cada vez mais frequente ver pacientes que voltam a ganhar peso depois de dois ou três anos porque continuam com a má alimentação e o sedentarismo”, reforça Morgenstern.

Outra preocupação para as mulheres é referente à gestação após a cirurgia. “É preciso esperar um ano e meio para engravidar porque somente depois desse período é que a paciente estabiliza o peso. Senão, há um desequilíbrio no organismo porque ganha peso por causa da gestação ao mesmo tempo que perde por causa da cirurgia, interferindo na proporção hormonal e de vitaminas, o que pode trazer prejuízos para a criança”, explica.
Arquivo Pessoal
Joana: antes, com 120 quilos; agora, com pouco mais de 60. 
 

Ministério da Saúde publica novas regras para cirurgia bariátrica no SUS


20/03/2013 13h11 - Atualizado em 20/03/2013 14h51

Normas incluem redução da idade mínima de pacientes de 18 para 16 anos.
Idade máxima foi retirada, e nova técnica e plásticas foram acrescentadas.

Luna D'Alama Do G1, em São Paulo
As novas regras para cirurgia bariátrica no Brasil, que incluem a redução da idade mínima dos pacientes de 18 para 16 anos, começam a valer a partir desta quarta-feira (20) em todo o país. A decisão começou com uma consulta pública, aberta em setembro do ano passado, e agora foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
A portaria também retira a idade máxima para a operação, que antes era de 65 anos, e reajusta em 20% o valor médio repassado pelo SUS para cobrir honorários médicos e serviços hospitalares em cada procedimento.
A medida garante, ainda, a realização pela rede pública de exames e consultas no pré e no pós-operatórios, e autoriza uma nova técnica cirúrgica – a gastrectomia vertical em manga (sleeve), que remove de 70% a 85% do estômago. Ela agora se soma à gastrectomia com ou sem desvio duodenal, à gastroplastia vertical com banda e à gastroplastia com derivação intestinal, já feitas no SUS.
Também serão cobertas cirurgias plásticas reconstrutivas para corrigir a flacidez da pele e das mamas decorrente do emagrecimento rápido e de grandes proporções.
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante anúncio das mudanças na terça (Foto: Reprodução Globo News)
Além disso, o texto publicado no DOU aborda questões como a estrutura hospitalar necessária, como materiais e equipamentos, para atender os pacientes obesos. Cada local precisa ter leitos e salas de cirurgia apropriados e capacidade para cuidar de eventuais complicações no pós-operatório.
Os hospitais também devem contar com uma equipe médica mínima, que inclua cardiologista, anestesiologista, enfermeiros, clínico geral, pneumologista, endocrinologista, angiologista/cirurgião vascular, cirurgião plástico, nutricionista, psiquiatra/psicólogo, assistente social e fisioterapeuta.
Segundo disse o ministro Alexandre Padilha durante coletiva em Brasília na terça-feira (19), o governo tem feito um "enorme esforço" para reduzir as filas de espera por cirurgia bariátrica nos hospitais do país. Mas ele também ponderou que é obrigação do Estado criar condições para que a população não precise desse recurso.
Mas é muito importante evitar que o indivíduo chegue a um estágio em que precise de bariátrica"
Alexandre Padilha,
ministro da Saúde
"É importante que a gente aja antes de a pessoa chegar à obesidade mórbida. O foco dessa política, por um lado, é facilitar e ampliar o número de hospitais que façam cirurgia bariátrica. Para isso, estamos pagando um valor maior pela operação e pelos exames. Mas é muito importante evitar que o indivíduo chegue a um estágio em que precise de bariátrica. Isso pode significar 60 vezes mais investimento por complicações de saúde desse paciente", afirmou.
