O que é índice glicêmico?
Outros bancos de dados com valores de índice glicêmico:
http://www.glycemicindex.com
http://ginews.blogspot.com
http://www.gilisting.com
Tabela Internacional de Índices Glicêmicos
Alimentos com índice glicêmico atrapalham dieta
Fonte: Google Imagens |
Tabela de Índice Glicêmico dos Carboidratos
Alimentos com I.G. Baixo | Alimentos com I.G. Moderado | Alimentos com I.G. Alto | |||
Até 55 | IG | 56 a 69 | IG | 70 ou mais | IG |
Cenoura crua | 16 | Ameixa | 56 | Pão de forma | 70 |
Soja | 18 | Raviole carne | 56 | Purê de batata | 70 |
Aspargos | 20 | Pão sírio | 57 | Cream cracker | 71 |
Brócolis | 20 | Damasco | 57 | Pão branco de trigo | 71 |
Couve de Bruchellas | 20 | Suco de maçã | 58 | Sorvete Light | 71 |
Repolho | 20 | Espaghetti Branco | 59 | Inhame | 73 |
Couve-flor | 20 | All Bran | 60 | Suco de laranja | 74 |
Pepino | 20 | Pessego Fresco | 60 | Kiwi | 75 |
Salsão | 20 | Laranja | 62 | Abóbora | 75 |
Berinjela | 20 | Yakult leite fermentado | 64 | Waffles | 76 |
Cogumelo | 20 | Macarrão | 64 | Pão preto | 76 |
Tomate | 20 | Capellini | 64 | Aveia | 78 |
Abobrinha | 20 | Passas | 64 | Gatorade | 78 |
Espinafre | 20 | Sopa de feijão preto | 64 | Bolacha de água | 78 |
Couve | 20 | Lactose | 65 | Pão de Centeio | 78 |
Alface | 20 | Uva | 66 | Pão sem glúten | 79 |
Iogurte light | 20 | Abacaxi | 66 | Pipoca | 79 |
Amendoim | 21 | Suco de Abacaxi | 66 | Musli | 80 |
Cereja | 22 | Pêssego enlatado | 67 | Manga | 80 |
Feijão de soja | 23 | Nhoque | 67 | Arroz branco | 81 |
Iogurte c/ frutas | 26 | Pão de Centeio Light | 68 | Banana | 83 |
Iogurte sem sacarose | 27 | Arroz parboilizado | 68 | Corn flakes | 83 |
Feijão preto | 30 | Biscoito de água | 69 | Chocolate | 84 |
Damasco seco | 31 | Sorvete | 84 | ||
Cereja | 32 | Sopa de feijão | 84 | ||
Fettuccine | 32 | Pizza de queijo | 87 | ||
Frutose | 32 | Pão de Hamburger | 87 | ||
Iogurte desnatado | 33 | Sacarose | 87 | ||
Iogurte | 36 | Mingau de aveia | 87 | ||
Feijão-fradinho | 36 | Bolos | 87 | ||
Cevada | 36 | Beterraba | 88 | ||
Lentilhas | 38 | Biscoitos | 90 | ||
Leite integral | 39 | Pão de semolina | 92 | ||
Ravioli | 39 | Cuscus | 93 | ||
Grão-de-bico | 42 | Pudim de leite condensado | 93 | ||
Pão de mel | 43 | Nutri-granola | 94 | ||
Leite de Soja | 43 | Pão francês | 95 | ||
Batata Doce | 44 | Pão de Cevada | 95 | ||
Damasco seco | 44 | Croissant | 96 | ||
Feijão manteiga | 44 | Milho | 98 | ||
Fettuccine | 46 | Farinha de trigo | 99 | ||
Leite desnatado | 46 | Mamão papaia | 100 | ||
Nozes | 47 | Pão branco | 100 | ||
Centeio | 48 | Melancia | 103 | ||
Iogurte com sacarose | 48 | Mel | 104 | ||
Ervilha fresca | 48 | Maltose (Maltodextrina) | 105 | ||
Arroz integral | 50 | Trigo cozido | 105 | ||
Espaghetti integral | 50 | Batata frita | 107 | ||
Maçã | 52 | Donuts | 108 | ||
Sopa de tomate | 54 | Waffle | 109 | ||
Pêra | 54 | barra de cereais | 109 | ||
Tapioca | 115 | ||||
Arroz Krispies | 117 | ||||
Corn Flakes | 119 | ||||
Batata cozida | 121 | ||||
Pão de Trigo | 129 | ||||
Baguette Francês | 136 | ||||
Dextrose c/ sabor | 138 |
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como escolher carboidratos | | ||
Carboidratos e aumento de peso
2006 Publications International, Ltd.Os carboidratos podem afetar o aumento de peso |
Lembre-se, os alimentos ricos em carboidratos contêm açúcar, amido e fibra em várias quantidades. Carboidratos simples (como açúcar e suco de maçã) contêm apenas açúcar, enquanto carboidratos complexos (como cereais integrais) contém amido e fibras.
Talvez você não perceba, mas um aumento rápido do açúcar no sangue, que é conseqüência de comer alimentos com carboidratos altamente refinados, pode ser um fator chave na superalimentação e ganho de peso. Uma ingestão de alimentos com qualquer tipo de carboidrato desencadeia a liberação de insulina para limpar o excesso de glicose da corrente sangüínea. Mas o consumo de carboidratos altamente refinados, pode fazer com que o pâncreas bombeie quantidades ainda maiores de insulina para ajudar a restabelecer os níveis normais de açúcar no sangue. Se a insulina eliminar a glicose muito rápido, o nível de açúcar irá despencar. Quando o nível de açúcar no sangue cai abruptamente, o estômago e o cérebro enviam sinais de fome que o levam a comer mais comida (glicose) para elevar o nível de açúcar no sangue outra vez. Se mais uma vez você escolher satisfazer sua fome com mais carboidratos simples, você vai desejar ainda mais doces. Mas ao invés de sentir-se cheio e satisfeito, você se sentirá constantemente faminto. Isto significa que uma dieta que contém muito carboidrato simples pode levá-lo a um ciclo vicioso de fome, onde se come mais e ganha-se peso.
