O arroz é rico em amido, sendo uma ótima fonte de energia. Além disso, arroz fornece ferro, vitaminas B e proteínas. Já o feijão é um dos vegetais mais ricos em proteína, a qual tem a sua absorção pelo organismo facilitada pelo amido contido no arroz. O feijão também é rico em ferro e outros minerais. Porém, vale lembrar que o corpo humano consegue absorver apenas cerca de 10% do ferro nos vegetais. Para que a absorção de ferro em vegetais seja aumentada é necessário o acompanhamento de alimento rico em vitamina C, como por exemplo suco de laranja, o que poderia elevar a absorção para até 40%. Outro ponto a favor da combinação arroz e feijão é que eles contém aminoácidos diferentes.
Se perguntarmos para os brasileiros qual o prato que comem e não dispensam todos os dias, seja no almoço ou no jantar, grande parte dirá que é a combinação perfeita entre o arroz e feijão. O prato considerado o trivial básico da culinária tupiniquim, além de ser uma saborosa parceria, assegura um invejável arranjo de nutrientes.
Basta uma concha de feijão para meia escumadeira de arroz para que os resultados sejam sentidos. De acordo com Soraya, o arroz é pobre no aminoácido lisina, que é encontrado em abundância no feijão. Já o aminoácido metionina é pobre no feijão, mas tem de sobra no arroz. Além disso, a dupla também equilibra o índice glicêmico. “Enquanto o arroz sozinho, principalmente o polido, pode disparar as taxas de açúcar e insulina na circulação, o feijão tem o poder de conter esse efeito, o que mantém a glicose estabilizada. A mistura é, portanto, bem-vinda para manter a glicemia em níveis adequados e diminuir o risco do diabete”, explica Soraya. http://www.copacabanarunners.net/arroz-feijao.html
Feijão com arroz: a combinação perfeita
Um, dois, FEIJÃO COM ARROZ
Juntos, eles formam uma proteína que faz toda a diferença para a sua saúde. A dupla também ajuda a equilibrar os níveis de glicose no sangue e é aliada da saúde bucal.
por Regina Célia Pereira | design Glenda Capdeville | fotos Dercílio
Os grãos de arroz contêm metionina, e os feijões, lisina. Esses nomes esquisitos são pedacinhos de proteína ou, na linguagem dos especialistas, aminoácidos. Quando estão juntos, são muito mais eficientes na reparação de tecidos do organismo inteiro. Tal performance é rara de ver entre os vegetais. Geralmente são alimentos de origem animal, como as carnes, que apresentam esse perfil protéico, diz a cientista de alimentos Priscila Zaczuk Bassinello, da Embrapa Arroz e Feijão, que fica em Santo Antônio de Goiás. A dica é botar no prato uma concha de feijão para meia escumadeira de arroz. Essa é a proporção precisa, do ponto de vista químico.
A união também equilibra o índice glicêmico. Enquanto o arroz sozinho, principalmente o polido, pode disparar as taxas de açúcar e insulina na circulação, o feijão tem o poder de brecar esse efeito, o que mantém a glicose estabilizada. A mistura é, portanto, bem-vinda para manter a glicemia em níveis adequados e diminuir o risco do diabete. Sem falar que, por não mandar o açúcar às alturas de uma hora para outra, proporciona saciedade.
Outro fruto da parceria, e que talvez seja o mais inusitado, foi descoberto na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior de São Paulo, mais precisamente da Faculdade de Odontologia, que fica em Piracicaba, outra cidade paulista. Lá, cientistas dosaram a retenção de flúor no arroz e no feijão preparados em casa e observaram que eles seguram excelentes teores do mineral após o cozimento. Segundo o dentista Jaime Cury, líder da pesquisa, um bom prato de arroz e feijão aumenta a concentração da substância na saliva, o que diminui a desmineralização dos dentes e protege contra as cáries.http://saude.abril.com.br/edicoes/0294/nutricao/conteudo_290670.shtml
VALORES NUTRICIONAIS
Os aminoácidos que o feijão possui, o arroz não tem e vice-versa. Quando consumidos juntos, arroz + feijão se complementam harmônicamente e formam um "casal" com ótimo valor proteico no prato do brasileiro. Ambos fornecem os aminoácidos que auxiliam nosso corpo a formar suas próprias proteínas (músculos, pele, cabelos, unhas, ossos, cicatrização). A proporção ideal entre arroz e feijão é de 2 porções de arroz para 1 porção de feijão.
O feijão fornece fibras solúveis que modulam os níveis da glicose sanguínea, regularizam o hábito intestinal e colaboram na redução dos níveis de colesterol sanguíneo. Contém também Ferro "não heme", forma encontrada nas fontes vegetais e de menor absorção pelo nosso organismo. Entretanto, quando na mesma refeição são consumidos alimentos fontes de Vitamina C (laranja, kiwi, acerola, tomate, abacaxi, maracujá), o Ferro "não heme" tem sua absorção aumentada.
* ARROZ BRANCO COZIDO (Porção de 100 gramas)
Calorias = 124,69
Carboidratos = 25,47 gramas
Proteínas = 2,32 gramas
Gorduras = 1,18 gramas
Fibras = 0,49 gramas
* ARROZ INTEGRAL COZIDO (Porção de 100 gramas)
Calorias = 76,76
Carboidratos = 14,56 gramas
Proteínas = 1,50 gramas
Gorduras = 1,34 gramas
Fibras = 0,66 gramas
* FEIJÃO COZIDO 50% GRÃO/CALDO (Porção de 50 gramas)
Calorias = 30,5 gramas
Carboidratos = 4,15 gramas
Proteínas = 1,67 gramas
Gorduras = 0,80 gramas
Fibras: 2,10 gramas
Dica: Para minimizar a formação de gases intestinais (flatulência) provocada pelo feijão, recomenda-se deixar o grão de molho em água, de 6 a 8 horas, antes do cozimento. Nesse período, a água de remolho deve ser trocada mais de uma vez.
Alimentos refinados não têm farelo nem germe, o que significa que a maior parte da vitamina B, certos minerais e fibras foram retirados. Todos os grãos e cereais contêm principalmente carboidratos, mas geralmente os integrais têm de três a sete vezes mais fibras do que cereais refinados. Quando se come alimentos refinados, os carboidratos viram glicose rapidamente e entram na corrente sangüínea. No caso dos integrais, como têm a fibra intacta, os carboidratos demoram mais tempo para serem absorvidos. Isso ajuda a regular o nível de açúcar no sangue, aumenta a sensação de saciedade e adia a fome.
Texto de Marília Fernandes - Consultoria feita à matéria "Feijão com Arroz e identidade nacional" da Revista Bonifácio de Janeiro de 2005
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