OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Alimentação saudável



Dieta 1200 Kcal

Dieta 1200 Kcal



 Refeição
 Quantidade
 Substituição
 Pão Francês 1 unidade Qualquer alimento do Quadro 1
 Queijo Minas 1 Fatia Média Qualquer alimento do Quadro 2
 Leite Desnatado 1 Copo Duplo Qualquer alimento do Quadro 3
 Café c/ adoçante artificial À Vontade Chá ou Limonada c/ adoçante
  Colação (+ou - 10:00h a.m.) 
 Fruta ou Suco de Frutas 1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
 
 Almoço
 
 Feijão 1 Concha Média Qualquer alimento do Quadro 4
 Arroz 3 colheres de sopa cheia Qualquer alimento do Quadro 5
 Carne 1 Porção Qualquer alimento do Quadro 6
 Vegetal do Grupo A À vontade Qualquer alimento do Quadro 7
 Vegetal do Grupo B 4 Colheres de sopa Qualquer alimento do Quadro 8
 Fruta 1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
 
 Lanche da Tarde
 
 Chá com adoçante À Vontade Café ou Limonada c/ adoçante
 Pão Francês 1/2 unidade Qualquer alimento do Quadro 1
 Margarina Vegetal 2 pontas de faca 
 
 Jantar
 
 Arroz 3 colheres de sopa cheia Qualquer alimento do Quadro 5
 Carne 1/2 porção Qualquer alimento do Quadro 6
 Vegetal do Grupo A À Vontade Qualquer alimento do Quadro 7
 Vegetal do Grupo B 4 colheres de sopa Qualquer alimento do Quadro 8
 
 Ceia
 
 Fruta ou suco de frutas 1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
   


Dieta 1400 Kcal

Dieta 1400 Kcal



 Refeição
 Quantidade
 Substituição
 Pão Francês 1 unidade Qualquer alimento do Quadro 1
 Queijo Minas 1 Fatia Média Qualquer alimento do Quadro 2
 Leite Desnatado 1 Copo Duplo Qualquer alimento do Quadro 3
 Margarina 2 Pontas de faca 
 Café c/ adoçante artificial À Vontade Chá ou Limonada c/ adoçante
  Colação (+ou - 10:00h a.m.) 
 Fruta ou Suco de Frutas 1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
 
 Almoço
 
 Feijão 1 Concha Média Qualquer alimento do Quadro 4
 Arroz 4 colheres de sopa cheia Qualquer alimento do Quadro 5
 Carne 1 Porção Qualquer alimento do Quadro 6
 Vegetal do Grupo A À vontade Qualquer alimento do Quadro 7
 Vegetal do Grupo B 4 Colheres de sopa Qualquer alimento do Quadro 8
 Fruta 1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
 
 Lanche da Tarde
 
Fruta ou Suco de Fruta1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
 
 Jantar
 
 Feijão 1 Concha média Qualquer alimento do Quadro 4
 Arroz 3 colheres de sopa cheia Qualquer alimento do Quadro 5
 Carne 1 porção Qualquer alimento do Quadro 6
 Vegetal do Grupo A À Vontade Qualquer alimento do Quadro 7
 Vegetal do Grupo B 4 colheres de sopa Qualquer alimento do Quadro 8
 Fruta ou suco de frutas 1 Quota Qualquer alimento do Quadro 9
   





Tabela de Substituições



Quadro1
Quadro 6

Pão Integral
2 fatias
(cada porção: utilizar assados, cozidos ou grelhados)

Pão de forma
2 fatias
Bife de chapa
1 unidade média

Pão de forma diet
3 fatias
Almôndegas
4 unidades médias

Pão de centeio
2 fatias
Carne moída
3 colheres de sopa

Pão de graham
2 fatias
Picadinho de carne
3 colheres de sopa

Pão de milho
2 fatias
Carne assada
2 fatias finas

Biscoito maisena
7 unidades
Bife rolet
2 unidades pequenas

Biscoito triggy
7 unidades
Frango
1 peito pequeno

Biscoito Maria
6 unidades
Peru
5 fatias finas

Bolacha água e sal
5 unidades
Coxa de frango
2 unidades pequenas

Bol. Cream Cracker
4 unidades
Frango desfiado
5 colheres de sopa



Bacalhau cozido
1 pedaço médio



Peixe
1 posta grande



Ovo
2 unidades

Quadro 2
Quadro 7 

Queijo prato
1 fatia fina
(Vegetal A: utilizar cru ou cozido)

Ricota
1 fatia grossa
Abóbora d'água
Bertalha

Requeijão
1 colher de sopa
Agrião
Chicória

Catupiri
1 fatia fina
Berinjela
Cebola

Polenguinho
1 unidade
Couve
Acelga

Leite desnatado
1 copo duplo
Jiló
Almeirão



Rabanete
Endívia



Aipo
Espinafre



Abobrinha
Mostarda



Alface
Pepino



Brócolis
Repolho



Couve-flor
Taioba



Maxixe
Alho

Quadro 3
Quadro 8

Iogurte natural
1/2 copo duplo
(Vegetal B: utilizar cozido, refogado ou ensopado)

Nescau prontinho
1/2 unidade
Abóbora
Vagem

Coalhada
1/2 copo duplo
Beterraba
Nabo

Iogurte com sabores
1/2 copo duplo
Quiabo
Petit-pois (ervilha em grãos)

Leite em pó integral
1 e 1/2 colher de sopa
Chuchu
Ervilha verde (em vagem)

Queijo Minas
1 fatia média
Cenoura


Quadro 4
Quadro 9 

Ervilha seca cozida
3 colheres de sopa
(cada cota:)

Grão de bico cozido
2 colheres de sopa
Abacaxi
1 fatia

Lentilha cozida
1 colher de sopa rasa
Ameixa
3 unidades médias

Soja
2 colheres de sopa
Banana prata
1 unidade média



Banana d'água
1/2 unidade média

 Quadro 5
Caju
2 unidades grandes

(Para cada colher de sopa de arroz)
Caqui
1 unidade grande

Angu (polenta, fubá)
1 colher de sopa
Fruta do conde
1 unidade média

Batata  cozida
1 unidade pequena
Goiaba
1 unidade média

Farinha de mandioca
1 colher de sobr. cheia
Laranja
1 unidade média

Macarrão cozido
1 colher de sopa cheia
Maçã
1 unidade pequena

Nhoque
1 colher de sopa
Mamão
1 fatia fina

Panqueca
1 unidade pequena
Manga
1 unidade pequena

Pirão
1 colher de sopa
Melancia
1 fatia média

Purê de batata
1 colher de sopa
Melão
1 fatia média

Farofa
1 colher de sobremesa
Morango
10 unidades grandes



Pêra
1/2 unidade média



Tangerina
1 unidade grande



Uva moscatel/preta
10 bagos



Uva Itália/ Rubi
5 bagos












Alimentação saudável

Dicas para uma alimentação saudável

 
Seguindo o guia para a escolha de alimentos, você terá melhor saúde e reduzirá a possibilidade de adoecer. A alimentação deve ser equilibrada e variada, contendo alimentos que forneçam quantidades suficientes de nutrientes que o organismo necessita. Uma maneira prática de selecioná-los é a pirâmide alimentar que você conhecerá em detalhes logo abaixo.


