OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Divulgando o blog da Pete Camargo

http://www.petecamargo.blogspot.com.br/ NOVO LINK DO MEU BLOG!

ANTES  E  DEPOIS...MEUS QUERIDOS AMIGOS,
hoje tive uma tarde muito triste!
Ao entrar no meu face...uma amiga perguntou: - "Petê , o que você fez com seu blog"??
Quando fui olhar...alguém especializado em "querer se dar bem" às custas de trabalho de outras pessoas, "pegou"meu blog antigo, mantendo meu nome petecamargo, e aproveitando o grande acesso para VENDER PORCARIAS QUE EU DESCONHEÇO, E NÃO PARTICIPO!!! Então à partir de hoje meu NOVO ESPAÇO Éhttp://www.petecamargo.blogspot.com.br/.
 Quando forem me acessar, já sabem!!
Vou verificar o que  posso fazer judicialmente para salva guardar meu nome, pois tenho domínio!
Bjs pra TODOS e OBRIGADA pela linda FORÇA que me deram!!!

http://petecamargo.blogspot.com.br/2012/10/httpwwwpetecamargoblogspotcombr-novo.html?spref=fb

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Crianças e Alimentação

(artigo escrito levando em consideração alguns fatos narrados na Revista Época de domingo, 27 de fevereiro de 2011)

Alimentação das crianças  é  um problema permanente para pais e educadores. A obesidade invade o universo infantil. Uma coisa muito seria é a entrada dos fast-food , facilitadores em algumas coisas e complicadores em outras. O principal problema é sua interferência na  educação alimentar das crianças.
Como podemos cuidar da educação alimentar de uma criança se a família tem hábitos totalmente inadequados.
Algumas regras deveriam ser seguidas pelas famílias, para que possamos ter um ótimo resultado final na alimentação infantil.
1)    Apresentar desde cedo os alimentos separados,  para que o bebe sinta os sabores diferenciados;
2)    Apresentar os alimentos com estética;
3)    Ter horários bem determinados para a alimentação, criando hábitos; e não substituir o horário se a criança não comer;
4)    Não proibir nenhum alimento simplesmente porque não é nutritivo. Deixe a criança provar, mas tem que provar de tudo;
5)    Não enfrente a criança se ela não quer comer; você não conseguirá nada se ela não quiser;
6)    Mude o tempero e a forma dos alimentos que ela não gostou, pode estar no tempero a falta de aceitação da criança;
7)    Não aceite as chantagens das crianças, não prometa prêmios. Alimentação é algo totalmente normal e deve ganhar regularidade;
8)    A hora da alimentação deve ganhar um ritual, não deve ter outras fontes de atenção (TV, filmes, jogos, aviãozinho, brinquedos). Hora de comer;
9)    Deixar o mais cedo possível a criança se alimentar sozinha, pelas próprias mãos;
10)    Ter sempre companhia nas horas da  alimentação (família ou amigos na escola);
11)    Regular a quantidade de alimentos. Coloque o que você acha razoável, mas acriança deve regular a quantidade necessária através da ingestão, não fique insistindo para que coma mais;
12)    Nunca use a sobremesa como prêmio. Dê a ele mesmo que não tenha comido o alimento por você selecionado, mas na quantidade certa (pouco);
13)    Leve a criança ao mercado para comprar os alimentos, e posteriormente a cozinha para processá-los. É uma vivencia muito importante;
14)    Não dê alimentos a criança dormindo, apenas para suprir  deficiências que estão na sua cabeça;
15)    Nunca pergunte o que a criança quer comer; ela não tem como fazer esta escolha e fica nos mesmos alimentos. Só os adolescentes podem fazer escolha;
16)    Varie ao máximo os alimentos que oferece a criança. A coloração dos alimentos também é muito importante.
São sugestões para acompanhar o desenvolvimento das crianças quanto à alimentação. Não faça da alimentação uma guerra.
Beta 

http://beta-escoladepais.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html

Como fazer para seu filho comer bem

Uma das tarefas mais difíceis e desgastantes para a família pode ser a de fazer as crianças comerem. Evidentemente, ninguém pode fazer uma criança comer a força, despejando “goela abaixo” o alimento, como se tentou fazer, sem sucesso, durante muito tempo. Se não acontecia exatamente assim, pelo menos essa era a ameaça que se ouvia durante as refeições. Mas o que fazer quando surge essa dificuldade?
   Em primeiro lugar, desde a mais tenra idade não fique “enfiando” comida na boca da criança. Inverta a situação e espere que ela reclame (choro, movimentos molares) pedindo alimento. Todos os que cuidam da criança devem saber essa regra e cuidar para que a criança não esteja constantemente satisfeita. Em segundo lugar, e também fator determinante, ofereça alimentos dos mais diversos sabores e cores. Não misture alimentos de vários sabores e permita à criança degustar, para que ela possa definir do que gosta ou não. Sopa, por exemplo, é um dos problemas clássicos nessa relação, porque não tem um sabor definido, específico, o que gera uma série de problemas de rejeição como pode ser visto nas inúmeras charges da Mafalda, por exemplo. A sopa deve ter um sabor individual, e você deve ir fazendo sopas de um legume de cada vez, acompanhando a receptividade da criança. Não acredite que a percepção dela é igual a dos adultos que a cercam. Certamente, a criança poderá gostar de coisas que talvez ninguém mais da casa goste. Deixe-a provar. Quando  começar a comer as famosas “papinhas”, coloque tudo separado no prato para que ela veja as cores dos alimentos (vermelho, verde, laranja) e faça suas associações. Cores são muito importantes nos pratos das crianças e devem ser muito usadas, porque são estimulantes. Outra coisa importante é que a criança está crescendo e os alimentos devem evoluir com esse desenvolvimento. Se você der sempre alimentos batidos (liquidificados) ela não vai exercitar a mastigação e não vai reconhecer a textura dos alimentos, perdendo grande parte da experiência que no futuro vai ser determinante na alimentação.
   Vale também a regra de que, na alimentação, como na vida, quem cuida não deve fazer tudo da atividade, porque vai eliminar a necessidade de o outro fazer. Deixe que a criança coma sozinha, mesmo que suje tudo, que jogue alimentos fora do prato e dê a impressão de que a refeição está sendo desperdiçada, porque ela precisa aprender e o melhor meio de aprender é fazendo. Jean Piaget diz: “no começo esta a ação”. Tão logo a criança queira sentar, já pode receber a colher na sua mão para utiliza-la como ferramenta para o ato de comer. Como o primeiro esquema organizado é a boca, ela certamente vai levar tudo nessa direção e por conta disso já poderá se alimentar. A fome vai gerar fontes de conhecimento, alto interesse e desenvolvimento. Quem estiver perto da criança, acompanhando seu desenvolvimento ao cuidar dela, vai ver a passagem que fará dos alimentos líquidos, pelos pastosos, chegando por fim aos sólidos, naturalmente. Deixe sua criança experimentar tudo, e assim ela vai conhecer os alimentos, fazer suas opções, determinar seus gostos e ampliar seu espectro de possibilidades nutricionais.
   Importante também não fazer do momento da alimentação uma “guerra”, permitindo  que seja apenas o que é: uma função normal do organismo. No Período Intuitivo, aos 5/6/7 anos, as crianças começam a pensar na quantidade de alimento, fazendo muitas vezes a opção pela quantidade em detrimento da qualidade. Quando você achar que ela está comendo demais, espalhe o alimento no prato, porque ela, não tendo a conservação da substância, acha que tem muita comida ali. Se ela tem dificuldade para comer, junte tudo no centro do prato, porque ela achará que tem pouca comida e vai se dispor a ingerir o que for oferecido com menos resistência.
    Enfim, alimentar a criança é mais fácil do que parece, mas exige a participação da família. Ajuda muito também a criança comer junto com outras crianças. Não proíba alimentos, porque eles se tornam imediatamente objeto de desejo. Deixe que ela prove de tudo. O problema da proibição é que, em algum momento, ela verá crianças comendo coisas que você proibiu, e certamente vai tentar comer também, mesmo que escondida. Ofereça coisas diferentes, desde muito cedo. Não deixe de organizar pelo menos uma refeição por dia  com toda a família, porque essa é uma hora importante tanto para a alimentação quanto para o relacionamento entre todos, proporcionando trocas, encontros, conversas, atualização de novidades. E importante prestar atenção a tudo o que está sendo falado nesses momentos.
Por último, fica uma recomendação crucial: não deixe seu filho fazer as refeições na televisão, no quarto ou no computador, porque esses não são ambientes adequados para criar o hábito de alimentar-se. A mesa traz organização necessária aos seus filhos. Arrume a mesa com cuidado e peça a ajuda deles nessa organização. Também é importante ter alimentos variados numa refeição para que eles possam ter uma experiência alimentar renovada. Os alimentos oferecidos devem ser únicos para toda a família. Oferecer alimentos específicos que a criança quer, visando agradá-la, é um desserviço ao processo. Para aproveitar a boa vontade que as crianças tem naturalmente, peça a colaboração delas para ajudar na cozinha. Elas gostam muito disso, descobrem outro mundo e exploram com prazer as possibilidades.
E fica aqui uma observação que ajuda muito: quando a criança não comer no horário da refeição normal, não substitua esta por guloseimas para mante-la alimentada. Esse tipo de comportamento cria um hábito diferenciado que você gostaria de normatizar. Você estará jogando contra os bons hábitos de seu filho se fizer isso.

