Projeto Emagrece Brasil como Funciona
http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/index.shtml
Reflexo da vida contemporânea, em que as pessoas tornam-se cada vez mais adeptas de junk food e comidas com altas taxas de gordura, o excesso de peso tem aumentado cada vez mais no Brasil. De acordo com o IBGE, se os brasileiros continuarem nesse ritmo, em 2020, um terço da população será obesa, índice que já é realidade nos Estados Unidos. Atualmente, 30% das crianças entre 5 e 9 anos já apresentam sobrepeso ou obesidade, assim como 20% dos jovens, 48% das mulheres e 50% dos homens.
A obesidade no Brasil caminha para se tornar um problema de saúde pública. Como consequência do sobrepeso, podem ocorrer aumento da incidência de diabete (com casos de cegueira e outras sequelas), crescimento do número de mortes por doenças cardiovasculares, elevação do número de casos de problemas ortopédicos e articulares e o aumento do sendentarismo. Para combater esse possível futuro, o projeto Emagrece, Brasil está propondo uma revolução.
Como funciona
O projeto Emagrece, Brasil tem como principal aliada a informação. Com uso de plataformas como revistas, livros, celulares, eventos, redes sociais, mídia digital e o site do projeto, o combate à obesidade será feito a partir de três frentes principais: educação (ensino sobre o consumo de bons alimentos e importância da atividade física), prática de esportes (estimular a prática de esportes para diminuir a taxa de sedentarismo no país) e prevenção (a importância de se manter um peso adequado e garantir qualidade de vida).
Para isso, algumas das ações que irão acontecer serão: ações itinerantes, palestras, exposições, movimentos nas escolas, atualização do site, aplicativos, publicação de manifestos nas revistas, lançamentos de livros, workshops culinários, entre outras.
As ações em escolas e universidades serão marcadas pelos seguintes eventos:
- Circuitos lúdicos nas escolas: 30 atividades físicas e de nutrição, preparadas para crianças, pré-adolescentes e adolescentes.
- Workshops culinários
- Exposição educativa: material educativo sobre reeducação alimentar e prática de exercícios físicos, em parceria com as prefeituras.
- 100 aulas com selo Emagrece, Brasil: parceria com grandes redes de academias espalhadas pelo Brasil que oferecerão suas aulas da grade fixa ministradas por um profissional de educação física da própria academia.
O site
O site www.emagrecebrasil.com.br apresenta uma grande quantidade de conteúdo, sendo o centralizador de notícias da Editora Abril (idealizadora do projeto). Além de todas as notícias, lá é possível encontrar blogs escritos por grandes nomes da área de saúde, colunas de embaixadores renomados, como Du Moscovis, Dr. Alfredo Halpern, Dr. Fillipo Pedrinola e Cynthia Howlett, além de ter um canal especial para crianças, agenda de eventos e uma ferramenta completa de emagrecimento. Para saber mais sobre o programa Emagrece, Brasil, basta acessar e entrar no ritmo da revolução proposta.
Como montar uma lancheira saudável e gostosa
Se comerem bem no recreio, os pequenos têm tudo para melhorar seu desempenho na escola e, de quebra, adquirem hábitos saudáveis que podem levar para a vida toda
Por Marcia Melsohn
Fazer o lanche que os filhos vão levar para a escola é tarefa mais importante do que muita gente imagina. Essa minirrefeição vai garantir a energia necessária para um bom aproveitamento das aulas, melhorando a concentração e a memória das crianças. E saber escolher os alimentos ideais para a hora do recreio é o primeiro passo para controlar o peso dos pequenos e mantê-los o mais distante possível da obesidade. Sempre é bom lembrar que no Brasil um em cada três brasileirinhos entre 5 e 9 anos de idade está acima do peso, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
Mas um dos principais benefícios de uma lancheira bem abastecida só será percebido e valorizado lá na frente, quando os garotos e garotas já estiverem crescidos. Eles terão desenvolvidos hábitos alimentares saudáveis, que levarão para o resto da vida. "Para não errar, vale sempre seguir um princípio básico: o lanche precisa ser variado e equilibrado para fornecer as calorias e os nutrientes necessários para o bem-estar das crianças", diz a nutricionista Juliana de Almeida Queiróz Parra, especialista em educação nutricional de escolares e proprietária da Nutrir Kids, na capital paulista. Segundo ela, o ideal é que a merenda contenha uma porção de carboidratos, para fornecer energia; uma de lácteos, que tem proteínas; uma fruta ou legume, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais; e uma bebida, para hidratação. Com esse mix, além de garantir um desenvolvimento mais saudável, o lanche ainda vai fortalecer as defesas dos pequenos.
