Hábitos como excluir a fruta da sobremesa e incluir carne em toda refeição comprometem a dieta
O Minha Vida preparou uma lista com essas frases que você deve ter ouvido desde criança, mas que podem ser equivocadas. Aproveite o Dia Internacional da Família (15 de junho) para abandonar esses velhos mitos familiares da alimentação.
Você é daqueles que não dispensa o bolo de chocolate depois do almoço? Esse hábito pode ter surgido na sua infância, principalmente se seus pais não dispensavam uma sobremesa bem açucarada. Entretanto, maçã, banana, pera e companhia também podem ser ótimas sobremesas. Se você não tem o hábito de incluir frutas no cardápio, tente incorporar aos poucos à rotina. Vale associar acompanhamentos saudáveis, como o mel e adoçante, para ir se acostumando com o sabor.
Isso depende muito do tamanho do prato. Forçar-se a comer é uma das piores coisas a se fazer, o mais importante é respeitar a satisfação. Outro erro comum é acreditar que todas as crianças devem comer da mesma maneira quanto à quantidade. "Cada uma tem as suas necessidades individuais e os pais pecam ao acreditar que o filho deve comer como o irmão ou o amigo", explica a nutricionista Simone. Se você notou que ainda segue esse hábito, tente fazer porções menores e montar refeições equilibradas.
"Isso funciona como uma chantagem, não um aprendizado", ensina o nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, especialista em esporte pela Unifesp. Ele conta que isso pode ter duas repercussões negativas: primeiro que a criança tem que comer de tudo, o que pode ultrapassar a saciedade; segundo que ela vai idealizar a sobremesa como a melhor parte da refeição, menosprezando o sabor dos outros alimentos. Se esse for o seu caso, tente mudar o hábito, saboreando e descobrindo o prazer de cada alimento.
Uma criança que come tudo o que é saudável, de fato, terá alimentação equilibrada. Mas biscoito, salgadinhos e outras guloseimas não precisam fazer parte do cardápio de ninguém. Então, nem sempre comer de tudo é a melhor solução. "Além disso, comer alimentos mais calóricos e menos saudáveis pode trazer à tona obesidade, hipertensão e outros problemas", explica o nutricionista Israel. Prefira alimentos com menos calorias e que agreguem nutrientes às suas refeições.
Muitas famílias acreditam que a criança só vai crescer forte se comer bastante e se orgulham ao dizer que o filho come muito. Claro que se alimentar adequadamente traz vantagens para a saúde, mas quantidade nem sempre é qualidade. "O importante é escolher bem os alimentos e, caso não seja do seu agrado, trocar por outro do mesmo grupo alimentar", explica Simone Freire.
Famílias que comem alimentos muito gordurosos ou com muito sal acostumam o paladar de seus filhos a essas comidas pouco saudáveis. O ideal é estimular o gosto por alimentos mais saudáveis, como salada, e incorporá-la à dieta. A nutricionista Simone Freire recomenda trocar as folhas de sabor muito amargo, como rúcula, por outras de sabor mais suave, como alface, para acostumar-se com o sabor.
Israel Adolfo explica que, mais que um hábito de mãe, colocar uma carne em todo prato é um costume brasileiro. "Não é a toa que nossas comemorações são feitas com churrasco" comenta. Mas isso não é necessariamente saudável para o organismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo semanal de carne vermelha não deve exceder 300 gramas, algo entre dois e três bifes. Experimente trocá-la por peixe, frango ou carne de soja.
A correria do dia a dia faz com que muitos pais procurem alimentos práticos, como industrializados, sanduíches e pizzas, principalmente no jantar, momento em que todos estão em casa. Mas essa atitude prejudica a alimentação dos pequenos até a vida adulta. "O melhor é evitar esses alimentos e comê-los preferencialmente aos finais de semana e no horário do almoço, dando mais tempo entre a digestão e a hora de dormir", orienta a nutricionista Simone Freire.
Por que comemos tanto?
