Cabeleireira perde 50 kg com reeducação alimentar e exercício29/1/2012 | |||||||||||||||||||||||||||||
Rizian Vieira pesava 130 kg e desistiu de fazer redução de estômago. Jovem, que mora em Goiânia, cortou refrigerante, sorvete e frituras. O medo fez a cabeleireira paraense Rizian Vieira, de 28 anos, tomar duas decisões importantes. A primeira, há quatro anos, foi desistir de uma cirurgia bariátrica por receio de comer demais antes ou depois da operação e o estômago não suportar. A segunda, há dois anos, foi emagrecer 50 kg após crises de pressão alta, que chegou a 21/13. “Pesava 130 kg e fiquei com medo de morrer, pois os médicos me assustavam. Então coloquei na cabeça que ia aprender a comer”, conta Rizian, que mora em Goiânia (GO) Aos poucos, ela reduziu as frituras, gorduras e o sorvete – sua paixão – e deixou de consumir um litro de refrigerante por dia. Continuou ingerindo massas, carnes, frutas e folhas – das quais enjoou um pouco, porque comeu demais. “Rúcula, alface e agrião nem posso ver mais. Mas gosto de repolho, cenoura e outros legumes”, diz a cabeleireira, que hoje faz refeições a cada três horas. Além disso, ela não acha mais que a comida vai acabar e, por isso, diminuiu a quantidade dos pratos. Atualmente, Rizian pesa 82 kg – estava com 80 kg, em 1,68 m de altura, mas ganhou 2 kg no fim do ano, com as “escapadas” entre Natal e ano novo. Assim, saiu da faixa de obesidade mórbida e passou para a de sobrepeso. Agora, ela está na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer uma cirurgia plástica e retirar o excesso de pele, principalmente dos braços. Academia e hidroginástica Após perder os primeiros 24 kg, a paraense – que descobriu que tem asma – ganhou mais fôlego e mobilidade, e resolveu se matricular na academia. Lá, faz esteira, bicicleta e musculação de segunda a sexta, hidroginástica duas vezes por semana e ginástica localizada de vez em quando. Porém, o mais difícil, segundo a jovem, é se manter no peso. “Dei uma estabilizada. Malho, malho e não perco mais”, afirma. Mas ela continua com força de vontade e não pensa em voltar a tomar remédios e fórmulas para emagrecer ou fazer dietas malucas, como da sopa e da maçã. Rizian enfatiza ainda que nunca foi radical, e quis perder peso com saúde e prazer. O sonho da cabeleireira, que sempre foi gordinha por causa da compulsão alimentar e de fatores genéticos – o pai pesa 130 kg –, além de ganhar 50 kg após casar, é chegar aos 75 kg. “É difícil, mas já estou feliz assim. Quando olho uma foto antiga, percebo o quanto emagreci. Isso porque a gente se acostuma com o novo corpo e às vezes não percebe o quanto já mudou”, destaca. Foto: Arquivo pessoal Luna D´Alama Do G1, em São Paulo Morte da mãe em cirurgia bariátrica faz estudante do ES perder 50 kgLucas Arosio, de 23 anos, iniciou reeducação alimentar e exercícios.Após sofrer com ansiedade, calor e preconceito, jovem tem vida social. A morte da mãe do estudante de direito Lucas Cesar Arosio, de 23 anos, em uma cirurgia de redução de estômago em 2006, foi uma espécie de gatilho para ele perceber que precisava emagrecer. O processo de conscientização levou mais algum tempo e precisou do incentivo de uma amiga personal trainer e da irmã mais velha, que já havia eliminado 20 kg. Um ano e meio atrás, portanto, o morador de Vila Velha (ES) iniciou a mudança de hábitos, acelerou o metabolismo e baixou de 130 kg para 80 kg, em 1,80 m de altura. Por semana, chegou a reduzir 3 kg. “Após perder minha mãe, comecei a pensar na saúde e no que estava fazendo com a minha vida e o meu próprio corpo. Tinha uma visão distorcida de mim, não me achava tão gordo, só gordinho”, conta Lucas, que atingiu o patamar da obesidade mórbida. O estudante substituiu a alimentação rica em gorduras, frituras, doces e refrigerante – cortados radicalmente durante oito meses – por itens mais saudáveis e refeições regradas, feitas religiosamente a cada 3 horas. Desde então, coloca o alarme do celular para despertar. “Quase sempre pulava o café da manhã e chegava a comer três hambúrgueres acompanhados de dois litros de refrigerante de uma vez só. Duas barras grandes de chocolate também iam numa tarde”, lembra. Os salgadinhos, lanches, biscoitos recheados e outros tipos de comida rápida eram suas opções favoritas. Elas foram trocadas por sanduíches e biscoitos leves, iogurtes, sucos, frutas como maçã, banana e mamão, e até 2,5 litros de água por dia – carrega sempre uma garrafinha. “Agora tomo café sempre e levo marmita de casa para o almoço, que antes era em restaurante de buffet e chegava a pegar até 1 kg de comida, com muita massa, arroz, carne vermelha, sobremesa e refrigerante. Eu dizia que não gostava de coisas saudáveis sem nunca ter experimentado”, recorda o estudante, que no começo contou com a orientação de uma nutricionista. No fim de 2009, Lucas também se matriculou na academia, onde passou a fazer 1 hora de atividade aeróbica no transport (simulador de caminhada) e musculação cinco vezes por semana. Hoje, vai seis