Yolanda Silveri perde 63 quilos em um ano e meio



Yolanda Silveri, uma mãe solteira de 31 anos, professora em Douglasville, Geórgia, percebeu que precisava perder uns bons quilos e tomou uma atitude que pode parecer muito simples, mas que poucos conseguem levar adiante: cortou todos os seus maus hábitos, um de cada vez.

"Eu estava obesa há muito tempo, mas o colegial foi especialmente difícil porque eu era a grandona entre as líderes de torcida. Quando nosso time visitava outras escolas eu ouvia os alunos dizendo ‘bum’ quando eu pulava, o que me deixava desolada.

Minha família e meus amigos me diziam que eu tinha ‘ossos largos’ e isso era demais pra mim. Eu tentei muitos programas de dieta e exercício ao longo dos anos, mas minha perda de peso era sempre temporária. Eu comia para me confortar quando estava triste e como recompensa quando estava feliz", conta Yolanda.
 
Ela fez as próprias regras e perdeu 63 quilos em um ano e meio! (Foto: Reprodução)
A foto chocante
Yolanda conta que decidiu que precisava tomar medidas drásticas e mudar seu estilo de vida quando foi a uma reunião de reencontro da turma do colegial e viu as fotos depois. “Quando eu vi as fotos daquela noite, fiquei surpresa e envergonhada pelo quanto eu estava gorda perto de todo mundo.”, relatou.

“Eu estava pesando 122 quilos. Foi aí quando eu percebi que precisava fazer alguma coisa sobre o meu peso, mas demorei alguns meses para começar”. Como a fé sempre foi uma parte muito importante na vida da professora, ela inovou e decidiu incorporá-la à estratégia para perder peso. “Eu resolvi recorrer à prece em vez da comida quando estava chateada ou estressada".

Motivação
Além da fé, Yolanda usou outro tipo de motivação: a televisão. "Meu programa de TV favorito era The Biggest Loser. Ver como os participantes treinavam duro me motivou a fazer exercícios.” Durante os comerciais, ela contava quantas vezes conseguia correr pela casa e depois tentava superar esse número no próximo intervalo, sempre se esforçando para se superar.

Para mudar a dieta, ela fiz trocas simples em vez de contar calorias ou gramas de gordura: foi só substituir a carne vermelha por peito de peru e o leite integral pelo desnatado. Sanduíches com pão integral tomaram o lugar do pão branco e pudim de chocolate light tomou o do sorvete de chocolate. No geral, ela manteve uma dieta com baixo teor de gordura, incluindo frutas, vegetais, produtos integrais e proteínas magras como frango, peru e peixe.

Sucesso!
Em cinco meses a professora perdeu 22 quilos e teve confiança para participar de um treinamento intensivo por seis semanas com as colegas de trabalho. “Naquele momento, eu desisti da comida processada e comecei a beber mais água. Para manter a linha, eu contava minhas calorias diárias (para corrigir a dieta além das trocas) depois as inseria em um aplicativo grátis chamado Calorie Counter no meu celular.

Eu me pesava a cada dois ou três dias e fazia pequenas mudanças, inclusive ‘fechar a cozinha’ após as 19:30 para cortar os aperitivos e continuar indo em direção ao meu objetivo”, detalhou Yolanda.
Graças aos exercícios e o treinamento, ela até fez uma nova descoberta: adorava correr. Para aproveitar essa nova paixão e fazer disso algo a seu favor, Yolanda entrou para o Clube de Corrida de Atlanta e fez a resolução de correr cinco quilômetros no ano novo.

“Eu terminei o primeiro ano da minha aventura 38 quilos mais magra, e alcancei meu objetivo 1 ano e meio depois do dia em que comecei. Sempre que eu queria pular um exercício ou comer doces para aliviar o stress, eu pedia a Deus que me desse a força para resistir à tentação. Isso me ajudou a retomar o foco e voltar aos meus hábitos saudáveis".

Um segredinho de Yolanda
Presentei-se ou doe algo em troca. "Ao perder peso, eu doava minhas roupas largas para os pobres e comprava algumas roupas novas em brechós. Eu limitava as compras ao essencial para não ficar muito apegada a um tamanho específico até atingir minha meta na balança”, indicou. Assim, é possível fazer o bem e ainda curtir a perda dos quilos e o sacrifício com roupas novas.

"Minha melhor dica"

Yolanda aconselha a todas as pessoas que desejam perder peso encontrar maneiras criativas de continuarem ativas. "Eu organizei um grupo de corrida no recreio com os meus alunos para desafiá-los a fazer mais exercícios. Eles competem comigo em corridas no playground, e toda semana nós comparamos as distâncias percorridas".
Fonte: Yahoo! Shine

Coisas que eu sei ... Delicadeza do ser ...



"...Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. 
Em construir castelos sem pensar nos ventos. 
Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. 
A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. 
Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. 
Dá sempre pra tirar um coelho da cartola.... 
E refaço... colo, pinto e bordo. 
E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, 
às vezes meio burras, tentar acertar os passos. 
Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. 
Eu sei que vou ..." Caio Fernando Abreu


Reflexões do dia






domingo, 28 de outubro de 2012

Número de obesos supera o de famintos no mundo

O número de pessoas obesas supera o de famintos no mundo, mas o sofrimento dos desnutridos está aumentando, em meio a uma crescente crise alimentar, alertou a Cruz Vermelha Internacional.
O grupo humanitário, com sede em Genebra, dá destaque ao tema nutrição em seu relatório anual World Disasters Report, divulgado em Nova Délhi, que se volta para o abismo entre ricos e pobres e aos problemas causados pelo aumento recente dos preços.
Em estatísticas usadas para ilustrar o acesso desigual à comida, a Cruz Vermelha assinala que 1,5 bilhão de pessoas sofriam de obesidade no mundo no ano passado, enquanto 925 milhões estavam desnutridas.
"Se a livre interação entre as forças do mercado produziram um resultado em que 15% da humanidade passam fome, enquanto 20% estão obesos, alguma coisa deu errado", disse o secretário-geral, Bekele Geleta.
O diretor para a Ásia e o Pacífico, Jagan Chapagain, em entrevista coletiva na capital indiana, assinalou que "o excesso de nutrição, atualmente, mata mais do que a fome".
O problema da fome existia não porque faltava comida no mundo, lembrou Chapagain, mas por causa de falhas na distribuição, do desperdício, e do aumento dos preços, que tornou os alimentos inacessíveis.
O preço dos alimentos deu um salto global em 2011, aumentando os temores de um retorno da crise de 2008, que levou a distúrbios e à instabilidade política em vários países.
O aumento do preço dos alimentos, que a Cruz Vermelha diz se dever à especulação e às mudanças climáticas, entre outros fatores, contribuiu para a instabilidade no norte da África e no Oriente Médio este ano. "Uma nova rodada de inflação está puxando muitas das pessoas mais pobres do mundo para a pobreza extrema, e para situações de fome severa e desnutrição", alerta a organização.
O World Disasters Report é uma publicação anual da Cruz Vermelha Internacional que procura dar destaque a um tema que gere preocupação em todo o mundo. O relatório do ano passado concentrou-se na urbanização, e o de 2009, no vírus HIV.
(Fonte:AFP)

O que vem primeiro: a obesidade ou a depressão?

