cafe de fezes de gato
Em Londres é possível degustar uma chicara de um café gourmet chamado de Caffe Raro, feito com um mistura de Kopi Luwak – cujos grãos são tirados de fezes de um tipo de gato selvagem da Indonésia e o Jamaican Blue Mountain, uma outra raridade.
 
Os preciosos grãos são processados pelo aparelho gastrointestinal da civeta, pequeno mamífero asiático, parecido com um gato, este escolhe com bastante critério os grãos que irá ingerir. Depois de digeridos e excretados os preparadores recolhem das suas fezes cada grão que será cuidadosamente lavado para serem comercializados.

É justamente pela sua pequena produção, 250 quilos por ano, que torna o seu valor altíssimo, cerca de 2 mil reais o quilo. A fermentação natural que ocorre no estômago do Luwak que o tornam uma raridade apreciada em todo o mundo, garantindo sabor e aroma inigualavelmente adocicado.

O preços desta maravilha: 50 libras, cerca de R$168 a chícara. os lucros da venda será doado para um instituto de combate ao cancêr. Quem quiser experimentar irá pagar R$ 25, o expresso aqui no Brasil.

O animal ingere apenas os frutos mais doces e avermelhados do café, que são excretados junto com as fezes.
 
Nota da dedéia: Acho que eu não tomaria um café desses nem mesmo pra ajudar =/

Café mais caro do mundo sai das fezes de um gato. Eu provei...

 
A Indonésia tem um café que é fabricado de uma maneira muito especial. É um tipo de café expresso: expressamente saído das entranhas de um animal, que parece uma cruza de raposa com gato.

Eu estive, recentemente, numa fazenda produtora desse café, o Kopi Luwak. Segundo especialistas, é o mais saboroso do mundo.

Kopi é uma palavra na língua local para "café", enquanto luwak é o nome do civeta, um pequeno mamífero realmente exótico, que não faz parte da família dos felinos, apesar de também ser chamado de "gato-de-algália".

O tal do bichinho seleciona criteriosamente os grãos de café, que fazem parte da sua alimentação diária. Ele gosta muito da polpa, a parte que consegue digerir. Já os grãos saem inteiros do processo digestivo. Mantém até a forma! Mas eles sofrem uma transformação provocada pelas enzimas do sistema digestivo do animal. Depois, as fezes são recolhidas e preparadas para o consumo humano. É... basicamente, um café feito de cocô. Mas, com certeza, não é um cocô de café!!!

Fabricação intestinal, torrefação artesanal
O sabor é único, diferente dos outros tipos de café que já provei. É menos amargo e tem no fundo um leve gostinho de chocolate. O que me faz pensar se o bicho não anda pulando a cerca e indo visitar alguma fazenda de cacau...

Confesso que eu era uma brasileira de meia-tigela porque nunca gostei muito de café. Sempre preferi os chás ou o mate das praias cariocas. Por isso, tomei o cafezinho desconfiada e, ao mesmo tempo, curiosa. Mas depois dessa experiência, tudo ficou diferente e virei fã.
Hora da degustação. Hummm...

E dá para perceber como a passagem pela intestino do animal faz diferença. Na fazenda, eles promovem uma degustação, servindo uma xícara do café que não foi comido pelo bicho e outra com o mesmo tipo de grão depois do "fabricação intestinal". Realmente, o café digerido é mais aveludado e tem o tal sabor achocolatado que o outro não tem.

Dizem que os grãos torradas do café estimulam áreas do cérebro relacionadas ao prazer. Mas no caso do Kopi Luwak, esse prazer é bem carinho. Comprei uma caixa de 100 gramas na fazenda, que saiu por R$ 120,00. Aqui no Japão, são vendidas caixas de meio quilo por cerca de R$ 1.200,00. É o mais caro do mundo!! A explicação é simples: a produção é muito pequena. Pouco mais de 220 quilos por ano. Por ser tão raro, é tão caro.

Pena que o meu bolso não tenha acompanhado o upgrade no mundo dos sabores do café....

Vou ficar devendo a foto do bicho. Fui à fazenda de dia, quando ele está dormindo. O civeta só sai à noite para se alimentar.

