Estudos recentes mostram que a esse tipo de gordura é pior que a saturada – de origem animal – do ponto de vista cardiovascular. A causa: ela “plastifica” os vasos, levando a infartos e derrames.
O problema, segundo ela, é que os alimentos hidrogenados não se resumem a frituras. Biscoitos, sorvetes, chocolate, macarrão de preparo rápido, chips e temperos prontos, só para citar alguns exemplos, fazem parte da grande lista.
“As pessoas estão sendo enganadas. Acreditam que estão comendo algo que faz bem, ou não faz tão mal para a saúde. E, na verdade, é justamente o oposto”, diz ela.
- Sorvete. A grande maioria, até mesmo os light. O sorvete hidrogenado é mais espumoso;
- Pipoca de microondas;
- Temperos prontos, em tabletes ou em pó.
As conseqüências do consumo desenfreado de gordura hidrogenada são pouco divulgadas no Brasil. O mesmo, porém, não tem ocorrido nos países desenvolvidos.
A descrição dessa síndrome – inicialmente chamada de Quarteto da Morte, em 1984 – coincide com o início do uso maciço dos hidrogenados pela indústria alimentícia americana.
O epidemiologista-chefe da Escola de Medicina de Harvard, Walter Willet, diz no site www.transfreeamerica.org que a introdução dos hidrogenados na alimentação foi o maior desastre da história alimentícia nos EUA. Resultou numa epidemia de obesidade e demais doenças.
Gordura trans faz mal
A transformação do óleo vegetal em gordura sólida é a denominada gordura trans, a qual é também conhecida como óleo ou gordura hidrogenada, sendo encontrada com grande facilidade em alimentos industrializados, pois esta tem a finalidade de proporcionar aos alimentos crocância e consistência.
Dentre os alimentos em que a gordura trans está presente encontra-se: batata fritas, manteiga, biscoitos, bolos, sorvetes, bolachas recheadas, sanduiches ou lanches, e em muitos outros.
No organismo, a gordura trans traz muitos prejuízos à saúde, sendo que o consumo excessivo deste tipo de gordura pode provocar obesidade, dificuldade do sangue pelas artérias, aumento do colesterol ruim e diminuição dom bom, diabetes, câncer de mama, facilidade de contrair inflamações e muitos outros problemas.
Por estes motivos, desde 2006 todos os fabricantes são obrigados a informar no rótulo a quantidade de gordura trans que estão presentes em cada alimento, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Ministério da Saúde também tenta combater o consumo deste tipo de gordura procurando seguir alguns países, como a Dinamarca e a Suíça, onde a gordura trans é proibida. Esta perseguição tem um ótimo motivo, pois de acordo com estudos, foi comprovado que esta gordura é extremamente prejudicial à saúde, pois além de aumentar o índice de colesterol ruim, o risco de arteriosclerose, acidente vascular e infarto são bem maiores.
A gordura trans passou a ser utilizada em 1950 como alternativa à gordura de origem animal, mais conhecida como gordura saturada, sendo que na época acreditava-se que pelo fato de ter como origem a gordura vegetal, a gordura trans ofereceria menor risco à saúde. No entanto, estudos posteriores descobriram que é pior que a gordura saturada, que também auxilia o crescimento de colesterol total, porém não diminui os índices de colesterol bom (HDL) no organismo.
De modo geral, as gorduras vegetais, como os óleos e o azeite são bons para a saúde, no entanto, quando são submetidos ao processo de hidrogenação ou quando sofrem aumento de temperatura, ocorre processo químico, no qual as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Esta ‘nova’ gordura é que ocasiona os estragos nas artérias, sendo que este processo de hidrogenação servem apenas para fazer com que a gordura se torne mais sólida, no entanto, é ela que faz com que os alimentos fiquem saborosos e crocantes.
É este o objetivo atual das indústrias, encontrar uma alternativa mais saudável para substituir a gordura trans, sem fazer com que os alimentos percam as suas propriedades.
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