Quando se trata de perder peso (ou prevenir o seu aumento), você deveria primeiramente comer carboidratos complexos. Eles têm mais vantagens sobre os carboidratos simples. Levam mais tempo para serem digeridos e provocam um tipo diferente de reação do açúcar no sangue. Eles entram na corrente sangüínea mais lentamente e portanto elevam os níveis de glicose mais gradualmente. Como resultado, os níveis de açúcar no sangue tendem a permanecer estáveis, o que significa que seu cérebro não vai receber sinais de fome por um período de tempo muito mais longo. Além disso, os carboidratos complexos contêm fibras e os carboidratos simples não. Fibras, como você sabe, não são digeridas, portanto lhe trará zero calorias, mas não só isso, as fibras adicionam volume à sua comida, assim você se sente mais saciado e satisfeito após comer.
2006 Publications International, Ltd.Os carboidratos complexos nos dão a sensação de |
O índice glicêmico pode ajudá-lo a escolher os carboidratos certos. Continue lendo para aprender mais sobre esta ferramenta útil.
Entendendo o índice glicêmico
Você conhece as diretrizes gerais sobre como escolher os carboidratos mais benéficos: escolha os carboidratos complexos cheios de nutrientes e eleve os níveis de açúcar no sangue gradualmente. Em geral, isto significa escolher cereais integrais, verduras e frutas e evitar alimentos com adição de açucares. Para facilitar a escolha, há uma maneira mais exata para saber se uma comida irá elevar os níveis de açúcar no sangue. Use o índice glicêmico (IG), que sinaliza a forma como o carboidrato é digerido, absorvido e utilizado. É a classificação da rapidez com que certos alimentos elevam o nível de açúcar comparado com outros.Desenvolvido por pesquisadores na Universidade de Toronto, o IG foi originalmente criado para ajudar as pessoas com diabetes a selecionar alimentos que auxiliariam a controlar sua condição crônica. Foi definido que os níveis estáveis de açúcar no sangue ajudariam a reduzir a probabilidade de desenvolver as complicações associadas com o diabetes, tais como hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (alta taxa de açúcar no sangue), doenças nos rins, danos nos nervos e cegueira. O consenso era de que todos os alimentos ricos em carboidratos tinham exatamente o mesmo efeito no açúcar do sangue, mesmo que alguns estudos mostrassem que este não fosse o caso. Os pesquisadores se empenharam em mostrar que alguns alimentos ricos em carboidratos têm um impacto maior na glicemia que outros.
2006 Publications International, Ltd. O índice glicêmico lhe diz o quão rápido certos |
Nos últimos anos, as pesquisam começaram a concentrar-se em outros usos para o IG. Ele pode ajudar a orientar o esforço de perder peso e como um componente potencial da intervenção alimentar em doenças cardiovasculares. Na verdade, o IG está sendo discutido na imprensa em geral, bem como em situações médicas, ligado ao tratamento e controle de doenças do coração e pressão alta, assim como diabetes. Embora sejam necessárias pesquisas adicionais, as evidências científicas estão concluindo que uma dieta com alimentos com alto índice glicêmico pode aumentar o risco de doenças do coração e diabetes e possivelmente de outras doenças.
Como funciona o índice glicêmico
O índice glicêmico classifica alimentos de acordo com seu efeito imediato nos níveis de açúcar no sangue em comparação com outros alimentos. Uma classificação é feita estabelecendo-se o efeito de 50 gramas do carboidrato disponível (a quantidade total de carboidrato menos fibras) em um alimento de controle nos níveis de açúcar no sangue. Foi determinado para o alimento de controle, originalmente pão branco, o valor 100. Uma vez que isto foi estabelecido, os pesquisadores testaram quantidades iguais (50 gramas de carboidrato disponível) de vários alimentos e compararam a reação do açúcar no sangue ao alimento de controle. Quaisquer alimentos que elevaram a glicemia mais do que o pão branco obtiveram um valor mais alto, ao passo que os alimentos que elevaram a glicemia menos que o pão branco obtiveram um valor mais baixo.
Atualmente, alguns pesquisadores escolheram usar a glicose como alimento de controle em vez do pão branco. É dado à glicose o valor 100 e todos os alimentos são comparados ao seu efeito na glicemia. Quando o pão branco é usado como alimento de controle, a classificação do IG para a glicose é 140, uma vez que eleva os níveis de açúcar no sangue mais que a glicose. Mas para usar a tabela IG, não importa que método foi usado ao testar os alimentos, já que a idéia é a mesma. O valor do IG de uma comida permite comparar seu efeito na glicemia em relação a outros alimentos. Isto pode ajudá-lo a escolher melhor os alimentos, inclusive escolhendo os melhores e mais saudáveis carboidratos.
Há apenas uns poucos grupos de pesquisa no mundo que testaram a reação da glicemia e compilaram os valores do IG. Eles usam um protocolo de teste bem rígido para determinar o valor de IG para cada alimento. Digamos que você queira encontrar o valor IG de damascos secos. Os pesquisadores usam o alimento de teste e o alimento de controle. Neste caso, os damascos secos seriam o alimento de teste e o pão branco ou glicose seria o alimento de controle. Os sujeitos da experiência (geralmente 8 a 10 participantes) recebem damascos secos suficientes para fornecer 50 gramas de carboidrato disponível (aproximadamente 27 metades de damasco). A reação do açúcar em seu sangue é então testada e registrada num gráfico a cada 15 minutos durante a primeira hora e a cada 30 minutos durante a segunda hora. O mesmo procedimento é usado depois que eles ingerem 50 gramas de carboidrato disponível de glicose ou pão branco (o alimento de controle). Os dois valores são comparados e a informação tirada do gráfico é calculada usando um programa de computador. Finalmente, a média de IG de todos os sujeitos ao alimento teste é calculada à partir da informação coletada.