Sabendo disso, preste atenção em algumas dicas da nutricionista:
- cuidado com lanches que precisam de refrigeração; geleias e alguns queijos processados são boas opções para passar no pão, porque não precisam ficar em recipientes refrigerados.
- sempre coloque uma garrafinha de água na lancheira.
- não ponha pacotes inteiros de biscoitos e sim de 4 a 5 unidades, sem recheio.
- negocie com os filhos um lanche não tão nutritivo apenas uma vez por semana -- nada é proibido, procure apenas evitar exageros.
- faça a criança participar da compra e da preparação, sempre explicando o motivo de escolher determinado alimento e porque ele faz bem.
- caso tenha cantina na escola e o menino ou a menina não levem nada de casa, o melhor jeito é orientá-los a optar pelos assados (e não os fritos) e sucos naturais.
- Não deixe o pequeno sair de casa sem o café da manhã. Longos períodos de jejum reduzem o ritmo do metabolismo e comprometem inclusive o aproveitamento na escola.
- Os pais devem dar o exemplo de alimentação saudável no dia a dia. Pregar saúde à mesa e não por esse conceito em prática põe tudo a perder.
Uma semana de lanches saudáveis
Segunda-feira: pão de cenoura com requeijão, suco de uva e laranja
Terça-feira: 5 biscoitos de aveia, suco de maracujá e queijo processado
Quarta-feira: pão de leite com geléia de uva, suco de manga e 1 pêra
Quinta-feira: 5 biscoitos integrais, uma caixinha de água de coco e 1 banana
Sexta-feira: 1 fatia de bolo de laranja, suco de melão e 1 mexerica
http://saude.abril.com.br//emagrece-brasil/lancheira-saudavel.shtml
Comer para malhar e emagrecer
Entenda o que deve entrar no cardápio antes e depois do exercício. Veja também sugestões e receitas apropriadas para afinar a cintura com saúde
Por Marcia Melsohn
A velha estratégia de fazer exercício com o estômago vazio para ter menos o que queimar e ainda não se alimentar após a malhação a fim de não recuperar o que foi perdido na suadeira é, na verdade, uma grande furada. Diferentemente do que muitos imaginam, o jejum engorda. Afinal, sem combustível, o organismo se defende reduzindo o tecido que consome energia – leia-se músculo – e preservando as reservas, ou seja, gordura.
“Atividade física é fundamental para o emagrecimento porque promove o gasto energético”, diz Antonio Herbert Lancha Júnior, professor titular de Nutrição Aplicada à Atividade Física da Universidade de São Paulo. “Mas é imprescindível ingerir alimentos corretamente antes e depois do exercício para preservar o tecido magro e manter a capacidade de eliminar os depósitos gordurosos”, completa. Em outras palavras, se a gente não come direito, o resultado da malhação pode ser desastroso: perda de massa muscular e pneus pra lá de inflado. É como se o sonho de ter uma cintura fina se tornasse um pesadelo.
“Antes do exercício, deve-se fazer uma refeição leve. Frutas, sanduíche de pão integral e frios magros, como peito de peru, ou iogurte natural com um pouco de cereal são boas escolhas para fornecer energia e, ao mesmo tempo, não prejudicar a quebra de gordura”, ensina Paula Crook, nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, em São Paulo. Até uma hora depois do sacolejo, é preciso recorrer novamente a fontes de carboidratos, como uma fruta, e de proteínas, caso do iogurte. O objetivo é recuperar o organismo e preservar a musculatura, que é o tecido ativo do corpo.
