OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O Futuro da Comida: Alegria de comer

NG - Esta foto foi publicada em 1916, durante a Primeira Guerra MundialDurante as refeições, fazemos amigos, brindamos amores e celebramos a vida. O que existe no ato de comer que tanto nos aproxima?

por Victoria Pope
Foto: A.W. Cutler, National Geographic Creative
A PARTILHA DO ALIMENTO sempre foi um elemento crucial da existência humana. A Gruta de Qesem, perto de Tel-Aviv, guarda indícios de refeições preparadas em um fogão de 300 mil anos atrás, o mais antigo já encontrado. Em meio às cinzas do Vesúvio, foi achado um pão redondo no qual haviam sido feitas marcas dos pedaços em que seria dividido. 

“Partilhar o pão”, uma expressão tão antiga quanto a Bíblia, reflete a importância de uma refeição em comum para reatar os relacionamentos, dissipar a irritação, despertar o riso. As crianças trocam lanches para conquistar amigos e imitam os rituais alimentares dos adultos. 

Desde a época do primeiro aniversário, estão acostumadas a celebrar com doces, e esse vínculo entre comida e amor se mantém por toda a vida – em algumas crenças religiosas, até depois da morte. Mesmo em tempos difíceis, perdura a necessidade de celebrar com alimentos. 

Na Antártica, em 1902, durante a expedição de Robert Falcon Scott com o navio Discovery, os tripulantes prepararam um banquete por ocasião do solstício de inverno, o dia mais breve e a noite mais longa do ano. Nada menos do que 55 carneiros vivos foram abatidos e pendurados na cordoalha, congelados naturalmente até que chegasse a hora dos festejos. 

 O frio, a escuridão e o isolamento foram esquecidos por um tempo. “Depois de tal banquete”, escreveu Scott, “todos concordamos em que até valia a pena viver nas regiões antárticas.”


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