02/02/2013 09h00
- Atualizado em
02/02/2013 09h00
Aos 7 anos, após divórcio dos pais, Bruno foi ganhando peso.
Ao atingir os 134 kg, aos 21 anos, ele decidiu mudar e chegou aos 85 kg.
Mariana Palma
Do G1, em São Paulo
Camiseta que Bruno usava quando tinha 134 kg
ficou larga (Foto: Arquivo pessoal)
Quem vê o estudante Bruno Daniel Galvão Pacheco hoje não imagina que é o
mesmo rapaz que, há dois anos, conseguia comer 34 pedaços em um rodízio
de pizza.
Na época com 19 anos, o jovem não tinha nenhum tipo de regra ou
preocupação com a alimentação, que o fez chegar a 134 kg. “Na época, eu
era dependente da comida”, conta ele, natural de Itu.
Porém, um dia em frente ao espelho, ele não gostou do que viu e sentiu
que precisava mudar o estilo de vida. “Não queria ser mais daquele
jeito”, lembra. Depois de um ano seguindo uma rotina diária de
exercícios físicos e reeducação alimentar, ele provou a si mesmo que era
capaz e conseguiu chegar aos 85 kg - 49 kg a menos na balança.
“Parei de comer frituras e massas e passei a comer muita salada e
alimentos grelhados”, diz. Atualmente, acostumado com a dieta saudável,
ele diz que passou a sentir prazer em alimentos que antes não gostava.
“Hoje eu adoro alface, tomate, abobrinha, chuchu e cenoura, por exemplo.
Não como isso forçado, como com vontade”, afirma.
O estudante aprendeu a comer de um jeito saudável, sem exageros e com consciência (Foto: Arquivo pessoal)
saiba mais
Porém, para conseguir isso, ele teve que passar por dificuldades e
tentações difíceis, principalmente quando saía com os amigos para os
bares. “Todo mundo pedia porções e eu tinha que pedir um suco e um
grelhado. Mesmo na minha casa, eu deixava de comer pizza com a família”,
conta.
Bruno, que sempre fez exercício físico, só conseguiu emagrecer quando
acrescentou a dieta saudável ao dia a dia. “Quando tinha 7 anos, meus
pais se separaram e foi aí que comecei engordar, porque buscava refúgio
na comida”, lembra. Aos 17 anos, ele já pesava 115 kg e foi proibido
pelo médico de fazer qualquer atividade mais pesada, porque corria
riscos de ter um problema cardíaco. “Naquela época, eu era um
adolescente pré-diabético, com colesterol e pressão alterados”, diz.
Porém, anos depois, o estudante se tornou um adulto com a saúde ótima
para qualquer exercício. “Com o tempo, o meu problema com a separação
dos meus pais foi passando. Hoje sou mais forte”, avalia. Com a mente no
lugar, ele passou a se exercitar todos os dias, misturando exercícios
aeróbicos, futebol, corrida e luta. “Comecei a ver o exercício como um
trabalho e, como tinha disponibilidade de horários, era mais fácil”,
diz.
O gordinho é sempre o engraçado ou é nada no grupo de amigos e eu
sofri isso na adolescência. Mas hoje eu sei do meu valor e tenho muito
mais confiança"
Bruno Daniel Galvão Pacheco
Um ano depois, com 85 kg e a auto-estima totalmente renovada, Bruno diz
que descobriu um potencial que não sabia que tinha. “O gordinho é
sempre o engraçado ou é nada no grupo de amigos, e eu sofri isso na
adolescência. Mas hoje eu sei do meu valor e tenho muito mais
confiança”, afirma.
Para ele, o primeiro passo é colocar na cabeça a necessidade de
mudança. “Quando você quer, faz acontecer. A força de vontade, a
determinação e a fé te levam além do que você imagina”, avalia. O jovem
lembra-se de todos os momentos de dificuldade de um jeito positivo e diz
que tudo serviu para que ele continuasse. “Quando saía para correr na
rua, as pessoas passavam de carro tirando sarro e diziam que eu nunca
conseguiria emagrecer, mas eu usava aquilo como um estímulo”, lembra.
Bruno alerta que a perda de peso não acontece de um dia para o outro e o
ideal é que as coisas aconteçam aos poucos. “Não pode deixar a espera
matar a esperança. Eu estava com aquele peso há 15 anos e sabia que não
ia perder em 3 meses”, diz. Agora, com a cabeça no lugar e o novo estilo
de vida totalmente estabelecido, ele diz que ainda pretende perder mais
3 kg. “Hoje estou aqui, firme, forte e principalmente feliz”, conclui.
Bruno ficou mais confiante e descobriu um potencial que não sabia que tinha (Foto: Arquivo pessoal)
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