Manter o bom humor frente a qualquer doença crônica é muito difícil. Assim também ocorre com a obesidade. Na maioria das vezes, a doença vence o paciente pelo cansaço e impõe um enfrentamento com limitações, fraquezas e até com o próprio desconhecimento da medicina de como tratar individualmente cada caso de obesidade, já que eles são tão diferentes entre si. “Médicos e pacientes, muitas vezes, se constrangem frente à impossibilidade de resolver o problema, pois a derrota, quando ela ocorre, é de todos nós”, afirma a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
O que vem primeiro: a obesidade ou a depressão?A cada dia, mais endocrinologistas atendem obesos deprimidos nos consultórios. Nos divãs dos analistas é grande a incidência de obesos também. “Não há dúvida quanto a associação das duas doenças. Aproximadamente 30% das pessoas que procuram tratamento para emagrecer apresentam depressão. Além é claro dos inúmeros casos de melancolia e tristeza em lidar com algo tão difícil, gerado pela rotina de ter que lutar contra a balança, de se policiar sempre, de não poder se soltar nunca. Nas consultas médicas que tratam o assunto, o choro é a regra”, revela Ellen Paiva.
A idéia que temos de nós mesmos é um grande impulso para o sucesso ou para a derrota em todos os embates da vida. Os obesos carregam “o peso” de que não são capazes de vencer a guerra contra a balança, principalmente após inúmeras tentativas frustradas de emagrecer. “Eles até continuam tentando perder peso, mas sem nenhuma confiança de que isso seja possível. Quando eles vêm ao consultório, o grande desafio dos profissionais ligados ao tratamento da obesidade é fazê-los acreditar que podem perder peso”, diz a médica.
Um ciclo pouco virtuoso
As primeiras dietas são sempre coroadas de êxitos. A perda de peso que ocorre na maioria das primeiras tentativas de perda de peso é facilmente compreendida pelo maior engajamento dos pacientes nas dietas propostas e nas várias mudanças de estilo de vida que eles se dispõem a fazer.“Como a manutenção de peso ainda é o calcanhar de Aquiles dos tratamentos para a obesidade, os pacientes voltam a engordar. E novas dietas são implementadas trazendo à tona a noção da fragilidade da perda de peso. A explicação dada pelos pacientes de que as dietas vão ficando mais difíceis porque eles vão envelhecendo não procede. Na verdade, eles se tornam mais e mais descrentes da possibilidade de emagrecer e mais e mais propensos à depressão”, contextualiza a endocrinologista.
As frustrações em relação à imagem corporal começam no enfrentamento da criança obesa com os vários apelidos na escola, avançam pela puberdade, onde já existe uma insatisfação com as formas corporais e alcançam o adulto que sofre preconceitos velados e dificuldades reais como se posicionar em assentos públicos, comprar roupas adequadas à sua numeração e em se enxergar tão fora dos rigorosos padrões de beleza corporal. Tudo isso concorre para uma atitude de isolamento social e baixa auto-estima.
Apesar de muitas vezes não ser perceptível, a obesidade infantil afeta a auto-estima e a sociabilidade da população infanto-juvenil. Pesquisas recentes sugerem que há três variáveis psicossociais que podem afetar negativamente a qualidade de vida das crianças obesas, podendo inclusive dificultar mudanças em seus estilos de vida, como fazer dieta ou praticar atividade física. Essas dificuldades impostas pela obesidade podem coexistir na vida de muitas delas, embora elas se sintam relutantes em discutir o assunto com os pais, professores ou profissionais de saúde envolvidos em seus tratamentos. São elas:
  • Dificuldade de enfrentarem gozações e brincadeiras de seus colegas relacionadas ao seu peso corporal, o que causa estresse psicológico intenso, piora da auto-estima e piora da sua auto-avaliação da imagem corporal;
  • Isolamento social, redução considerável da capacidade de fazer amigos e de aproveitar as oportunidades de praticar atividade física em grupos, com o consequente aumento do consumo de alimentos;
  • Depressão, que pode ocorrer como causa ou consequência da obesidade na infância e adolescência.
“As consequências da obesidade na infância e na adolescência não param por aí. Outras pesquisas têm documentado alterações comportamentais até então desconhecidas como influenciadas pela obesidade. Parece que a obesidade na população infanto-juvenil está ligada ao comprometimento do desempenho escolar, à maior vulnerabilidade para os transtornos alimentares do tipo bulimia, a comportamentos de risco como tabagismo, alcoolismo, atividade sexual prematura e a práticas nutricionais erradas e sedentarismo”, alerta a endocrinologista Ellen Simone Paiva. Várias atitudes de risco e de desorganização na vida pessoal têm maior propensão de se agruparem na criança e nos adolescente obesos.

Prevenção à obesidade infantil começa na gestação

Diz uma crendice popular que mulher grávida deve comer por dois. Nada mais falso. Segundo o RDI (Recommended Dietary Intakes), tabela com as recomendações universais sobre alimentação, gestantes a partir do terceiro mês de gravidez devem ingerir apenas 300 calorias a mais do que o normal, totalizando 2.800 calorias por dia. “Os bons hábitos alimentares da gestante, e não necessariamente o ganho de peso, é que influenciarão a saúde do bebê ao nascer”, diz Flávia Bulgarelli, nutricionista do Espaço Leve - Núcleo de Prevenção e Tratamento da Obesidade Infanto-Juvenil, de São Paulo.
É bastante comum, nos três primeiros meses de gravidez, haver uma oscilação de peso, com a perda de até 3 quilos ou o ganho de até 2 quilos, sem que isso cause problemas para mãe ou filho. A partir daí, o ganho adequado de peso vai depender do estado nutricional da gestante e servirá de indicador para avaliar o suprimento correto de energia.
De forma simplificada, considera-se que as gestantes de baixo peso ganhem em torno de 15 kg; as de peso adequado, entre 10 a 12 kg; e as com sobrepeso ou obesas, entre 6 e 7 kg. A gestação de gêmeos leva ao aumento de 15 a 20 kg.
Segundo Nataniel Viuniski, pediatra e nutrólogo do Espaço Leve, quando uma grávida aumenta muito de peso, a saúde da dupla mãe-filho entra em perigo. Cada caso deve ser individualizado. Porém, é clássico o conceito de que uma futura mamãe não deve engordar muito mais que doze quilos no seu período gestacional. Na gestante, o excesso de peso aumenta os riscos de diabetes, hipertensão, pré-eclâmpsia, além de inúmeras outras complicações obstétricas.
Dicas de alimentação na gravidez:
• Beba água constantemente, de 1,5 a 2 litros por dia.
• Consuma pelo menos três frutas por dia, além de legumes e verduras no almoço e jantar. Esses alimentos são ricos em fibras, que previnem a prisão de ventre, muito comum na gestação.
• Fracione as refeições em seis a oito vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigue devagar. Consuma alimentos com baixo teor de gordura e evite ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia.
• A carne é muito importante nesse período, por ser rica em ferro e proteínas. O ferro pode ser melhor absorvido se consumido com frutas ricas em vitamina C, como kiwi, laranja, limão, acerola, tangerina e abacaxi.
• O uso moderado de adoçantes foi permitido para gestantes com diabetes pela Associação Americana de Dietética (ADA), que autorizou o uso de produtos à base de aspartame, acesulfame-K e sucralose, sendo considerados seguros ao bebê. Para as futuras mamães que apenas querem prevenir o ganho de peso, a eficácia desses produtos é duvidosa.
• O uso de adoçantes e produtos diet à base de sacarina não são recomendados. Pela permeabilidade da placenta, eles podem permanecer nos tecidos do bebê.


Por que é tão importante consumir fibras?