Sobre este guia
Este é pequeno guia traz informações gerais sobre como você pode escolher alimentos saudáveis e um resumo do que deve ser consumido todos os dias. Escolha uma dieta com diversos alimentos de todos os 8 níveis da pirâmide.

A pirâmide alimentar e a saúde
Os alimentos estão distribuídos na pirâmide em 8 níveis, de acordo com o nutriente que mais se destaca na sua composição: arroz, pães, massas, batata, mandioca e farinhas em geral (fontes de carboidratos); verduras, legumes e frutas (fontes de vitaminas, minerais e fibras); carnes, ovos, leite e leguminosas (fontes de proteínas, vitaminas e minerais); óleo e gorduras (fonte de gorduras); e açúcares e doces (fonte de carboidratos). Os óleos e açúcares estão no topo da pirâmide mas, também, estão presentes na composição e na preparação dos alimentos, daí a presença destes alimentos em todos os níveis da pirâmide.
Os alimentos estão apresentados em porções. Entende-se por porção a quantidade de alimento em sua forma habitual de consumo (unidades, xícaras, fatias, colheres...) ou em gramas. Essa quantidade é estabelecida a partir das necessidades nutricionais e das dietas específicas de cada pessoa.
Equivalentes de porção
Para cada nível da pirâmide foram estabelecidas as porções dos alimentos que são equivalentes em energia. Por exemplo: 1 xícara de leite equivale a meio copo de iogurte ou 1 fatia de queijo minas. O que significa 5 porções do grupo do arroz? Significa, por exemplo, que você pode comer, durante o dia, 4 colheres (sopa) de arroz, 1 pão francês, 5 biscoitos tipo "cream cracker", 3 colheres (sopa) de farinha de mandioca e 1 fatia de bolo.

Grupo

N° de porções

Calorias por porção

Equivalente de cada porção

Cereais,  pães,  tubérculos e raízes 5 a 9 150
1 pão francês, 5 biscoitos cream cracker, 2 unidades pequenas de batatas cozidas, 4 colheres das de sopa de macarrão ou arroz.
Verduras e legumes. 4 a 5 15 
1 tomate, 2 colheres das de sopa de cenoura ralada, 15 folhas de alface
Frutas.  3 a 4  70 
1 banana ou maçã ou pêra ou laranja, 1 fatia de mamão ou abacaxi ou melancia, ou 1 copo americano de suco de laranja
Leite, iogurtes, queijos magros. 70 
1 xícara das de chá de leite desnatado, 1 copo de iogurte desnatado, 1 fatia de queijo minas.
Carnes e ovos. 1 a 2  190 
1 bife médio ou 1 filé de frango ou 2 ovos.
Leguminosas. 1 a 2  70
4 colheres das de sopa de feijão, 2 colheres das de sopa de grão-de-bico, 3 colheres das de sopa de lentilha.
Gorduras.  1 a 2  70 
1 colher das de sopa de azeite de oliva ou de outros tipos de óleos, 1 colher de sobremesa de margarina cremosa ou creme vegetal.
Açúcares e doces 1 a 2  110 
1 colher das de sopa de açúcar, uma fatia de bolo simples, 1 copo de refrigerante.
       
As quantidades de porções a serem utilizadas de cada grupo varia conforme a quantidade total de calorias necessárias ao organismo. A quantidade certa de calorias depende da idade, sexo, peso, altura e grau de atividade física.
       

Dicas importantes para sua alimentação

Divida sua alimentação em, pelo menos, 3 refeições ao dia: café da manhã, almoço e jantar.
Coma devagar, mastigando bem os alimentos.
Ao fazer as refeições fora de casa, mantenha hábitos saudáveis.
Procure variar a alimentação de acordo com os grupos dos alimentos para evitar a monotonia alimentar.
Escolha sempre uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos.
Procure consumir carnes e leites magros.
O consumo de gema de ovo e de preparações que as contenham não deve ultrapassar o equivalente a quatro unidades por semana.
Modere o consumo de açúcar, doces, sal, e bebidas alcoólicas.
Dê preferência aos óleos vegetais (girassol, milho, canola, soja, azeite de oliva), margarinas cremosas ou "light".
Utilize temperos naturais (alho, cebola, orégano, cheiro verde etc).
Leia os rótulos dos produtos para saber sobre sua composição.
Procure consumir os alimentos, sempre que possível, em sua forma natural.
Preste atenção ao modo de preparo, dando preferência às preparações assadas, cozidas em água ou a vapor, grelhadas, refogadas.
Cuide do seu peso, tendo uma alimentação equilibrada e variada e praticando atividades físicas regularmente.
Medidas radicais não são recomendadas. Mude seus hábitos alimentares gradativamente.
       














 http://drfabiofujita.site.med.br/index.asp?PageName=Tabela-20de-20Substitui-E7-F5es




Atividade Fisica

Atividade Física

Para manter o diabetes e a obesidade sob controle, a atividade física é um dos fatores indispensáveis - ao lado da dieta e da medicação. Saiba mais sobre a relação entre diabetes e peso, benefícios da atividade, o que escolher de acordo com seu estilo de vida, etc.


