As vitaminas e minerais encontrados neles não dispensam o consumo dos naturais
Vitaminado mesmo?
As vitaminas mais comuns que vemos adicionadas artificialmente aos alimentos industrializados são as chamadas vitaminas lipossolúveis, que de acordo com a nutricionista Cristiane Mara Cedro são: vitamina A (ligada ao bom funcionamento da visão), vitamina D (importante no metabolismo do cálcio e do fósforo), vitamina K (importante para a coagulação) e vitamina E (ligado à gestação, à fertilidade, além de ser um antioxidante). Nas prateleiras do supermercados, encontramos suplementos dessas vitaminas nos mais diversos tipos de alimentos: pães, leite, iogurtes, margarina, bebidas à base de soja, gelatina e cereais matinais.
Ferro neles!
Um mineral de vital importância para nossa saúde que é bastante comum nos "super- industrializados" é o ferro. "Fundamental para a formação de nossos glóbulos vermelhos e da oxigenação do corpo, sua a falta acaba causando anemia", diz Cristiane. Na natureza, encontramos esse elemento no feijão, na carne vermelha (de preferência magra) e nos cereais. Nas gôndolas, existem leites, iogurtes e cereais descritos como suplementos do mineral. Também é muito comum a adição de ferro à farinha de trigo. Porém, há boas opções naturais para consumir esse mineral: verduras na cor verde-escura, como o agrião e a couve, as leguminosas como feijão, lentilha, fava, grão-de-bico e ervilha, grãos integrais, nozes e castanhas, melado de cana, rapadura e açúcar mascavo.
O cálcio é um mineral essencial para manter a saúde em dia, principalmente das mulheres. Pudera: depois dos 50 anos, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens apresentam uma fratura relacionada à osteoporose (descalcificação dos ossos). A principal fonte desse mineral é o leite e seus derivados. Segundo as recomendações do Ministério da Saúde, o consumo de leite (líquido ou derivados), varia de acordo com a idade. Para crianças de até dez anos recomenda-se 400 mL/dia. Para jovens de 11 a 19 anos, o consumo é maior, de 700 mL/dia e para adultos e idosos com mais de 20 anos a recomendação é de 600 mL/dia. Em relação aos produtos com uma quantidade de cálcio, encontramos pães (lembrando que a quantidade é pequena, com duas fatias e meia de um pão enriquecido, você repõe apenas 15% do valor de cálcio recomendado para aquele dia) e biscoitos (apenas 5% do valor diário para uma porção de 30g).
Uma das bebidas mais tomadas do mundo apareceu recentemente em uma versão que além de light, tem vitaminas. Dentre elas, estão a B3 (conhecida como niacina, auxilia no bom funcionamento do intestino), a B6 (útil no metabolismo do ferro), a B12 (importante para o sistema neurológico), além de magnésio (que fortalece os dentes). A quantidade de todos esses elementos na bebida é de 23% do valor diário recomendado. "Obviamente, tomar essa versão do refrigerante é mais vantajoso que optar pelo comum. Porém, vale lembrar que tratam-se de bebidas cheias de corantes, conservantes e ácidos que prejudicam a absorção de cálcio.
A melhor opção de bebida sempre será água ou um suco natural, de preferência sem açúcar", explica a nutricionista. Diante de tantas ofertas, vale ficar atento para o consumo moderado dos superalimentos industrializados. "Não precisa proibir seu filho de comer nuggets, mas também não é porque ele tem cenoura na composição que é uma substituição para os legumes", afirma a nutricionista. Ou seja, vale sempre a regra do equilíbrio. E quando não for possível evitar um biscoito recheado ou um refrigerante vale sim pensar nas versões vitaminadas.
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