O que são perturbações do comportamento alimentar?
Ainda hoje, e mesmo com o século XXI já
instalado, continuam a habitar alguns mitos e falsas crenças
associadas às Perturbações Alimentares. É ainda possível ouvir-se
dizer que se tratam de “simples problemas com a comida”, de
“esquisitices”, “modernices”, “mania das magrezas”, “chamadas de
atenção” ou “falta de assuntos sérios em que pensar”, e desmontar
estas cristalizadas convicções, é por vezes uma tarefa bastante
difícil.
Antes de mais, é importante percebermos
que muito deste suposto conhecimento do problema se traduz em puro
desconhecimento. É isso mesmo, um evidente desconhecimento de que
estamos perante doenças, perturbações psíquicas que acarretam com elas
um intenso e prolongado sofrimento, com sérias consequências físicas,
emocionais e psicossociais, e que assim devem ser consideradas.
Convém também esclarecer que muito deste
desconhecimento se pode dever ao facto de estarmos perante
perturbações de definição clínica mais recente. Embora existam
pesquisas históricas que relatem a sua possível presença desde a
Grécia antiga, só desde há cerca de quatro séculos elas têm vindo a
ser percebidas como doenças. Vejamos o caso da Anorexia Nervosa, cuja
primeira descrição científica remonta ao século XVII , mas que só nos
finais do séc. XIX foi determinada como doença e apenas em 1970
definida pelo Psiquiatra Inglês Gerald Russel da forma que a
conhecemos hoje, ou o caso da Bulimia Nervosa, que só em 1979 foi
definida pelo mesmo Psiquiatra como uma perturbação alimentar autónoma.
Ainda o caso da Ingestão Compulsiva, também designado por Binge
Eating, que apenas no início da década de 80 do século XX, se
compreendeu como uma doença independente, e que assim será integrada
na próxima edição do manual de diagnóstico das perturbações mentais.
Resultantes de uma interacção entre
factores biológicos, psicológicos, familiares e socioculturais as
Perturbações do Comportamento Alimentar são mais do que hábitos de
dieta pouco saudáveis ou caprichos com a comida. Elas caracterizam-se
por uma atitude rígida e obsessiva de controlo da alimentação, do peso
e da forma corporal, conduzindo a alterações dos hábitos alimentares,
tais como a redução, a recusa, ou a ingestão excessiva de alimentos, e
a possível prática de comportamentos compensatórios.
Com o tempo, as obsessões acerca da
alimentação, do peso e da forma corporal tomam conta do funcionamento
diário da pessoa, podendo em alguns casos tomar contar da sua própria
vida.
SINAIS DE ALERTA
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- Preocupações intensas e frequentes com o peso e forma corporal;
- Preocupações intensas e frequentes com alimentos, calorias e nutrição;
- Dietas constantes, mesmo quando apresentam sinais de magreza corporal;
- Oscilações de peso rápidas e inexplicáveis;
- Toma de laxantes ou medicação para emagrecer;
- Exercício físico intenso e excessivo;
- Jejuns prolongados;
- Arranjar pretextos e desculpas para abandonar os momentos de refeição;
- Evitar situações sociais que envolvam comida;
- Refugiar-se na casa de banho após as refeições;
- Isolar-se para comer, ou comer mesmo em segredo;
- Evitar alimentos altamente calóricos;
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Anorexia nervosa
Tudo parece começar com uma imensa
insatisfação com a imagem corporal. Na realidade, embora consigam ver
as suas formas corporais de modo real e objectivo, sentem-nas e
interpretam-nas distorcida e exageradamente.
“Não me sinto nada bem assim, estou tão
gorda”, “Não gosto do que vejo ao espelho”, “Tenho de fazer qualquer
coisa para emagrecer, não tarda estou uma baleia autêntica”, são
expressões habituais de quem se sente insatisfeito com o seu próprio
corpo e com a imagem que ele anuncia, e para modificar essa triste
realidade, nada parece mais óbvio, fácil e libertador que iniciar uma
dieta. Poder perder peso e com isso melhorar o estado emocional,
aumentar a auto-estima e uma maior aceitação dos outros, é no mínimo
aliciante.
