Moda GG ganha espaço no mundo fashion
Está mais fácil encontrar roupas GG que estejam na moda. No Bom Retiro, maior polo de confecções do País, o número de grifes plus size dobrou nos últimos dois anos. Espalhadas pela Ruas Ribeiro de Lima, Aimorés, José Paulino e Silva Pinto, hoje há pelo menos 30 marcas especializadas. Algumas nasceram com esse DNA, outras agregaram o plus size à coleção.
Neste mês, por exemplo, a Malagueta, conhecida pela moda descontraída e colorida - as estampas vão do laranja ao verde-limão e amarelo -, inaugurou a Kara, feita só para adolescentes gordinhas.
As lojas de departamento também apostam nesse público. A C&A, por exemplo, preparou uma coleção plus size para o Dia dos Pais. A Renner incorporou o GG à grade fixa. Em agosto, chega às lojas da rede a coleção feminina primavera-verão. Entre os lançamentos, está um vestido cinza estampado de cetim de seda fosca, por R$ 119,90.
"Gordinha também gosta de moda", diz a carioca Carolina Incutto, de 27 anos, sargento da Aeronáutica. "Nunca quis sair na rua vestindo legging e camisetão, como se fosse um botijão." Carolina trabalha fardada, mas quando está fora do escritório no Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, veste roupa sensuais e jovens.
Prova de que o mercado está mudando, nas horas vagas, a sargento aposta em outra carreira: a de modelo plus size. Hoje, por exemplo, ela desfila para cinco das dez marcas que se apresentam na Fashion Week Plus Size, no Shopping Frei Caneca, na região central de São Paulo. O evento de moda já está na quarta edição. Pela primeira vez, o Plus Size também terá uma feira de negócios.
"As marcas especializadas estão espalhadas pelo País. É difícil reunir os fornecedores", explica Márcia Garcia de Alvarenga, de 48 anos, sócia da Magnólia, multimarca que funciona na Avenida São João, no centro.
As sócias levaram mais de seis meses de pesquisa para encontrar 20 bons fornecedores que abastecessem a loja com tudo o que uma mulher precisa, de lingerie a acessórios. "As roupas de algodão de linho são do Norte do País", conta Márcia. "Para conseguir variedade, tivemos de negociar com as marcas."
A Magnólia é uma butique toda projetada para a consumidora GG. "Construímos um provador que é o dobro de um convencional. E o mesmo acontece com a toalete." E o melhor: "O que a cliente vê na vitrine está disponível até o manequim 60."
Fonte: Estadão
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