OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Os textos a seguir são dirigidos principalmente ao público em geral e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes de cada assunto abordado. Eles não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores às informações aqui encontradas.

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.


No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,
que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,
que suporte qualquer tipo de labores,
desconheça a ira, nada cobice e creia mais
nos labores selvagens de Hércules do que
nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;
Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
orandum est ut sit mens sana in corpore sano.
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
naturae, qui ferre queat quoscumque labores,
nesciat irasci, cupiat nihil et potiores
Herculis aerumnas credat saeuosque labores
et uenere et cenis et pluma Sardanapalli.
monstro quod ipse tibi possis dare; semita certe
tranquillae per uirtutem patet unica uitae.
(10.356-64)

A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano


sábado, 7 de abril de 2012

A complexa escolha dos ingredientes das receitas culinárias

A complexa escolha dos ingredientes das receitas culinárias

22/02/2012
Preparações culinárias nascem da combinação de ingredientes com cores, texturas, sabores e odores diferenciados. Afim de criar preparações com o melhor sabor e textura possível, chefes de cozinha, em geral, combinam ingredientes que compartilham vários destes aspectos. Partindo deste princípio, o site http://www.foodpairing.com mostra combinações que tem maior chance de funcionar nas receitas. Mas nem tudo é tão óbvio e a ciência da nutrição dá algumas respostas para combinações inusitadas encontradas em restaurantes. Um exemplo comum é o chocolate com caviar. Combinam? Bem, nunca experimentei, mais o fato é que os dois alimentos contém um composto em comum (trimetilamina).  Uma pesquisa recente publicada na prestigiada revista Nature, analisou 56.498 receitas afim de determinar padrões de combinações tanto em receitas ocidentais quanto orientais. A figura a seguir mostra ingredientes de receitas e os compostos que compartilham entre si.
Após testar a relação entre os ingredientes mais utilizados em preparações culinárias, os pesquisadores partiram para uma segunda fase. Estabelecer se as receitas, em geral, apresentam mais alimentos que combinam entre si ou não.
O que se observou e comprovou após análises estatísticas é que preparações ocidentais tem maior tendência em utilizar ingredientes que combinam entre si, como leite, mantega, cacau e ovos. Já receitas orientais e também do sul da Europa tendem a evitar ingredientes que compartilham componentes, como molho de soja, arroz e gengibre.
Os autores deste trabalho destacam as limitações do sistema de pareamento de alimentos proposto no site http://www.foodpairing.com, já que as culinárias regionais nem sempre seguem as combinações  esperadas e conhecidas pelos ocidentais. Além de sabor e aroma, muitas outras características contribuem para a escolha dos ingredientes de uma receita, desde fatores microbiológicos, até a capacidade destes fornecerem corpo e textura à uma preparação.
Para ler o artigo da Nature na íntegra clique aqui.

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