A dieta inicia-se e a dicotomia perder
peso, emagrecer, perder peso, emagrecer, perder peso, emagrecer
instala-se… À medida que o peso diminui, o medo de o poder voltar a
ganhar intensifica-se, perpetuando esta tendência. Jejuar ou limitar
os alimentos ingeridos, controlando obsessivamente todas as calorias,
assumem-se como tarefas dominantes e podem ser acompanhadas por
períodos de exercício físico intenso. O recurso ao vómito e à
utilização de laxantes ou diuréticos para acentuar o emagrecimento
podem também ocorrer.
Toda a perda de peso é percebida como um
constante triunfo, sinal de adequada disciplina e sensação de
controlo, e o percurso continua a ser dirigido para a maior magreza.
Assim, tendem a apresentar um peso
inferior ao nível normal mínimo para a sua idade e altura, e por
vezes, chegam mesmo a atingir valores tão exageradamente baixos, que
põem em risco a sua própria vida.
É uma doença que se manifesta
maioritariamente no sexo feminino e que tende a surgir na
adolescência, podendo ocorrer entre os 13 e os 18 anos.
Bulimia nervosa
A Bulimia Nervosa é uma doença
silenciosa. Como não está associada a acentuadas perdas ou aumentos de
peso, é das perturbações alimentares aquela que mais despercebida
pode passar.
Por detrás de uma imagem aparentemente
normal esconde-se um corpo insatisfeito, que se move continuadamente
entre ingestões excessivas de comida e comportamentos compensatórios
para dela se libertar. A ideia assumida é de que tudo pode ser
ingerido, pois tudo será expelido de seguida, mesmo antes da absorção
do organismo, impedindo qualquer ganho de peso. Nessas ingestões,
quantidades de alimentos consideradas exageradas pela maioria das
pessoas, são consumidas compulsivamente num curto espaço de tempo, a
um ritmo acelerado, sempre acompanhadas por uma sensação de falta de
controlo sobre o que está a acontecer.
O que é ingerido parece ser variável,
mas verifica-se uma tendência para comida altamente calórica e de
fácil deglutição, como os doces, as bolachas e os bolos ou os
iogurtes, as papas e os salgados. E se inicialmente existe alguma
sensação de prazer ou saciedade, rapidamente emergem as sensações de
ineficácia e falta de controlo, e surgem os de sentimentos de
angústia, vergonha, culpa e a baixa auto-estima. A vergonha leva a que
estes comportamentos sejam na sua grande maioria praticados às
escondidas, longe dos olhares e críticas dos outros, acontecendo
quando se encontram sós, ou sob estratégias como as de levar a comida
para locais seguros como o quarto, onde sabem que não serão
descobertas.
A culpa, o mal-estar e o medo intenso de
ganhar peso, conduzem à urgência da libertação da grande quantidade
de alimentos acabada de ingerir. É necessário “limpar o corpo”, é
fundamental “purificá-lo”, e numa tentativa vã de prevenir o ganho de
peso e aliviar o desconforto, é comum serem praticadas algumas das
seguintes estratégias: vómito auto-induzido, tomada de laxantes ou
diuréticos, uso de clisteres, actividade física exagerada ou períodos
de jejum prolongados. Contudo, estes comportamentos acabam mesmo por
estimular a fome, e conduzem a novas ingestões compulsivas,
facilitando a perpetuação do ciclo vicioso da bulimia.
Com o tempo, o impulso para comer vai-se
tornando cada vez mais intenso, levando ao aumento da frequência e
duração das ingestões bem como ao da quantidade de alimentos
ingeridos. Consequentemente o medo de engordar também se vai
intensificando, podendo surgir como uma resposta extrema, a tentativa
de eliminação imediata de tudo o que é ingerido.