Por que é tão importante consumir fibrasA industrialização de alimentos tem alterado os hábitos alimentares nos mais diversos grupos culturais e regionais do mundo, levando ao consumo cada vez maior de produtos processados, ricos em lipídeos, carboidratos simples e pobres em fibras alimentares.
Esse padrão alimentar tem forte associação a doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, etc. Cada vez mais há associação entre o baixo consumo de fibras e constipação intestinal, hemorróida, doença diverticular, neoplasia maligna de cólon, obesidade, intolerância à glicose, dislipidemias, doenças cardiovasculares, etc.
As principais funções das fibras estão na promoção de um bom funcionamento intestinal, na redução dos níveis de colesterol e glicose no sangue, além de facilitarem a digestão e promovem sensação de saciedade.
A cada dia surgem novas pesquisas sobre os benefícios que as fibras podem proporcionar ao organismo. Como você pode perceber, ela não é indicada apenas para quem tem o intestino preso, mas para todo mundo. A fibra faz parte de uma alimentação saudável e completa, apesar de não ser considerada um nutriente, ela é imprescindível à saúde.
Cyber Diet elaborou algumas perguntas e respostas para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto e também uma tabela com a quantidade de fibras em alguns alimentos. Consulte à vontade.
O que são fibras?
As fibras consistem as partes não digeríveis dos alimentos de origem vegetal. Elas não são absorvidas pelo organismo, mas desempenham funções importantes.
Quais são os tipos de fibras e para que servem?
Fibras solúveis - Atuam no estômago e no intestino delgado, tornando a digestão mais lenta e dessa forma propõe uma melhora na digestão dos nutrientes, principalmente os açúcares e gorduras. Esse tipo de fibras ainda auxilia no controle do metabolismo energético e evita o aumento da glicemia no sangue. De acordo com alguns estudos, também contribui na diminuição das taxas de colesterol. Você encontra este tipo de fibras em frutas e vegetais, especialmente maçãs, laranjas e cenouras, flocos de aveia, cevada e legumes.
Fibras insolúveis - A função principal deste tipo de fibra é acelerar o trânsito intestinal, aumentando então o bolo fecal e proporcionando melhora na obstipação intestinal ou prisão de ventre. Atuam ainda prevenindo o câncer de intestino, em função do menor contato das substâncias cancerígenas com a mucosa intestinal. Sua atuação ocorre na parte inferior do intestino grosso. Você encontra este tipo de fibra em grãos de cereais, casca de frutas e verduras, arroz integral, leguminosas (feijão, soja, lentilha), farelo de trigo, etc.
Não é preciso se preocupar com o tipo de fibra que você vai ingerir diariamente e sim se preocupar em atingir a recomendação, para assim ter um bom funcionamento intestinal.
Qual a recomendação diária?
De acordo com a DRI (Dietary Reference Intake) a recomendação é de 20 a 40g por dia de fibras para adultos saudáveis.
Consumir em excesso é prejudicial?
Atingir a recomendação é algo difícil, por isso o excesso dificilmente irá acontecer, mas pode ser prejudicial sim. Aumente gradativamente o consumo de fibras em sua alimentação. Se esse aumento for brusco, pode causar cólicas, gases e diarréias.
Com a ingestão de fibras quais os benefícios meu organismo terá?
Saciedade - As fibras solúveis absorvem água e formam géis, permanecendo mais tempo no estômago e proporcionando maior saciedade.
Controle da glicose - As fibras promovem a liberação mais lenta e constante da glicose e ajuda a regularizar os níveis no sangue.
Diminui o colesterol - O consumo de fibras aliado a uma dieta pobre em gordura saturada e a prática de exercícios físicos diminui as taxas de colesterol sanguíneo. Isto ocorre porque as fibras absorvem as moléculas de gordura e produzem substâncias que normalizam a síntese de colesterol.
Contribui com o bom funcionamento intestinal - As fibras aceleram a passagem do bolo fecal pelo intestino e dessa forma contribuem com o bom funcionamento do intestino. Em geral as fibras promovem uma flora intestinal saudável, aumentando as bactérias benéficas e minimizando as bactérias patogênicas. Assim, ajudam a prevenir a constipação e outras doenças como o câncer por exemplo. É importante lembrar que o consumo de fibras por si só não produz efeitos se não houver uma ingestão razoável de água, cerca de 2 a 3 litros por dia.
Em quais alimentos encontro mais fibras?
As fibras estão presentes em maior quantidade em verduras, legumes, leguminosas, frutas, cereais integrais (arroz, pão, macarrão, biscoito, etc) e cereais matinais (aveia, farelo de trigo, semente de linhaça, etc).
Tabela de alimentos com as quantidades de fibras presentes:
Por que é tão importante consumir fibras
Fonte:COPPINI. L, ; MARCO, D. ;WAITZBERG, D. L. Introdução à Fibra Terapêutica: Características e Funções. Grupo de apoio de Nutrição Enteral e Parenteral (GANEP). Linha Fibras BYK Química. 47p
Por:
Roberta dos Santos Silva
Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113