Veja quatro opções de lanches para associar à malhação e que vão ajudar a perder peso com saúde, sugeridos pela nutricionista Paula Crook:
Para antes:
- Pão integral com peito de peru e cottage
- Fruta com aveia
- Leite de soja batido com fruta
- Torrada integral com patê de tofu (veja receita abaixo)
Para depois:
- Salada de folhas, salmão assado, arroz integral, lentilha e legumes no vapor
- Salada de alface americana, radicchio, tomate cereja, cenoura, amêndoas e muzzarela de búfala. Macarrão ao molho de tomate, berinjela e abobrinha (confira receita abaixo)
- Pão integral com azeite, rosbife, folhas de rúcula e tomate
- Uma fatia de bolo de banana com aveia (veja receita abaixo), um iogurte natural desnatado e uma maçã
As receitas:
Macarrão ao molho de tomate, berinjela e abobrinha
Rendimento: 2 pessoas
Valor nutricional: 385 kcal por pessoa (proteínas: 11 g, carboidratos: 67,3 g, gorduras: 9 g)
Ingredientes
• 100 g de macarrão integral
• ½ berinjela
• ½ abobrinha italiana
• 2 tomates italianos
• ¼ cebola
• 1 dente de alho
• 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
• Sal a gosto
• Manjericão fresco a gosto
Modo de Preparo
Cozinhe o macarrão em 2 litros de água fervente até ficar al dente. Corte a berinjela em cubinhos (não precisa tirar a casca) e deixe de molho por 30 minutos em água com sal. Pique a abobrinha em cubos. Tire a pele e a semente dos tomates e pique em cubos. Pique a cebola e o alho. Esquente o azeite em uma panela e coloque a cebola e o alho para refogar. Em seguida, adicione a berinjela e abaixe o fogo. Junte a abobrinha e deixe cozinhar um pouco. Coloque o tomate picado e tempere com sal. Deixe apurar com a panela semitampada. Desligue o fogo, acrescente as folhas de manjericão. Ponha o molho sobre o macarrão cozido.
Patê de tofu
Ingredientes
• 2 colheres (sopa) de cenoura ralada
• 1 colher (sopa) de azeite de oliva
• 1 colher (sopa) de salsinha
• 3 fatias médias (85 g) de tofu
Modo de Preparo
Amasse o queijo tofu com um garfo, acrescente os outros ingredientes. Misture bem e sirva.
Bolo de banana com aveia
Rendimento: 20 porções
Valor nutricional: 168 kcal por porção
Ingredientes
• 4 bananas nanicas bem maduras
• 4 ovos
• 1 xícara (chá) de óleo de canola
• 2 xícaras (chá) de açúcar mascavo ou demerara
• 3 xícaras (chá) de aveia em flocos finos
• 1 colher (sopa) de fermento em pó
Modo de Preparo
Bata no liquidificador as bananas, os ovos, o óleo e o açúcar. Coloque numa tigela com o restante dos ingredientes e misture até homogeneizar. Despeje tudo numa forma. Asse em forno médio por aproximadamente 40 minutos ou até dourar. Depois de assado, o bolo pode ser enriquecido com açúcar e canela. Caso queira deixá-lo mais cremoso, acrescente mais banana.
http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/index.shtm
A dieta do prato ideal
Diante das novas recomendações do governo americano, te ensinamos como colocar porções hipernutritivas, variadas e pouco calóricas na sua mesa
por Paula Desgualdo
Em mais um esforço para desinflar as estatísticas da obesidade, os Estados Unidos acabam de substituir seu ícone de alimentação saudável. No lugar da velha pirâmide, que desde os anos 1990 é referência para profissionais de saúde e para a população em diversos cantos do globo, o país agora adotou a imagem de um prato. Batizada de MyPlate, a nova representação gráfica pega carona nas últimas diretrizes dietéticas americanas, divulgadas em janeiro deste ano. Ela é dividida em quatro partes, nas proporções que você vê na foto ao lado. Frutas e vegetais ocupam metade do espaço, enquanto grãos e proteínas ficam com a outra parcela. À direita, um copo lembra a importância dos laticínios na dieta.
A ideia, segundo a primeira-dama Michelle Obama, que anunciou o lançamento do novo padrão, é usar um desenho facilmente compreensível até mesmo para uma criança. “Sem dúvida, o prato é mais eficiente para atingir a população como um todo”, afirma Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. A principal crítica às pirâmides — no plural, porque existem diferentes versões — é justamente a dificuldade que pessoas comuns enfrentam para decifrá-las e colocar seus preceitos em prática. “Visualmente, a proporção dos grupos alimentares e o tamanho das porções parecem estar mais claros agora”, opina Rosana Perim, gerente de nutrição do Hospital do Coração, em São Paulo.
Mas o MyPlate também tem seus problemas. Um texto publicado pela Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, dá exemplos: à primeira vista, não há como saber que os grãos integrais são melhores que os refinados, ou que feijão, peixe e frango são fontes menos gordurosas de proteína. Sem falar que o prato alude a uma única refeição, quando na verdade a distribuição dos alimentos deve se estender ao longo do dia.
