A obesidade sempre esteve presente de forma marcante nos seres humanos desde os tempos da pré-história, e em muitas épocas sendo vista como símbolo da beleza e da fertilidade.
Estudiosos resgatando a história da obesidade descobriram que no Período Neolítico (aproximadamente 10.000 anos a.C.), as “deusas” eram admiradas e cultuadas por seus quadris, coxas e seios volumosos, mas nesta mesma época Hipócrates, médico greco-romano, em seus manuscritos já alertava para os perigos que a obesidade oferecia para a saúde, afirmando que a morte súbita acontecia mais em indivíduos gordos do que em magros.
Neste mesmo período, Galeno um outro estudioso, discípulo de Hipócrates, já estabeleceu uma classificação para a obesidade: a obesidade em natural (moderada) e obesidade mórbida (exagerada). Galeno afirmava que a obesidade era consequência da falta de disciplina do indivíduo, por isso preconizava um tratamento que incluía: corridas, massagens, banho, descanso ou algum passatempo (lazer), e refeições com bastante comida, mas com alimentos de baixo valor calórico.
Durante o Império-Romano os padrões de beleza foram se modificando, e começaram a ser mais apreciados os corpos esbeltos e magros o que obrigava as mulheres a fazerem sofridos e prolongados jejuns, porém na sociedade greco-romana as personalidades socialmente previlegiadas como artistas, nobres e políticos, tinham liberdade de manter seus hábitos alimentares excêntricos. A História da Arte modifica o conceito de beleza feminina. Com as obras do século XIII ao século XX, que retratavam corpos de damas magras e com formas delineadas, o conceito de que excesso de gordura é sinônimo de beleza cai.
A primeira monografia sobre obesidade, foi escrita no século XVI, em latim e tinha como objetivo enfocar os aspectos clínicos da obesidade, e a partir daí foram surgindo outros trabalhos, mudando o enfoque, em torno da questão da obesidade, da preocupação estética para os problemas trazidos pelo excesso de peso em relação à saúde.
Na última década o problema de obesidade cresceu em países em desenvolvimento como o Brasil, onde indivíduos de todas as idades são atingidos pelo excesso de peso, mas prevalecendo na meia idade. O Ministério da saúde estima que 6% dos homens e 12% das mulheres com mais de 18 anos sofrem da doença.
Devido à velocidade de sua expansão a obesidade pode ser considerada uma epidemia no Brasil, sendo que hoje um terço da população brasileira tem peso acima do considerado saudável.
Fonte:Artigo -Cirurgia Bariátrica do Fitness Performance Journal,Volume 05-Número 03-maio/junho 2006.
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