Geralmente, alimentos com baixo IG possuem pontuações abaixo de 55. Alimentos com IG moderado pontuam entre 55 e 70, ao passo que alimentos com IG alto pontuam acima de 70. Como você pode ver, quanto mais baixo o IG, mais lenta é a reação do sangue à glicose naquela comida. Usando o IG, você pode selecionar alimentos que produzem um lento e estável aumento da glicemia, resultando em níveis estáveis de açúcar no sangue que mantém o nível de energia alto e a fome à distância.
Às vezes, o índice glicêmico pode ser enganoso. Na próxima seção, aprenda mais sobre como usar o índice glicêmico.
Usando o índice glicêmico
Usar o IG em situações reais pode soar complicado a princípio. Mas você só precisa ter uma noção dos grupos de alimentos que possuem pontuações baixas a moderadas. Escolha, então, aqueles alimentos mais freqüentemente, mas não se esqueça dos conselhos a seguir.- O IG não foi criado para reduzir a quantidade total de carboidratos que as pessoas consomem diariamente, mas para ajudar indivíduos a selecionar alimentos ricos em carboidratos que desencadeiem uma resposta mais lenta à insulina.
- Coloque mais ênfase nas categorias de alimentos do IG em vez de alimentos individuais, selecionando alimentos entre categorias baixa a moderada mais freqüentemente do que os da categoria alta.
- Leve em conta que os alimentos são, normalmente, consumidos em combinação com outros. A quantidade de gordura e/ou proteína, bem como de carboidrato na comida e o acréscimo de coberturas, temperos e molhos podem influenciar o efeito do carboidrato nos níveis de glicose no sangue.
- Uma maneira simples de moderar a resposta da glicose no sangue é repor um alimento de IG alto com um de índice baixo a cada refeição ou lanche. Isto também é muito mais realista do que eliminar totalmente os alimentos com IG alto.
- É perfeitamente aceitável alimentos com IG alto na dieta. Entretanto, quanto mais alto o IG, menor deveria ser a porção.
- Comer alimentos com IG alto, seguido de exercícios vigorosos irá ajudar a reabastecer as reservas de glicogênio.
- O IG não deveria ser usado isoladamente, mas como um componente de um plano de alimentação saudável em geral, que leva em conta outros nutrientes, (proteína, gordura e fibras), tamanho da porção e horários das refeições e lanches.
O IG é uma ferramenta útil ao selecionar carboidratos, mas existe outro sistema de classificação que pode ser mais prático. O sistema do IG classifica alimentos individuais, o que lhe permite comparar um ou outro isoladamente. Mas ainda assim raramente comemos um único alimento de cada vez e é aí que o sistema do IG encontra suas limitações. Muitos fatores podem afetar a taxa na qual o carboidrato é digerido e aumenta os níveis de glicose no sangue. Se você comer proteína e gordura junto com o carboidrato, por exemplo, ele é digerido mais lentamente e eleva os níveis de açúcar no sangue mais gradualmente. A seguir, veremos outros fatores que podem ter um impacto no IG de qualquer comida.
- Grau de maturação: quanto mais madura estiver uma banana, mais alto é o seu IG. Isto normalmente se aplica a todas as frutas que continuam a amadurecer após terem sido colhidas.
- Ácidos nos alimentos: quando o ácido está presente na comida, ele desacelera a taxa em que o organismo digere determinada comida. Digestão mais lenta significa absorção mais lenta e um efeito mais favorável no açúcar do sangue.
- Diferenças individuais na taxa de digestão do carboidrato: teste 5 pessoas e cada uma delas responderá diferente à mesma comida. Use o IG como guia, mas monitore o efeito que os alimentos ricos em carboidratos têm em você, especialmente se você tiver diabetes.
- Tipo da farinha (se houver) no produto: quanto mais refinada a farinha branca em um produto, mais alto o IG; quanto mais integral for a farinha, mais baixo será o IG.
- Tempo de cozimento: o processo de cozimento faz com que as moléculas de amido inchem e também amaciem a comida. Quanto mais longo o tempo de cozimento, mais macia será a comida e mais fácil e mais rápida será a digestão. Os valores de IG normalmente aumentam com o tempo de cozimento.
- Outros ingredientes: se um alimento com IG alto é embalado com alimentos contendo proteína ou gordura (como fettuccine Alfredo preparado), o carboidrato terá um efeito IG mais baixo do que teria individualmente porque a gordura e a proteína tornam a digestão dele mais lenta. Na mesma medida, alimentos como feijão (legumes), que tem o IG naturalmente baixo, podem produzir um IG mais alto quando enlatado com açúcar e outros ingredientes, com é o caso dos feijões cozidos com tomate.
2006 Publications International, Ltd. A graduação do IG da melancia pode ser enganosa |
Entretanto, quando você calcula a carga glicêmica (CG), o panorama é bem diferente. A carga glicêmica é usada em conjunto com o IG. Ela reflete a quantidade de carboidrato disponível em uma porção de tamanho normal de uma comida em particular, de forma que reflita situações reais de alimentação. A CG é calculada usando uma fórmula que multiplica a quantidade de carboidrato disponível em uma porção pelo IG do alimento e dividindo o resultado por 100.
Vamos tomar o exemplo da melancia acima. Sabemos que possui um IG alto. Vejamos o que acontece quando calculamos sua carga glicêmica. Uma porção de tamanho normal de melancia é 1/2 copo, a quantidade de carboidrato disponível nela é de 5,75 e o IG é de 72. A CG para este alimento é calculada desta maneira: (5,75*72)/100. Se você calcular corretamente, obterá 4,14, o que arredondando, dá uma graduação de carga glicêmica de 4. A melancia não parece mais um alimento de IG alto, certo? Isto é o que acontece quando você usa o carboidrato em uma porção de tamanho razoável para determinar o efeito do açúcar no sangue. Usar a CG demonstra que é possível incluir alimentos com IG alto no planejamento das refeições. Lembre-se, eliminar os alimentos individuais da sua dieta, especialmente frutas, verduras, cereais integrais e leguminosas que podem ter um IG alto significa que você terá muito a perder em vitaminas, sais minerais e fibras. Você pode encontrar informações mais detalhadas sobre o índice glicêmico e pesquisar o IG e a CG de alimentos individuais no site www.glycemicindex.com (em inglês).