O ministério considera "normal" uma pessoa cujo Índice de Massa Corporal (IMC) seja menor ou igual a 25. Entre 25 e 29, o indivíduo apresenta sobrepeso e, entre 30 e 40, configura-se obesidade.
Dados do país
Só em 2011, o governo brasileiro gastou R$ 488 milhões com o tratamento de 26 doenças associadas à obesidade, como câncer, diabetes e problemas cardiovasculares. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 2011 revelou que a proporção de habitantes acima do peso cresceu de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011. Nesse mesmo período, a quantidade de obesos subiu de 11,4% para 15,8% da população.
Em 2009, a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) mostrou que 21,7% dos brasileiros entre 10 e 19 anos apresentavam excesso de peso. Em 1970, esse percentual era de 3,7%. Além disso, 14,8% das pessoas no país estavam obesas, contra 20,5% dos argentinos, 25,1% dos chilenos e 27,6% dos americanos.
As cinco capitais brasileiras com o maior número de obesos, segundo o ministério, são: Macapá (21,4%), Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%), Fortaleza (18,4%) e Campo Grande (18,1%).
Obesidade interfere na decisão de jurados homens, diz estudo (Foto: Mark Lennihan/AP)Obesidade está ligada ao aparecimento de até 26 doenças diferentes, diz ministério (Foto: Mark Lennihan/AP)
Em 2012, mais de 70 mil operações bariátricas foram realizadas no país pelo SUS e pela rede particular, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Em 2003, foram feitos 16 mil procedimentos, ou seja, houve um aumento de 4,5 vezes no número total durante esse período.
Ainda de acordo com a SBCBM, 75% das cirurgias são feitas por videolaparoscopia, técnica menos invasiva que introduz câmeras no abdômen do paciente para reduzir o estômago.
Operações em crianças e adolescentes
O presidente da SBCBM, Almino Cardoso Ramos, diz que não vê nenhum problema na diminuição da faixa etária para a cirurgia bariátrica, mas deve existir bom senso.
"Que tipo de tratamento você pode oferecer pra um adolescente com 180 kg que tem hipertensão, diabetes, problemas ósseos e ortopédicos?", pergunta.
Que tipo de tratamento você pode oferecer pra um adolescente com 180 kg que tem hipertensão, diabetes, problemas ósseos e ortopédicos?"
Almino Cardoso Ramos,
presidente da SBCBM
Segundo Almino, a questão não é o peso nem a idade isoladamente, mas uma associação de vários problemas, as chamadas comorbidades, como colesterol, apneia do sono, câncer e as demais condições citadas acima.
Por isso, podem ser operados indivíduos com IMC acima de 35 que tenham doenças associadas. Abaixo desse patamar, a cirurgia não está prevista na regulamentação do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Nesse caso, é necessária uma autorização específica de uma comissão de ética.
"Esses pacientes abaixo dos 18 anos devem ser analisados com muito cuidado, são especiais e precisam ser vistos por uma equipe multidisciplinar. Há crianças que desde os 8 anos já são obesas e fazem acompanhamento, mas o peso só aumenta. Em algumas situações, é feita indicação cirúrgica já com 14, 15 anos. São indivíduos que já fizeram toda uma investigação e afastaram causas endocrinológicas durante anos. A cirurgia ocorre como último recurso, após um tratamento prévio", aponta.