Benefícios da Atividade Física

Praticar exercícios físicos é muito importante para qualquer indivíduo, pois está provado cientificamente que o sedentarismo é prejudicial à saúde. Para a pessoa que tem diabetes, a atividade física traz diversos benefícios adicionais, como o aumento da ação da insulina.
As vantagens de praticar exercícios podem ser divididas em dois tipos: imediatos e tardios.
Como benefício imediato, ou seja, aquele que ocorre logo no primeiro dia, podemos citar:
  • Aumento da ação da insulina
  • Aumento da captação da glicose pelo músculo
  • Captação da glicose no período pós-exercícios
  • Diminuição da glicose sangüínea
  • Aumento da sensibilidade celular à insulina
Já os benefícios tardios são:
  • Incremento das funções cardio-respiratórias
  • Incremento da força e da resistência
  • Outros benefícios Aumento da ação da insulina
Aumento da Ação da Insulina
Em um primeiro momento a afirmativa que a "atividade física aumenta a ação da insulina" parece estar errada, pois há diminuição da produção de insulina durante o exercício. O mecanismo que rege a produção de insulina não tem relação com o mecanismo que rege sua ação. Além disso, a insulina exógena e/ou os hipoglicemiantes orais têm sua ação aumentada pelo aumento do metabolismo, razão pela qual se recomenda, sob orientação médica - e somente nessa condição - diminuir a medicação no dia que a pessoa com diabetes realizar alguma atividade física. Este mecanismo é um dos responsáveis por hipoglicemias induzidas pelo exercício.
Aumento da Captação da Glicose pelo Músculo
Existem três mecanismos responsáveis pelo aumento da utilização e captação da glicose pelas células musculares. Eles consomem grande quantidade de glicose durante o exercício: o aumento da ação da insulina, causada pelo aumento do metabolismo, a atuação específica do exercício nos glicotransportadores GLUT4 e o conseqüente aumento da sensibilidade à insulina.
Captação da Glicose no Período Pós-exercícios
Este fenômeno é responsável por hipoglicemias que ocorrem até 48 horas após a atividade física, sendo explicado pela reposição de glicogênio pelas células e pelo gasto energético causado pela recuperação do organismo, sempre na presença de insulina exógena.
Aqui cabe uma explicação: tão importante quanto a atividade física em si é o período de recuperação do organismo. De pouco, ou de nada, adianta, após uma caminhada de 40 minutos no final da tarde, sentar-se à mesa para saborear uma picanha com fritas. O que foi gasto durante o exercício em poucas horas já estará circulando em nas veias.
Diminuição da Taxa de Glicose
A redução dos índices de glicemia é um dos efeitos mais significativos da atividade física no diabetes. A glicose é fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exercício. Assim, a atividade física tem função parecida com a insulina no tocante ao aumento da utilização de glicose pela célula.
Uma queda para valores inferiores a 60-70 mg/dl caracteriza hipoglicemia induzida pelo exercício, o que é mais comum em pessoas com diabetes que utilizam insulina do que os que não usam. Mas mesmo indivíduos que não tem diabetes estão sujeitos à hipoglicemias durante o exercício, o que causa tontura, visão turva e até desmaio.
Aumento da Sensibilidade Celular à Insulina
Com comprovada atuação nos glicotransportadores, a atividade física eleva a sensibilidade celular à insulina, tornando-a mais eficiente. Este efeito possui duração de 2-3 dias, assim como os outros benefícios descritos acima. Por isso prescrevem-se rotinas de, no mínimo, três dias intercalados por semana, sendo desaconselhável, por esses e outros motivos, as atividades exclusivas de finais de semana.
Benefícios Tardios
Como podem observar, a atividade física produz alterações significativas no contexto glicêmico, mesmo a curto prazo. Mas não são apenas estes os benefícios produzidos pelos exercícios.
Existem também os benefícios tardios, que necessitam de algum tempo para serem notados, normalmente 3 a 4 semanas, dependendo da adaptação orgânica ao esforço. Importante aqui também é o procedimento da pessoa com diabetes durante a recuperação.
Incremento das Funções Cardio-Respiratórias
Sob este título se encontram algumas adaptações do sistema cardio-respiratório e circulatório, descritos na tabela abaixo, que sofrem influência direta do esforço a que o organismo é submetido durante a atividade física.

Efeito
Peso e volume do coração
Aumento
Volume sanguíneo
Aumento
Frequência cardíaca de repouso
Diminuição
Fluxo sangüíneo e distribuição do sangue
Aumento
Pressão arterial em repouso
Diminuição
VO2 máximo Aumento
Aumento
Freqüência cardíaca máxima
Aumento
Freqüência respiratória em repouso
Aumento
Glicogênio muscular e hepático
Aumento
Massa muscular
Aumento
O aumento no peso e no volume do coração proporciona diminuição da freqüência cardíaca de repouso e da freqüência cardíaca máxima, pois o coração passa a contrair e bombear sangue mais eficientemente. O aumento do glicogênio hepático e muscular contribui para minimizar os efeitos das hipoglicemias.
Incremento da Força e da Resistência
O ganho de massa muscular e a melhora no fornecimento e na utilização de oxigênio e energia proporcionam aumento da força muscular, assim como da resistência geral do organismo ao esforço.
Um erro comum é confundir aumento do peso corporal com aumento da gordura corporal. O ganho de massa muscular contribui para elevação do peso corporal, mas não tem relação com aumento de gordura corporal, que tende a diminuir com a rotina de exercícios.
Diminuição da Gordura Corporal
Após 20-30 minutos de exercícios, a gordura passa a ser a fonte primordial de energia, proporcionando decréscimo da gordura nas células adiposas. Dois aspectos importantes para quem quer perder massa corpórea gorda é o tempo mínimo de 30 minutos de exercícios e a ingestão calórica menor do que o gasto. Ninguém vai perder peso se consumir mais calorias do que gasta.
Redução dos Fatores de Risco de Doenças Coronarianas
Atribui-se à atividade física regular o decréscimo do colesterol de baixa densidade - LDL-colesterol - e de muito baixa densidade - VLDL-colesterol (conhecido como mau colesterol) e do triglicérides; e aumento do colesterol de alta densidade - HDL-colesterol - (conhecido como bom colesterol), o que contribui, juntamente, com a diminuição da gordura corporal e aumento da eficiência cardíaca e circulatória, com a diminuição de problemas cardíacos, mesmo aqueles associados ao diabetes, como o infarto do miocárdio e arterosclerose.
A inatividade física é um dos principais fatores de risco de doenças coronarianas, ficando atrás apenas do fumo, pressão arterial e colesterol elevados.
Redução da Ansiedade e da Depressão
O exercício aeróbico contribui para o lançamento, na corrente sangüínea, de certas substâncias neuroquímicas responsáveis pela redução da ansiedade e da depressão, como as endorfinas. A atividade física está, portanto, associada à sensação de bem estar do indivíduo fisicamente ativo.
Outros Benefícios
Além dos benefícios citados, que em si já merecem especial atenção, um efeito importante que a atividade física possui é a efetiva contribuição à prevenção de DM tipo 2 em pessoas com predisposição à doença. Explicações deste fenômeno não estão totalmente esclarecidas, mas evidências apontam para o aumento da sensibilidade celular à insulina, agindo na glicotransportador GLUT4, para a diminuição da gordura corporal, diretamente associada à maior resistência à insulina*, e também para a diminuição do estresse.
Como podemos notar, as qualidades atribuídas à atividade por si já corroboram para que qualquer pessoa com diabetes se engaje num programa de exercícios. Além do que, a manutenção da taxa de glicose no sangue em valores adequados (por exemplo com hemoglobina glicosilada inferior a 7 %) é responsável por reduções nas incidências de doença secundárias ao diabetes: neuropatia, nefropatia, retinopatia etc, e dos sintomas do diabetes: poliúra, polifagia, polidpsia, glicosúria etc.
Se a pessoa com diabetes assumir sua doença e tratá-la como convém, espera-se um quadro que contribua para uma menor necessidade de medicamentos (principalmente do diabetes tipo 2) e dieta menos restritiva (quando na melhora de alguns quadros patológicos).

