Tudo sobre esta dieta esta aqui:
Dieta:
vocábulo de origem grega, significa estilo de vida. Quando ouvimos a palavra
dieta imediatamente pensamos em privação, renúncia, quando na verdade em sua
origem , o termo dieta expressa a ligação entre o homem e o seu território. No
campo alimentar, existe uma tradição comum entre os países banhados pelo mar
Mediterrâneo, composta dos mesmos alimentos produzidos nestes lugares. A
tradição alimentar que caracteriza estes países recebe o nome de Dieta
Mediterrânea.
Usa-se
atribuir a descoberta da dieta mediterrânea ao médico norte-americano Ancel
Keys, com o livro “How to eat well and stay well, the mediterranean way"
(Como alimentar-se bem e sentir-se bem, à maneira mediterrânea). Ao desembarcar
em Salerno (no sudoeste italiano, próximo à Costa Amalfitana), em 1945, Keys
constatou que as doenças cardiovasculares, tão comuns em seu país, ali eram
muito reduzidas. Além disso, as "doenças do progresso"
(arteriosclerose, hipertensão, diabetes, doenças digestivas, obesidade, etc.)
se manifestavam em um percentual muito baixo.
Na
década de 50, Keys começou o já clássico estudo dos sete países (Seven
countries) no qual classificou muitas dúvidas sobre a diferente distribuição da
doença coronária e sua relação com o modelo dietético. Entre 1958 e 1964,
analisou alguns fatores de risco cardiovascular em 13.000 homens de 40 a 59
anos distribuídos em 16 regiões pertencentes a 7 países: Finlândia, Estados
Unidos, Japão, Holanda e três países mediterrâneos: Grécia, Itália e
Iugoslávia.
Seu
trabalho marcante foi a primeira grande pesquisa sobre a associação entre dieta
e doenças cardíacas. Uma das descobertas mais intrigantes desse estudo foi que
as pessoas que viviam em Creta, outras partes da Grécia e no sul da Itália
tinham uma elevada expectativa de vida adulta e baixíssima incidência de
doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. O Seven Contries Study certamente
levantou a possibilidade de que a dieta mediterrânea poderia proporcionar boa
saúde e vida longa.
Recentemente,
no dia 15 de julho de 2004, o Presidente da República Italiana, Massimo
d’Azeglio Ciampi concedeu ao grande fisiologista americano um prêmio à Saúde
Pública, simbolizado por uma medalha de prata, que foi entregue a um seu
representante visto que, no auge dos seus 100 anos, Ancel Keys não pode
realizar deslocamentos prolongados. Não seria exagerado concluir que a sua
longevidade e também de sua esposa, com atualmente 95 anos, possa ser atribuída
em grande parte à adoção da Dieta Mediterrânea. De 1963 a 2000 a família Keys,
viveu 6 meses por ano em Pioppi, um pequeno vilarejo de 400 habitantes na
Região Campania, no sul da Itália. É neste local que encontra-se o Palazzo
Vinciprova, construído no século XVIII e que atualmente hospeda o Museu do Mar
e o único Museo da Dieta Mediterrânea na Itália, inaugurado em abril desse ano.
Carmine Battipede, diretor do museu, se empolga ao falar da Dieta Mediterrânea
e corrige "Regime? Não senhor, BEM-ESTAR!" ; não é por acaso que à
entrada do Museu se lê um cartaz com os dizeres "La cultura del mangiar
sano e del vivere insieme" (a cultura da comida saudável e de compartilhar
a vida).
Ancel
Keys, elegeu de fato uma região abençoada pelos deuses: rica de história, de
tradiçao gastronômica e de belíssimas paisagens. Vale lembrar que Salerno, a
aproximadamente 90 kilômetros de distância de Pollica (município onde se
localiza Pioppi) era a sede da famosa Escola Médica Salernitana que já na Idade
Média preconizava: "Que o alimento seja a tua medicina e que a medicina
seja o teu alimento".
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2004 Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria Ltda. Todos os direitos
reservados. Desenvolvido por DVA - Digital Video Arts
A região do
Mediterrâneo é formada por países de três continentes diferentes - Itália,
Espanha, Grécia, Iugoslávia, França e Albânia (da Europa), Egito, Líbia,
Tunísia, Argélia e Marrocos (da África), Turquia, Israel, Síria e Líbano (da
Ásia) - e todos são banhados pelo mesmo Mar: o Mediterrâneo.
Apesar das inúmeras
diferenças culturais, econômicas e sociais entre eles, certas características
geográficas (clima, temperatura, solo) influenciaram sua agricultura e,
conseqüentemente, seus hábitos alimentares, ao longo dos séculos.