Avaliação, causas e complicações da obesidade

Dr. Geraldo Santana - Médico endocrinologista
O que é obesidade?
A obesidade se caracteriza por um excesso de tecido gorduroso em relação à massa magra (constituída pela musculatura, ossos e órgãos). O aumento de peso devido à retenção de líquido, prisão de ventre e aumento muscular não é considerado obesidade. A obesidade é responsável por uma série de complicações e prejuízos à saúde e pode interferir fortemente na auto-estima e na adaptação social.
Como posso saber se eu tenho excesso de peso?
Dois métodos são utilizados: o Índice de Massa Corporal (IMC) e a Análise de Composição Corporal pela bioimpedância. Quando o IMC está acima de 25 em pessoas com compleição muscular normal, os estudos científicos mostram que já existe um risco para a saúde devido ao excesso de peso que fica ainda maior a partir do IMC = 30. Entretanto, em alguns casos o IMC é menor que 25 e o excesso de gordura às vezes é compatível com obesidade. Portanto, quando o objetivo é a programação de um tratamento individualizado para redução de peso é necessário realizar a bioimpedância, que permite acessar o percentual de gordura, de massa muscular e de água no corpo. Para a população de uma forma geral, um percentual de gordura maior que 25% para homens e maior que 30% para mulheres já é compatível com o diagnóstico de obesidade.
O que é o IMC?
O IMC (Índice de Massa Corporal) é uma fórmula em que se divide o peso em quilos pela altura em metros ao quadrado, ou seja, IMC= Peso÷(Altura x Altura). De acordo com o resultado, temos a classificação apresentada na tabela abaixo:
IMC
Classificação
Risco para a saúde
menor que 17
Magreza excessiva
aumentado
17 a 18,5
Magreza
moderado
18,6 a 24,9
Peso normal
---
25 a 29,9
Excesso de peso
pequeno
30 a 34,9
Obesidade classe I
moderado
35 a 39,9
Obesidade classe II
aumentado
acima de 40
Obesidade classe III ou Obesidade mórbida
muito aumentado
A grande limitação do IMC é que seu cálculo se baseia em apenas duas variáveis (peso e altura) desconsiderando a massa magra, a idade e o sexo da pessoa. De qualquer forma, o IMC ainda tem sido usado, pela sua simplicidade, como um método prático e rápido de se identificar, em pessoas adultas, o risco de aumentar a incidência de mortalidade e outras doenças.
Quais são as causas da obesidade?
A obesidade é considerada uma doença multifatorial, ou seja, múltiplos fatores contribuem para o seu aparecimento e para sua manutenção. Aí se incluem os fatores genéticos, alimentares, emocionais, culturais, sociais, mudanças de comportamento, doenças endócrinas, gasto energético com atividades físicas, hábitos compulsivos, etc. Na abordagem do paciente com excesso de peso, o mais importante é identificar quais fatores estão contribuindo para este descontrole.
E quais são as doenças associadas à obesidade?
Doenças como diabetes, elevação do colesterol e triglicérides (gorduras do sangue), hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, arteriosclerose (endurecimento das artérias), acidente vascular cerebral ("derrame" ou isquemia), trombose, problemas nas articulações, alterações do sono e alguns tipos câncer que são mais freqüentes em pessoas obesas do que em pessoas com peso na faixa normal.
Que tipo de pressão social sofre a pessoa obesa?
Além dos problemas de saúde, a obesidade traz uma série de problemas sociais como dificuldades para comprar roupas, conseguir empregos, freqüentar locais públicos e até mesmo de se envolver afetivamente. Grande parte destas dificuldades está relacionada com um falso preconceito de que o obeso é uma pessoa descuidada, sem força de vontade e sem vaidade, o que só reforça o seu medo da rejeição e a diminuição de sua auto-estima. Na verdade, não existe um traço psicológico típico da pessoa obesa e o que se observa é que o tratamento adequado permite que ela possa resgatar uma convivência social saudável.
E no Brasil, a obesidade é muito freqüente?
Enquanto nos Estados Unidos 30% da população têm obesidade, aqui no Brasil, esta doença ocorre em torno de 10% (13% das mulheres e em 6% dos homens). Como se trata de um problema ligado à vida moderna, a tendência natural no Brasil é a de que esta prevalência aumente, a menos que se consiga estabelecer medidas sociais e educativas. Embora freqüente em países ricos como os Estados Unidos e Canadá, podemos observar um fenômeno interessante no Brasil: pesquisas demonstram que a obesidade vem nitidamente aumentando nas camadas mais pobres da população e diminuindo nas classes mais ricas. Isto se deve ao fato de que a comida (principalmente carboidratos e gorduras) tem custo relativamente baixo em nosso país e a automação industrial e comercial tem contribuído para uma diminuição do esforço físico ligado ao trabalho. Por outro lado, o impacto do benefício dos cuidados preventivos da alimentação saudável, da demanda estética e do combate ao sedentarismo (esportes e academias) é mais visível nas classes socialmente privilegiadas.
Eu posso iniciar um tratamento para emagrecer mesmo já estando dentro do IMC normal?
Sim, desde que haja um percentual de gordura elevado em sua avaliação de composição corporal. Esta avaliação, geralmente feita através da bioimpedância, permite estimar a faixa de peso ideal de acordo com o peso da estrutura óssea e muscular, sexo e idade.
Pratico musculação e meu índice de massa corporal está acima de 25. Devo emagrecer?
Com a prática regular da musculação ou de atividades com predomínio de exercícios anaeróbios, ocorre um aumento da massa muscular e do peso corporal sem que isso signifique obesidade. Também neste caso, a bioimpedância é indicada para avaliar o percentual de gordura e estabelecer a faixa ideal de peso.
O que é o exame de Bioimpedância?
É atualmente o método mais utilizado para a avaliação de composição corporal pelo fato de ter uma boa precisão com custo relativamente baixo e por não ser evasivo. Foi considerado, pelo último Consenso Latino Americano de Obesidade como um método apurado para avaliação da composição corporal.
Avalia o percentual de gordura, percentual de massa magra e hidratação, permitindo calcular a faixa ideal de peso para o indivíduo de acordo com o sexo e idade. É um exame relativamente simples, em que uma corrente elétrica passa pelo corpo através de dois pares de eletrodos adesivos colocados na mão e no pé direito. O exame é totalmente indolor, mas não é indicado para gestantes e portadores de marca-passo. Quanto maior é o percentual de gordura, maior é a dificuldade para a corrente elétrica atravessar o corpo. A bioimpedância é útil para informar o percentual de gordura em sua totalidade, ou seja, mede tanto a gordura que está debaixo da pele como a gordura que está entre os órgãos. As medidas freqüentes das dobras cutâneas com um adipômetro de precisão complementam as informações da bioimpedância.
E qual é o percentual ideal de gordura?
Depende do sexo e da idade. O percentual de gordura aumenta com o passar dos anos e é maior em mulheres do que em homens.
Idade
11 a 20
21 a 30
31 a 40
41 a 50
51 a 60
>60 anos
Masculino
13-17%
14-18%
15-19%
16-20%
17-21%
18-22%
Feminino
18-22%
19-23%
20-24%
21-25%
22-26%
23-27%

O que é um adipômetro?
É um aparelho usado para avaliar a gordura subcutânea (que está debaixo da pele) através de medidas das dobras cutâneas com alta precisão. Sua escala é dividida em décimos de milímetros. Em um tratamento de obesidade, o adipômetro permite avaliar a diminuição da gordura subcutânea por regiões específicas criando condições para se alcançar um emagrecimento harmônico e proporcional.

O que é compulsão alimentar?
A compulsão alimentar está presente em aproximadamente 30% dos pacientes que nos procuram no consultório com problemas de excesso de peso. É mais freqüente em mulheres e sofre influência de fatores emocionais, atividade física, quantidade de carboidratos da dieta, intervalos das refeições e da fase do ciclo menstrual. A pessoa com episódios de comer compulsivo geralmente come grandes quantidades em pequeno espaço de tempo, às vezes sem fome, até se sentir desconfortavelmente “cheia” e freqüentemente seguida de sensação de arrependimento ou culpa.
O que causa a compulsão alimentar?
Cada vez mais, a diminuição da serotonina (uma substância química encontrada no cérebro) vem sendo relacionada com o transtorno do comportamento compulsivo. A descoberta de medicamentos mais recentes que aumentam os níveis de serotonina no cérebro mostrou bons resultados em muitos casos de compulsão. A atividade física também reduz a ocorrência de episódios compulsivos enquanto situações de ansiedade, depressão e dietas muito rígidas com poucos carboidratos nas refeições tendem a aumentar a compulsão.
Qual é a diferença entre a bulimia e a anorexia nervosa?
Ambas são consideradas transtornos de o comportamento alimentar, são bem mais comuns em mulheres e possuem forte componente psíquico. Na anorexia nervosa, o paciente geralmente possui uma distorção de sua imagem corporal, possui um medo exagerado de engordar e se recusa a manter um peso na faixa normal exibindo freqüentemente um quadro de magreza importante com distúrbios menstruais e desnutrição. Na bulimia, o paciente geralmente se encontra em uma faixa normal de peso (ou pouco acima) mas também possui um medo exagerado de engordar. Para compensar os freqüentes "ataques de comer", usa laxantes, provoca vômitos, ou faz dietas radicais ou exercícios em excesso. Nestes "ataques de comer", muitas vezes a pessoa come sem fome, mais rápido que o normal e geralmente se arrepende ou fica com sentimento de culpa. Tanto a bulimia quanto a anorexia nervosa são situações que podem trazer grandes riscos à saúde e, portanto, necessitam de tratamento especializado.
A maneira como a gordura está distribuída no corpo interfere nos riscos para a saúde?
Sim. Hoje se sabe que a gordura intra-abdominal - mais freqüente nos homens - tem uma maior capacidade de contribuir para problemas metabólicos e cardiovasculares do que a gordura localizada nos quadris - mais freqüente nas mulheres. Para se ter uma idéia, uma circunferência abdominal medida com fita métrica, em pé e ao nível do umbigo) maior que 94 cm para homens e maior que 80 cm para mulheres já está associada a um risco aumentado para a saúde independente de haver um excesso de peso.
Ansiedade e depressão engordam?
Indiretamente sim. Elas podem contribuir para fenômenos compulsivos e freqüentemente prejudicam a prática regular de atividade física. Mas tanto a ansiedade quanto a depressão não conseguem estimular a formação de gordura de uma forma direta, ou seja, sem estar acompanhada de um aumento do consumo calórico ou diminuição da atividade física. O que se observa é que o paciente muito ansioso ou deprimido tem, às vezes, dificuldade de avaliar o que come, podendo subestimar a quantidade de calorias ingeridas. Na depressão é freqüente haver uma redução nos níveis de serotonina, favorecendo o aparecimento de episódios compulsivos. Acredita-se ainda que em situações de estresse prolongado, um aumento da secreção de cortisol pelo organismo pode levar a uma maior formação de gordura a partir dos alimentos consumidos.
É verdade que depois dos trinta anos é mais difícil emagrecer?
Dos vinte anos em diante, há uma redução progressiva da massa magra podendo chegar a 30% de redução aos 90 anos. Essa redução causa uma diminuição no metabolismo basal, não apenas aos trinta anos, mas gradativamente ao longo dos anos. O que muitas vezes acontece por volta dos 30 anos é uma tendência a uma mudança no estilo de vida com redução da atividade física e aumento das oportunidades sociais relacionados à alimentação mais calórica.
Pílula anticoncepcional engorda?
Na grande maioria das vezes, não. As pílulas mais modernas, de baixa dosagem, interferem pouco no organismo da mulher e, quando isso acontece, é através da retenção de líquidos e não de gordura. Em casos isolados, porém, os anticoncepcionais (orais ou injetáveis) podem apresentar aumento de apetite como efeito colateral e, nesse caso, é recomendável que sejam substituídos por outro método anticoncepcional com orientação do ginecologista.