Hábitos alimentares da sociedade levam ao aumento de peso e problemas com colesterol
Quando se pensa em uma mudança no padrão alimentar, deve-se, primeiramente, observar o que ocorre no entorno relacionado a esta prática, como, por exemplo, a alimentação no trabalho, em casa e em ambientes sociais como festas e restaurantes, bem como as compras de alimentos.
A escolha dos alimentos num supermercado deve ser pensada e não copiada, pois, caso contrário, ela pode reverter em situação de perigo para você e sua família. Observe quando há oferta de pacotes promocionais com embalagens grandes. Essas ofertas podem representar um indício de um aumento do consumo ditado pelo próprio tamanho da embalagem. Muitas vezes, a família não organiza o consumo e deixa estragar o que sobrou.
A escolha dos alimentos num supermercado deve ser pensada e não copiada, pois, caso contrário, ela pode reverter em situação de perigo para você e sua família.
No ambiente de trabalho ou em casa, é muito comum deixarmos balas sortidas, biscoitos ou bombons à mostra no escritório ou de enfeite na cozinha. Essa prática ativa a vontade por esses alimentos. Contrariamente, sugerimos guardá-los longe dos olhos, pegá-los somente na hora do consumo e, de preferência, dentro de uma refeição estipulada (lanche da tarde, por exemplo).
A ceia de natal é um ótimo exemplo! Nesse contexto, temos uma maior oferta de alimentos. Quanto mais tempo ficarmos à mesa, maior o risco de comermos mais. Portanto, o aumento do consumo passa a fazer parte dos ambientes sociais.
Observe o ritmo de peso da sua família, pois algumas podem apresentar perfis magros ou com excesso de peso. Aquelas que apresentam um excesso de peso, com hábitos alimentares copiados e seguidos diariamente dentro de um padrão sócio-cultural devem observar e repensar suas condições de saúde a fim de se conscientizarem e de mudarem seus hábitos alimentares.
Sete atitudes para tornar a sua dieta mais empolgante
Usar a criatividade mantém a motivação e acelera a perda de peso
Segundo uma pesquisa da Carnegie Mellon University publicada na revista Science, pessoas que se imaginam comendo algum alimento, como o chocolate, acabam ingerindo uma menor quantidade dele na hora de consumi-lo. Esses resultados comprovam que utilizar a imaginação ou a criatividade na hora de comer faz com que a dieta fique mais divertida, e as metas, por sua vez, mais fáceis de serem atingidas.
Além disso, ao tornar o regime mais agradável, o comprometimento com a perda de peso aumenta e o objetivo é alcançado com maior facilidade. Saiba sete maneiras criativas para tornar a sua dieta ainda mais eficaz.
Se você "engole" toda a sua refeição em cinco minutos uma boa solução é contar com a ajuda de um timer (um contador de tempo). Marque 25 minutos no aparelho e se esforce para comer mais devagar, mastigando várias vezes e aproveitando o momento do café da manhã, almoço e jantar para saborear a comida, lembrar o quanto cada alimento é gostoso e, de quebra, favorecer a digestão.
Além do timer, a nutricionista Daniela Cyrulin dá as seguintes dicas: conte as mastigadas, mastigue 20 vezes cada garfada. Procure comer acompanhando as outras pessoas da sua mesa. "Normalmente, quando comemos sozinho, comemos mais rápido para acabar logo", diz ela. Apoie os talheres na mesa após cada garfada. Só prepare a próxima garfada depois que já engoliu a anterior. Na hora da refeição, desligue a televisão e o computador ou qualquer aparelho que possa tirar a sua concentração.
Temperos, frutas exóticas, pratos novos. Experimente de tudo! Isso faz com que a dieta saia da rotina e continue fácil de segui-la. De acordo com a nutricionista chefe do Dieta e Saúde, Roberta Stella, em vez de pensar no que você não poderá comer, você deve pensar no que poderá! Novos sabores, texturas e muitos novos alimentos que não fazem parte da sua rotina alimentar poderão ser provados. A especialista afirma que dessa forma o seu paladar será estimulado, testado e você poderá contar sempre com novos alimentos para variar as suas refeições.