Até agora discutimos o papel dos carboidratos no aumento de peso. Continue lendo para saber mais a respeito de como os carboidratos podem afetar outras áreas da sua saúde.
CG baixo = 10, CG moderado = 11-19 e CG alto = 20+ (por 50 g de carboidrato disponível)
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Carboidratos e doenças
Até agora, temos nos concentrado em como escolher os bons e os melhores carboidratos para controle de peso. Mas, selecionar bons e melhores carboidratos, afeta muitos aspectos da sua saúde. Escolha com sabedoria e você poderá evitar o aparecimento de algumas doenças que podem ser fatais, assim como controlar outras que você já tenha. A função dos carboidratos na prevenção e controle de doençasOs carboidratos complexos são os melhores na prevenção e controle de doenças. Isto por causa do alto teor de fibras, bem como uma abundância de vitaminas, sais minerais, e fitonutrientes que contêm. Aqui vai um aspecto sobre como seguir uma dieta cheia de carboidratos complexos pode prevenir ou melhorar uma variedade de estados de saúde e doenças.
2006 Publications International, Ltd. Os carboidratos podem ser tão importantes para o colesterol e doenças do coração quanto a gordura |
Os pesquisadores concluíram que se as pessoas reduzissem a quantidade geral de gordura na sua dieta, a quantidade de gordura saturada também diminuiria. Uma vez que a gordura possui mais que o dobro de calorias que os carboidratos e as proteínas, 9 calorias por grama de gordura comparada com as 4 calorias por grama para os carboidratos ou proteínas, a redução da quantidade de gordura na dieta e o aumento da quantidade de carboidratos significaria comer menos calorias. Excesso de peso é um fator que contribui para as doenças do coração. Assim sendo, manter um peso saudável ajuda a reduzir o risco de DCV.
Normalmente os alimentos ricos em carboidratos são naturalmente pobres em gordura. Quando processados, eles contêm fibras que ajudam a reduzir o colesterol, removendo o LDL do organismo. Profissionais de saúde incluem os carboidratos em suas recomendações para uma alimentação saudável para o coração. Entretanto, as pessoas nem sempre foram aconselhadas a comer mais dos carboidratos "saudáveis" e menos dos carboidratos "não tão saudáveis" e encheram-se de grandes porções de carboidratos sem gordura e refinados. Eles podem estar ingerindo menos gorduras mas certamente não menos calorias!
Para auxiliar a reduzir o risco de doenças do coração, a American Heart Association (AHA - Associação Americana do Coração) atualmente recomenda uma dieta rica em frutas, verduras, legumes (grãos); carboidratos complexos integrais e não-refinados; laticínios com baixo teor de gordura; peixe, carnes magras e aves. O AHA também recomenda a redução da quantidade de gorduras hidrogenadas (trans) na sua alimentação. As recomendações para educação e orientação nutricional da AHA e outras instituições enfatizam a distinção entre as gorduras benéficas para o coração e a importância dos carboidratos "saudáveis".
Doenças gastrintestinais: os carboidratos complexos, tais como frutas e verduras, grãos e cereais integrais, são particularmente úteis para a melhoria da saúde gastrintestinal. Estes alimentos são ricos em fibras, que desempenham uma função essencial na redução da incidência de constipação e diverticulose, um distúrbio que causa a formação de pequenas hérnias na parede, chamadas divertículos.
As fibras podem auxiliar na redução do câncer do cólon, estômago e vesícula biliar. Mas este não é o único benefício destes alimentos ricos em nutrientes. O elevado consumo de grãos intactos e outros alimentos integrais, ricos em fibras e carboidratos complexos irá auxiliar a diminuir a pressão dentro do trato intestinal e poderá ajudar a prevenir a diverticulose, assim como a diverticulite, a inflamação dolorosa no divertículo. Muitos destes alimentos ricos em carboidratos complexos também carregam vitaminas e sais minerais, tais como ferro, zinco, magnésio, e uma infinidade de vitaminas B, bem como antioxidantes como as vitaminas E e C, selênio e beta caroteno.
O ácido fítico encontrado em cereais integrais pode ajudar a reduzir o risco de câncer ao reduzir os radicais livres. Os radicais livres, moléculas formadas como subproduto de vários processos bioquímicos dentro do corpo pode prejudicar as células. Reduzir a quantidade de radicais livres pode, por sua vez, reduzir o risco de câncer.
Diabetes: não está ainda muito claro se a diabetes pode ser prevenida com a ingestão de carboidratos complexos que possuem classificação de IG baixo. Uma teoria que prevalece é que o consumo por longos períodos de grandes quantidades de carboidratos com IG alto, aumenta o risco de diabetes tipo 2. Pensava-se que isto era devido à resistência à insulina ou ao esgotamento do pâncreas, trabalhando constantemente para produzir altos níveis de insulina.
Entretanto, há boas evidências de que uma dieta repleta de carboidratos complexos pode ajudar a tratar e controlar a diabetes. Sabemos, já há algum tempo, que pessoas com diabetes não precisam ficar longe de todos os carboidratos. O organismo processa todas as formas de carboidrato da mesma maneira, transformando-os em açúcar (glicose) - é a velocidade com que o carboidrato é processado e seus correspondentes efeitos no açúcar do sangue (glicemia) que importa no controle da diabetes.
Uma vez que os carboidratos simples refinados elevam a taxa de açúcar no sangue mais dramaticamente do que os carboidratos complexos, as pessoas com diabetes deveriam comer carboidratos com baixo IG em vez de alimentos refinados com IG alto. Uma ingestão de alimentos com baixo IG durante o dia, às refeições e lanches, pode fazer diferença no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Resistência à insulina: resistência à insulina é um estado clínico que pode dificultar o processamento de carboidratos simples no organismo de certas pessoas, especialmente a ingestão de grandes porções deles de uma vez.