Estilo de vida

Nesses tempos de culto ao corpo e à saúde, a pessoa com diabetes só tem a ganhar. Isso porque para que ela possa ter uma vida normal, dentro das possibilidades, é preciso ter um estilo de vida saudável. Ou seja, se alimentar bem e praticar exercícios. Com isso fica muito mais fácil manter o peso e o valor da glicemia próximo do normal, evitando, assim, qualquer complicação.
Especialistas afirmam que a dieta adequada ao indivíduo com diabetes pode ser seguida, em linhas gerais, por todos que buscam uma vida mais sadia: pouca gordura, sal e açúcar; poucas calorias; muitas frutas, legumes e verduras; alimentos integrais etc. Mesmo assim é um plano alimentar especial, que precisa ser acompanhado por um nutricionista.
As orientações gerais são: seguir corretamente o número de refeições, as quantidades e os horários prescritos em seu plano alimentar; evitar alimentos com açúcar refinado (bolos, biscoitos recheados, chocolates, balas, mel etc) e gordurosos (bacon, toucinho, banha, pele, frituras, carnes gordurosas etc); comer carnes magras, assadas, cozidas ou bifes grelhados; evitar o consumo de mortadela, salame, salsicha, presunto e alimentos em conserva, pois são ricos em gordura e sal.
Indo às Compras
No supermercado é preciso tomar cuidado na hora de escolher o que será comprado. Levando alimentos saudáveis para casa, já estará dando um grande passo para não fugir da dieta. Dê preferência aos temperos naturais, pois os industrializados contêm grande quantidade de sal. Os óleos mais saudáveis são os vegetais (canola, girassol, milho ou soja), porém evite frituras.
Utilize leite e derivados (iogurte, queijos) desnatados ou light e prefira as carnes magras. Além de controlar o peso, você estará prevenindo o aumento de colesterol. As leguminosas devem fazer parte do cardápio, pois contêm proteínas, ferro e fibras.
E não se esqueça: se for comer uma sobremesa diet ou light, fique apenas com uma porção. Comer o dobro pode significar o mesmo que um doce supercalórico.
Mexa-se
Praticar uma atividade física é muito importante no controle do diabetes, isso porque, além de ajudar a manter o peso, ela traz diversos benefícios, como aumento da ação da insulina e diminuição da glicose.
Converse com o seu médico sobre seus objetivos e planos. Peça para fazer uma avaliação médica e nutricional. Após essa etapa será preciso uma avaliação física, a ser realizada com por um professor de Educação Física. Após esses procedimentos, que devem ser feitos por todo mundo (não só as pessoas com diabetes), você deverá escolher a atividade que mais lhe agrada. Isso porque praticar exercícios não pode ser uma tortura e, sim, um prazer. A atividade física, além dos benefícios para o corpo e saúde, é um anti-stress.
É importante definir um objetivo a ser alcançado. Quando estiver cansado ou desmotivado pense no seu objetivo, na sua saúde, no seu bem estar. Não deixe se abater. Vá praticar sua atividade física mesmo quando não estiver muito animado. É importante cumprir tudo o que foi planejado.
Enfim, é possível viver como qualquer outra pessoa, mas é preciso ter todos os cuidados que o diabetes exige.
*Consultoria: Dr. Marco Antônio Vívolo, membro do Conselho Científico do site da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Consultoria: Dra. Ana Claudia Ramalho (Coordenadora do Departamento de Atividade Física da SBD, gestão 2006/ 2007)

Escolhendo a Atividade Física

Agora que você decidiu praticar uma atividade física é preciso escolher a que mais lhe agrada. Mas é preciso observar alguns procedimentos importantes para que possa usufruir todos os benefícios proporcionados pela atividade física.

Primeiro é preciso analisar duas questões:

* O que pretendo com isso?
* Esta atividade se tornará rotina em minha vida?

O objetivo dessas perguntas é repensar a maneira de lidar com o diabetes. Para muitas pessoas, a atividade física mais parece com dieta: segunda-feira eu começo, prefiro viver menos e aproveitar mais a vida, não tenho tempo etc. O problema dessa forma de pensar é que o diabetes é uma doença que, quando mal controlada, como conseqüência traz complicações irreversíveis e extremamente danosas. Além disso, práticas irregulares de exercícios, como o futebol de final de semana, em nada contribuem para o controle do diabetes.

A segunda etapa é a avaliação médica e nutricional. Para isso, é necessário procurar um médico para realizar uma avaliação de seu estado de saúde. É importante comunicar sua decisão e metas.

Os exames de rotina constam de averiguação da pressão arterial, níveis de gordura no sangue (triglicérides e colesterol), hemoglobina glicolisada, taxa de açúcar no sangue, avaliação cardiovascular e exames nos pés e nos olhos. No caso, para as pessoas com diabetes com idade superior a 35 anos, ou com mais de cinco anos com diabetes tipo 1, ou diabetes tipo 2 diagnosticado, é recomendado check-up periódico. O objetivo é avaliar problemas renais, oftalmológicos ou neurológicos que possam desabonar a inclusão ou limitar a atuação do indivíduo com diabetes em um programa de exercícios, assim como um eletrocardiograma de esforço.

A avaliação física ou cardiorespiratória é uma das etapas mais importantes ao se iniciar um programa de atividade física. Os resultados obtidos com a realização da avaliação física não devem ser vistos apenas como classificatórios, onde mostram se a capacidade do avaliado se encontra ruim, regular ou boa. Esses resultados deverão servir como ponto de partida para a prática de exercícios, onde a preocupação se focaliza nas necessidades, capacidades e finalidades de cada indivíduo. Para cada prescrição existem diferenças individuais na intensidade, freqüência, duração e progressão dos exercícios.

Agora que você já sabe por onde começar, saiba quais as atividades mais indicadas e os cuidados a serem tomados.

 

Pirâmide da Atividade Física

Essa é a recém-criada pirâmide da Atividade Física. A proposta inicial foi desenvolvida pelo Departamento de Saúde Americano (US Department of Health and Human Services). Essa versão é uma prática e simpática adaptação de Kátia Maciel.
Como a pirâmide da alimentação, a base traz sugestões de atividades que devem ser feitas diariamente e a medida que se chega ao topo, aparece o que é preciso reduzir.