Ramos destaca, porém, que o maior problema em operar uma criança ou adolescente é que o procedimento não crie efeitos adversos que possam prejudicar a vida da pessoa no futuro. De acordo com o médico, o número de pacientes operados entre 16 e 18 anos ainda não é grande, razão pela qual essa faixa etária deverá ser bem analisada, para saber o impacto na curva de crescimento deles e na obtenção de nutrientes (como ferro, cálcio, acido fólico e vitamina D), além de outras possíveis consequências.
Entre as contraindicações para a cirurgia bariátrica, segundo o médico, estão pacientes com doenças psiquiátricas, como esquizofrenia, ou que sejam incapazes de compreender como a operação funciona e tudo o que precisam fazer para mudar o estilo de vida, a fim de que o procedimento funcione e o resultado seja bom.
DOENÇAS LIGADAS À OBESIDADE
Diabetes tipo 2 Câncer de ovário
Hipertensão arterial Leucemia
Dor nas costas Câncer de tireoide
Artrose Câncer de pâncreas
Asma Câncer da vesícula biliar
Embolia pulmonar Câncer de esôfago
Doenças isquêmicas do coração Câncer do endométrio (tecido que reveste o útero)
Insuficiência cardíaca Câncer renal
Acidente vascular cerebral (AVC) Câncer de estômago
Pancreatite Câncer de colón
Inflamação e pedra na vesícula Câncer de reto
Câncer de pele (melanoma) Linfoma não Hodgkin
Câncer de mama Mieloma múltiplo (câncer das células
plasmáticas da medula óssea)
Tendência mundial
O presidente da SBCBM acredita que o Brasil está seguindo uma tendência mundial de obesidade e cirurgias precoces, vista em países como EUA e México. Na opinião dele, a recuperação é melhor quanto mais jovem for o paciente, e o risco de morte é baixo: um caso em 500 em todo o mundo.
"Estamos tratando uma ponta, mas o governo e a sociedade precisam prevenir a obesidade entre os adolescentes. Essa é uma repercussão do que está acontecendo nos adultos, em decorrência da má alimentação e da falta de atividade física. Nos EUA, 65% das pessoas têm sobrepeso, aqui já são 50%. O que estamos esperando?", questiona.
Para Ramos, é preciso implantar programas preventivos em escolas, lojas, fábricas, shoppings e outros estabelecimentos.
Nos EUA, 65% das pessoas têm sobrepeso, aqui já são 50%. O que estamos esperando?"
Almino Cardoso Ramos,
presidente da SBCBM
Novas propostas ao SUS
O presidente da SBCBM explica que, apesar de a cirurgia bariátrica fechada e minimamente invasiva, por videolaparoscopia, ter sido regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em janeiro de 2012 e já ser feita pelos planos de saúde, essa técnica ainda não é realizada no SUS.
"O procedimento já está consagrado e permite uma recuperação melhor e mais rápida, de cerca de 10 dias, contra 45 a 60 dias pelo método convencional, que abre a barriga. Só que o SUS alega que ainda precisa treinar suas equipes", diz Ramos.
Segundo o médico, a SBCBM defende que a videolaparoscopia seja adotada pela rede pública ainda este ano, nem que seja em hospitais-piloto.
Além disso, a sociedade quer a criação de um cadastro único de pacientes bariátricos para que haja um controle estatístico e um monitoramento detalhado deles nas fases pré e pós operatórias.
"Precisamos ter uma ideia desses números, pois ainda não sabe quantas pessoas necessitam de cirurgia hoje, já que a maioria está inscrita em três ou quatro programas do SUS. O objetivo é controlar melhor os pacientes, para estabelecer um critério de prioridade e gravidade", afirma.
De acordo com o médico, esse cadastro provavelmente seria baseado no CPF da pessoa, para ter acesso a seus dados (se precisa perder peso, é hipertensa, diabética, etc) e localização. Pacientes graves, por exemplo, precisam perder em média 10% do peso corporal antes de entrar na sala de cirurgia, esclarece Ramos.
Cirurgia Bariátrica (Foto: Arte/G1)
Cirurgia bariátrica (Foto: Arte/G1)
 