Sobrecarregar ou inundar o corpo com grandes quantidades de carboidrato força-o a trabalhar muito mais para limpar a glicose do sangue. No caso da resistência à insulina, os tecidos do corpo não estão receptivos à mensagem de que a insulina está lá para desbloquear as células e deixar a glicose entrar para fazer seu trabalho.
O resultado são altos níveis de glicose circulando na corrente sangüínea por longos períodos de tempo. Isto faz com que o pâncreas trabalhe com mais afinco para liberar mais insulina e mandar toda aquela glicose extra para as células.
Células pancreáticas sobrecarregadas podem eventualmente se desgastar e diminuir a produção de insulina, o que é um sinal precoce de diabetes do tipo 2 (ou diabetes não-insulina-dependente). Uma maneira de reduzir as chances de desenvolver resistência à insulina é comer bastante carboidrato complexo de baixo IG e pouco carboidrato simples, refinado e de alto IG.
Obesidade: talvez você não veja a obesidade como um problema de saúde, mas estar consideravelmente acima do peso coloca você em risco de adquirir um número de diferentes problemas de saúde.
As pessoas que estão acima do peso respondem de maneira diferente aos carboidratos do que as pessoas com peso normal. Uma dieta de carboidratos refinados de alto IG pode ter um efeito muito mais adverso na saúde de uma pessoa obesa. Segundo um avançado estudo sobre a saúde das enfermeiras realizado no Brigham and Women's Hospital, em 1976, com financiamento do National Institutes of Health, as chances de ter um infarto são maiores em mulheres acima do peso que comem muito carboidrato simples (de fácil digestão). Além disso, voluntárias seguindo dietas ricas em carboidrato e baixo teor de gordura, sofreram mudanças prejudiciais nos níveis de HDL (o bom colesterol), triglicerídios (um tipo de gordura), açúcar no sangue e insulina; sendo que as mudanças foram maiores em pessoas inativas e acima do peso.
Pessoas magras e ativas podem lidar melhor com o consumo alto de carboidratos por diversas razões. Primeiro, estar acima do peso faz com que seja difícil para a insulina fazer seu trabalho de ajudar a glicose a entrar nas células para suprir energia. Segundo, pessoas que são mais ativas requerem mais combustível para produzir energia e são particularmente eficientes em queimar os carboidratos, que é a fonte preferida do organismo. Isto permite às pessoas ativas transformar o excesso de carboidratos em energia em vez de armazená-lo como gordura. Por último, quando você tem menos tecido gorduroso e mais músculos, o corpo é mais eficiente em processar e digerir a comida, inclusive carboidratos.
Cereais integrais, legumes, frutas e a maioria das verduras são, naturalmente, pobres em gordura e contêm carboidratos saudáveis e quantidades significativas de fibras, que contribuem para um plano alimentar saudável em geral. Estudos produziram resultados mistos no campo do baixo IG/perda de peso, mas é certo que não é prejudicial empregar o IG ao fazer a escolha diária dos alimentos. Algumas pessoas podem sofrer perda de peso como resultado.
Seu corpo necessita de combustível para funcionar. Os carboidratos suprem este combustível. Na próxima seção, discutiremos como comer os carboidratos certos para se exercitar.
Carboidratos e exercícios
Quer você se exercite regularmente quer esteja pensando em começar, nem sequer pense em restringir os carboidratos. Eles são o combustível que seu corpo necessita e prefere para dar força a qualquer tipo de exercício. Não importa o tipo de atividade, seja aeróbica, dança, corrida, condicionamento físico, ioga, natação, ciclismo ou caminhada, você irá praticá-los melhor ao incluir uma variedade de carboidratos na sua dieta.
Opções de carboidratos (baixo IG) para antes da atividade física:
Opções de carboidratos (alto IG) para depois da atividade física:
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Existem algumas considerações a respeito de carboidratos e o horário das refeições que dependem de quando você se exercita. Sendo logo de manhã, durante a hora do almoço, no final da tarde ou depois do trabalho, certifique-se de não estar sabotando seus esforços, dando a si mesmo muito pouco ou o tipo errado de comida.
Madrugadores
Se você acorda cedo e gosta de malhar quando a maioria das pessoas ainda está dormindo, parabéns! Esta é a melhor hora para exercitar-se, não necessariamente porque queimará mais calorias, mas porque é mais prático. Não há muitos conflitos de horário com um exercício às 5:30 da manhã. É menos provável de cancelar do que se você deixar para depois do trabalho, quando reuniões demoradas, compromissos familiares ou confraternização com colegas poderão atrapalhar.
Como você se sente antes de começar seu exercício matinal? Sente-se com fome? Se este for o caso, você definitivamente precisa comer algo antes do exercício. Não há comida perfeita, experimente diferentes opções de alimentos. Uma coisa é certa, uma pequena quantidade de comida rica em carboidrato é o que você precisa para começar o dia. Uma vez que as reservas de glicogênio (carboidrato) são usadas enquanto você dorme para manter seu coração, cérebro e outros órgãos funcionando, você precisa completar essas reservas de manhã, especialmente se estiver com fome logo de início.
Entretanto, em média, armazenamos carboidrato suficiente para 2 a 3 horas de esforço físico. Desde que você coma consistentemente através do dia, de olho na variedade e equilíbrio de macronutrientes (proteína, gordura e carboidrato) e não economize nas calorias, você terá combustível suficiente para fazer seu exercício diário. A menos que esteja participando de um evento esportivo de ultra-resistência e longa duração, você não tem que se preocupar em ficar totalmente sem combustível! |
Guerreiros da hora do almoço
Malhar durante a hora do almoço pode dar um intervalo no seu dia ao mesmo tempo que alivia o estresse. Porém, antes de exercitar-se, recapitule as horas passadas: você teve o café da manhã ou deixou de lado? Se comeu, quantas horas faz? Aquele desjejum leve das primeiras horas da manhã já ficou no passado e você pode estar sentindo seus efeitos na forma de falta de energia logo ao chegar na academia. Se você pulou completamente o café da manhã, bem, por agora você já deve saber das conseqüências!
