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ilustração EVANDRO BERTOL
E, mais do que isso, quem se dedica a essa prática como se fosse uma prazerosa modalidade esportiva ainda conquista outras benesses para o corpo e para a mente. Talvez você questione: afinal, quantas transas por dia, semana ou mês são necessárias para garantir tanta saúde assim?
Não há resposta. "Até porque quantidade não tem a ver com qualidade", diz o urologista e terapeuta sexual Celso Marzano, de São Paulo. Desde que o casal se sinta bem com uma relação diária ou semanal, o organismo já vai tirar proveito. Mas, diante dos bons efeitos que apontaremos a seguir, talvez você não pense duas vezes para intensificar sua atividade entre os lençóis.
Para preservar as artérias, contudo, é preciso suar a camisa no mínimo 30 minutos diários cinco vezes por semana. "E nem todo mundo consegue fazer sexo com essa duração e freqüência", observa o especialista. Então, a mensagem é somar às noites intensas uma corrida ou caminhada no parque pela manhã, por exemplo. Recado à turma que tem hipertensão descontrolada ou doença coronariana: consulte o médico. Nesses casos, tanto o coração pode atrapalhar o sexo quanto ele pode atrapalhar um coração com problemas.
"Ela é o maior analgésico do nosso corpo", afirma a médica Ruth Clapauch, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. E sua ação se prolonga após o ato sexual. Os especialistas estão começando a acreditar que, somada ao trabalho da ocitocina - outro hormônio liberado na hora do gozo -, a endorfina ajuda a aplacar dores crônicas na cabeça e nas juntas.
3 - Um basta ao excesso de estresse
"A atividade sexual diminui o nível de ansiedade", diz o urologista Joaquim de Almeida Claro, da Universidade de São Paulo (USP). "Só se deve tomar cuidado para não transformar o sexo a dois numa mera descarga de estresse", lembra a psicóloga Ana Canosa, da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. É que, nesse caso, vira algo mecânico, quase obrigatório, sem envolvimento emocional. Aí não tem graça - e nem tanto efeito.
"As preliminares também são fundamentais, sobretudo para a mulher, que precisa ser tocada e beijada. A excitação promove uma maior liberação de hormônios, aumentando o tamanho do canal vaginal e as chances de chegar ao orgasmo", diz o ginecologista e obstetra Francisco Anello, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
Ou seja, tudo que antecede a penetração tem o seu valor para o corpo e para a mente dos parceiros. É claro que a relação não se restringe ao momento de catarse. "Mas sem orgasmo não se usufrui de todo o bem-estar após aquele acúmulo de tensão", diz Ana.
6 - Defesas reforçadas
O resultado, no entanto, ainda carece de um consenso entre os médicos. Isso porque, para muitos deles, uma defesa mais a postos não seria fruto da atividade sexual em si. "Há, sim, trabalhos mostrando que pessoas felizes têm melhor resposta imunológica. E a atividade sexual sem dúvida traz felicidade e qualidade de vida", pondera Joaquim Claro.
"Há um aumento do fluxo sangüíneo para a região", conta a fisioterapeuta especialista em urologia Sophia Souto, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, que fica no interior paulista. "Durante o orgasmo, por exemplo, há uma contração dos músculos pélvicos", diz. Quando unida a exercícios específicos para aumentar o controle da própria vagina, a relação ajudaria a tonificar sua musculatura, diminuindo o risco de problemas como a incontinência urinária
9 - Para dormir pesado
Já imaginou visitar um fisioterapeuta para turbinar a vida sexual? Pois as mulheres já podem desfrutar desse serviço - a fisioterapia uroginecológica. Por meio de diversas técnicas, os especialistas ensinam as pacientes a assumir um maior controle da musculatura da vagina. A medida é recomendada, por exemplo, àquelas que penam para ter orgasmos. "Além disso, há um aparelho que se vale de um eletrodo introduzido na vagina para estimular sua contração", conta a fisioterapeuta Floripes de Santi, do Rio de Janeiro. A meta é permitir que, conhecendo e dominando a dita-cuja, suas próprias donas possam usá-la melhor - ou seja, com muito mais prazer.
Entre aranhas e genes A ala masculina, já presenteada no final da década de 1990 com os medicamentos para disfunção erétil, deve aguardar mais tempo pelas novidades da medicina. "Novas drogas, que podem ter efeito mais rápido ou duradouro, ainda estão sob estudo", afi rma o médico Carlos da Ros, da Sociedade Brasileira de Urologia.
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