 

17 dúvidas sobre redução de estômago respondidas por médicos

As perguntas mais comuns nos consultórios que tratam obesidade respondidas por três especialistas no assunto

Chris Bertelli, iG São Paulo
iG Arte
Conheça os 4 tipos de cirurgia aprovados pelo Conselho Federal de Medicina
 levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica mostrou que, só em 2010, foram realizados mais de 60 mil cirurgias de redução do estômago no Brasil, um número três vezes maior do que em 2005.
Cada vez mais popular entre os tratamentos para a obesidade, o procedimento ainda é cercado de dúvidas, especialmente de parte dos pacientes. O iG Saúde reuniu as dúvidas mais comuns nos consultórios dos especialistas em obesidade no País e pediu a três profissionais que respondessem a essas questões.
1 – A cirurgia bariátrica é reversível?
Apenas a gastrectomia vertical (em que um pedaço do estomago retirado) e o duodenal switch, onde uma das etapas da cirurgia é a gastrectomia vertical, não são reversíveis. As demais técnicas podem ser revertidas. No entanto, a reversão é extremamente complicada, oferece mais riscos do que a cirurgia em si e realmente só é feita em casos extremos, como em pacientes com câncer ou com aids. Se o paciente está com peso normal estável e as doenças estão controladas não há razão para desfazer o procedimento.
2 – Vou poder comer como antes, mas sem engordar?
Não. Nenhum procedimento faz milagre. As cirurgias prescindem de reeducação e manutenção alimentar e física para que os resultados sejam efetivos. O paciente precisar ter em mente que a cirurgia é apenas o início de uma mudança de vida, que inclui comer corretamente, de forma mais saudável, incluindo no cardápio frutas, verduras, legumes, carnes, pães integrais, sucos. O paciente poderá comer de forma mais comedida e com mais frequência, de 3 em 3 horas, deixando as guloseimas para ocasiões especiais.
3 – Como ter certeza de que a técnica é regulamentada?
No Brasil existem hoje quatro técnicas regulamentadas pela Resolução nº 1.942/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe (veja aqui quais são). Os demais procedimentos e técnicas cirúrgicas para o controle da obesidade não apresentam indicação atual de utilização ou ainda estão em fase de estudos.
4 – Qual o perigo de me submeter a técnicas não regulamentadas?
Profissionais que praticam técnicas não aprovadas pelo CFM estão atuando fora da legislação brasileira e expondo seus pacientes a riscos desnecessários de complicações e morte. Para uma técnica ser aceita, ela precisa ser comprovada por anos de pesquisa clínica e ter perfis de segurança e eficácia aceitáveis, passando pelo crivo dos órgãos regulatórios de saúde de cada país. Prometer soluções mágicas do tipo “coma tudo o que quiser e não engorde” é, no mínimo, mentiroso e antiético.
5 – Quais as chances de ganho de peso posterior? Em quanto tempo isso é observado?
Até dois anos após a cirurgia, o paciente ainda está perdendo peso. A partir do momento que esse processo se estabiliza, é possível haver algum ganho, caso o paciente “baixe a guarda” e não se esforce para manter o peso. Esforço significa manter uma dieta balanceada e atividades físicas, o que é recomendado para os operados ou não. A cirurgia é apenas o primeiro passo rumo a uma nova vida e é preciso abandonar antigos costumes nocivos e adotar uma forma de vida mais saudável, que inclui dieta equilibrada e a prática de exercícios.
O principal fator para ganho de peso posterior é a não adesão ao tratamento, que não se resume apenas às cirurgias bariátricas. O tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico, já que o paciente deverá a aprender a viver de uma maneira diferente.
6 – Como escolher um bom cirurgião bariátrico?
Ao tomar a decisão, procure profissionais habilitados com experiência comprovada na área, evitando aqueles que prometem soluções milagrosas ou que pratiquem técnicas não aprovadas pelo CFM. No site da SBCBM consta a relação de todos os cirurgiões associados, que, obrigatoriamente, passam por programas de atualização e revisão científica.
7 – A mulher que passa por uma cirurgia de estômago pode engravidar? Ela deve ter algum cuidado extra nesse período?
Recomenda-se que a mulher aguarde 18 meses depois da cirurgia para engravidar, assim o organismo estará mais adaptado. É importante ter um acompanhamento médico e nutricional durante toda a gravidez , para evitar a carência de vitaminas essenciais para o bebê. Se for o caso, o médico pode indicar uma suplementação oral ou injetável. O pré-natal deve ser acompanhado pelo nutricionista, cirurgião e obstetra.
8 – O paciente que vai se submeter à cirurgia deve parar de fumar e de beber? Por quanto tempo? Quanto tempo depois da cirurgia ele pode voltar a fumar e ingerir bebidas alcoólicas?
Quem faz uso destas substâncias têm um risco maior para complicações em qualquer procedimento. Portanto, o ideal é que pare de fumar e de beber. Além de todos os riscos, a nicotina prejudica a cicatrização da pele, o que pode levar à infecção. As bebidas alcoólicas são agressores das mucosas do estômago e do intestino e reduzem a absorção de alguns nutrientes, por isso devem ser evitadas, sobretudo nos primeiros 6 meses, quando ocorre uma readaptação do trato gastrointestinal. O álcool é absorvido muito rapidamente após a cirurgia e cai na circulação sanguínea podendo levar à embriaguez mesmo com pequenas quantidades.
9 – O que é o dumping? Todo operado tem?
Todo operado está sujeito a ter a síndrome de dumping. O consumo de alimentos calóricos doces (pudins, sorvetes, milk-shake, leite condensado, sucos com açúcar, refrigerantes) e gordurosos pode causá-la. O Dumping acontece quando, depois de beber ou comer, o paciente apresenta taquicardia, sudorese, tontura, queda da pressão arterial e diarreia. Qualquer combinação destes sintomas pode ocorrer em intensidades variadas, dependendo do que a pessoa comeu. Alimentos ricos em açúcares e gorduras, em excesso, não devem fazer parte do cardápio de ninguém, operado ou não.
10 – Alguns pacientes operados relatam queda de cabelo intensa e unhas quebradiças, entre outros sintomas. Porque eles ocorrem?
Queda de cabelo e unhas quebradiças são sintomas comuns durante qualquer processo de emagrecimento, seja por cirurgia, dieta ou em decorrência de doenças que "consomem" a pessoa (como o câncer, por exemplo). No caso do paciente bariátrico, esses sintomas não devem persistir por mais de quatro meses.