Atividade Física, Diabetes e Obesidade

A Atividade Física sempre fez parte da rotina da vida dos seres humanos.
Dessa forma, o que somos hoje em dia como espécie é o resultado de um longo processo de seleção natural, que nos aparelhou para vivermos bem com certos hábitos e estilo de vida. No entanto, com o advento de utensílios e equipamentos feitos para facilitar o nosso dia-a-dia, processo que teve início há aproximadamente 200 anos, e com uma intensidade e velocidade crescentes, aliado à mudança dos hábitos alimentares, fez com que sofrêssemos as conseqüências dessa evolução.
Como decorrência do fenômeno de industrialização associado ao aumento do sedentarismo e mudança de hábitos alimentares, o surgimento da obesidade e também do diabetes tipo 2 na nossa população tem se tornado cada vez mais freqüente.
Se compreendermos esse fenômeno, ou seja, tivermos claros os mecanismos que favorecem o desenvolvimento destas doenças, fica mais fácil atuarmos para evitar ou retardar o seu aparecimento.
Sabemos, no entanto, que a obesidade é uma entidade complexa e que o simples aumento de peso não qualifica indivíduos ao desenvolvimento de determinadas doenças. Há a necessidade de uma predisposição genética que, aliada a fatores ambientais (sedentarismo e má alimentação, entre outros), pode levar ao aparecimento de doenças (dislipidemias, hipertensão, diabetes, etc.).
Na prática, indivíduos com certo grau de obesidade (IMC entre 25 e 30, portanto com sobrepeso), que se exercitam com regularidade, podem ter um risco menor de desenvolver diabetes e outras doenças metabólicas do que os sedentários.
O importante é lembrarmos que, mesmo indivíduos com IMC normal, ou seja, menor que 25, mas que apresentem um valor de circunferência de cintura maior que 94 para homens e 80 para mulheres (segundo a IDF, 2005), apresentam maior risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Em todos esses casos, a atividade física é um fator atenuante quanto ao surgimento ou controle de transtornos metabólicos.
“Todo indivíduo deve acumular pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, na maior parte dos dias (5) da semana (se possível todos), de intensidade moderada, de forma contínua ou acumulada”. Essa é a mensagem do programa Agita São Paul,o que mostra a redução de 33% no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares com esse procedimento.
Especificamente para o indivíduo portador de diabetes, a atividade física aumenta a sensibilidade à ação da insulina. Dessa forma, indivíduos obesos, com resistência insulínica, ou aqueles com uma certa redução na produção desse hormônio, podem ser beneficiados pela realização de exercícios regulares.
É sempre bom lembrar que os efeitos benéficos da atividade física ocorrem somente para quem se exercita com regularidade. Por isso, a importância de realizar atividade física pelo menos cinco vezes na semana.
Caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr, dançar, são algumas atividades possíveis. Mas todos devemos procurar fazer algo que nos seja prazeroso para tornar o exercício um momento de felicidade.

Para Atletas

Se você está pensando em tornar-se um atleta, aguarde diversas mudanças positivas. Isso porque a atividade física ajuda a ganhar músculos e a perder gordura, diminui o apetite, melhora o humor, reduz o estresse e a ansiedade, melhora a imunidade, torna os músculos e as articulações mais flexíveis e melhora a qualidade de vida. O exercício é a atividade mais importante para retardar o processo de envelhecimento, controlar o açúcar sangüíneo e reduzir o risco de complicações diabéticas.
O mais importante para a saúde é o condicionamento físico adquirido em atividades aeróbicas prolongadas, como caminhada acelerada, corrida, ciclismo, natação, remo e dança. Desenvolva um programa de exercício, juntamente com seu médico e treinador, que leve em consideração as condições de sua saúde (controle do diabetes, complicações etc), fatores de risco de doenças cardiovasculares, objetivos e as preferências quanto ao exercício.

Diabetes e o Peso

O excesso de peso é maléfico para qualquer indivíduo. Isso porque pode trazer complicações para o nosso corpo, como doenças cardíacas, derrames cerebrais, diabetes tipo 2, certos tipos de câncer, gota (dor nas articulações devido a ácido úrico em excesso), doenças biliares, apnéia no sono (interrupção da respiração durante o sono) e a osteoartrite (desgaste das articulações).
Quanto maior o sobrepeso, maior a propensão a problemas de saúde. Muitas pessoas com excesso de peso enfrentam dificuldades para chegar ao peso ideal para seu tipo de corpo, porém, na prática, é possível melhorar o estado da saúde com a perda de apenas cinco a dez quilos.
As pessoas com diabetes precisam ter um cuidado especial com a balança, pois se manter no peso ideal ajuda, e muito, a controlar a doença. Isso porque a ingestão diária de calorias e carboidratos influencia no controle glicêmico. Os exercícios físicos também são indicados, não só para manter o peso, como para aumentar a eficácia da insulina, entre outros.
Estudos mostraram que indivíduos obesos, com diabetes ou não, apresentam, em jejum, níveis de insulina aumentados e a liberam mais após sobrecarga oral de glicose (curva glicêmica). Quando este aumento de insulina (hiperinsulinismo) estiver associado ao aumento de triglicérides, diminuição do HDL- colesterol, aumento da pressão arterial e obesidade central, constituirá importante fator de risco para doença coronariana - "Síndrome Metabólica' ou "Síndrome de Resistência à Insulina".
Os portadores de obesidade central, abdominal ou andróide (depósitos de gordura predominantemente no abdome e nas víceras) apresentam maiores fatores de risco do que os de obesidade ginóide (predominantemente no quadril e subcutâneo), pois a obesidade central é uma manifestação da síndrome de resistência á insulina ou seja, com maiores níveis de insulina no sangue e maior incidência de diabetes.
Têm-se dado muita importância ao reconhecimento precoce desta síndrome, pois medidas adequadas - redução de peso, exercícios e medicamentos -, reduzem ou mesmo evitam o aparecimento de diabetes.
Quando uma pessoa se submete a uma dieta de baixo teor calórico, o número de receptores aumenta paralelamente à redução dos níveis de insulina, sugerindo que o excesso alimentar é o responsável pelo hiperinsulinismo e resistência periférica, mais que a massa de tecido gorduroso.
Aumento de Insulina
O professor Dr. Gerald M Reaven, em seu livro "Clinician´s Guide to Non-Insulin-Dependent Diabetes Mellitus", fornece-nos alguns dados importantes para julgar se determinada pessoa apresenta aumento de insulina acima de valores normais, quando submetida ao tese de tolerância à glicose oral (curva glicêmica).
Veja esses valores na tabela abaixo (valores médios normais de insulina no sangue após a sobrecarga oral de 75g de glicose (curva glicêmica) em indivíduos magros e que não possuem diabetes)
Tempo em Minutos
Valores Normais de Insulina em U/ml de plasma
0
10 a 20
30
50 a 80
60
70 a 80
120
40 a 45
180
10 a 20