Aspectos nutricionais e atividade física
Dr. Geraldo Santana - Médico endocrinologista
Nut. Caroline Fernandes - Nutricionista clínica e esportiva

Em que consiste uma reeducação alimentar?
Uma reeducação alimentar é o principal objetivo de quem quer realmente emagrecer e se manter em um peso saudável. Ela envolve, além de um plano alimentar flexível e balanceado em relação à quantidade de calorias e nutrientes, mudanças efetivas e duradouras de hábitos e comportamentos que prejudicam a perda de peso. É muito mais que apenas aprender o que engorda e o que emagrece: é, antes de tudo, condicionar o organismo a uma maneira mais saudável de se alimentar. Assim, o que seria uma dieta de sacrifício e restrições, pode se tornar um estilo mais positivo de vida. O primeiro passo para se planejar uma reeducação alimentar é identificar quais os principais erros alimentares, compulsões e problemas de atitudes e comportamento que estão mantendo o peso persistentemente fora do desejado.
Quais são os alimentos que mais engordam?
Analisando somente o aspecto nutricional, os alimentos gordurosos são aqueles que mais favorecem o ganho de peso tendo em vista o alto nível calórico das gorduras. Para se ter uma idéia, enquanto um grama de proteína ou carboidrato possui 4 calorias, cada grama de gordura equivale a 9 calorias! É importante lembrar ainda que muitos doces, embora culturalmente estejam associados apenas ao açúcar, contém grandes quantidades de gordura, o que justifica o motivo de sua restrição. O açúcar, apesar de engordar menos que a gordura, tem a grande vantagem de poder ser substituído pelo adoçante. Além disso, o açúcar estimula a produção de insulina que participa diretamente na formação da gordura corporal.

Os adoçantes são perigosos para a saúde?
Não. Os adoçantes são alternativas valiosas em um processo de reeducação alimentar, pois permitem uma substituição da alimentação ao invés de uma simples restrição. Os adoçantes, durante vários anos, têm demonstrado sua grande segurança e seu uso hoje é também permitido para crianças e alguns tipos até para gestantes. Os vários tipos e combinações mais modernas de adoçantes se adaptam às variações individuais de paladar.
Posso comer os produtos diet à vontade?
Os lançamentos da indústria alimentícia de versões reduzidas em calorias vêm crescendo muito não só no número de alternativas, mas principalmente na qualidade e paladar dos produtos. Este fato, evidentemente, contribui para a reeducação alimentar (mais nítido nos casos de obesidade infantil e em pacientes compulsivos) permitindo um estilo de alimentação com menos densidade calórica. É importante, porém, que seja avaliado com seu médico quais os produtos mais recomendados para o seu caso porque os termos diet e light não se referem a um limite do teor de calorias de um alimento e sim aos critérios para a modificação daquele alimento. Desta forma, podemos ter produtos diet ou light, que apesar da modificação em sua composição, ainda continuam muito calóricos como, por exemplo, o chocolate e o creme de leite.
Qual a diferença entre diet e light?
O termo Diet significa que o alimento foi modificado para atender a um tipo específico de dieta como, por exemplo, a substituição do açúcar pelo adoçante para os diabéticos e a retirada da lactose do leite para pessoas alérgicas a lactose. Portanto, o fato de ser diet não significa que tenha poucas calorias. O termo Light indica que o produto tem menos calorias que o produto tradicional como, por exemplo, a maionese light. O fato de ser light não indica necessariamente que seja isento de açúcar. A maioria dos alimentos light conseguiu a redução das calorias através da substituição do açúcar pelo adoçante e portanto, são diet e light ao mesmo tempo, como é o caso dos refrigerantes. O importante é acostumar a ler os rótulos dos produtos e adequar as compras ao plano alimentar prescrito.
A cerveja engorda?
O grande problema do consumo de cerveja, principalmente na primeira fase de um tratamento, é o seu alto teor de carboidratos e calorias (além do hábito de ingerir tira-gosto), e a dilatação do estômago. Já na fase de manutenção, seu uso com moderação não tem trazido problemas para o tratamento. De acordo com a situação, algumas bebidas destiladas diluídas e sem açúcar podem ser usadas moderadamente.
Por que não é recomendável beber líquidos no almoço e no jantar, quando se quer emagrecer?
O uso de líquidos durante a refeição pode contribuir, a médio e longo prazo, para a dilatação do estômago reduzindo a sensação de saciedade. Além disso, os líquidos vão "lavando" a língua entre as garfadas e diminuem a saturação dos sensores de gustação o que permite que a pessoa coma mais. Por outro lado, beber bastante água nos intervalos das refeições principais é altamente recomendável.

Se eu ficar apenas tomando sopa de legumes durante uma semana eu vou emagrecer?
Provavelmente sim. A qualidade deste emagrecimento é que é o grande problema. Alimentações desbalanceadas, neste caso pobre em proteínas e ferro, podem causar desnutrição e até mesmo anemia, sem contar que a pessoa não está criando hábitos mais saudáveis e sim fazendo um sacrifício de curto período e de difícil manutenção a médio prazo.
Se o ideal é uma dieta balanceada, uma dieta para emagrecimento deve ter quantas calorias?
Hoje, a tendência é não se usar mais o termo "dieta" e sim plano de adequação alimentar ou reeducação alimentar. A palavra "dieta" freqüentemente está associada à doença, sacrifício e período limitado que nada tem a ver com as propostas de tratamento mais modernas. A abordagem ética da obesidade propõe uma forma muito mais fisiológica e natural de se perder peso quando se está realmente motivado. Agora, voltando às calorias, a quantidade calórica de um plano alimentar para perda de peso depende principalmente da taxa metabólica de cada paciente que pode ser medido pelo exame de CALORIMETRIA INDIRETA (clique aqui para saber mais). De uma forma geral, oscila entre 800 e 1800 calorias por dia considerando que planos alimentares com menos de 800 calorias não são recomendados por períodos prolongados por serem prejudiciais à saúde.
Parar de jantar ajuda a emagrecer?
Pelo contrário. Sabemos que longos períodos sem se alimentar interferem negativamente na reeducação alimentar. Por outro lado, os lanchinhos que costumam substituir o jantar freqüentemente têm mais calorias que uma refeição balanceada e geralmente proporcionam pouca saciedade.

