Além de ação antioxidante, bebida também pode prevenir doenças
Por Carolina Gonçalves - publicado em 19/04/2011
A ciência já comprovou que tomar
vinho moderadamente pode trazer diversos benefícios à saúde. O vinho possui compostos chamados de polifenois, que são
antioxidantes encontrados em cerca de 90 e 95% das cascas e sementes de uvas. Entre eles, podemos destacar o resveratrol e as quercitinas, que são os que mais ajudam o nosso organismo.
Sendo antioxidantes, os polifenois ajudam a combater os radicais livres, que são responsáveis pelo envelhecimento precoce. Além disso, essas substâncias podem ajudar a combater e prevenir uma série de doenças, desde que consumidos com moderação. A quantidade recomendada é de uma taça de vinho para mulheres e até duas para homens. Essas quantidades, porém, pressupõem que a pessoa tem outros hábitos saudáveis, como uma dieta adequada e a prática de exercícios físicos. Lembrem-se que nenhum alimento faz milagres sozinho.
Conversamos com especialistas e descobrimos por que o vinho é considerado o "alimento dos deuses"!
Doenças cerebrais: alguns estudos comprovam quem o vinho pode proteger nossos neurônios, estimular nossa memória e reduzir o risco de demência e doenças como o Alzheimer. De acordo com a nutricionista da Unifesp Társia Tórmena, a ação antioxidante do vinho é responsável por essa proteção. "Além da ação antioxidante, os vinhos melhoram a circulação cerebral", diz. Porém, devemos tomar cuidado com os exageros. Afinal, o álcool consumido em excesso possui o efeito contrário, causando danos ao nosso cérebro.
Doenças respiratórias: Pesquisadores da Universidade de Búfalo, nos Estados Unidos, observaram que os pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que beberam vinho moderadamente, tiveram os sintomas atenuados. "Isso acontece devido a presença do resveratrol, que tem poder anti-inflamatório", diz Társia Tórmena.
Diabetes: o vinho apresenta diversos efeitos benéficos com relação à diabetes: melhora a sensibilidade das células à insulina, melhora o aproveitamento da insulina pelo organismo e diminui a agregação plaquetária, que está aumentada nos diabéticos.
Ossos: um dos polifenóis presente no vinho é a quercetina, que, segundo a nutricionista Társia Tórmena, age nos receptores ósseos estimulando os osteoblastos (células que formam a matriz do osso) e dimuindo a ação dos osteoclastos (células que destroem o osso). "Além dos polifenois, o resveratrol do vinho atua preservando a estrutura rígida do osso", conta Társia.
Visão: Um estudo feito na Universidade de Western Ontario (no Canadá) concluiu que consumir diariamente um copo de vinho pode reduzir 50%, o risco de cataratas. Outra pesquisa publicada no The American Journal of Pathology afirma que o resveratrol pode proteger os vasos sanguíneos dos olhos, que podem ser danificados pelo avanço da idade. "O composto atua inibindo o desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais, tanto dentro como fora do olho", diz Társia Tórmena.
Câncer: de acordo com a nutricionista, o resveratrol inibe eventos celulares associados com a iniciação, promoção e progressão de tumores cancerígenos. A quercitina também auxilia na medida em que pode adiar a morte programada da célula, chamada de apoptose.
Pele: a colagenase e a elastase são enzimas capazes de destruir o colágeno e a elastina, substâncias responsáveis por deixar a pele mais elástica. Os polifenóis do vinho bloqueiam a ação dessas enzimas, fazendo com que a pele fique mais elástica e consistente, além de ter efeito anti-inflamatório, capaz de eliminar fungos e bactérias causadores de micoses cutâneas. Esses efeitos podem ser notados se a pessoa tomar vinho moderadamente ou aplicá-lo direto na pele.
Digestão: O cardiologista Jairo Monson de Souza Filho afirma que os polifenois e algumas enzimas encontradas no vinho ajudam a digestão diminuindo os movimentos peristálticos do intestino delgado e do intestino grosso. Como consequência disso, os alimentos permanecem mais tempo no tubo digestivo, dando mais tempo para as enzimas os processarem. O vinho também estimula a vesícula biliar a descarregar uma quantidade maior de bile no início do intestino delgado, facilitando a digestão das gorduras.
Coração: Alguns estudos feitos na França relacionam o consumo de vinho tinto a um menor risco de doenças cardiovasculares. Isso ocorre por que apesar de na França ter havido um aumento do consumo de gordura saturada, a população francesa exibe uma baixa incidência de mortalidade por doenças cardiovasculares e por coincidência é o país que mais consome vinho tinto no mundo. Társia afirma, entretanto, que as evidências não são suficientes para que se recomende de consumo de vinho tinto para a população em geral, já que os compostos do vinho podem variar de acordo com o tipo de uva, região de cultivo, processamento, teor alcoólico, etc.
Que bom, então, para quem consome. Não é o meu caso, pois o álcool pra mim tem passagem livre, não curto. Meu carinho.
ResponderExcluirObrigada Ivana, eu gosto de suco de uva que tem efeito semelhante. Bjs!
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