Se a malhação do meio-dia é sua rotina padrão, tenha certeza de estar apto ao desafio fazendo um lanche rico em carboidrato no meio da manhã. Lembre-se que a maioria das pessoas precisa comer a cada 3 a 4 horas. Abastecendo seu tanque uma hora mais ou menos antes do exercício lhe dará energia de sobra para exercitar-se. Quando tiver terminado, não pense que escapar do almoço ajudará no seu esforço de perder peso. Reponha os carboidratos, fluidos e proteínas para restaurar as reservas de glicogênio, refresque e reidrate seu corpo e comece a reconstruir a musculatura. Todos são igualmente importantes para sua próxima seção de exercícios!
Exercícios ao anoitecer
2006 Publications International, Ltd. O exercício é um componente chave da perda de peso, mas comer bem é vital para um bom resultado e para a sua saúde |
Para algumas pessoas, alimentos com alto índice glicêmico podem produzir um rápido aumento no açúcar do sangue seguido de uma rápida queda para um nível muito baixo. Use aqueles alimentos com moderação antes e durante os exercícios. Alimentos com IG alto geralmente são melhores se reservados para repor o glicogênio depois dos exercícios.
Na nossa seção final, ensinaremos como decifrar as várias dietas e promessas de poucos carboidratos que você encontra nas prateleiras da sua mercearia.
Poucos carboidratos no supermercado
Os fabricantes de comida estão sempre tentando entrar na última tendência das dietas, lançando linhas de alimentos que garantem terem "baixos teores de gordura", ou "poucos carboidratos". O único problema é que, este aspecto das propriedades nutricionais de um alimento realmente não lhe dão a informação que você precisa para fazer uma escolha saudável.A fraude do alimento sem gordura
Especialistas em nutrição e controle do peso concordam que, manter a fome sob controle, é uma das chaves para perder e manter o peso com sucesso. Durante meados dos anos 90, no auge do furor dos alimentos processados e sem gordura, os seguidores de dietas geralmente lançavam mão desses alimentos "diet" para ajudá-los a manter o programa de perda de peso. Infelizmente, como esses alimentos eram geralmente ricos em açúcar e farinha refinada, eles faziam seus insuspeitos consumidores passarem por uma montanha russa de alterações energéticas e aumento da fome. Em vez de serem uma solução para a regulagem do peso, estes produtos contribuíram para um problema de controle de peso. Mesmo atualmente, muitos seguidores de dieta não percebem que não precisam ser cautelosos com produtos sem gordura e sim consumi-los com moderação.
2006 Publications International, Ltd. Um donut sem gordura ainda pode ser rico em calorias |
muitas calorias entram e poucas saem = aumento de peso.
Se estes alimentos fossem sem gordura, porque também não eram livres de calorias? Porque algumas variedades sem gordura concentravam ainda mais calorias do que a versão original? Quando os fabricantes removeram a gordura, que acrescentava sabor a comida, eles precisavam substituíi-la por algo que a mantivesse saborosa. Para doces, este substituto foi o açúcar. Ainda que seja verdade que o açúcar não possui gordura, possui muitas calorias, de forma, que comer um pote de sorvete nunca irá ajudá-lo a perder peso.
Outra razão pela qual as pessoas comeram alimentos livres de gordura em excesso foi porque, não importa o quanto tentassem, os fabricantes não conseguiam igualar o sabor da versão original. Os consumidores sentiam-se insatisfeitos, não importa o quanto comessem. Depois de acabar com uma caixa de bombons sem gordura, era normal que as pessoas saíssem em busca da "coisa real" para poder se satisfazer. No final elas comiam mais calorias do que se tivessem comido um pouco da versão original. Alimentos livres de gordura têm seu lugar, mas são uma ferramenta para perder peso apenas se usados adequadamente. E eles definitivamente não são a resposta.
Compradores de carboidratos, cuidado
Existem agora alguns alimentos exibindo uma etiqueta de baixos teores de carboidratos que sempre foram naturalmente pobres em carboidratos. Pasta de amendoim natural, do tipo sem açúcar, é um bom exemplo. Geralmente, as castanhas já vêm com seu título de baixo teor de carboidratos sem qualquer ajuda dos fabricantes. Castanhas de caju possuem um pouco mais de carboidrato que outras variedades, mas quando comparadas com outros alimentos naturais, como o mel, o conteúdo de carboidrato é mínimo.
Muitos outros alimentos também não precisam de nenhuma ajuda dos fabricantes para ganhar um título de baixos teores de carboidratos. Estes compreendem alface, grãos, verduras crucíferas como brócolis e couve-flor, alimentos com proteína como carnes magras, frango, peixe, queijo e produtos de soja; melão cantaloup e tomates.
Se você vir uma etiqueta de baixos teores de carboidratos em qualquer dos produtos listados acima, não seja enganado, não pense que eles são de alguma forma mais pobres em carboidratos do que seriam se não tivessem a etiqueta. Consumidos sozinhos, ou seja, não sendo parte de uma combinação de pratos onde os carboidratos de outros alimentos entram em cena, estes são simplesmente alimentos pobres em carboidratos.
Existem alguns alimentos naturalmente pobres em carboidrato que tornam-se mais ricos pela maneira como são fabricados. O iogurte é um bom exemplo. O iogurte possui pouco ou nenhum carboidrato, apenas 15 gramas em cada 200, isto por causa do açúcar natural do leite. Entretanto, muitos produtos de iogurte têm açúcar adicionado, dando-lhes contagens artificiais de carboidratos. Você deveria também perceber que o açúcar adicionado aumenta a contagem de calorias, bem como a de carboidratos totais.
Por dentro dos alimentos pobres em carboidratos
A febre dos alimentos nos anos 90, não teve tanto impacto na obesidade como era esperado. Os especialistas estavam certos ao predizer os mesmos resultados para alimentos com baixos teores e sem carboidratos.
Como os fabricantes fizeram alimentos com poucos carboidratos? É uma questão de substituição de ingredientes. O tipo particular de produtos determina qual substituto será usado. Alguns substitutos incluem farinha de soja, goma xantana, fibra de psílio e adoçantes artificiais.