Controvérsias à parte, a missão de todo guia alimentar é incentivar escolhas mais saudáveis e ajudar na prevenção de enfermidades crônicas — se um indivíduo já tem uma doença, deve ter as recomendações ajustadas à sua condição. Nos últimos anos, a prioridade tem sido frear a epidemia mundial de obesidade e reduzir a prevalência de males relacionados ao excesso de peso, como problemas cardiovasculares, diabete e câncer. Por enquanto, a tarefa está longe de ser cumprida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 2015, serão 700 milhões de obesos em todo o mundo. Em terras brasileiras, quase metade da população está acima do peso e 15% dos adultos são obesos, segundo dados recentes do Ministério da Saúde.
Como deveria ser o prato verde-amarelo
Apesar dos pontos em comum com os vizinhos ao norte do continente, não custa lembrar que o MyPlate foi desenvolvido com base na realidade daquele país, e que, portanto, não pode simplesmente ser emprestado por quem está abaixo da linha do Equador. “É preciso olhar para as nossas questões”, pondera a nutricionista Renata Padovani, do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Alimentação da Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo. Mas, afinal, o que falta e o que está sobrando no nosso prato?
“O consumo de frutas e vegetais aqui é baixíssimo”, alerta Cyntia Carla da Silva, coordenadora do Setor de Promoção à Saúde do Hospital do Coração, na capital paulista. De acordo com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, esses alimentos representam apenas 2,8% do total de calorias médio que o brasileiro consome diariamente. Isso equivale a um quarto da recomendação, que é de 400 gramas diários. Consequentemente, estamos longe de ingerir a quantidade ideal de fibras, que, aliás, dão uma bela força para quem precisa murchar os pneus.
A nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, menciona outros dois desajustes da nossa dieta que preparam o terreno para os quilos a mais: os excessos de açúcar e gordura. No caso dos doces, o exagero sempre é negativo. “Essa mania potencializa o risco de diabete, gordura no fígado e colesterol elevado”, avisa. Portanto, moderação no consumo.
Sobre a gordura, o problema também está no tipo. E adivinhe com qual nos esbaldamos. Na saturada, que é supercalórica e favorece o entupimento das artérias. Maneirar na ingestão pode ser mais fácil do que parece. Acompanhe a conta que Mariana propõe. Se uma família de quatro pessoas reduzir o uso mensal de óleo de três latas para uma e meia, cada um deixaria de ingerir 112 calorias por dia. Em dois meses, essa pequena mudança resultaria em quase 2 quilos a menos na balança para cada indivíduo.
Usar o prato como modelo de dieta balanceada não é exatamente uma novidade. Reino Unido, Austrália, Suécia e outros países já trabalham com esse recurso gráfico. No Brasil, apesar da popularidade da pirâmide alimentar, o governo não emprega nenhum ícone oficial. No dia a dia, entretanto, são muitos os profissionais de saúde que lançam mão de desenhos e esquemas para orientar seus pacientes. Um exemplo é o que se ensina no Hospital do Coração, em São Paulo. Lá, a sugestão de menu é um prato em que metade deve ser reservada aos vegetais, um quarto a uma porção pequena de carne magra e o quarto restante à dupla arroz com feijão.
Resgatar essa parceria, que por tanto tempo protagonizou a nossa dieta, é, também, uma maneira de controlar o ataque aos snacks, processados e afins, fontes inesgotáveis de carboidratos refinados. Esses nutrientes elevam rapidamente os níveis de açúcar no sangue e estimulam a produção de insulina, o hormônio que coloca a glicose dentro das células. Com a insulina à solta, o organismo é convidado a estocar gordura.
Em busca da redução do sódio
“Não dá para voltar atrás em relação aos industrializados, mas é possível buscar soluções para tornar seu consumo menos prejudicial”, acredita a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição e Bem-Estar, em São Paulo. Uma ideia, ela diz, é dar preferência a produtos que levam o selo Minha Escolha. Eles cumprem critérios estabelecidos pela Fundação Internacional Choices para nutrientes como gordura saturada, gordura trans, açúcar e sódio.
E, para dar um basta ao sódio nosso de cada dia, o Ministério da Saúde e a indústria de alimentos assinaram em abril um termo de compromisso que prevê a redução desse ingrediente em 16 alimentos, começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas. A quantidade diária de sódio disponível nos domicílios do país hoje é de 4,5 gramas, mais que o dobro do limite estipulado pela OMS, de 2 gramas.