A dieta dos países
mediterrâneos é composta pelo alto consumo de frutas, hortaliças (verduras e
legumes), cereais, leguminosas (grão-de-bico, lentilha), oleaginosas (amêndoas,
azeitonas, nozes), peixes, leite e derivados (iogurte, queijos), vinho e azeite
de oliva.
Reconhecida pela
combinação bem-sucedida entre paladar saboroso e efeitos saudáveis, a Dieta
Mediterrânea - moldada pelo clima e pela tradição agrícola da região - se
caracteriza pela abundância de cereais (massa, pães, polenta), verduras,
legumes e frutas (frescas e secas); pelo uso do azeite de oliva como principal
fonte de gordura e pelo moderado consumo de produtos de origem animal. Rica em
vitaminas, minerais, carboidratos e fibras e pobre em ácidos graxos saturados,
a Dieta Mediterrânea faz com que os povos da região apresentem os mais baixos
índices de infarto e derrame do mundo e as mais altas taxas de expectativa de
vida.
Mas, o que a faz
diferente em relação à alimentação das outras regiões do mundo? Há um baixo
consumo de carnes vermelhas, gorduras de origem animal, produtos
industrializados e doces (ricos em gordura e açúcar refinado).
De uma maneira geral
podemos dizer que essa dieta é pobre em ácidos graxos saturados, rica em
carboidratos e fibras, e tem alta concentração de ácidos graxos monoinsaturados
derivados do azeite de oliva. O resultado dessa combinação faz com que os povos
dessa região desenvolvam menos doenças e vivam mais.
Tudo isso graças à
presença dos alimentos vegetais minimamente processados que oferecem alto teor
de nutrientes protetores da saúde; as fibras ativam o funcionamento intestinal
e ajudam no controle do colesterol; alimentos que são repletos de vitaminas,
minerais e antioxidantes, substâncias que bloqueiam reações químicas que
desencadeiam tanto doenças como o envelhecimento. Ainda fortalecem as defesas,
tornando as membranas das células resistentes à ação dos radicais livres.
Em síntese, a Dieta
Mediterrânea caracteriza-se por :
Abundância de cereais (massa, pães,
polenta), é rica portanto em carboidratos e em fibras;
Elevado consumo de verduras, legumes e
frutas (frescas e secas);
Pobre em ácidos graxos saturados;
Maior proporção de gordura monoinsaturada
em decorrência de grande utilização do azeite de oliva.
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ALIMENTOS |
CARACTERÍSTICAS |
BENEFÍCIOS |
Frutas, verduras e legumes |
Ricos em fibras, vitaminas e
antioxidantes (como beta-caroteno, licopeno, vitaminas
E e C) |
Ajudam a prevenir a câncer
e de doenças cardiovasculares e colaboram no controle
do peso corpóreo |
Frutas oleaginosas (nozes, amêndoa,
amendoim, pistache |
Excelente fonte de proteínas;
possuem ácidos graxos mono e polinsaturados |
Reduzem as chances do indivíduo
vir a desenvolver Hipercolesterolemia |
Leguminosas (grão de
bico, lentilhas e ervilhas e feijão) |
Ricas em fibras |
Combatem a constipação,
evitam o câncer do cólon e colesterol, prevenindo
dessa forma o aparecimento das doenças cardiovasculares |
Pão, cereais, massa e
arroz |
Ricos em carboidratos complexos,
fibras e vitaminas, se forem integrais também contribuem
com vitaminas do Complexo B, vitamina E e selênio |
Fornecedores de energia para
o organismo |
Leite, queijos e iogurte |
Fontes preciosas de cálcio
e proteínas, especificamente o iogurte contém
lactobacilos vivos |
Prevenção da osteoporose,
fornece ao organismo elementos insubstituíveis
para seu pleno desenvolvimento e fortalecimento da estrutura
óssea. Os lactobacilos vivos beneficiam nossa flora
intestinal, combatendo os microorganismos patogênicos
que possam estar presentes nos intestinos |
Azeite de oliva |
Rico em fenóis (antioxidantes)
e em ácidos graxos monoinsaturados |
Ajuda a reduzir o nível
de “mal colesterol” (LDL) evitando dessa maneira
o risco de doenças cardiovasculares |
Vinho tinto |
Possui alta quantidade de flavanóides
(antioxidantes) e taninos |
Evita a formação
de placas de gorduras (ateromas) na parte interna dos
vasos sangüíneos, e por conseqüência,
diminui o risco para doenças cardiovasculares |
Peixes e carnes brancas |
Excelente fonte de proteínas
completas, ferro e outros minerais, além de conter
os importantíssimos ácidos graxos ômega
3 |
Atuam contra o aparecimento
de uma variedade de doenças, incluindo hipertensão,
aterosclerose, doenças do coração
e câncer |
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Expectativa de vida
Expectativa de vida:
A Itália, por exemplo, ocupa o primeiro lugar em longevidade
na Europa, com uma expectativa de vida de 76 anos para os
homens e de 82 para as mulheres (no Brasil, a expectativa
média de vida é de 67,7 anos).