O gás do refrigerante causa celulite?
Não, até porque o gás nem é absorvido pelo intestino. O refrigerante comum favorece o aparecimento da celulite devido ao seu alto conteúdo de açúcar. A celulite é um tipo de deposição de gordura na forma de pequenos "pacotes", geralmente em mulheres e principalmente na região dos quadris, com um certo inchaço, deixando a pele com um aspecto de casca de laranja. A obesidade, o consumo de açúcar, a falta de atividade física, o hábito de beber pouca água e a predisposição genética é o que mais colabora para o seu aparecimento e manutenção.
A atividade física ajuda emagrecer?
A prática regular de exercícios físicos é importante tanto para o emagrecimento quanto para a manutenção do peso. Os exercícios estimulam a liberação de catecolaminas inibidoras do apetite e neurotransmissores que melhoram o humor, a imunidade, o sono e diminuem a compulsão.
Proporcionam oportunidades de convívio social e lazer sendo forte neutralizador da ansiedade e do estresse. Além desses benefícios, previne a redução da massa magra durante o emagrecimento evitando a recuperação do peso. A atividade física regular tem a capacidade de prevenir ou minimizar a gravidade de diversas doenças cardiovasculares e metabólicas como hipertensão, diabetes, dislipidemias, etc.
Qual é o melhor exercício para emagrecer: aeróbico ou anaeróbico?
Depende da idade e da fase do tratamento em que a pessoa está. Embora a atividade física aeróbica estimule eficientemente a oxidação ("queima") da gordura, pesquisas mostram que atividades como musculação e ginástica localizada com peso (predominantemente anaeróbicas) promovem um aumento da massa muscular e um conseqüente aumento da taxa metabólica basal que é extremamente útil para a fase de manutenção do peso alcançado. Além disso, a quantidade de calorias gasta durante um exercício aeróbico, como uma caminhada, por exemplo, depende diretamente da quantidade de massa muscular que o indivíduo tem. Se ele aumentar a massa muscular com exercícios com peso, as caminhadas passarão a ser mais produtivas em termos de emagrecimento.
Quais as modalidades mais recomendadas?
Na prática, o que mais se observa, é que as atividades prazerosas são as que trazem mais resultados pois o entusiasmo é maior e podem ser incorporados de maneira agradável à vida da pessoa. Para pessoas idosas ou com peso muito elevado os exercícios aeróbicos como caminhadas no plano, esteira elétrica, hidroginástica e natação costumam ser mais indicados no início. Homens e mulheres com espírito mais competitivo costumam se adaptar melhor à prática de esportes ou corrida. Modalidades mais recentes como pilates e spinning aquático têm ganhado popularidade e também proporcionam bons resultados. Algumas pessoas preferem atividades com música como dança de salão, dança do ventre e flamenco. Quando praticadas com regularidade colaboram para o emagrecimento, melhoram a auto-estima e ainda criam oportunidades de convívio social.
E quem não tem tempo para atividade física?
Com a progressiva intelectualização do trabalho, a escassez de tempo livre e o acúmulo de tarefas, o sedentarismo tem ficado cada vez mais freqüente se tornando, em muitos casos, um obstáculo ao tratamento. Melhor do reduzir as horas de sono, fazer meia hora de esteira e depois ficar o dia todo sentado em frente ao computador, é fazer pequenas mudanças no cotidiano que realmente farão diferença. Já está provado cientificamente que incorporar ao longo do dia algumas caminhadas de pequenos trajetos traz grandes benefícios ao longo das semanas. Trocar o elevador pelas escadas, estacionar o carro mais distante, andar alguns quarteirões depois do almoço, levar o cachorro para passear são algumas sugestões.
Qual o papel do educador físico no tratamento da obesidade?
O acompanhamento de um profissional especializado em educação física é extremamente valioso para o sucesso de um tratamento não só do ponto de vista técnico, mas sobretudo como forte elemento motivador no projeto de adoção de hábitos mais saudáveis. Além de orientar o tipo mais adequado de exercício para cada pessoa, há uma otimização do gasto calórico através do controle da freqüência cardíaca e ajuste da carga dos exercícios de fortalecimento muscular. Com uma supervisão profissional, o paciente aprende a respeitar seus limites e recebe todas as orientações para postura, alongamentos e vestuário mais adequados no sentido de se reduzir ao máximo os riscos de lesões.

É Preciso Saber Viver




Tratamento do paciente obeso requer uma comunicação eficaz

Vencer preconceitos melhora a adesão ao tratamento e seus resultados

Por Especialista - publicado em 11/03/2011

Dois terços dos americanos estão acima do peso ou obesos e, no Brasil, os dados acerca do sobrepeso/obesidade demonstram um crescimento na sua prevalência entre as décadas de 70 e 90.

Os dois aspectos mais apresentados como relacionados a este quadro são o aumento do fornecimento de energia pela dieta e redução da atividade física, configurando um "estilo de vida ocidental contemporâneo". No entanto, não bastando as morbidades físicas, há uma oculta: a falta de apoio e julgamento com que muitos ainda tratam pessoas que se esforçam para perder peso.

Frequentemente, o paciente se vê na situação de que a única resposta que encontra é que a obesidade está na raiz de todos os seus problemas. A Dra. Rebecca Puhl, da Universidade de Yale e diretora do Rudd Center for Food Policy and Obesity, mostrou reclamações de pacientes sobre comentários em seus atendimentos: "você precisa aprender a ficar longe da mesa", ou, comentário em voz alta, enquanto o paciente estava na sala de espera: "se estas pessoas tivessem alguma força de vontade, não estariam aqui".

Nesta pesquisa, os pacientes obesos com muita frequência se sentiram estigmatizados nos serviços de saúde e eram mais propensos a evitar os cuidados preventivos de rotina, e quando o faziam, poderiam receber assistência comprometida. Assim, eles seriam vulneráveis à depressão, baixa autoestima, ansiedade, e, consequentemente, menos propensos a sentir-se motivados a adotar mudanças de estilo de vida, envolvendo-se em padrões alimentares pouco saudáveis e evitando a atividade física, agravando assim, o ganho de peso.  
Preciso fazer suposições sobre o caráter, inteligência, saúde, estilo de vida ou comportamentos de alguém com base apenas no peso corporal?
Simplificando, a comunicação inadvertidamente ostensiva ou formas sutis de preconceito que afetam negativamente o cuidado com pacientes, devem ser reconhecidas como graves e os profissionais devem estar atentos em sua prática clínica. Mas, nem só nos consultórios presenciamos estas situações, cada vez mais, em supermercados, ônibus, cinemas, há olhares tendenciosos que sempre apontam para o excesso de peso. Estratégias que estimulam a boa interação e a perda de peso.

É fundamental reconhecer as atitudes pessoais e suposições sobre o peso corporal alheio, que podem gerar preconceitos ou estigmas. Pergunte a si mesmo:

- Preciso fazer suposições sobre o caráter, inteligência, saúde, estilo de vida ou comportamentos de alguém com base apenas no peso corporal?

- Estou confortável trabalhando/interagindo com pessoas de todos os tamanhos?

- Que tipo de feedback dou aos meus conhecidos/pacientes obesos?

- Sou sensível às necessidades e preocupações dos pacientes obesos? 

- Quais são os estereótipos comuns sobre as pessoas obesas? Eu acredito que estas sejam verdadeiras ou falsas? Quais são as minhas razões para estas crenças?

Adotar uma comunicação eficaz é a chave para a prestação de cuidados de saúde com qualidade. Isso pode ser especialmente importante em pacientes obesos, principalmente aqueles que experimentaram as interações negativas com outros profissionais. É importante abordar as conversas sobre o peso corporal e a obesidade de forma sensível.

Pode ser difícil discutir sobre questões de saúde relacionadas ao excesso de peso, mas deve ser claro que toda a terminologia técnica usada não ofenda ninguém. Para que a conversa flua, o paciente deve se sentir confortável com os termos usados. Abordagens interativas e estilo de escuta empática aumentam a confiança, enfatizando a discrepância entre os objetivos pessoais e os comportamentos atuais da saúde.  
As perguntas abertas, sem julgamentos, amparam e aproximam as pessoas envolvidas:

- Você se sente pronto para mudar seus hábitos alimentares e / ou comportamentos do estilo de vida? - Como é que o seu peso atual afeta a sua vida agora?

- Que tipo de coisas que você fez no passado para mudar seus hábitos alimentares?

- Quais as estratégias que funcionaram para você no passado?

- Em uma escala de 1 a 10, como você estaria preparado para fazer mudanças em seus hábitos alimentares?

Respondendo a estas questões, a compreensão dos pacientes é mais clara e eles passam a ser agentes nas decisões que afetam sua saúde. O tratamento deve também ser livre de preconceitos. Isso significa o reconhecimento de que a obesidade é produto de muitos fatores - uma interação complexa de contribuintes genéticos, biológicos, sociais, ambientais e psicológicos. Da mesma forma, é importante explorar todas as causas antes de assumir que o peso corporal é o único alvo de intervenção.