Se não houver acompanhamento com a equipe multidisciplinar, o paciente pode apresentar déficit de vitaminas e proteínas, o que pode levar a estes sintomas. Nesses casos, é preciso rever a alimentação com o nutricionista e, se necessário, iniciar suplementação vitamínica oral ou injetável.
11 – Quais as possíveis complicações durante e após a cirurgia?
Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais, por isso a bariátrica deve ser feita em um hospital com estrutura adequada. Nas cirurgias disabsortivas é comum haver falta de nutrientes devido à baixa ingestão de alimentos e é necessária a suplementação vitamínica. Mais raramente, a cirurgia bariátrica pode gerar complicações como infecção, tromboembolismo (entupimento de vaso sanguíneo), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento do grampo), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia.
12 – O efeito da pílula anticoncepcional após a cirurgia pode ser reduzido?
Nas cirurgias restritivas não há problemas, mas nas cirurgias que privilegiam a mal-absorção, pode ser que a pílula anticoncepcional tenha eficácia reduzida. Em muitos casos, recomenda-se a utilização de dois métodos anticoncepcionais concomitantamente, mas essa é uma avaliação que deve ser feita caso a caso pelo ginecologista.
13 – É necessário fazer complementação de vitaminas? Por quanto tempo?
O paciente submetido a cirurgia bariátrica deverá ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar por toda a vida. Ele deverá realizar exames sempre e a reposição poderá ou não ser realizada. No entanto, se o paciente conseguir manter uma alimentação adequada, rica em carnes magras, verduras, legumes, frutas e massas integrais, a suplementação vitamínica não é necessária.

Contudo, com o estilo de vida moderno, nem sempre isso é possível, então os suplementos vitamínicos entram como aliados para combater os sinais da falta de nutrientes (fraqueza, queda de cabelo, unhas quebradiças, dor de cabeça). Em alguns casos, a suplementação pode ser para a vida toda.
14 – Depois da operação, terei que fazer exercícios físicos?
Sim, sempre. Os exercícios físicos fazem parte do tratamento da obesidade, independente da técnica utilizada. Os benefícios do exercício são ainda maiores para os operados: aceleração do processo de emagrecimento, ganho de massa magra (músculo), redução da flacidez, melhora do condicionamento físico, melhora do desempenho cardiorrespiratório, fortalecimento dos ossos e ganho de disposição.

16 - Alguma técnica permite comer mais do que outra?
Em todos os procedimentos, o paciente deve se habituar a comer pequenas quantidades, várias vezes ao dia. As cirurgias disabsortivas, como o Scopinaro e o Duodenal Switch, permitem que o paciente tenha uma capacidade maior de alimentação. Em contrapartida apresentam efeitos colaterais sérios como o aumento da frequência evacuatória e a urgência evacuatória.
17 - Quanto tempo dura o processo de emagrecimento? Há risco de emagrecer demais?
Perde-se peso mais rapidamente no primeiro e no segundo ano após a cirurgia, mas a velocidade do emagrecimento vai diminuindo até estacionar, geralmente por volta do segundo ano. Todo ser humano tem um peso ideal em torno do qual o corpo tende a se estabilizar, ainda que pequenas variações para mais ou para menos sejam comuns ao longo dos anos.

