Obesidade e autoestima: reeducação alimentar e prática esportiva como mudança de atitude.
A obesidade é considerada hoje uma doença crônica, uma
epidemia, sendo já considerada pela OMS como a doença do século XXI,
que provoca ou acelera o desenvolvimento de muitas outras doenças e
causa a morte precoce. “Sabemos que os transtornos emocionais são
inimigos na luta contra o excesso de peso. Muita gente acaba
descontando todos os problemas na comida, o que leva ao aumento de
peso, ansiedade e perda da auto-estima. Como se não bastassem também
os inúmeros danos ao corpo, a obesidade causa uma brutal redução na
auto-estima e na qualidade de vida”, afirma a endocrinologista e
psicanalista Soraya Hissa de Carvalho.
Com
a auto-estima abalada, existem duas tendências sociais angustiantes
para pessoas acima do peso ideal; uma é a grosseira e desumana
discriminação estética e a outra é encarar o obeso como uma pessoa que
não tem força de vontade e que ele é assim por que é preguiçoso.
Algumas vezes, isto gera preconceito em relação à pessoa obesa,
dificuldades para relacionamentos sociais e afetivos, problemas para
encontrar emprego e até mesmo quadros psiquiátricos conseqüentes desta
marginalização. Segundo Soraya, auto-estima significa acreditar e
gostar de si mesmo sem restrições. “Conhecer as próprias qualidades e
defeitos, acreditar e confiar em si e achar-se merecedor das coisas
boas”, explica a psicanalista.
No
caso da obesidade é preciso reconhecer essa situação com honestidade,
olhar-se no espelho e assumer-se. De acordo com a psicanalista, quando
reconhecemos a realidade temos as opções de mudá-la ou não. “Nós não
somos motivados a mudar aquilo cuja realidade negamos. Se olharmos no
espelho e acharmos que estamos bem, ignorarmos nosso sobrepeso, não
teremos motivação para mudar. Isto é um bloqueio que vai se
fortalecendo cada vez mais. Quando aceitamos que estamos realmente
fora do peso então podemos promover a mudança mais rápida”, argumenta a
psicanalista.
Para
a endocrinologista, nossa cultura altamente consumista tem por hábito
a ingestão excessiva de alimentos supérfluos, como doces,
salgadinhos, e guloseimas. Inclusive no relacionamento social,
agraciamos nossas visitas, amigos, clientes ou grupos culturais com
jantares, lanches, happy hour, cafezinho, bolo. “Além da nossa cultura
que alimenta essa tendência, o mundo moderno traz obesidade, ou seja,
quanto mais as cidades se urbanizam e a tecnologia se expande, mais
aumenta a prevalência da obesidade”, alerta Soraya.
Soraya
explica que nesses casos deve-se tratar completamente o paciente,
tanto o quadro clínico como o psíquico. “Com um obeso, por exemplo,
devemos cuidar do excesso de peso e o quadro depressivo, para que se
conscientize e consiga iniciar uma dieta e recuperar a auto-estima. Do
contrário, não conseguirá vencer. É essencial mostrar para a pessoa
outras formas de prazer, de se sentir bem, ter auto-estima para lidar
com a nova fase de emagrecimento”, exemplifica ela.
A
médica dá outras dicas: Praticar exercícios físicos, que ajudam a
melhorar os sintomas da depressão, principalmente os treinos
aeróbicos, como caminhada, corrida e natação. “A atividade física faz
bem pra saúde, eleva a liberação de endorfina, substância que promove o
bem-estar”, orienta Soraya. Mudanças na alimentação também são
importantes, segundo ela. “O corpo é uma máquina, pqra funcionar
direito precisa de combustível. Com alimentos adequados o organismo
reage melhor. A educação alimentar é pra vida toda”, finaliza a
médica.
Fonte para entrevistas: Médica e Psicanalista Soraya Hissa de Carvalho.
Informações para a Imprensa:
Ampla Soluções em Comunicação: Liège Camargos e Aline Barbosa
(31) 3225-1116 / 3241-9241 / 8899-0353
Fonte: http://www.saude.com.br/site/materia.asp?cod_materia=117
Beijo no coração de vocês, muita paz, saúde e até mais!
http://anafayerterra.blogspot.com.br/2013/10/obesidade-e-autoestima.html
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