O sistema de recompensas é como um jogo no qual, quando você atinge o seu objetivo, o seu esforço é valorizado. Com o regime, deve funcionar igual: você estipula várias metas, desde as mais simples e fáceis de alcançar até aquelas mais complicadas que requerem mais esforço e tempo, e ao atingir cada meta você estipula um tipo de recompensa para si mesmo. Um exemplo: quando você perde três quilos, você tem direito a fazer uma massagem corporal ou se dar de presente um jeans novo de tamanho menor. Só lembre-se de escolher presentinhos possíveis e que não vão estourar seu orçamento. "O sistema de recompensas é saudável, mas não recompensas ligadas à comida, senão você corre o risco de colocar tudo a perder", explica a nutricionista Daniela Cyrulin. O ideal é encaixar na dieta um pouco de tudo. Se você é chocólatra, por exemplo, permita-se um pedaço de chocolate ou de uma sobremesa para matar a vontade.
Na hora de escolher pratos e copos muita gente acredita que tanto faz o modelo e que o importante é a durabilidade das louças. Entretanto, ao comprar um modelo mais bonito com alguma cor ou estampa da sua preferência, você torna a refeição mais agradável. Além disso, ao utilizar um prato de sobremesa em vez do de tamanho normal ou um copo menor para almoçar ou jantar, você diminui a ingestão de calorias e acaba comendo menos. Ao mesmo tempo, o prato vai aparentar estar cheio e o copo também, isso trará uma grande satisfação e até saciedade, mesmo com uma menor ingestão de alimentos e líquidos.
Sabia que as fotos podem ser grandes aliadas na perda de peso? Muitas pessoas costumam se motivar a iniciar uma reeducação alimentar ao se verem fora de forma em fotografias. E, a cada 15 dias, tirar uma foto e ver como anda a transformação do seu corpo pode te motivar ainda mais a continuar com a dieta e com os exercícios físicos. Mas, lembre-se: se você ficar tirando foto todos os dias o efeito pode ser negativo, e você vai sentir que não está perdendo peso. O espaço de 15 dias entre cada foto é fundamental para que você possa observar as mudanças no seu corpo a cada período. Uma boa tática que a especialista Daniela Cyrulin recomenda é: se você já pesou menos algum dia, espalhe pela casa, na porta da geladeira, dos armários da despensa, aquela sua foto com o corpo, que você adora.
Escrever o que você anda fazendo e comendo no dia a dia diminui a ansiedade e traz resultados muito positivos para a dieta. No programa alimentar do Dieta e Saúde, comandado pela nutricionista Roberta Stella, os assinantes são estimulados a criarem blogs para compartilhar os desafios e sucessos da sua perda de peso. "Isso cria uma rede de relacionamentos de pessoas que estão focadas em um mesmo objetivo: perde peso, mudar os hábitos e tornar-se uma pessoa mais saudável", explica Roberta.
Um comenta no blog do outro, estimulando, alertando e ajudando os seus companheiros de dieta na sua meta, fazendo do emagrecimento um processo mais estimulante. "Além disso, ao escrever sobre o que você consome ou quanto você malha, dá para verificar onde é que você está errando ou exagerando, contribuindo para uma perda de peso mais rápida", diz a nutricionista.
Arrumar a cozinha pode ser divertido e beneficiar (e muito!) a dieta, pois você pode escolher o que deixar à mão - os alimentos saudáveis - e esconder as tentações. Segundo a nutricionista Daniela Cyrulin, o primeiro passo é não ter em casa aquilo que você sabe que é difícil de resistir. E se tiver filhos ou morar com outras pessoas, peça para que guardem esses alimentos num local mais escondido, longe de seu campo de visão. Organize sua despensa e geladeira e deixe em seu campo de visão, os alimentos mais favoráveis a sua dieta. E o mais importante: tenha sempre ingredientes básicos à mão: nozes, frutas secas, frutas, queijos magros, iogurtes, barrinhas, adoçante, leite desnatado, carnes magras, atum em lata (light), arroz integral, grãos e cereais integrais.
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/12664-sete-atitudes-para-tornar-a-sua-dieta-mais-empolgante
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