O descontentamento com a aparência
física e o intenso medo de engordar, conduzem por vezes à prática de
dietas restritivas e inflexíveis, impossíveis de cumprir, e amplamente
responsáveis pela instalação deste ciclo bulimico. Mas a Bulimia não
surge apenas do intenso desejo de emagrecer, ela é resultado de uma
complexa interacção entre factores biológicos, psicológicos,
familiares e socioculturais. Traduz-se numa dificuldade em lidar com
sentimentos e quando a doença está instalada, as crises de ingestão
compulsiva parecem surgir como resposta às instabilidades emocionais,
cumprindo a comida uma função calmante, de preenchimento de vazios
psicológicos e de estabilização emocional. E o ciclo bulimico passa a
ser uma resposta de gestão de situações de ansiedade, stress, raiva,
tristeza, frustração, rejeição, entre outras.
A Bulimia Nervosa é uma doença que se
manifesta maioritariamente no sexo feminino, sendo a sua prevalência
ao longo da vida de 1% a 3%. No sexo masculino também pode ser
verificada, embora numa percentagem aproximadamente 10 vezes inferior,
e aqui o exercício físico excessivo apresenta-se como o comportamento
compensatório mais utilizado.
A maioria dos casos encontram-se na
faixa etária dos 20 anos, mas também podem surgir no período da
adolescência ou numa idade mais tardia, e o problema tende a persistir
durante vários anos até à procura de ajuda.
SINTOMAS
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FÍSICOS
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PSICOLÓGICOS
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COMPORTAMENTAIS
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- Grandes variações no peso; Embora normalmente se apresentem com um peso dentro da normalidade;
- Glândulas salivares inchadas, resultante da provocação continuada do vómito;
- Garganta irritada;
- Problemas dentários (esmalte desgastado e surgimento de cáries).
- Fadiga;
- Fraqueza muscular;
- Dificuldades em dormir;
- Irregularidade menstrual;
- Vasos sanguíneos rebentados.
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- Alterações de humor;
- Emotividade e Depressão;
- Obsessão por dietas;
- Dificuldade de controlo, relativa ao acto de comer;
- Medo de não conseguir parar de comer voluntariamente;
- Auto-criticismo severo;
- Pensamentos de auto-censura depois de comer;
- Auto-estima determinada pelo peso;
- Necessidade de aprovação dos outros.
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- Obsessão por comida e ingerir grandes quantidades de alimentos;
- Comer às escondidas;
- Indisposição após as refeições;
- Provocação de vómito;
- Abuso de laxantes, substâncias para emagrecer e diuréticos;
- Uso de clisteres;
- Jejum prolongado e frequente;
- Exercício físico excessivo;
- Fuga a situações que envolvam restaurantes, refeições planeadas e eventos sociais.
- Isolamento Social;
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CONSEQUÊNCIAS!!!!
- Depressão
- Ansiedade;
- Baixa auto-estima;
- Isolamento social;
- Fadiga e perda de energia;
- Baixa pressão arterial;
- Batimentos cardíacos irregulares;
- Dores no peito;
- Tonturas e Dores de cabeça;
- Falta de ar;
- Inchaço das extremidades;
- Aumento das glândulas salivares;
- Garganta irritada;
- Sangue no vómito;
- Perda de esmalte e cáries dentárias;
- Calosidades e feridas nas mãos;
- Retenção de líquidos;
- Desidratação;
- Anemia;
- Menstruação irregular ou inexistente;
- Enfraquecimento e queda de cabelo
- Prisão de ventre e diarreias;
- Inchaço e dores de estômago;
- Úlceras;
- Dilatação e rompimento gástrico;
- Problemas de fígado e rins;
- Alteração do mecanismo de saciedade;
- Desequilíbrio hidroelectrolítico (alterações ao nível da
concentração de sódio, cálcio, potássio, cloro e fosfato – grandes
responsáveis pelo funcionamento do organismo);
- Paragem cardíaca;
- Morte.
CURIOSIDADES |
HISTÓRIA DE CLIENTE |
Sabia que…
A origem da palavra Bulimia deriva dos termos gregos bous, que significa “boi” e limos, que significa “fome”, e que em conjunto se lê “fome de boi”, traduzindo-se num apetite insaciável?