Ao estabelecer as metas para o tratamento, a ênfase ocorre nas mudanças de comportamento e não apenas na diminuição de peso na balança. Definir metas específicas, realistas, mensuráveis e com respeito aos hábitos alimentares e aliá-las às atividades físicas, aumenta a probabilidade de sucesso e mostra a importância da saúde em vez da magreza.

Finalmente, devemos discutir sobre benefícios da perda de peso que, mesmo pequena, pode resultar em uma melhoria considerável na saúde. Poucos dos pacientes muito obesos alcançam o peso "ideal", mas muitos podem experimentar ganhos significativos para a saúde, com uma redução de 5% ou 10% no seu peso.

Oferecer apoio e não só, a gerência do peso, garante a dignidade e respeito num atendimento desprovido de atitudes preconceituosas. O cuidado sensível e compassivo cria experiências de saúde que infundem esperança em vez de vergonha, nesta população de pacientes vulneráveis. 

Como ter uma vida saudável !!!

Veja o livro em pdf:

http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/album_seriado_vida_saudavel.pdf

Petê Camargo, emagrecer é possível!

Temos que falar ainda MAIS ALTO QUE A VOZ ...
" EU NÃO VOU PEGAR !!! "
EU MUDEI !!!
" EU ESCOLHO O QUE VOU COLOCAR NA MINHA BOCA, 
TENHO ESSE PODER, 
NÃO VOU ME ARREPENDER DEPOIS !!! "

Petê Camargo, emagrecer é possível



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

10 dicas para ter uma vida saudável

Incluir castanhas na rotina alimentar está na lista

Por Renata Demôro
Levar uma vida saudável é a melhor forma de afastar doenças cardiovasculares, obesidade e até câncer. Mas você sabe o que fazer para manter a saúde em dia? A seguir, confira algumas dicas simples e eficazes:

  • 1
    Inclua castanhas na rotina alimentar
    “Castanhas-do-pará, de caju, nozes e amêndoas possui baixo índice glicêmico, o que significa que não alteram os níveis de insulina no sangue e provocam sensação de saciedade. Também são fontes ricas em fibras, ferro, vitamina E e selênio, mineral importante para o bom funcionamento da tireoide”, diz a a nutróloga Liliane Oppermann. Para aproveitar tudo que as castanhas têm de bom, sem exagerar nas calorias, Liliane recomenda a ingestão de 2 castanhas-do-pará, 3 castanhas de caju, 2 nozes ou 5 amêndoas (escolha apenas uma das opções).
    Confira receita de creme de castanha de caju com shitake trufado
  • 2
    Reduza a ingestão de sal e aumente o consumo de água
    Além de favorecer o inchaço de pernas, pés, barriga e outras regiões do corpo, o excesso de sal pode comprometer a saúde. “A retenção de líquidos provocada pelo consumo exagerado de sal sobrecarrega o coração, rins e vasos sanguíneos e também pode levar à hipertensão”, explica a médica Liliane Oppermann. A nutróloga recomenda a ingestão de 2 litros de água. Leite, água de coco e sucos podem ajudar a alcançar esse patamar, mas o ideal é que a água pura seja a principal fonte.
    Retenção de líquidos: saiba como evitar o problema
  • 3
    Não pule o café da manhã
    O café da manhã diário é necessário para nutrir o organismo. “É o momento em que o corpo está ávido por nutrientes, já que passou 7 ou 8 horas em jejum, durante o sono. O organismo precisa de energia para começar o dia, além de vitaminas e sais minerais. Se uma pessoa comer fruta no café da manhã, seus nutrientes serão mais bem aproveitados do que antes de dormir”, orienta a nutróloga Liliane Oppermann. Um café da manhã saudável evita o consumo de calorias extras ao longo do dia. Sem a primeira refeição, o organismo passará a manhã sem energia e a fome também virá com mais intensidade ao longo da tarde.
    Confira dicas para deixar o café da manhã mais gostoso
  • 4
    Pratique exercícios físicos regularmente
    Os exercícios físicos devem fazer parte da rotina, inclusive, de quem não precisa perder peso. Uma simples caminhada diária pode melhorar o humor e afastar doenças do coração. De acordo com cardiologista Rogério de Moura, coordenador do serviço de cardiologia do Hospital Balbino, “para proteger o coração, o ideal é praticar exercícios durante 45 minutos a 1 hora, 5 vezes por semana”. Para quem não gosta de academia, o médico recomenda caminhar pelo quarteirão, na praia ou em parques verdes. Outra opção é buscar aulas que fujam do convencional.
    Suspension Cores: saiba mais sobre a aula que queima 500 calorias
  • 5
    Mantenha os ovos na dieta
    Antes considerado inimigo do coração, o ovo entrou na lista dos alimentos importantes. Ele é rico em colina, nutriente que protege a memória e combate a fadiga. A gema ainda contém antioxidantes, como zinco, ferro, selênio e vitaminas A e E. Segundo a nutróloga Liliane Oppermann, ele pode ser consumido diariamente por quem não come carne, desde que não seja frito. Já para os carnívoros, a recomendação é ingerir até 3 ovos por semana.
    Aprenda a fazer ovos ao forno
  • 6
    Uma taça de vinho, pode. Exagerar no álcool, não.
    O álcool em excesso pode sobrecarregar o fígado, além de trazer problemas de concentração, aumentar a frequência dos batimentos cardíacos e irritar a mucosa do estômago, podendo causando gastrite e úlcera. Por outro lado, o vinho pode fazer bem para a saúde. Além de evitar infartos e derrames cerebrais, o consumo de 250 ml de vinho tinto, todas as noites, reduz os níveis do hormônio estrogênio, que é conhecido por aumentar os riscos de desenvolvimento de câncer de mama.
    Dieta do champanhe: bebida faz bem à saúde e ajuda a emagrecer
  • 7
    Evite o refrigerante, inclusive nas versões diet ou light
    Os refrigerantes diet e light podem ter poucas calorias, mas são ricos em outras substâncias que também podem fazer mal ao organismo, como sódio, corantes e conservantes. “Os adoçantes empregados na composição dos produtos light e diet - geralmente ciclamato, sacarina e aspartame -  também não são os mais saudáveis”, orienta a médica Liliane Oppermann.
    Os 10 piores alimentos alimentos para o corpo
  • 8
    Coma um jantar leve, mas coma
    A prática de não comer nada no fim do dia não é saudável. Como o corpo ficará horas sem receber nenhum nutriente, durante o sono, dormir de barriga vazia pode gerar uma fome desproporcional no café da manhã.  Para um jantar leve e nutritivo, Liliane Oppermann dá a dica: “Para pessoas que costumam fazer 6 refeições diárias, que incluem lanche da manhã, da tarde e ceia, além de almoço e jantar, recomendo um grelhado com salada crua, meio prato de legumes e uma porção de arroz integral”.
    Confira receita de saladas mornas
  • 9
    Faça boas escolhas no supermercado
    A nutróloga Liliane Opperman lista as melhores escolhas para um cardápio saudável: “A aveia contém vitaminas do complexo B e fibras, que evitam picos de insulina; o azeite extravirgem é rico em vitaminas D e E, além de gorduras boas para o coração; o iogurte contém cálcio para ossos fortes e probióticos, que atuam na regularização da função intestinal; o salmão é rico em proteínas e ômega-3, que protege o coração; o chá verde é rico em polifenois, que estimulam o metabolismo, previnem cáries nos dentes e obesidade e vegetais crucíferos, como brócolis, nabo e couve-flor que, além de fibras, contém I3 carbinol, um fotoquímico que mantém células cancerosas à distância”.
    Saiba mais sobre os benefícios da aveia
  • 10
    Não conte as calorias gastas na esteira
    A maioria das esteiras e bicicletas ergométricas possui contador de calorias, mas nem nas mais modernas essa contagem é confiável. “Aquela informação nunca será precisa. É preciso relacionar muitos fatores para chegar a esse resultado, que não pode ser pasteurizado para todos os alunos. Movimentar os braços durante a caminhada na esteira, por exemplo, aumento o gasto calórico em 10%, mas não é possível contabilizar esse gasto através do aparelho. Para alcançar seus objetivos, o melhor é conversar com o profissional”, explica o treinador físico Ricardo Wesley.
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