Dá para simplificar sem perder qualidade? Essa é a pergunta que, no fundo, todo mundo se faz frente a tantas recomendações, cuidados e medidas. Será que existe um jeito simples de se alimentar da forma adequada? De acordo com o trabalho coordenado pela psicóloga alemã Jutta Mata, do Max Planck Institute for Human Development, em Berlim, descomplicar é o melhor caminho para garantir o sucesso de uma dieta. “Descobrimos que o nível de complexidade cognitiva está totalmente ligado à adesão a um regime”, conta a pesquisadora. Em outras palavras, quanto menos elementos, cálculos e demais informações tiverem que ser processados, maior é a chance de sucesso inclusive na manutenção de peso. Nesse caso, ponto para o novo prato americano, que confia na simplicidade para orientar a população.
O estudo conduzido por Jutta e seus colegas também pesa em favor do que a maioria dos especialistas está cansada de pregar: dietas mirabolantes não são capazes de garantir uma vida mais saudável. E aí chegamos à já conhecida conclusão de que o segredo está mesmo no equilíbrio. “O que falta é parar e pensar no que vamos comer”, resume o nutrólogo Durval Ribas Filho.
Como o principal desafio é derrubar o ponteiro da balança, não dá para ignorar que o excesso de peso é um problema multifatorial. “Um levantamento do governo inglês faz um paralelo entre a obesidade e o aquecimento global, porque ambos são problemas complexos que exigem não só mudanças de comportamento mas econômicas e sociais”, afirma o endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Patrícia Jaime, coordenadora de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, concorda. “As taxas de obesidade no país só poderão ser reduzidas com ações em diversos âmbitos”, diz. Que tal começar pelo seu prato?
A gente come assim
Este ano, o Ministério da Saúde divulgou os resultados do Vigitel 2010, uma pesquisa que avalia fatores de risco e proteção para doenças crônicas, com base em entrevistas feitas por telefone. Veja o que dizem os brasileiros sobre seus hábitos alimentares
56% dos brasileiros afirmam tomar leite integral
34% consomem carne com excesso de gordura
66% consomem feijão cinco ou mais vezes por semana
18% consomem cinco ou mais porções de frutas e hortaliças por dia
O que mudou
Nosso padrão alimentar está se transformando. Observe o que houve com a participação de alguns alimentos na média diária de calorias entre 2002 e 2009
Embutidos
Aumento de 23,5%
Pães
Aumento de 12%
Biscoitos
Aumento de 10%
Arroz
Queda de 7%
Feijão
Queda de 18%
Farinha de mandioca
Queda de 20%
A pirâmide no tempo
Diversas versões foram criadas antes da recente implosão. Conheça as principais
1992 • O Departamento de Agricultura americano desenvolve
a primeira referência triangular do garfo saudável.
1999 • A nutricionista Sônia Tucunduva Philippi, da Universidade de
São Paulo, adapta a pirâmide americana aos nossos hábitos.
2000 • A Clínica Mayo, nos Estados Unidos, cria uma
variante que resgata a importância da atividade física.
2001 • Especialistas de Harvard fazem a sua e enfatizam
o consumo de cereais integrais e óleos vegetais.
2005 • A MyPyramid distribui os alimentos verticalmente
e traz orientações conforme o perfil de cada pessoa.
À brasileira
Desde 2006, as diretrizes do governo brasileiro estão reunidas no Guia Alimentar para a População Brasileira, que indica porções diárias para oito grupos de alimentos. A nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição, em São Paulo, criou um cardápio baseado nessas recomendações
Grupos Alimentares | Porções Recomendadas |
Cereais, tubérbulos, ráizes e derivados | 6 |
Feijões | 3 |
Frutas e sucos de frutas naturais | 3 |
Legumes e verduras | 3 |
Leite e derivados | 3 |
Carnes e ovos | 1 |
Óleos, gorduras e sementes oleaginosas | 1 |
Açúcares e doces | 1 |
Café da manhã
• 1 copo (200 ml) de leite desnatado
• 2 fatias de pão integral
• 1 colher de chá de margarina
• 1/2 unidade de mamão papaia
Lanche da manhã
• 1 goiaba vermelha pequena
Almoço
• 1 pires de salada de folhas verdes
• 2 colheres de sopa de cenoura
• 1 colher de sobremesa de azeite
• 4 colheres de sopa de arroz integral
• 1 concha de feijão
• 2 unidades de almôndega de
carne recheada com espinafre
• 1 copo (200 ml) de suco de maracujá
Lanche da tarde
• 4 torradas integrais salgadas
• 1 iogurte desnatado de frutas
Jantar
• 1 prato de sobremesa de alface
roxa com minicenoura e cubos
de abacaxi
• 3 colheres de sopa de batata corada
• 1 unidade pequena de filé de frango
grelhado com molho barbecue
Lanche da noite
• 1 copo de leite desnatado
http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/dieta-prato-ideal.shtml
O que acontece no corpo de uma pessoa obesa que perde 5% de seu peso?
