A principal função do colágeno consiste em manter a forma e impedir a deformação dos tecidos, pois faz parte da composição de órgãos de sustentação como a pele, os ossos, tendões e cartilagens.
O colágeno é o principal veículo de constituição da musculatura e uma pele saudável, pois 80% da derme é constituída de colágeno, que garante a firmeza e sustentação.
Base para todos os órgãos e estruturas do nosso organismo, o colágeno é responsável por cabelos e unhas fortes.
É difícil encontrar quem ainda não tenha experimentado. Rápida e fácil de fazer, a gelatina tem predicados que vão além da praticidade e da variedade de cores, formatos e sabores.
A defesa vem da ala médica:
A sobremesa de gelatina auxilia na prevenção de determinadas doenças. E para quem insiste em empanturrar apenas as crianças com a guloseima, um aviso: a gelatina é recomendada para todas as idades, sobretudo, para os idosos.
A lista de benefícios inclui o fortalecimento de unhas, cabelos e ossos, e boa atuação nos processos inflamatórios das articulações.
De acordo com o professor do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, Valdemiro Sgarbieria a gelatina, oriunda da pele do boi e do porco, é uma proteína diferente das outras, porque contém um aminoácido chamado hidroxiprolina.
Essa proteína possui a mesma composição do colágeno, presente na formação de ossos, pele, cabelos, unhas, cartilagens e do tecido conjuntivo.
O processo de envelhecimento, ressalta o professor da Unicamp, implica em diversas alterações no corpo: pele, cabelos, ossos e articulações são afetados. E grande parte dessas transformações ocorre devido à perda de colágeno, que atua na estrutura desses tecidos. É aí que a gelatina entra em ação, pois ajuda a repor essa diminuição.
"No processo de envelhecimento, a gelatina vai auxiliar a retardar o aparecimento de males como a artrose, a artrite e a osteoporose, enfermidades características de idosos", salienta Valdemiro Sgarbieri.
De olho nesses consumidores em potencial e cientes dos efeitos benéficos da gelatina, os fabricantes têm lançado no mercado fórmulas especiais, nas quais acrescentam-se vitaminas C e D, e outros componentes que ajudam na restauração dos tecidos.
Segundo Valdemiro, além da gelatina original, com sabor e servida gelada, existe também a hidrolisada, que por ser solúvel em água, é absorvida mais facilmente pelo organismo. "Em forma de pó, esse tipo pode ser adicionado em sucos e outros líquidos. O sabor é tolerável, e é possível acrescentar aromatizantes", explica.
Como não contém gordura, carboidrato ou colesterol em sua composição, a gelatina bastante utilizada em dietas de emagrecimento. Como não há restrições, ela pode ser consumida todos os dias. "O colágeno é muito importante em qualquer faixa etária, e a gelatina é a melhor fonte", conclui o professor.
Fonte: Andrea Guedes
Colaboração: Marvel Stigliani
Benefícios das gelatinas na reposição de colágeno no organismo.
Segundo o professor do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, Jaime Farfan, o uso da gelatina como ingrediente ou como sobremesa tem contribuído para fortalecer unhas, cabelos e hidratar a pele, dando-lhe maior resistência, mais espessura, crescimento e brilho.
“Sendo um produto extraído do colágeno, especialmente do colágeno bovino, a gelatina contém uma série de fragmentos de proteínas que quando absorvidas pelo intestino são parcialmente digeridas e fornecem aminoácidos, fundamentais para a manutenção de ossos e a reconstituição ou regeneração de algumas articulações”, explica Farfan.
Pesquisas mostram que, por volta dos 25 anos, o organismo começa a diminuir a produção de colágeno em contraposição à necessidade constante dessa importante molécula no processo de rejuvenescimento e reparação celular.
Aos 50 anos, o corpo só produz em média 35% do colágeno necessário. Supõe-se que esta seja uma das principais causas do envelhecimento. Com a diminuição do colágeno, os músculos ficam flácidos, diminui a densidade dos ossos, as articulações e ligamentos perdem a elasticidade e a força, a cartilagem que envolve as articulações fica frágil e porosa, com aspecto de almofada.
Os cabelos perdem o viço, pois diminui a espessura do fio capilar. Alguns órgãos podem sofrer deslocamento e apresentar mau funcionamento. A pele fica mais fraca, desidratada e sem elasticidade, culminando em flacidez e no aparecimento de estrias; o ganho de reserva lipídica é mais acentuado.
A gelatina contém 18 aminoácidos. O organismo humano necessita de 10 dos chamados aminoácidos essenciais, que são consumidos através dos alimentos. Gelatina contém 9 destes aminoácidos essenciais em uma proteína alimentícia de fácil digestão e utilização.
O aminoácido triptofano não está presente na gelatina; entretanto, isto não é muito significativo, uma vez que este aminoácido é encontrado em quantidades adequadas em outros alimentos da dieta.
De acordo com Farfan, a gelatina é um alimento puro e é composta por cerca de 84% de proteínas, 2% de sais minerais e água. É livre de carboidratos e gorduras, assim como de colesterol ou purinas. Também não contém qualquer tipo de aditivo em sua constituição.
“A mais importante propriedade da gelatina é sua capacidade de formar um gel termo-reversível, a partir de soluções com amplos limites de concentração, isto é, podemos converter uma solução para a forma sólida e reconvertê-la para a forma líquida, por meio de aquecimento.
Por esta razão, é um agente de ligação ideal e encontra usos nas mais variadas aplicações, como: sobremesas de gelatinas, gomas de gelatinas,
“marshmallows”, caramelos, doces, iogurtes, mousses, queijos cremosos,
“aspics” e muitos mais. Gelatina é também importante em aplicações farmacêuticas e fotográficas”, acrescenta o professor.
Segundo o professor, como a gelatina é uma fonte de nutrientes que são úteis para a manutenção da boa saúde e de ossos, cartilagens, tendões e inclusive da própria pele, é recomendado que nos mantenhamos uma ingestão constante dessas proteínas ‘colagenosas’.
“Esse processo de reposição celular da pele pela ingestão de colágeno é bastante complicado e, agora que está começando a entender o que ocorre nas articulações da pele”, conclui.
Fonte: Camila Cotta/Agência Brasil - ABr.
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