Sabia que…
Estas figuras públicas sofreram de Bulimia:
- Jane Fonda (Actriz);
- Diana Spencer “Lady Di” (Princesa de Gales);
- Alanis Morissette (Cantora;
- Gery Halliwell (Cantora);
- Elton John (Cantor);
|
“ A história repete-se com frequência nos 3 últimos anos. Por
mais que não o queira fazer dou por mim a comer quilos e quilos de
comida alucinadamente, como uma louca, e não tenho outra alternativa
senão vomitar de seguida para me livrar de tudo isso.
Sempre me achei um pouco gorda e lembro-me de ter feito imensas
dietas durante a adolescência. Embora conseguisse sempre emagrecer,
com o tempo voltava a engordar e parecia que todos os sacrifícios que
tinha feito na dieta tinham sido feitos em vão. Um dia percebi que
podia comer tudo o que quisesse sem engordar, se depois vomitasse logo
de seguida. Pensei que tinha encontrado a resposta para os meus
problemas e comecei a agir dessa forma. Conseguia aliviar a culpa dos
ataques de gula, e achava que não engordaria.
Ao princípio isto não acontecia muitas vezes, mas com o tempo foi
ficando mais frequente e agora chega a acontecer diariamente. É algo
terrível. Tenho vergonha de dizer o que como e de dizer as quantidades
monstruosas de comida que devoro. Eu própria me espanto… como é
possível ser-se tão alarve?! Posso dizer que chego ao cúmulo de ir
comprar comida de propósito para os meus ataques, outras vezes como
tudo o que consigo encontrar em casa. E como tudo sem descriminação.
Depois fico tão enjoada e super irritada comigo e preciso urgentemente
de vomitar. Às vezes fico extremamente cansada, mas pior que isso é a
raiva que sinto e o desespero de não conseguir sair deste esquema.
Pela primeira vez resolvi pedir ajuda, não aguento mais este
sofrimento, e preciso que me ajudem a parar com ele. Mereço tentar ser
feliz.”
Maria, 23 anos, Estudante Universitária Bulimia Nervosa |
Ingestão compulsiva
“Tudo começa comigo a pensar em comida… de início não
passa disso, mas depressa os pensamentos se transformam em fortes
desejos e o impulso de comer espreita de perto. É aqui que cedo, e
começo mesmo a comer. De início é um alívio… um grande conforto… que aos
poucos se transforma numa sensação de êxtase e sei que ai já não
tenho qualquer controlo sobre o que estou a fazer… é comer e comer
alucinadamente até mais não, até estar completamente a rebentar, e
sentir-me terrivelmente maldisposta com isso. Depois, imóvel, sem me
conseguir mexer de tantas dores de estômago e barriga, sou invadida por
uma enorme culpa e uma imensa raiva de mim própria”
“Crises de Voracidade Alimentar”, “Ingestão Compulsiva” ou “Binge
Eating” sãos os termos que utilizamos quando nos queremos referir a
esta disfunção alimentar. Embora não seja ainda reconhecida nos
manuais de diagnóstico psiquiátrico como uma Perturbação do
Comportamento Alimentar, há indicações que desde a década de 90 que é
identificada pelos clínicos que trabalham nesta área, e tenderá assim a
ser reconhecida como uma perturbação independente, na próxima edição
dos manuais.
Ela caracteriza-se como foi atrás
descrita, por um comer excessivo e descontrolado de uma quantidade de
alimentos, considerada exagerada pela maioria das pessoas, que só
termina quando um intenso mal-estar ou exaustão física extrema são
atingidos. A ingestão é feita aceleradamente e num curto período de
tempo, e acontece normalmente quando a pessoa se encontra sozinha ou
em locais mais isolados, onde não existe possibilidade de se
confrontar com os outros ou onde essa hipótese e muitíssimo reduzida. E
se os primeiros momentos da ingestão podem ser agradáveis, sendo até
possível saborear-se a comida, depressa se transformam em momentos de
angústia e até mesmo aversão, que se vão intensificando com o aumento
do consumo alimentar.