O Vietnã também tem um café semelhante ao Kopi Luwak, é o Weasel. Só que a "fábrica", digo, o animal é outro: uma doninha local. Esse eu ainda não provei, mas espero poder contar, em breve, as minhas impressões.

O Café mais raro e caro do Mundo - Kopi Luwak - custa US$ 600.00 por meio kilo

Considerado o café mais caro do mundo (US$ 600.00 por meio kilo), o Kopi Luwak
(ou Civet Coffee) é com certeza também o mais exótico.

Você tomaria uma bebida feita com fezes de animal? Antes de responder, saiba que é esse o ingrediente especial do café mais raro, saboroso e caro do mundo, o Kopi Luwak, originário da Indonésia. Essa, digamos, excentricidade do café sempre foi considerada uma lenda urbana, até que um estudo realizado pelo pesquisador italiano Massimo Marcone, em 2004, confirmou o que deve ter feito o estômago de muitos apreciadores da iguaria revirar.

Os preciosos grãos são mesmo processados pelo sistema gastrointestinal e depois retirados dos excrementos da civeta, um mamífero parecido com um gato, que não existe no Brasil (na Indonésia, as palavras Kopi e Luwak significam, respectivamente, café e civeta). O animal come somente os frutos mais doces, maduros e avermelhados do café, que são digeridos pelo seu organismo, com exceção dos grãos, que são excretados junto com suas fezes. E é justamente essa produção limitada dos grãos (menos de 230 quilos por ano) o motivo de sua raridade, preço alto (cerca de mil dólares o quilo) e sabor inigualável, garantem os apreciadores. "Uma mistura de chocolate e suco de uva. Menos ácido e amargo do que os cafés comuns", descreve Marcone.

Pesquisa valiosa
O pesquisador explica que à medida que o grão passa pelo sistema digestório do animal, ele sofre um processo de modificação parecido com o utilizado pela indústria cafeeira para remover a polpa do grão de café, mas que envolve bactérias diferentes das usadas pela indústria, além das enzimas digestivas do animal. É isso que dá ao Kopi Luwak seu sabor característico inigualável. Mas esse processo um tanto quanto esquisito de produzir café não representa riscos à saúde? "Os resultados dos testes que fiz em meus trabalhos mostraram que a bebida é perfeitamente segura", garante Marcone.

Não existem registros precisos sobre a história do Kopi Luwak, mas acredita-se que sua origem data de cerca de 200 anos atrás, quando os colonizadores holandeses iniciaram plantações de café nas ilhas de Java, Sumatra e Sulawesi, onde hoje é a Indonésia.

É nessas ilhas que vivem as civetas, que começaram a se alimentar da planta. Para evitar o desperdício, os plantadores de café começaram a coletar os grãos que saíam intactos das fezes dos animais. Em algum momento alguém resolveu experimentar essa variedade aparentemente pouco apetitosa e descobriu o que hoje é considerado o café mais saboroso do mundo. E você, ficou com vontade de encarar?

Receitas para perder a fome
O Kopi Luwak não é o único alimento excretado por animais que consumimos. Veja outros exemplos :

Vômito de abelha: O mel nada mais é do que isso. O néctar é transportado para o sistema digestório das abelhas, onde é misturado a enzimas que convertem seu açúcar em glicose e frutose. Ele se transforma em mel e é regurgitado pelas abelhas. É esse o produto final que consumimos.

Saliva de pássaro: É o ingrediente de uma sopa considerada uma iguaria na China (também conhecida como "caviar do oriente"). O pequeno pássaro constrói ninhos com sua própria saliva. Esse ninho (que literalmente vale ouro) é usado para o preparo da sopa. O prato é consumido em várias partes do mundo, inclusive nos EUA, que são o maior importador.

Fezes de cabra: É essa a origem de um tipo de óleo usado no Marrocos. O animal se alimenta de um tipo de fruta similar à oliva, que origina o óleo, depois seu caroço é coletado de suas fezes e se transforma em um óleo usado para cozinhar, como cosmético e na medicina local.

Cerveja de cuspe: A chicha é um tipo de cerveja produzido no Equador. Os grãos de milho são mastigados e cuspidos em um recipiente, onde as enzimas da saliva quebram o amido que depois será fermentado e misturado ao álcool.
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=11449