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O AÇAÍ, a "superfruta" mais conhecida, que cresce em uma palmeira do solo amazônico, conquistou o mercado dos Estados Unidos há pouco mais de 10 anos quando revistas publicaram matérias sobre seus benefícios e os consumidores avaliaram positivamente suas propriedades nutricionais. Sua elevada concentração de antocianina, pigmento que dá a cor roxa ao açaí, transforma a fruta num potente antioxidante, substância que desacelera a deterioração das células do cérebro.
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A incrível popularidade da fruta se reflete nos infinitos sites de vendas online de produtos derivados do açaí, além de centenas de estudos supostamente científicos que demonstram seus inigualáveis efeitos positivos. As empresas que comercializam produtos a base do fruto amazônico lucraram US$ 106 milhões em 2008, de acordo com dados da Spins, empresa especializada em produtos naturais. No Brasil, o açaí se transformou em um alimento rotineiro, disponível em qualquer esquina das ruas das grandes cidades como o Rio de Janeiro, e geralmente servido gelado, acompanhado de cereais e misturado ao guaraná.
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Com propriedades estimulantes, o GUARANÁ é outra joia da floresta amazônica que conquistou o público dentro e fora do Brasil. Conhecido pelo seu alto poder calórico, o guaraná é mais consumido em refrescos e refrigerantes, embora também se venda em pó e em barras de cereais. Brasil, o terceiro exportador agrícola do mundo, superado só pelos Estados Unidos e a União Europeia, é o único país que exporta guaraná, embora sua produção ainda não satisfaça a crescente demanda internacional, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
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Entre as "superfrutas" da moda também está o CUPUAÇU, parente próximo do cacau. Da mesma forma que o açaí, a fruta é rica em proteínas e vitaminas, e é utilizada tanto como alimento como componente de cosméticos, tais como óleos, condicionadores e cremes hidratantes. Acostumada em abastecer a demanda local, a região começa a explorar outras fontes além das clássicas "superfrutas", em vista das vantagens econômicas das mais de 200 espécies de frutas disponíveis na floresta.
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É o caso do estado de Rondônia, uma das regiões mais pobres do Brasil, que vê nesta tendência internacional uma oportunidade para impulsionar a produção agrícola. "As boas condições ambientais e a crescente demanda das frutas tornam a fruticultura uma atividade econômica de potencial elevado", apontou um relatório da Embrapa, que defende a criação de cooperativas. Devido à crescente popularidade dos produtos amazônicos, empresas de vários países estão de olho em outras frutas de nomes exóticos como buriti, camu-camu e pupunha, que devem conquistar os adeptos da vida saudável.
Fonte: Estadão
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