OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


quinta-feira, 19 de abril de 2012

E agora, qual o melhor: poupança, CDB, fundo DI ou Tesouro Direto?

E agora, qual o melhor: poupança, CDB, fundo DI ou Tesouro Direto?

SÃO PAULO – A nova rentabilidade da caderneta de poupança, que entrou em vigor nesta sexta-feira (4), afetará diretamente a remuneração dos poupadores. A partir de agora, sempre que a Selic estiver em 8,5% ao ano ou menos, a poupança passa a remunerar seus aplicadores com 70% da Selic mais TR (taxa referencial). Se a Selic estiver acima de 8,5% a.a., nada muda e a rentabilidade continua em 0,5% ao mês mais TR.
Com isso, especialistas ressaltam que será preciso fazer mais cálculos para saber qual investimento é mais vantajoso em um determinado cenário macroeconômico – os juros básicos da economia é que vão balizar a rentabilidade.
O professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Fábio Fusco, fez, a pedido do InfoMoney, a simulação de rentabilidade de aplicações atreladas à Selic – caderneta de poupança, CDB (Certificado de Depósito Bancário) pós-fixado, LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e Fundos DI.
Confira:
Selic a 9% ao ano
Investimento* Prazo de investimento
6 meses 12 meses  24 meses
CDB (98% do CDI) 2,57% 7,15% 17,33%
CDB (80% do CDI) 1,84%  5,53% 13,74%
Fundos DI 2,80% 5,87% 12,46%
Caderneta de poupança 3,18% 6,46% 13,34%
LFT 4,36% 8,93% 18,54%

Selic a 8,5% ao ano
Investimento* Prazo de investimento
6 meses 12 meses  24 meses
CDB (98% do CDI) 2,57% 7,15% 17,33%
CDB (80% do CDI) 1,84%  5,53% 13,74%
Fundos DI 2,62% 5,48% 11,62%
Caderneta de poupança 3,07% 6,24% 5,89%
LFT 4,13% 8,44% 17,47%

Selic a 8% ao ano
Investimento* Prazo de investimento
6 meses 12 meses  24 meses
CDB (98% do CDI) 2,57% 7,15% 17,33%
CDB (80% do CDI) 1,84%  5,53% 13,74%
Fundos DI 2,44% 5,09% 10,75%
Caderneta de poupança 2,90% 5,89% 12,13%
LFT 3,89% 7,94% 16,40%
Selic a 9% ao ano
Investimento
de R$ 1 mil
Prazo de investimento
6 meses 12 meses  24 meses
CDB (98% do CDI) R$ 1.025,70 R$ 1.071,50 R$ 1.173,30
CDB (80% do CDI) R$ 1.018,40  R$ 1.055,30 R$ 1.137,40
Fundos DI R$ 1.028 R$ 1.058,70 R$ 1.124,60
Caderneta de poupança R$ 1.031,80 R$ 1.064,60 R$ 1.133,40
LFT R$ 1.043,60 R$ 1.089,30 R$ 1.185,40

Selic a 8,5% ao ano
Investimento
de R$ 1 mil
Prazo de investimento
6 meses 12 meses  24 meses
CDB (98% do CDI) R$ 1.025,70 R$ 1.071,50 R$ 1.173,30
CDB (80% do CDI) R$ 1.018,40  R$ 1.055,30 R$ 1.137,40
Fundos DI R$ 1.026,20 R$ 1.054,80 R$ 1.116,20
Caderneta de poupança R$ 1.030,70 R$ 1.062,40 R$ 1.058,90
LFT R$ 1.041,30 R$ 1.084,40 R$ 1.174,70

Selic a 8% ao ano
Investimento
de R$ 1 mil
Prazo de investimento
6 meses 12 meses  24 meses
CDB (98% do CDI) R$ 1.025,70 R$ 1.071,50 R$ 1.173,30
CDB (80% do CDI) R$ 1.018,40  R$ 1.055,30 R$ 1.137,40
Fundos DI R$ 1.024,40 R$ 1.050,90 R$ 1.107,50
Caderneta de poupança R$ 1.029 R$ 1.058,90 R$ 1.124,30
LFT R$ 1.038,90 R$ 1.079,40 R$ 1.164