Indivíduos magros, com intolerância à glicose oral podem apresentar neste teste valores aumentados de insulina nos tempos 30-60-120-180 minutos (aumento da resistência periférica).
Pessoas obesas, sem diabetes, geralmente apresentam valores de insulina em jejum e após a glicose oral superiores aos dos magros e sem diabetes, e este aumento é proporcional ao seu peso (aumento da resistência periférica).
Indivíduos com diabetes, magros ou obesos, geralmente apresentam valores de insulina comparativamente menores que os dos não diabéticos, tanto em jejum como após a sobrecarga à glicose oral (ou pós-alimentar). Essa redução se acentua quanto maiores forem suas glicemias ou hemoglobinas glicadas, ou seja, quanto pior for seu controle do diabetes.
Produção diária de insulina (durante 24 horas)
Sem diabetes

Magros (Peso Normal)
31 unidades/dias
Obesos
114 unidades/dias
Com diabetes tipo 2

Magros (Peso Normal)
14 unidades/dias
Obesos
46 unidades/dias
Com diabetes tipo 1

Jovens
4 unidades/dias

Índice de Massa Corpórea
É importante ressaltar a necessidade de manutenção de peso normal nas pessoas com diabetes e naqueles sem diabetes com antecedentes familiares da doença. Uma das formas para definir o peso ideal é o índice de massa corpórea (IMC). Consideramos um IMC normal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se este valor estiver entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Obtemos esse índice com a divisão do peso em quilogramas pela altura ao quadrado em metros.
IMC =      Peso (kg)
         Altura x Altura (m)
IMC maiores que 25 indicam sobrepeso, maiores que 30 significam obesidade grave e maiores que 40, obesidade mórbida. Como exemplo, podemos citar uma pessoa com 80kg e 1,70m de altura.
IMC = 80 / 1,70 x 1,70 = 80 / 2,89 = 27,68 (maior que 25).
O tratamento da obesidade é sempre necessário e implica, primeiramente, em firme determinação, tanto do paciente obeso como de seu médico. Como a obesidade, na maioria das vezes, resulta de maior ingestão de calorias em relação às calorias gastas, é importante a instituição de dietas hipocalóricas. Ou seja, o total de calorias consumidas deve ser inferior ao calculado para necessidade calórica basal (mínimo de calorias que o corpo precisa para manter os órgãos vitais funcionando).

Obesidade e Síndrome Metabólica

Nos últimos anos houve um aumento na incidência de doenças crônicas (obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares) e fatores de risco associados (como tabagismo, estresse, sedentarismo e alimentação inadequada), que ocasionaram o aumento da morbidade e da mortalidade da população adulta mundial.

A associação da obesidade às outras patologias crônicas citadas acima é denominada Síndrome Metabólica.

Existem alguns desencontros na definição de Síndrome Metabólica (SM), pois não há uma descrição internacional definitiva. Com isso, cada grupo de pesquisadores segue um conjunto de patologias associadas, de acordo com trabalhos desenvolvidos.

Atualmente, estima-se que 24% da população adulta dos EUA e entre 50 e 60% na população acima de 50 anos possuem Síndrome Metabólica (SM). Algumas projeções indicam que, em 2010, os EUA terão de 50 a 75 milhões, ou mais, americanos com a síndrome.

A prevalência da SM vai depender, em grande parte, da forma como será identificada, uma vez que também há diferenças relacionadas com o sexo, faixa etária, origem étnica e estilo de vida. A SM, como a maioria das síndromes, apresenta vários elementos e nem todos precisam estar expressos em todos os indivíduos.

Obesidade e Diabetes

O dia 11 de outubro foi criado para marcar a luta mundial contra a obesidade. Com a finalidade conscientizar os internautas do site da SBD sobre o tema, o Dr. Alfredo Halpern, ex-coordenador do Departamento de Síndrome Metabólica da SBD, foi convidado a responder as 10 dúvidas mais freqüentes sobre o que é a obesidade e a sua estreita relação com o diabetes.
1. A obesidade é um fator importante para desenvolver o diabetes? Por que?
Sim, pois o aumento do tecido gorduroso, particularmente no abdômen, leva à produção exagerada de substâncias que interferem com a ação da insulina produzida pelo pâncreas.
2. Evitar a obesidade é o melhor caminho para prevenir o diabetes?
Sem dúvida nenhuma, a prevenção da obesidade e o combate ao sedentarismo são as armas mais eficientes para evitar o Diabetes tipo 2.
3. Como sei que estou acima do peso?
Aplique o cálculo do índice de massa corporal (IMC) = peso(kg)/altura(cm)2. Se você tiver mais que 25kg/m2 tem excesso de peso e se tiver mais que 30kg/m2 tem obesidade.
4. Que benefícios ganha a pessoa com diabetes ao prevenir a obesidade?
Emagrecer faz melhorar o controle da sua glicemia e previne (ou ajuda) a controlar a pressão arterial e as gorduras no sangue, entre outros benefícios. E, basicamente, diminui muito o risco de doenças cardiovasculares.
5. Qual a importância do acompanhamento médico para evitar a obesidade?
Depende da propensão que você tenha para a obesidade e dos seus hábitos de vida e da tendência (sua e de sua família) para outras doenças. A princípio, deve-se procurar o médico sempre que a pessoa é diabética.
6. E do planejamento alimentar?
O planejamento (eu prefiro a palavra controle) alimentar é básico para se evitar a obesidade.
7. Sendo obesa, quais problemas a pessoa com diabetes pode desenvolver?
Vai aumentar o risco das complicações do diabetes e da aterosclerose (problemas visuais, dos nervos, impotência, infarto do miocárdio, derrame cerebral, gangrena, entre outros)
8. Com diabetes é mais difícil combater a obesidade?
Não há certeza sobre isto, embora alguns estudos mostrem que pessoas diabéticas têm maior dificuldade para perder peso.
9. Qual o melhor caminho, nesse caso, para combater a obesidade?
Procurar um médico, sempre que tiver diabetes e obesidade. Ele vai orientar a melhor dieta, o planejamento para atividade física e medicamentos apropriados.
10. Todo obeso possui Síndrome Metabólica?
Nem todo obeso apresenta Síndrome Metabólica, mas grande parte das pessoas com obesidade abdominal, mesmo não sendo obesos, apresenta a mesma.
*Cerca de 90% das pessoas com diabetes tipo 2 são obesos, isto é, com mais de 20% acima do peso normal.


*Consultoria: Dr. Marco Antonio Vívolo, membro do conselho científico do site da Sociedade Brasileira de Diabetes, membro da diretoria da SBD (gestão 2004/2005; 2006/2007).


* Consultoria: Dra. Ana Claudia Ramalho (Coordenadora do Departamento de Atividade Física da SBD, gestão 2004/2005; 2006/ 2007).