Fontes consultadas: Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátria e Metabólica (SBCBM); Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso); Hercio Azevedo Cunha, professor de gastroenterologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), e membro da SBCBM

Uma nova vida após a cirurgia bariátrica

O engenheiro Fauzer Simão se superou correndo maratonas com mais de 100 kg. Mas só fez as pazes com a balança após a operação

Yara Achôa, iG São Paulo
Foto: Arquivo pessoal
Antes e depois: com a corrida e a cirurgia bariátrica, Fauzer Simão venceu a obesidade
O engenheiro Fauzer Simão Abrão Jr., hoje com 42 anos, sempre teve tendência a ganhar peso. Durante algum tempo ainda conseguiu manter certo controle sobre a forma, movimentando-se em partidas semanais de futebol com os amigos. Duas fraturas no braço sofridas no ano 2000, no entanto, o afastaram do esporte.

Logo o ponteiro da balança subiu – rapidamente ele ultrapassou a marca de 100 kg, excessivos para seu 1,70m de altura. E com isso também surgiram os problemas de saúde: colesterol alto, triglicérides nas alturas, pré-diabetes e diversas lesões ortopédicas nos dois joelhos e em um tornozelo. 

Disposto a mudar, começou a correr em 2005.

A atividade deu-lhe novo ânimo. Entusiasmado, começou a participar de várias provas. “Meu sonho passou a ser correr a São Silvestre. Treinava para colocar meu peso para a casa dos dois dígitos e terminar bem a corrida”, conta. Com apoio médico, atingiu a marca de 97 kg e concluiu a tradicional corrida do dia 31 de dezembro em 1h53m.

Mas a batalha contra a obesidade estava longe de ser vencida. Até porque Fauzer novamente recuperou o peso, chegando a 110 kg. “Mesmo assim corri a Maratona de São Paulo”. Superação para ele e surpresa para quem não acreditava que o engenheiro pudesse realizar a proeza de finalizar os 42 km de prova.

Em 2008, problemas de saúde afastaram Fauzer das corridas. “Fiquei um ano e meio longe do esporte, pois precisei fazer cinco cirurgias, sendo três delas nos joelhos, por desgaste da cartilagem, uma reconstrução dos ligamentos do tornozelo esquerdo, pois todos foram rompidos numa torção do pé e a cirurgia bariátrica. Para completar, tive duas tromboses”, explica. O resultado: 120 kg acusados na balança.

Porém, nem mesmo nessa fase crítica, ele abandonou o desejo de voltar a correr uma São Silvestre – sendo inclusive alvo de piada de um colega de trabalho. “Ele não cansava de tripudiar toda vez que me encontrava e eu dizia que voltaria a correr”.

A São Silvestre de 2009 serviu para que ele calasse os maldosos: “Completei a prova em 1h48min e me senti realizado por ter passado por tudo aquilo, ter conseguido voltar a correr e por ter completado essa prova novamente”.

Fim da obesidade

Com o índice de massa corporal (IMC) acima de 40 (indicativo de obesidade grau III) e com todas as comorbidades já adquiridas, Fauzer tinha uma indicação cirúrgica direta. Segundo os médicos, se não realizasse a operação naquele momento, tinha 80% de chances de retornar depois de dois anos para realizar o procedimento, porém já diabético. 

“Demorei a aceitar porque achava que a cirurgia bariátrica era coisa para derrotado que não se esforçava para perder peso. Mas, esclarecido pelos especialistas, pude entender que eu tinha um problema e não conseguiria emagrecer de outra forma”.

O ano de 2010 foi marcado por altos e baixos. Com um novo corpo de 73 kg e postura vitoriosa, Fauzer correu novamente a Maratona de São Paulo. Só que, algumas semanas após a prova, teve uma insuficiência renal aguda. Ficou um mês entre a vida e a morte em um hospital fazendo diálise, recebendo transfusão de sangue e rezando para que seus rins voltassem a funcionar. “Foram dias terríveis e só me recuperei graças à volta do funcionamento dos rins, que era incerta, e ao apoio da esposa e dos filhos”, relembra.