Ao usar a farinha de soja, que contém mais proteína ou fibras do que a farinha branca refinada, os fabricantes reduzem os carboidratos totais de um produto. Às vezes, eles substituem toda a farinha em um produto, em outros apenas uma porção dela.
A goma xantana, um produto natural, é usada para substituir o glúten (um tipo de proteína encontrado na farinha) e atua como um substituto de ligação em produtos que não usam farinha. Produtos assados exigem glúten na sua estrutura (pães são os que mais exigem; biscoitos, menos), assim os produtos que são pobres em carboidratos e contêm pouca ou nenhuma farinha precisam de um substituto para evitar que esfarelem ou despedacem. Uma mistura de nozes finamente moídas e adoçante, por exemplo, pode ser um substituto em uma massa pobre em carboidratos, mas o produto final vai ficar farelento e sem boa consistência. Em lugar de acrescentar farinha, os fabricantes adicionam uma pequena quantidade de goma xantana.
Psílio altamente rico em fibras é usado, às vezes, em alimentos para aumentar seu conteúdo de fibras. Isto ajuda a reduzir a quantidade de "carboidratos efetivos" (o nome de mercado que os fabricantes usam) porque os carboidratos efetivos são calculados pela dedução das fibras do total de carboidratos. Se um produto contém menos fibras, ele contém menos carboidratos efetivos e tem menos efeito no açúcar do sangue e no aumento de peso.
Os repositores de açúcar usados em alimentos pobres em carboidratos, como o adoçante artificial Splenda ou o açúcar de álcool manitol ou sorbitol, acrescentam doçura sem os carboidratos e calorias do açúcar.
Todas estas substituições, usadas tanto sozinhas como combinadas, de fato produzem uma diminuição dos carboidratos totais. Entretanto, o quanto essa redução é substancial varia de produto para produto. Às vezes, a redução é tão pequena que tem um efeito pouco significativo.
Dietas de moda passageira que dizem: "nunca coma carboidratos!" ou, "coma de tudo, menos carboidratos!" não estão fazendo seu trabalho direito. O tipo de carboidratos que você come ou quando come pode ser muito mais importante que a quantidade. Agora que entende o efeito que os carboidratos têm no seu corpo, você pode montar a dieta que é correta para você.
Esse artigo tem propósitos apenas informativo. NÃO FORNECE ORIENTAÇÕES MÉDICAS. Tanto o editor do Consumer Guide ®, da Publications International, Ltd., quanto o autor e o divulgador não se responsabilizam por nenhuma possível conseqüência dos tratamentos, procedimentos, exercícios, modificações de dieta, ação ou aplicação de medicação que resultem da leitura ou utilização das informações aqui contidas. A publicação dessas informações não constitui prática da medicina e não substitui as orientações de seu médico ou outro profissional da saúde. Antes de iniciar qualquer tratamento, o leitor deve procurar o conselho do seu médico ou de outro profissional de saúde.
- O índice glicêmico não depende se o carboidrato é simples ou complexo. Ex: o amido do arroz e da batata tem alto índice glicêmico quando comparado c/ o açúcar simples (frutose) na maçã e pêssego, os quais apresentam um baixo índice glicêmico.
- Fatores como a presença de fibra solúveis, o nível do processamento do alimento, a interação amido-proteína e amido-gordura, podem influenciar nos valores do índice glicêmico.
Alimentos de moderado índice glicêmico (60-85)
Alimentos de baixo índice glicêmico (< 60)
ALIMENTO | IG | ALIMENTO | IG |
Bolos | 87 | Cuscus | 93 |
Biscoitos | 90 | Milho | 98 |
Crackers | 99 | Arroz branco | 81 |
Pão branco | 101 | Arroz integral | 79 |
Sorvete | 84 | Arroz parboilizado | 68 |
Leite integral | 39 | Tapioca | 115 |
Leite desnatado | 46 | Feijão cozido | 69 |
Iogurte com sacarose | 48 | Feijão manteiga | 44 |
Iogurte sem sacarose | 27 | Lentilhas | 38 |
All Bran | 60 | Ervilhas | 68 |
Corn Flakes | 119 | Feijão de soja | 23 |
Musli | 80 | Spaguete | 59 |
Aveia | 78 | Batata cozida | 121 |
Mingau de aveia | 87 | Batata frita | 107 |
Trigo cozido | 105 | Batata doce | 77 |
Farinha de trigo | 99 | Inhame | 73 |
Maçã | 52 | Chocolate | 84 |
Suco de maçã | 58 | Pipoca | 79 |
Damasco seco | 44 | Amendoim | 21 |
Banana | 83 | Sopa de feijão | 84 |
Kiwi | 75 | Sopa de tomate | 54 |
Manga | 80 | Mel | 104 |
Laranja | 62 | Frutose | 32 |
Suco de laranja | 74 | Glicose | 138 |
Pêssego enlatado | 67 | Sacarose | 87 |
Pêra | 54 | Lactose | 65 |
· Atletas que treinam intensamente diariamente devem ingerir de 7-10g de carboidratos/kg de peso/dia ou 60% do VCT (Burke & Deakin, 1994);
· Pessoas que se exercitam regularmente deveriam consumir de 55 a 60% do total de calorias diárias sob a forma de carboidratos e indivíduos que treinam intensamente em dias sucessivos, requerem de 60 a 75% (ADA, 2000);
· 6-10g de carboidrato/kg/dia (ADA, 2000).