Jundiaí - SP :: segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013  













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Rotulagem dos Alimentos Industrializados Influenciando o Controle do Diabetes

Nutricionista Dra. Celeste Viggiano Membro do Departamento de Nutrição da SBD - Gestão 2006/ 2007

  Diabetes é uma doença crônica, caracterizada por elevadas concentrações de glicose no sangue devido a ausência parcial ou total de insulina. Situa-se entre as 10 principais causas de mortes em adultos, contribuindo para várias outras doenças.

É uma doença que requer atenção nutricional, pelo controle na ingestão de nutrientes, principalmente carboidratos, gorduras e sódio. Esses nutrientes são altamente consumidos por estarem presentes em grandes quantidades nos alimentos industrializados.

Os alimentos industrializados são denominados produtos alimentícios derivados de um alimento in natura ou de matéria-prima alimentar, adicionado ou não de outras substancias permitidas, obtidos por processo tecnológico adequado.

Todo alimento industrializado, de acordo com  a lei, deve conter no seu rótulo: nome comum ou usual do produto; nome do fabricante, importador ou distribuidor; conteúdo liquido em termos de peso, medida ou contagem; conteúdo de nutrientes do produto, apresentado de acordo com as regras ditadas pela tabela de informação nutricional.

Vários produtos apresentam em seu rotulo alegações de saúde, que liga nutrientes a estados de doença. Isso significa, por exemplo, que um produto light nem sempre pode ser consumido por um portador de diabetes, pois nesses produtos há uma redução parcial de algum nutriente, e este pode não ser o açúcar.
Portanto, deve-se ficar atento aos rótulos de alimentos industrializados, prestando atenção em suas informações, pois diversas vezes elas não são realmente o que se acha ser.
Por esse motivo estão listados abaixo de A a Z os termos encontrados nas embalagens dos alimentos, que quando entendidos nos ajudam a fazer escolhas mais saudáveis e nutritivas.



ACIDULANTES – substâncias que promovem a acidez do alimento.

 
AÇÚCAR OU SACAROSE – importante fonte de energia. É a junção de glicose e a frutose. Um produto sem açúcar não contêm sacarose, mas pode possuir outros tipos de açucares como o mel, o xarope de milho e a glicose, entre outros.


ADITIVOS – impedem alterações no alimento e mantêm seu estado fisiológico geral. Também são usados para dar o aroma, a cor, e o sabor aos mais diversos produtos. São substâncias que contêm ou não valor nutritivo, conhecidas como: estabilizantes, corantes, aromatizantes, conservantes, antioxidantes, espessantes, edulcorantes, umectantes, antiumectantes e acidulantes.

 

ADOÇANTES – substancias que adoçam. Dividem-se em dois grupos: os naturais, que são sacarose, frutose, glicose, entre outros, e os sintéticos, como a sacarina, ciclamato, aspartame, sucralose, acesulfame-k, entre outros.

 
ANTIOXIDANTES – são os elementos que impedem a formação de radicais livres no alimento.



ANTIUMECTANTES – reduzem a umidade do produto.



 

AROMATIZANTES – responsáveis por conferir aroma e sabor aos alimentos e bebidas.

 
BAIXA CALORIA – usada quando o alimento possui no máximo 40kcal/100g (sólidos) ou 20kcal/100ml (líquidos).



BAIXISSIMO TEOR DE SÓDIO (ou muito baixo teor de sódio) – expressão destinada aos alimentos com no máximo 40mg de sódio/100g ou 100ml.



 

BAIXO COLESTEROL – o termo é usado para indicar que o alimento tem no máximo 20mg de colesterol/100g (sólidos) ou 10mg de colesterol/100ml (líquidos) e no máximo de 1,5g de gordura saturada/100g (sólidos) ou 0,75g de gordura saturada /100ml (líquidos).

 

BAIXO TEOR DE GORDURA – aparece no rotulo dos produtos que têm no máximo 3g de gorduras/100g (sólidos) ou 1,5g de gorduras/100ml (líquidos).

 

BAIXO TEOR DE GORDURA SATURADA – expressão utilizada quando o alimento possui no máximo 1,5g de gordura saturada/100g (sólidos) ou 0,75g de gordura saturada /100ml (líquidos).

 

BAIXO TEOR DE SÓDIO – os alimentos que têm essa informação em suas embalagens possuem no máximo 120mg de sódio/100g ou 100ml.

 
CÁLCIO – é um mineral que mantém a estrutura do corpo, ossos e dentes, além de prevenir a osteoporose e o raquitismo. As necessidades variam de acordo com a idade. Os adultos, em geral, precisam de 1g por dia. É importante lembrar que a vitamina D ajuda a sua absorção no intestino.



CARBOIDRATOSsão responsáveis por fornecer energia para o corpo, ajudando no crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde. Os carboidratos são divididos em: açúcares simples: glicose, galactose, frutose, sacarose, lactose e maltose e açúcares complexos: amido e fibras. Os primeiros estão presentes no mel, no açúcar de mesa, nas frutas e no leite. Já o amido é encontrado nos cereais e seus derivados, como farinhas, massas, pães, biscoitos, macarrão e também nos vegetais tuberosos como a batata, mandioca, inhame e mandioquinha. As fibras fazem parte da estrutura de diversos alimentos de origem vegetal como as verduras, frutas, grãos e cereais.



 

COLESTEROL – deve-se limitar seu consumo máximo diário a 300mg, recomendado para adultos de altura e pesos médios. O colesterol está presente em alimentos de origem animal, como fígado e outras vísceras, gema de ovo e gordura de alimentos derivados de leite. Quanto mais elevada a concentração de colesterol no sangue, maior será seu acúmulo nas paredes das artérias, provocando seu entupimento, o que é chamado aterosclerose, o grande responsável pelo infarto e derrame cerebral.

 

CONSERVANTES OU CONSERVADORES – são substâncias que impedem as alterações que ocorrem no alimento causadas por microorganismos.


CORANTES – responsáveis por dar cor aos alimentos.
 
DIET – o alimento recebe essa denominação quando tem a indicação para o tratamento de algum distúrbio ou doença. Pode ser isento de açúcar de adição, mas pode ser restrito de outros nutrientes ou substâncias, como o sal. No entanto, isso não quer dizer necessariamente que possuem calorias reduzidas. Um chocolate diet, por exemplo, é indicado para um diabético, pois não contem açúcar. Porém, pode ter o tanto ou mais de calorias que um chocolate comum.

 
EDULCORANTES – conhecidos também como adoçantes, dão o sabor doce ao alimento.



ESPESSANTES – elementos que deixam os líquidos mais viscosos.



 

ESTABILIZANTES – substâncias aplicadas para manter a uniformidade e homogeneidade do produto, deixando-o mais viscoso. Sem contar que esses aditivos previnem a formação de cristais que comprometem a consistência.