Fundos DI (com taxa de administração média de 1,5% ao ano)
- Poupança - rendendo 70% da Selic mais TR (no caso da Selic a 8,5% ou menos) e TR +0,5% ao ano com Selic acima de 8,5%
- LFT - São três as taxas incidentes:
a) 0,10% sobre o valor de cada compra. Assim, se você ficar com o título por um ano, pagará 0,10% ao ano de taxa. Esta taxa será maior se você ficar menos tempo com o título e menor se você ficar mais tempo com o título.
b) 0,30% ao ano de taxa de custódia, cobrada pela BM&F Bovespa e
c) taxa de serviço cobrada pela corretora. Média de 0,3%.
Total: 0,70% ao ano
CDB - O professor considerou o CDB prefixado, já que em um cenário de queda de juros, esta seria a opção mais indicada.
Pesquisar o melhor investimentoAs simulações acima mostram a importância de negociar a rentabilidade do CDB. O investidor que conseguir um percentual maior do CDI terá uma rentabilidade bem mais atrativa do que aquele que aceitar uma taxa menor, o que pode fazer uma grande diferença - principalmente no longo prazo.
Outro ponto importante que deve ser cada vez mais levado em consideração é a taxa de administração dos fundos de investimento. Segundo o economista Luiz Calado, autor do livro Fundos de Investimento: Conheça Antes de Investir, se fizesse uma aplicação de R$ 100 mil de até seis meses (prazo em que o IR cobrado é o maior, de 22,5%) em um fundo DI com taxa de administração de 0,5% ao ano, a rentabilidade líquida (já descontada a taxa e o Imposto de Renda) seria de R$ 486 no primeiro mês. Já se aplicasse em um fundo com taxa de administração de 1% ao ano,  o investidor receberia R$ 41 a menos (R$ 445) só no primeiro mês.
Ainda segundo Calado, no caso da Selic estar em 5,5% ao ano (também para uma aplicação de R$ 100 mil e prazo inferior a 6 meses), um fundo DI com taxa de administração de 1% pagaria R$ 263. Se conseguisse um fundo com taxa de 0,5% a.a. (é bom lembrar que existem fundos DI com taxa de 0,3% ao ano), o investidor teria um retorno, no primeiro mês, de R$ 304.
Prazos mais longos
Quando se trata de investimento de renda fixa, o prazo da aplicação tem um peso importante, por conta da alíquota progressiva de IR – quanto menor o prazo, maior o imposto de renda cobrado.
No caso de uma aplicação superior a 24 meses (em que o IR seria o menor possível, de 15% a.a), com Selic a 8,5% a.a, a rentabilidade dos fundos DI com 1% de taxa de administração passaria para R$ 496 no primeiro mês, enquanto a dos fundos com taxa de 0,5% subiria para R$ 538. Quem investisse em um CDB (a 90% do CDI) receberia um pouco menos: R$ 521, no primeiro mês.
Entenda os motivos da alteração
De acordo com especialistas, a mudança na remuneração da caderneta de poupança era necessária para que o governo conseguisse continuar reduzindo a taxa de juro no País. Isso porque, com a Selic em níveis muito baixos, a poupança ofereceria uma rentabilidade maior do que os títulos públicos e outros ativos de renda fixa.
Desde o final de agosto do ano passado, a Selic já foi cortada seis vezes, em um total de 3,5 pontos percentuais. Entretanto, economistas já enxergavam o nível de 9% ao ano como uma barreira para que a poupança começasse a ser mais atrativa do que outras aplicações de renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto e fundos DI.
"[com a Selic muito baixa] Os títulos do Tesouro Direto e fundos de renda fixa vão se tornando menos rentáveis em relação à caderneta de poupança. Assim, existe um risco de que haja uma migração de grandes investidores para a poupança. Atualmente, a maioria é de pequenos e médios poupadores e teríamos uma invasão de grandes investidores, que atualmente estão em outros investimentos”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Para Fábio Fusco, do Calil & Calil, esta foi uma decisão necessária, principalmente por conta da crise na Europa, cujos reflexos podem afetar a economia brasileira. “A forma como o governo propõe solucionar o problema da discrepância entre o rendimento da poupança e dos títulos financeiros e federais foi muito engenhosa. Preserva as aplicações na poupança, realizadas até 3 de maio, e só será acionada caso a Selic venha atingir o patamar mínimo de 8,5% ao ano”, opina.
Segundo ele, o recurso já deveria ter sido aplicado há mais tempo. “Os reflexos políticos negativos impediram. A partir de agora, o Banco Central terá mais liberdade para definir a taxa básica de juros”, acredita.
Luiz Calado também gostou das mudanças. “As medidas do governo são benéficas à economia. Afinal, se de um lado o rendimento do investimento diminuirá, de outro haverá mais condições para efetuar novos cortes na taxa Selic, o que permitirá  obter financiamentos mais baratos”, aponta.
A partir de agora, outro ponto importante que deve ser levado em consideração  são os depósitos que já estavam na caderneta de poupança antes da mudança da rentabilidade. Com a tendência de queda de juros - ou seja, aplicações atreladas à Selic pagando cada vez menos -, especialistas ressaltam que pode ser mais vantajoso permanecer com os recursos na caderneta, ao invés de sacar e partir para outra aplicação. Portanto, fique antento às taxas cobradas pelos fundos e o percentual do CDB antes de tomar qualquer decisão.
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