Depois dos episódios surgem
habitualmente os sentimentos de tristeza e fracasso, de culpa e de
raiva, e enfartadas de comida sentem-se excessivamente vazias. O
aumento de peso é uma consequência destas práticas alimentares e as
dietas evidenciam-se como uma tentativa de resposta. E quanto mais
peso ganham, mais se esforçam por cumprir as dietas, mas quanto mais
se esforçam por cumpri-las, mais se vêem envolvidas em ingestões
excessivas, num ciclo que parece não ter fim.
Tal como acontece na Bulimia, os
episódios tendem a ser desencadeados devido a alterações de humor,
tensões emocionais ou problemas do quotidiano, e mais uma vez, a
procura de comida cumpre a função de apaziguamento e estabilização
emocional. Mas contrariamente à Bulimia, na Ingestão Compulsiva não se
verificam comportamentos compensatórios.
Surge tendencialmente no início da idade
adulta e no que respeita à sua incidência, parece ser a perturbação
alimentar que menor diferença entre sexos regista, embora se verifique
tal como nas outras, uma maior prevalência de casos no sexo feminino.
SINTOMAS
|
FÍSICOS
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PSICOLÓGICOS
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COMPORTAMENTAIS
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- Rápido aumento de peso
- Oscilações constantes de peso
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- Depressão;
- Ansiedade;
- Medo de não conseguir controlar a ingestão de comida;
- Sentimentos de incapacidade em parar de comer;;
- Peso é responsável pelos fracassos socioprofissionais;
- Vergonha dos seus hábitos alimentares;
- Culpa;
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- Obsessão por comida e ingerir grandes quantidades de alimentos;
- Ingerir uma quantidade excessiva de alimentos num curto espaço de tempo;
- Comer rapidamente, e por vezes mesmo sem apetite;
- Isolar-se para comer ou comer às escondidas;
- Comer até ao limite – sensação de não conseguir comer mais nada;
- Ingerir maioritariamente alimentos de alto valor calórico;
- Evitação a situações que envolvam restaurantes, refeições planeadas e eventos sociais;
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CONSEQUÊNCIAS!!!!
- Obesidade
- Diabetes;
- Colesterol elevado;
- Pressão arterial elevada;
- Problemas respiratórios;
- Problemas de rins;
- Problemas de ossos;
- Artrites;
- Problemas de pele;
- Menstruação irregular;
- Dificuldades em engravidar;
- Ansiedade;
- Depressão;
- Pensamentos suicidas;
CURIOSIDADES
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HISTÓRIA DE CLIENTE
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Sabia que…
É um mito pensar que as pessoas com Ingestão Compulsiva têm uma especial obsessão por alimentos doces?
Contrariamente ao que se pensa, a maioria dos alimentos ingeridos
num episódio de ingestão compulsiva, como os bolos, gelados ou
chocolates, possuem na realidade maiores concentrações de gordura do
que de açucares. As quantidades de açúcar ingeridas nestas situações
são muito semelhantes às das refeições de uma pessoa sem perturbação
alimentar.
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“É horrível…
Comer às escondidas, sem parar, como se não houvesse amanhã, até
ficar caída na cama a contorcer-me de dores no estômago. Nestes
instantes o meu coração bate tão depressa com o medo que alguém me
veja que praticamente só engulo a comida, nem chego a mastigá-la.
É assustador como uma pessoa não consegue ter controlo sobre si
própria e, o pior de tudo, é a sensação de desespero e tristeza no
final dos “ataques”. Como sobretudo quando estou desmotivada com a
vida, quando tenho o tempo todo à minha frente, quando me sinto triste
ou ansiosa. E por vezes, arrisco mesmo dizer a maior parte das vezes,
é só para me castigar. Estou constantemente a pensar em comida, acho
até que vivo em função dela.”
Ana, 26 anos, Estudante Universitária
Ingestão Compulsiva |
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