A combinação de exercícios físicos com dieta balanceada pode trazer muitos benefícios já nos primeiros quilos a menos.
1. Memória: livrar-se de alguns quilos sobressalentes ajuda a resguardar as lembranças. Ao perder peso, diminui-se a resistência à leptina, enzima que sinaliza se é necessário ingerir mais ou menos alimentos. Essa substância ainda participa do processamento da memória no hipocampo e protege a massa cinzenta.
2. Colesterol: investir numa dieta equilibrada e com pouca gordura abaixa os níveis de colesterol no sangue. Dar adeus a pneuzinhos e afins colabora principalmente na diminuição do LDL, o chamado colesterol ruim. Em excesso, ele provoca a oxidação da camada interna dos vasos sanguíneos,que fica toda inflamada.
3. Câncer: a perda de massa gorda reduz o risco de desenvolver diversos tumores, como os de esôfago, pâncreas, ovário, rins, útero e mama. Sem o peso adicional, o organismo controla os hormônios que favorecem a desregulação de células e fatores inflamatórios que deixariam o corpo vulnerável ao câncer.
4. Pressão: uma murchada na barriga influencia na pressão arterial. Mais leve, o corpo deixa de produzir insulina aos montes para lidar com o açúcar. Quando está aos borbotões, esse hormônio favorece a retenção de água e sal. Também está por trás da secreção além da conta de noradrenalina. Tudo isso provoca a disparada da pressão.
5. Articulações: podar os quilos extras alivia a sobrecarga nas juntas, principalmente naquelas consideradas de impacto, como o quadril, o joelho e o tornozelo. Alguns estudos ainda em estágio inicial sugerem que o sobrepeso produz substâncias que agridem a cartilagem das articulações.
Os números podem variar de acordo com o metabolismo de cada indivíduo, além de outros fatores, como a genética, a composição dos nutrientes da dieta e a frequência dos exercícios físicos.
FONTES:
FÁBIO GOMES, NUTRICIONISTA DA ÁREA DE ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO E CÂNCER DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER; HUGO COBRA, CHEFE DO CENTRO DE CIRURGIA DO JOELHO DO INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA; SÔNIA BRUCKI, NEUROLOGISTA DO DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE NEUROLOGIA COGNITIVA E DO ENVELHECIMENTO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA; NABIL GHORAYEB, PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DE CARDIOLOGIA DO ESPORTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; ZULEIKA SALLES COZZI HALPERN, ENDOCRINOLOGISTA; MARIANA DEL BOSCO, NUTRICIONISTA; DANIEL MAGNONI, CARDIOLOGISTA E NUTRÓLOGO DO HOSPITAL DO CORAÇÃO; ANDRÉ PEDRINELLI, PRESIDENTE DO COMITÊ DE TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA; MARIA TERESA ZANELLA, PROFESSORA TITULAR DA DISCIPLINA DE ENDOCRINOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/infografico.shtml
Dieta volumétrica
O princípio dessa dieta é comer mais e melhor. Resultado: um número a menos no manequim em 30 dias
Por Eliane ContrerasA dieta
O cálculo é simples e certo: se consumir menos calorias do que gasta, você emagrece. Porém, esse ajuste pode deixá-la com a sensação de estômago vazio. Afinal, vai ser obrigada a reduzir a quantidade de comida que está acostumada a comer no dia a dia. A não ser que você aposte na dieta volumétrica, que recomenda encher o prato ou comer um sanduíche enorme como o da foto acima.A proposta é tentadora e... funciona! Criado pela nutricionista americana Barbara Rolls, professora da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e autora do livro Dieta Volumétrica - Perca Peso Comendo Mais (recém-lançado no Brasil pela editora BestSeller), esse programa de emagrecimento foi considerado um dos mais eficientes dos últimos tempos. "Na contramão dos regimes radicais, ele reduz a ingestão de calorias sem diminuir o volume dos alimentos, proporcionando perda de peso sem fome ou privação", afirma a nutricionista Mariana Dal Bosco, colaboradora do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso). Claro que, para caprichar no prato, você precisa priorizar os alimentos que saciam com poucas calorias.