Pesquisa conduzida pela Escola
de Saúde Pública da Universidade Harvard, dos
EUA, e por instituições européias e publicada
na edição eletrônica da revista NewScientist
em junho de 2003, concluiu que as pessoas que adotam a alimentação
Mediterrânea são mais longevas, pois reduzem
em 25% o risco de morte por doenças cardiovasculares
e câncer. Para chegar a essas conclusões, os
pesquisadores das Universidades de Harvard e de Atenas, na
Grécia, coordenados pela Dra. Antonia Trichopoulou
recrutaram cerca de 22 mil pessoas saudáveis. Cada
uma recebeu uma pontuação de acordo com nove
pratos: vegetais, grãos, frutas, derivados de leite,
carne, peixe, frango, azeite de oliva e vinho.
Cada pessoa ganhava um ponto
caso consumisse um produto, considerado benéfico pelos
pesquisadores, mais do que a média (outras pessoas
de seu sexo). Caso usasse menos que a média os pratos
benéficos em suas refeições, perdiam
um ponto. Analisando a saúde e a taxa de mortalidade
dos participantes, ao longo de quatro anos, os pesquisadores
descobriram uma forte correspondência entre a pontuação
obtida pela avaliação da dieta e a predisposição
para doenças
Doenças Cardiovasculares
A maior pesquisa realizada até agora sobre
os efeitos benéficos dessa forma de alimentação,
comentada em detalhes no próximo item, ressalta que
esta dieta reduz em 33% os riscos de mortalidade por problemas
cardiovasculares.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia
(SBC), por ano, morrem 300 mil pessoas vítimas de doenças
do coração - 28% do total de óbitos no
país.
Câncer
Estudos recentes acrescentam às já
conhecidas vantagens da dieta mediterrânea para o sistema
cardiovascular, a redução do número de
casos de câncer e mortalidade em geral. A dieta, à
base de frutas, hortaliças, peixe, legumes e azeite
de oliva, é a forma de alimentação tradicional
dos países do sul da Europa e norte da África.
Um estudo publicado na revista “New England
Journal of Medicine”, realizado pelo setor de ciências
da Faculdade de Medicina das Universidades de Atenas e Harvard
(Massachusetts), sobre um total de 22.043 adultos saudáveis
entre 20 e 86 anos de idade, citado anteriormente demonstrou
que essa forma de alimentação reduz em 24% os
riscos de mortalidade por câncer.
Diversos estudos científicos realizados
nos últimos anos tinham confirmado as virtudes desta
dieta no sistema cardiovascular, mas os efeitos tão
favoráveis na prevenção do câncer
são uma autêntica novidade. "Quanto mais
se segue a dieta mediterrânea, menor é a mortalidade
por doenças cardiovasculares e câncer",
resume Frank Hu, professor de nutrição da Escola
de Saúde Pública da Universidade de Harvard,
que admite que as novas vantagens sobre o câncer "são
muito intrigantes".
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O alimento principal da dieta mediterrânea, a massa,
é acima de tudo um alimento rico em amido, um açúcar
complexo que é absorvido lentamente pelo organismo.
É pobre em gorduras e assim proporciona uma energia
limpa ao nosso organismo.
A massa se adapta a qualquer tipo de dieta, mas
é importante levar em consideração o
tipo de molho usado, evitando os condimentos muito ricos (nos
molhos, evitar creme de leite, carnes gordurosas, etc.). Ela
é facilmente digerível principalmente quando
consumida “al dente” (sem cozinhá-la demais),
e faz bem a todos, de crianças a anciãos. Além
disso, ajuda aos diabéticos a manter em valores mais
estáveis, o nível de açúcar no
sangue.
O azeite de oliva desempenha um papel primário
junto com o pão, a massa, a fruta, as hortaliças
e o vinho, na prevenção da arteriosclerose e
do infarto.
Na pirâmide da "dieta mediterrânea"
alimentos como - massa, pão, amido, batata -, feitos
de carboidratos complexos, podem ser consumidos diariamente
com moderação, assim como fruta, verdura e leite,
o único alimento animal que pode ser consumido cotidianamente.