 
FERRO – além de transportar o oxigênio até as células, atua também na fabricação de células vermelhas do sangue.


FIBRA ALIMENTAR – componente presente em alimentos de origem vegetal. Contribuem para a diminuição do risco de doenças do coração, câncer de intestino, diabetes, hemorróidas, entre outros problemas. As fibras ainda ajudam a eliminar o colesterol, além de regularem o funcionamento dos intestinos.

 
GLÚTEN – proteína encontrada no centeio, trigo, aveia e cevada. Entre os vários componentes do glúten, a gliadina é a mais prejudicial a quem tem intolerância ao glúten, os portadores de doença celíaca.



GORDURAS INSATURADAS – são as que não prejudicam as artérias. Pelo contrário, ajudam a combater o colesterol ruim. São divididas em: monoinsaturadas e poliinsaturadas. O ideal é que as insaturadas representem mais de 20% das gorduras consumidas.


GORDURAS MONOINSATURADAS – não promovem o aumento do colesterol e protegem o coração.


GORDURAS POLIINSATURADAS – também não elevam o colesterol ruim.


GORDURAS SATURADAS – são as grandes vilãs da alimentação, pois aumentam o nível de colesterol ruim no sangue, elevando os riscos de problemas cardíacos.


GORDURAS TOTAIS – é a somatória das gorduras presentes no produto, ou seja, as saturadas, as monoinsaturadas e as poliinsaturadas. Alguns rótulos apresentam as informações separadamente.


GORDURAS TRANS – muito usadas pela industria dos alimentos, no primeiro estágio, são líquidas e pertencem às gorduras poliinsaturadas. Porém, para obter consistência sólida são submetidas a processos químicos que injetam hidrogênio em alta pressão, transformando-as em gorduras trans. São mais perigosas que as saturadas – além de aumentarem o colesterol ruim reduzem cerca de 20% o colesterol bom. É provável que alimentos que tenham gordura vegetal e óleo vegetal hidrogenado em suas formulações possuam as trans.

 
LACTOSE – é o açúcar do leite, por isso é encontrado apenas nesse produto e em seus derivados. Faz parte da família dos carboidratos. Para ser absorvida e utilizada pelo corpo como fonte de energia, precisa ser “quebrada” pela enzima lactase, encontrada no intestino delgado. Quando essa enzima tem menor atividade, parte da lactose não é digerida, sendo fermentada pelas bactérias no intestino grosso, caracterizando o quadro conhecido por intolerância à lactose.


LIGHT – essa denominação indica que o alimento tem redução de, no mínimo, 25% em um de seus componentes, geralmente gordura ou açúcar. No rótulo, encontra-se também uma tabela comparativa entre o produto light e sua versão comum. Ter menos calorias, porém, não significa que o alimento seja saudável ou nutritivo. Para isso o melhor é comparar os demais nutrientes da formulação.


LIGHT EM SAL (ou Light em sódio) – expressão que avisa que o alimento atende ao atributo ‘baixo teor de sódio’ ou tem o teor de sódio reduzido em pelo menos 25% em relação ao produto convencional.

 
MACRONUTRIENTES – são os nutrientes que conferem os valores de energia aos alimentos. Eles são divididos em três: carboidratos, proteínas e gorduras.

 
NÃO CALÓRICO  (ou não contem calorias ou sem calorias ou livre de calorias) – essa expressão é utilizada nos tipos de alimentos que possuem no máximo 4Kcal/100g ou 100ml.


NÃO CONTEM COLESTEROL – nenhum produto feito exclusivamente com óleos vegetais contém colesterol. Isso porque suas composições não levam ingredientes de origem animal como leite, ovos ou manteiga. Atenção: mesmo sem colesterol o alimento pode conter gordura.

 
PROTEÍNAS – fornecem energia, mas a principal função é atuar na construção dos órgãos, tecidos e células.

 
SEM ACÚCAR – expressão utilizada quando o alimento possui no máximo 0,5g de açúcar/100g ou 100ml.


SEM GORDURA – para usar esse termo, o alimento tem no máximo 0,5g de gorduras/100g ou 100ml.


SEM SAL (ou sem sódio) – essas palavras encontram-se nas embalagens de alimentos que possuem no máximo 5mg de sódio/100g ou 100ml.


SÓDIO – é parte do sal. Seu consumo deve ser limitado a 6g por dia no máximo. O excesso pode causar aumento da pressão arterial.

 
UMECTANTES – a utilização desses ingredientes é importante devido ao fato de possuírem a função de manter a umidade natural do alimento.

 
VALOR ENRGÉTICO OU VALOR CALÓRICO OU CALORIAS – são as unidades de medida da energia dos alimentos, calculadas a partir da quantidade de gorduras, proteínas e carboidratos. Cada pessoa precisa de uma quantidade de calorias específicas por dia, dependendo da idade, do nível de atividade física e do metabolismo.


VITAMINA A – muito importante para o crescimento e fundamental para a saúde da pele e dos olhos.


VITAMINA D –sua função é estimular a absorção de cálcio, garantindo assim ossos e dentes saudáveis, especialmente na fase de crescimento.


VITAMINA E – funciona como antioxidante, eliminando os radicais livres, partículas altamente nocivas que são produzidas pelo próprio organismo.


VITAMINAS DO COMPLEXO B – fazem com que o organismo aproveite melhoras gorduras, os carboidratos e as proteínas, transformando-os em energia. Pertencem a esse grupo as vitaminas: B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B6 (piridoxina), B12 (cianocobalamina), folato, ácido fólico, ácido pantotênico e biotina.

 
ZINCO – trata-se de um mineral importante no sistema imunológico e em muitas reações enzimáticas.








 

 Bibliografia consultada:
Sizer FS e Whitney EN. Nutrição conceitos e controvérsias. 8ª ed. São Paulo: Editora Manole; 2003. p. 47-51.
Viggiano CE. Guia prático de alimentação para o diabético. São Paulo; 2001.Aquino RC. Alimentos industrializados na dieta das crianças do município de São Paulo. São Paulo; 1999. [Tese de mestrado – FCF/FEA/FSP/USP]. O que diz o rótulo de A a Z. Revista VIVA SAÚDE, ano 2, nº15, julho 2005, p. 60-63.
Autores: 
*Ariane Valério Barbosa
*Juliana Parmigiani Antunes
*Tálita Catarina Tognela
*Thais de Souza Afonso
*Thais Ferreira Fontanezi
** Celeste Elvira Viggiano 
* Nutricionistas pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul - SP
** Nutricionista, educadora em diabetes, coordenadora do curso de graduação em Nutrição – Universidade Municipal de São Caetano do Sul  e membro do departamento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes 2006/2007

 

 

 

 


























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