Mais volume e menos calorias
Frutas, verduras e grãos integrais são o forte da dieta. "Ricos em fibras, eles têm baixa densidade energética - ou seja, enchem o estômago praticamente sem o risco de engordar. Além disso, prolongam a sensação de saciedade, o que também facilita a economia na ingestão de calorias", diz Thais Arthur, nutricionista do grupo de obesidade do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP. Não significa que você vai ter de subsistir à base de alface e sementes. Alimentos que carregam água e pouca gordura também são grandes aliados. É o caso do leite desnatado, da sopa, dos cozidos e ensopados (veja uma lista com outros itens no quadro As melhores escolhas). Quanto aos demais alimentos, fique tranquila. Com exceção das comidas gordurosas, tudo tem entrada livre no cardápio. A dieta volumétrica libera até pão, macarrão e um docinho por dia. Duvida? Vá até o cardápio para dar uma espiada.
+ truques da dieta volumétrica
Aumentar o volume da refeição com alimentos ricos em fibras ou água (ou as duas coisas) é estratégico na dieta. Estas são algumas sugestões para você pôr em prática. Depois, é só conferir o resultado na balança.
- Acrescente fruta e aveia no iogurte desnatado.
- Prefira carne de panela no lugar de filé grelhado. Preparados com água, ensopados e refogados têm as calorias reduzidas e enchem mais o estômago.
- Misture legumes picados no arroz integral.
- Diminua a porção de massa e adicione espinafre no molho de tomate.
- Prepare a gelatina com pedaços de fruta fresca.
As melhores escolhas
A dieta volumétrica libera totalmente alguns alimentos. Outros devem ser consumidos em porções moderadas ou reduzidas. Mas, para acertar nas escolhas, primeiro entenda melhor o que é densidade energética…
…muito baixa: quando os alimentos fornecem menos de 0,6 caloria por grama. Nessa lista estão a maioria das frutas e dos vegetais, leite desnatado e sopas de legumes (não vale sopa feita com creme de leite). Coma à vontade.
…baixa: alimentos que têm entre 0,6 e 1,5 caloria por grama. Fazem parte desse grupo os grãos cozidos, leguminosas (feijões, ervilha, grão-de-bico, soja e lentilha), peixe sem gordura (atum conservado em água), peito de peru light, arroz integral, iogurte 0% gordura, queijo cottage light, batata cozida com casca e combinações como cereais matinais integrais sem açúcar com leite desnatado. Consuma porções relativamente grandes.
…média: itens que contêm entre 1,5 e 4 calorias por grama. Inclui ovo cozido, pão integral light, presunto magro, carne magra (alcatra, contrafilé), mussarela light, molho de salada com pouca ordura, damasco seco, geleia de fruta sem açúcar e sobremesa à base de fruta. Consuma com moderação.
…alta: são aqueles que oferecem entre 4 e 9 calorias por grama - a mais alta densidade energética que um alimento pode oferecer. Esse grupo inclui biscoitos tipo cracker, batata frita, amendoim, bombom, nozes, manteiga, bacon, óleo e comidas gordurosas em geral. Consuma o mínimo possível.
Na mira da ciência
Há vários estudos confirmando a eficácia dos alimentos de baixa densidade energética, geralmente ricos em água e fibras, na perda de peso. "Os cardápios que priorizam esse tipo de alimento estão associados a uma maior sensação de saciedade e um menor consumo de calorias,
além de uma melhor qualidade de vida", comenta Mariana Del Bosco. Mais: são fáceis de ser
incorporados no dia a dia. Com isso, consolidar o hábito de comer mais alimentos naturais e integrais é só uma questão de tempo, de acordo com um estudo americano feito durante seis anos com 186 mulheres. Já as mulheres com excesso de peso, tendem fazer diferente: consumir mais doces, cereais refinados e frituras - ou seja, alimentos com alta densidade energética e, portanto, com maior poder de engordar. O que você prefere?
http://boaforma.abril.com.br/dieta/todas-dietas/dieta-volumetrica-623430.shtml
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