Daqui a alguns posts, daremos dicas de como aguçar o desejo do seu filho por alimentos saudáveis e como fazê-lo entender que é possível viver sem comer "bobagens" todos os dias, bem como conseguir a proeza de fazê-lo evitar ao máximo essas "bobagens". Hoje, entretanto, gostaríamos de falar sobre um dos grandes males de uma alimentação ruim.
Os autores do livro Distúrbios da Nutrição na Infância e na Adolescência, organizado por Fernando José de Nóbrega, acrescentam ainda que, além do sedentarismo, as pessoas de hoje tem o péssimo hábito de se alimentar com os chamados fast food, que tem altos índices calóricos e baixos índices nutritivos. A obesidade e outros transtornos alimentares podem acontecer também:
- por outros problemas emocionais que a criança esteja enfrentando;
- devido ao pouco limite que os pais impõem à criança em relação à ingestão de alimentos prejudiciais, como salgadinhos e refrigerantes, por exemplo;
- devido ao mau exemplo que os próprios pais dão, sendo eles mesmos grandes consumidores de alimentos engordativos e prejudiciais;
- devido a pais que não estabelecem horários para a alimentação e permitem que a criança coma o que quiser na hora em que quiser;
- e um fator importante: oferecer "bobagens" às crianças como prêmio por algo de bom que ela tenha feito, ou para compensar um deslize dos pais. Um exemplo típico é o de muitas mães que trabalham fora e se sentem culpadas por deixar a criança com outra pessoa ou na escolinha, e quando chegam em casa já vão dando um docinho. Se a mãe trabalha fora, ela pode compensar sua ausência de outras formas no tempo em que estiver junto com o filho, como por exemplo, ajudando nas tarefas, fazendo atividades juntos, etc. Mas não compensá-la com besteiras que só vão contribuir para uma péssima saúde física e emocional.
Então, aí vão dois alertas importantes. Primeiro, caso você perceba que algo está ocasionando distúrbios alimentares no seu filho, sejam esses distúrbios emocionais ou por maus hábitos, procure profissionais especializados, que se constituem em um pediatra, um nutricionista, um psicólogo infantil e um educador físico. O pediatra fará um estudo de caso em seu filho e indicará qual será o melhor tratamento para ele. O nutricionista fará uma reeducação alimentar, e é extremamente importante que os pais o acompanhem para motivá-lo nessa nova batalha. O psicólogo o ajudará a lidar com os problemas provenientes tanto da obesidade quanto das dificuldades que a criança vai enfrentar durante o tratamento, e o ajudará a ver que esse tratamento vai o tornar uma criança muito mais feliz e saudável do que se ele continuar sendo obeso. E o educador físico, além de incentivar a criança a desenvolver o hábito pelas atividades físicas, vai ajudá-lo a emagrecer.
O segundo alerta: muitas pessoas não entendem a seriedade do problema, mas ele é sim, extremamente sério. Só para se ter uma ideia, a criança obesa já tem uma tendência elevadíssima de desenvolver as centenas de problemas que o excesso de peso causa, entre elas problemas cardíacos, hipertensão, hepáticos, etc. São tantos que nem vale a pena citar todos aqui. Na vida adulta, a tendência para desenvolver essas doenças será infinitamente maior do que se na infância sua alimentação tivesse sido saudável. Sem contar nos vários problemas psicológicos que podem ocorrer, como complexos e dificuldade em lidar com as pessoas, especialmente se a obesidade teve um fundo emocional.
Então, mamães, vamos cuidar bem de nossos pequenos e evitar os gritos da mídia ao empurrar para nossos pequenos alimentos que fazem mal à saúde, porque ela não está preocupada com o que vai acontecer com eles no futuro, mas sim em vender e lucrar. E se o caso do seu filho for emocional, lembre-se que quanto mais cedo você tratar, mais seríssimos problemas futuros você estará evitando.
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