A história em livro

E se a corrida ensinou alguma coisa para o engenheiro foi superação, tanto que ele resolveu retratar sua história no livro “42,195 – A Maratona de Desafios que Superei nos Meus 42 Anos e 195 Dias de Vida por meio da Corrida!”, que será lançado pela Ícone Editora nesta sexta-feira, dia 1º abril, em São Paulo. “Também tenho falado da minha experiência em palestras de motivação em empresas. O retorno tem sido surpreendente”, conta, orgulhoso.

O título do livro foi cuidadosamente pensado. “42.195 metros é a distância oficial de uma maratona; em 2 de dezembro de 2010 completei 42 anos e 195 dias de vida e foi a data em que terminei de escrever o livro; e a história conta passagens pelas quatro maratonas que corri, fechando um ciclo entre minha história, minhas maratonas e minha idade”, explica.

Ele resolveu compartilhar sua história após receber o incentivo dos amigos. “Sou uma pessoa comum, que trabalha, tem seus problemas de trabalho e família e ainda arruma tempo para se preparar para uma maratona. Além do mais, falo da persistência de um obeso, que chegou aos 120 kg, mas não desistiu do sonho de enfrentar os 42 km de asfalto. Ninguém acreditava que isso era possível – e eu consegui”.

Os prós e contras do casamento segundo Charles Darwin

Marcel Verrumo 5 de setembro de 2012
Que o cientista inglês Charles Darwin é autor do clássico A origem das espécies, no qual defende que os seres vivos evoluem de acordo com a seleção natural, todos sabemos. 

O que pouca gente sabe é que o naturalista também escreveu um documento que estava longe de tratar sobre a ciência biológica e perto da ciência dos relacionamentos. Darwin redigiu uma lista com os prós e contras de se casar.  

Você pode conferir aqui o texto original cujo título é This is the question (Esta é a questão).

Para te poupar de decifrar a caligrafia do cientista, o História sem fim traz a versão traduzida. Como o texto original é um rascunho manuscrito, pode ser que você não entenda exatamente o que ele quis dizer em alguns momentos (na verdade, nem nós entendemos). Mas dá para ter uma ideia.

Esta é a questão
Casar
Não se casar
As crianças (se Deus quer), a companhia constante (e a amizade na velhice), um se interessa pelo outro melhor que um cachorro se interessaria de todos os modos. Um lar e alguém que cuide da casa. Desfrutar da música e das conversas com a mulher. Essas coisas boas para a saúde. É obrigado a visitar e a receber visitas, mas é uma terrível perda de tempo. Meu Deus, é intolerável pensar em toda uma vida de trabalho e de trabalho, como uma abelha e, depois de tudo, nada. Não, não, não é suficiente. Imagine viver uma vida sozinho em uma casa imunda em Londres. Apenas uma foto de uma mulher bonita com um bom fogo, livros e música. Comparar esta visão com a realidade suja de Grt. São Marlbro. Sem filhos, sem vida (segundo), sem ninguém para cuidar de você na velhice. Qual é a sensação de trabalhar sem o apoio de amigos próximos e queridos? Que são amigos íntimos e queridos amigos em idade avançada, com exceção da família. A liberdade de ir para onde quiser. A escolha da sociedade (clube) que você gosta. Conversa com homens inteligentes em clubes. Nenhuma obrigação para visitar a família ou se preocupar com ninharias. Resíduos de tempo. Não é possível ler à noite. Gordura e ociosidade. Ansiedade e responsabilidade. Menos dinheiro para livros e outras coisas. Se muitas crianças forçadas a trabalhar mais – (Mas então é muito ruim para a saúde trabalhar mais)   Talvez minha esposa não goste de Londres, então a solução seria o exílio e eu pareceria um tolo.

Então, o que você acha que Darwin preferiu? Sim, ele escolheu a companhia de uma esposa ao seu lado para lhe dar uma velhice agradável. O cientista se casou com Emma Wedgwood, sua prima, com quem teve DEZ filhos! Casamento bem consumado, não?!