Caminhando em direção ao vértice da pirâmide,
o azeite de oliva e então as carnes brancas e o peixe
(uma ou duas vezes por semana); enquanto que as carnes vermelhas,
no alto da pirâmide, não deveriam ser consumidas
mais de uma vez por mês.
Saborosas
e benéficas à saúde, as frutas são alimentos indispensáveis para a cultura
mediterrânea. Mesmo assim e apesar da ampla diversidade da flora nacional, o
brasileiro consome poucas frutas. Seu consumo maior é nas regiões mais quentes
do país.
De
acordo com duas pesquisas de orçamento familiar (POFs), realizadas pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1988 e 1996,
houve um decréscimo de 3,2% para 3% na participação do grupo de frutas e sucos
naturais em relação à disponibilidade total de energia consumida.
Esse
percentual, assim como a diminuição do gasto com legumes e outros vegetais (de
0,6% para 0,5%), está muito aquém do limite mínimo de 7% recomendado para esses
grupos de alimentos.
Uma
das razões para esse baixo consumo é o aumento do comércio de alimentos
industrializados, ricos em gordura, sal e açúcar e pobres em micro-nutrientes.
O
baixo consumo é lamentável, pois o Brasil apresenta uma grande diversidade de
frutas ofertadas durante todo o ano. Elas se caracterizam pela natureza
geralmente polposa, aroma próprio, são ricas em açúcares solúveis e de sabor
doce e podem ser comidas sem a necessidade de preparo culinário.
Os
sucos são boas fontes de fibras alimentares, principalmente se não forem coados
ou peneirados. A utilização integral dos componentes das frutas pode garantir o
acesso a minerais, vitaminas e fibras. Os profissionais de saúde recomendam que
se opte pelos sucos naturais no lugar dos industrializados. Além de perderem
vários nutrientes, os sucos industrializados são ricos em açúcar e calorias e
contêm conservantes e corantes.
O
ideal é que o consumo de frutas aconteça associado ao de verduras e legumes, em
pelo menos cinco porções diárias. Cada um de seus nutrientes desempenha função
essencial para o pleno desenvolvimento e metabolismo do organismo.
Um
fator importante é que os benefícios da dieta se produzem quando esta forma de
alimentação é seguida em sua totalidade, sem excluir um ou alguns de seus
elementos, e os cientistas se perguntam o motivo. Hu, que escreveu na revista
um artigo que acompanha o relatório dos pesquisadores gregos, ressalta que há
duas possíveis explicações para isso. A primeira é que os efeitos de cada grupo
alimentar sejam muito pequenos para ter um impacto significativo de forma
individual, ou que há efeitos sinérgicos entre os componentes da dieta.
Nos
hábitos de alimentação mediterrâneos, cerca de 40% das calorias procedem de
gorduras consideradas "saudáveis", como o azeite de oliva e o peixe,
e pelo menos 50% de carboidratos complexos, procedentes de cereais integrais,
frutas e legumes.
Outro
fator muito importante é a atividade física. A pesquisa também chegou à
conclusão de que a realização de uma hora de exercício intenso diário contribui
para aumentar ainda mais os benefícios da dieta mediterrânea, já que o risco de
mortalidade apresentado pelos voluntários foi 28% menor.
Alguns
conselhos
Além
do consumo dos alimentos indicados, pode-se seguir diariamente a dieta
mediterrânea, observando-se pequenas e simples regras:
Reavaliar a mesa, como ponto de encontro e
intervalo relaxante
Dar importância aos alimentos preparados
com simplicidade e com ingredientes exclusivamente naturais.
Consumir a massa (macarrão) como primeiro
prato. Ao temperá-la, dar preferência ao molho de tomate e azeite de oliva.
A massa deve ser cozida 'al dente', de modo
a conservar o valor nutritivo e prolongar a sensação de saciedade.
Preferir o azeite de oliva, entre os óleos
utilizados na cozinha. Ele é menos nocivo mesmo para as frituras.
Consumir com abundância os produtos
hortifrutíferos, alternando aqueles ricos em vitamina A (cenoura, alface,
abricó, melão ...) com aqueles ricos em vitamina C (cítricos, tomates,
pimentões, morangos ...), cozinhando com o mínimo de água possível.
Consumir peixe, de preferência os azuis
(atum, sardinha, cavala, anchova) típicos do mediterrâneo, capazes de
proporcionar um sabor mais intenso e um elevado valor nutritivo.
Uma taça de vinho durante as refeições
principais, exalta o sabor do prato que o acompanha e melhora os processos
digestivos, estimulando a produção dos sucos gástricos.
http://www.portalitalia.com.br/dietamediterranea/dieta.asp
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