vezes por semana e passa até 3 horas no local. “No início, tinha que cuidar das articulações e malhava para fortalecer o corpo. Agora quero ganhar massa e chegar aos 85 kg ou 90 kg”, diz. O morador de Vila Velha, que é gaúcho de Passo Fundo, também corre 10 km no calçadão da praia, três vezes por semana à noite, e há sete meses pratica muay thai, que o ajudou a perder os últimos 16 kg de gordura. “Sempre gostei de exercícios, mas não conseguia fazer e também sentia vergonha. Na época do colégio, jogava vôlei, no máximo”, ressalta. Ansiedade, calor e preconceito Lucas lembra que a ansiedade o fazia mastigar ou ter algo na boca o tempo todo, nem que fosse uma bala. Além disso, ficava sentado por muito tempo no escritório, onde sentia fome. “Já não penso mais na comida como uma fuga de problemas e estresse, mas como algo que deve contribuir para que eu continue vivendo com qualidade”, afirma. E, com o excesso de gordura, ele sofria demais com o calor. “Tenho que trabalhar de roupa social, e resolvia pendências na rua, andava de ônibus. Aí suava muito”, revela. O jovem enfrentou, ainda, o preconceito das pessoas, principalmente na época da escola, em que era excluído dos grupos e das festas. “Agora tenho mais amigos, mas porque me abri, o problema estava em mim. E, para uma menina ficar comigo antes, tinha que me conhecer muito além da primeira impressão. Hoje minha vida social anda bem agitada, e é muito bom ver interesse no olhar de outra pessoa na rua”, destaca. Lucas diz que não mudou só por fora, mas também por dentro. “Eu era fechado para o mundo, triste, cabisbaixo. Me protegia para não sofrer. Agora estou aberto a novas possibilidades e me sinto capaz de qualquer coisa, pois já passei pelo mais difícil", acredita. Guarda-roupa renovado O morador do ES teve que se desfazer de todas as roupas antigas, pois não podiam ser ajustadas. Então, doou as peças para uma instituição de caridade e foi comprando novas aos poucos. “Comecei a me ligar em moda, porque antes usava o que servia. Agora me visto melhor”, comemora. A blusa, que era XXL, ou GGG, virou P ou M, dependendo do modelo. A calça tamanho 54 diminuiu para 40. Ele ainda não sai sem camisa ou usa roupa de banho porque ficou com flacidez na barriga, cuja pele gostaria de retirar numa cirurgia plástica que custa R$ 10 mil. “Olho para mim e sinto um grande orgulho. O segredo é ter determinação, disciplina e estabelecer metas de curto prazo para estar sempre motivado”, cita. Lucas comenta que o incentivo da irmã, com quem morava no começo da reeducação alimentar, foi fundamental. “Quando há um obeso em casa, todos têm que mudar, senão não adianta. No meu caso, só tinha o que eu podia comer, e ela me acompanhou mesmo sem precisar emagrecer”, afirma. Além da irmã, que hoje é magra, o jovem tinha a mãe, tios e um primo (que fez bariátrica) com excesso de peso. “Fui uma criança normal, mas engordei na adolescência. Sou de uma família gaúcha que, na maioria, vive numa cidade fria e não tem a cultura de se exercitar”, conta. Antes de perder peso de forma saudável, Lucas tomou moderadores de apetite à base de anfetamina. “Usei várias vezes, durante dois ou três meses seguidos, por conta própria ou recomendação de médicos duvidosos. Mas parei porque me dava muito efeito colateral, como tremedeira, boca seca e gosto amargo”, diz. Quando interrompia a medicação, o estudante ganhava o dobro dos quilos eliminados. O objetivo agora é resistir às tentações, estabilizar-se na balança e controlar, para o resto da vida, a facilidade de engordar. “Muitas pessoas à minha volta não me reconhecem e pensam que a perda de peso ocorreu da noite para o dia, como num passe de mágica. Mas me esforcei muito para isso e ainda tenho dificuldade em me manter, pois engordo só de passar perto da comida”, afirma. Três amigas de Lucas já foram incentivadas pela história dele e emagreceram – uma delas, 13 kg. “Hoje, ela corre e faz muay thai comigo”, revela. http://www.douradosnews.com.br/brasil-mundo/morte-da-mae-em-cirurgia-bariatrica-faz-estudante-do-es-perder-50-kg
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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.
No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida (tradução livre):
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A conotação satírica da frase, no sentido de que seria bom ter também uma mente sã num corpo são, é uma interpretação mais recente daquilo que Juvenal pretendeu exprimir. A intenção original do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações tolas que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Com o tempo, a frase passou a ter uma gama de sentidos. Pode ser entendida como uma afirmação de que somente um corpo são pode produzir ou sustentar uma mente sã. Seu uso mais generalizado expressa o conceito de um equilíbrio saudável no modo de vida de uma pessoa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mens_sana_in_corpore_sano
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