· 55 a 65% (ADA, 2000)
· Kleiner (2002): 8,0-9,0g/kg de peso/dia (manutenção), 8,0-9,0g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular) e 5,0-6,0g/kg de peso/dia (hipertrofia muscular e redução do percentual de gordura ao mesmo tempo)
- nas 3-4 horas que antecedem:
· 4-5g de carboidrato/kg de peso
· 200-300g de carboidrato (ADA, 2000)
Objetivo 1: permitir tempo suficiente para digestão e absorção dos alimentos (esvaziamento quase completo do estômago)
Objetivo 2: prover quantidade adicional de glicogênio e glicose sanguínea
Objetivo 3: evitar a sensação de fome
OBS: geralmente consiste em uma refeição sólida
OBS: dar preferência aos repositores energéticos líquidos
Objetivo: são de mais fácil digestão
Objetivo1: indivíduos suscetíveis a queda da glicemia não devem ingerir carboidratos de alto índice glicêmico para evitar a Hipoglicemia Reativa
Objetivo 2: níveis elevados de insulina inibem a Lipólise, o que reduz a mobilização de ácidos graxos livres do Tecido Adiposo, e, ao mesmo tempo, promovem aumento do catabolismo dos carboidratos. Isto contribui para a depleção prematura do glicogênio e fadiga precoce
OBS: o consumo de alimentos muito doces também podem provocar, enjôos e diarréia
- Quantidade:
· 30-60g de carboidrato/hora (ADA, 2000; Driskell, 2000);
· 0,7g de carboidrato/kg/hora (ADA, 2000)
· 40-75g de carboidrato/hora (El-Sayed et al., 1995)
Objetivo 1: manter o suprimento de 1g de carboidrato/minuto, retardando a fadiga em, aproximadamente, 15-30 min, por poupar os estoque de glicogênio
Objetivo 2: manter a glicemia, prevenindo dores de cabeça, náuseas, etc.
- Quantidade:
· 0,7-3g de carboidrato/kg de peso de 2 em 2 horas, durante as 4-6 horas que sucedem o término do exercício;
· 0,7-1,5g de glicose/kg de peso de 2 em 2 horas, durante as 6 horas após um exercício intenso + 600g de carboidrato durante as primeiras 24 horas (Ivy et al., 1998);
· 1,5g de carboidrato/kg de peso nos primeiros 30 minutos e novamente a cada 2 horas, durante as 4-6 horas que sucedem o término do exercício (ADA, 2002);
· 0,4g de carboidrato/kg de peso a cada 15 minutos, durante 4 horas. Neste caso observa-se a maior taxa de recuperação do glicogênio, porém o consumo calórico acaba excedendo o gasto energético durante o exercício
Objetivo: facilitar a ressíntese de glicogênio
Fonte:
Apostila: Nutrição aplicada à atividade física - autora: Profa. Letícia Azen - Consultora em Nutrição CDOF
FAO/OMS. Carbohydrates in Human Nutrition, 1998.
Dieta, obesidade e índice glicêmico.
Alimentação, glicose e saúde
Os efeitos da perda de peso
A fórmula para uma dieta saudável é que 55% do total de nutrientes consumidos seja de carboidratos. Outros 20% devem ser de proteínas e 25% de gorduras. A dieta deve ser elaborada por uma nutricionista e atender as necessidades individuais.
Fazer atividade física é indispensável na administração do peso. O exercício contribui para a redução do peso e a sua manutenção, além de diminuir a gordura abdominal e melhorar o condicionamento cardiorespiratório. O ideal é iniciar com um programa de atividade física três a cinco dias por semana.
Como escolher os alimentos
Os alimentos e a glicemia
Dependendo do tipo do carboidrato, da presença de proteínas, de gorduras e de fibras, a absorção dos alimentos acontece em velocidades diferentes. Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos (glicose e frutose) e os dissacarídeos (sacarose, maltose). Exemplos: açúcar branco, farinha branca, arroz branco e os alimentos fabricados com estes, como o pão branco e as massas. São indicados especialmente depois de um treino, pois fornecem energia de uma maneira rápida, necessária para a recuperação do esforço físico.
O que é índice glicêmico
Como surgiu a idéia de índice glicêmico?
Para que serve o índice glicêmico?
Qual é o significado de índice glicêmico na sua dieta?
Os alimentos de baixo IG são mais ricos em fibras que favorecem uma maior distenção gástrica aumentando a sensação de saciedade.
- Banana, batata frita, biscoito, bolacha cream cracker e outros
- Bolo, cenoura, frutas secas, mandioca, melancia, milho, sorvete
- Tapioca, trigo branco e uva passa
- a maioria dos macarrões, batata doce, aveia
- chocolate, suco de laranja
- arroz, feijão cozido, grão de centeio, ervilhas frescas, pipoca e outros
- cereais
- iogurte sem açúcar e sem gordura
- maçã, pera, suco de tomate, vegetais crucíferos (couve-flor, brocolis)
A tabela do índice glicêmico
ALIMENTO | IG | ALIMENTO | IG |
Bolos | 87 | Cuscus | 93 |
Biscoitos | 90 | Milho | 98 |
Crackers | 99 | Arroz Branco | 81 |
Pão branco | 101 | Arroz Integral | 79 |
Sorvete | 84 | Arroz parbolizado | 68 |
Leite integral | 39 | Tapioca | 115 |
Leite desnatado | 46 | Feijão cozido | 69 |
Iogurte com sacarose | 48 | Feijão manteiga | 44 |
Iogurte sem sacarose | 27 | Lentilhas | 38 |
All Bran | 60 | Ervilhas | 68 |
Corn Flakes | 119 | Feijão de soja | 23 |
Musli | 80 | Spaguete | 59 |
Aveia | 78 | Batata cozida | 121 |
Mingau de aveia | 87 | Batata frita | 107 |
Trigo cozido | 105 | Batata doce | 77 |
Farinha de trigo | 99 | Inhame | 73 |
Maçã | 52 | Chocolate | 84 |
Suco de maçã | 58 | Pipoca | 79 |
Damasco seco | 44 | Amendoim | 21 |
Banana | 83 | Sopa de feijão | 84 |
Kiwi | 75 | Sopa de tomate | 54 |
Manga | 80 | Mel | 104 |
Laranja | 62 | Frutose | 32 |
Suco de laranja | 74 | Glicose | 138 |
Pêssego enlatado | 67 | Sacarose | 87 |
Pêra | 54 | Lactose | 65 |
Porque não levar em conta apenas o índice glicêmico na escolha dos aliemntos?
Por exemplo, o IG do arroz branco é somente 3 pontos acima do integral e isso não significa que tanto faz o tipo de arroz a ser comido.
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