Monte um cardápio que fortalece do coração aos rins
Mas outro ponto fundamental para o bom funcionamento do organismo é a alimentação. Existem nutrientes especiais para fortalecer o coração, o intestino e os rins, por exemplo. Incluir essa turma no cardápio faz todo o seu metabolismo render mais e, em consequência, a saúde como um todo sai ganhando. Com o auxílio de nutricionistas, o Minha Vida elaborou um cardápio com o que entra e o que sai do prato de quem quer deixar o corpo a todo vapor.
Coração
Dentro do prato: óleos de origem vegetal, como o de soja; peixes, como o salmão e vegetais verde-escuros, como a rúcula são ricos em ômega-3. "Esse ácido graxo ajuda não só a aumentar os níveis de colesterol bom (LDL) como ainda reduz o colesterol ruim (LDL), funcionando como um protetor cardíaco", afirma a nutricionista Cátia Medeiros, da clínica Atual Nutrição, em São Paulo. Outros alimentos bem-vindos são aqueles fonte de resveratrol, substância antioxidante presente na uva e que combate radicais livres, prevenindo a degeneração do coração. Não se esqueça de consumir leite e derivados, pois o cálcio atua no controle da frequência cardíaca. Mas prefira sempre versões com menos gordura ou desnatadas.Fora do prato: alimentos embutidos ou ricos em gordura animal, como salame, bacon, leite integral e queijos amarelos devem ficar de fora do prato de quem quer proteger o coração, pois eles aumentam o colesterol ruim, podendo entupir as artérias, afirma a nutricionista Daniela Cyrulin, da Nutri & Consult, em São Paulo. Além disso, a ingestão de sódio deve ser controlada para não favorecer o desenvolvimento da hipertensão. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia, quando o recomendado são apenas 6 gramas.
Intestino
Dentro do prato: "Em geral, todo alimento rico em fibras é benéfico para o intestino", afirma a nutricionista Daniela. Por isso, invista pesado em frutas com casca ou bagaço, grãos e cereais integrais. Não se esqueça ainda de associar a ingestão ao consumo de água, pois o bom funcionamento intestinal depende dessa combinação. Outra boa pedida são iogurtes com probióticos, que estimulam a produção de bactérias boas no órgão, podendo até aumentar a absorção de nutrientes pelo organismo.Fora do prato: são inimigos do bom funcionamento intestinal o álcool e a cafeína, além de alimentos excessivamente gordurosos, como fast-food; ricos em conservantes, como sucos de caixinha, ou ricos em açúcar, como refrigerantes. Eles prejudicam a ação de bactérias benéficas do intestino e favorecem a proliferação de micro-organismos que favorecem a prisão de ventre. No caso dos alimentos gordurosos, há o perigo de diarreia, que também evidencia um desequilíbrio do órgão.
Rins
Dentro do prato: um dos problemas renais mais comuns é a formação de cálculos e para preveni-los nada melhor do que vitamina K e ácido cítrico. "A vitamina está presente em vegetais de cor verde-escura, como os brócolis, o espinafre e a couve", afirma a nutricionista Cátia. O ácido cítrico, por sua vez, pode ser encontrado no limão, na laranja e na mexerica. Por fim, um nutriente antes considerado inimigo dos rins, provou ser benéfico, na verdade: o cálcio. Presente no leite e no queijo, ele também evita a formação de pedras nos rins.Fora do prato: "Um dos principais vilões dos rins é o sódio", diz a nutricionista Daniela. Isso porque ele favorece a formação de micro cristais que impedem a absorção de cálcio pelo organismo. Para se ter ideia dos prejuízos decorrentes do consumo excessivo, saiba que cerca de 80% dos cálculos são formados desse mineral fundamental para a saúde dos ossos. Recomenda-se evitar também a alta ingestão de carnes vermelhas. Algumas proteínas presentes no alimento facilitam o acúmulo de ácido úrico nas juntas e nos rins, podendo levar a crises de gota ou cólicas renais. Não se deixe enganar ainda pelo álcool, que passa a impressão de matar a sede, mas, na verdade, favorece a desidratação, o que aumenta o risco de formação de micro cristais.
Fígado
Dentro do prato: "Para reforçar as funções do fígado, aposte no enxofre", afirma a nutricionista Cátia. Ele pode ser encontrado no alho, na couve, no feijão e na lentilha. Alimentos desintoxicantes, como a rúcula, o almeirão, a beterraba e a cebola também favorecem o órgão. Consuma alimentos fontes de cisteína, como o feijão branco e o grão de bico. O aminoácido fortalece enzimas que ajudam a regenerar o fígado. Estudos apontam ainda que uma xícara de café por dia pode evitar doenças graves, como a cirrose e o câncer de fígado.Fora do prato: preparações gordurosas devem ficar de fora do prato de quem quer preservar o fígado, diz a nutricionista Daniela. Isso acontece porque eles obrigam o órgão a aumentar a produção de bílis para o seu processamento, fazendo com que, naturalmente, aumente de tamanho e inflame. O mesmo acontece quando consumimos bebidas gaseificadas ou alcoólicas.
Estômago
Dentro do prato: na lista dos alimentos que não agridem o estômago estão frutas como laranja lima, banana, goiaba, mamão e pera. "A banana, especialmente, fornece substâncias que atuam como um filme protetor, evitando a acidez", afirma a nutricionista Daniela. Lactobacilos, presentes no leite fermentado, também são bons aliados de quem sofre de gastrite, uma vez que eles ajudam a regenerar os tecidos afetados pela queimação. Para facilitar a digestão, os alimentos mais indicados são a ameixa, graças ao seu alto teor de fibras; o mamão, que tem enzimas que ajudam a quebrar principalmente as proteínas, e o gengibre, que atua na secreção gástrica.Fora do prato: quem sofre de gastrite já sabe o que evitar: alimentos ácidos, como o abacaxi; gordurosos, como as frituras e à base de cafeína, como alguns refrigerantes. Eles estimulam a produção de ácido pelo estômago, causando azia. Outros alimentos, como o tomate, o pepino e o pimentão também têm fama de causar má digestão. Neste caso, siga os seguintes truques para reduzir o risco: preparar um molho com o tomate e acrescentar azeite, consumir o pepino com casca e esquentar o pimentão no fogo e remover a casca antes do consumo.
Cérebro
Dentro do prato: "Quando o assunto é concentração e memória, o primeiro nutriente que vem à cabeça é o ômega-3", afirma a nutricionista Cátia Medeiros. É ele quem promove a comunicação entre as células nervosas. Por isso, salmão, sardinha, atum, linhaça e chia devem entrar no prato. A vitamina B1 também não pode faltar, pois sua deficiência pode levar a alterações nervosas, causando confusão mental. O cacau, rico em flavonoides, melhora o fluxo sanguíneo, auxiliando na prevenção de derrames. Para combater radicais livres, que podem favorecer o envelhecimento precoce, a profissional recomenda alimentos fontes de vitamina E, presentes em sementes, óleos vegetais e na gema do ovo. Complete o cardápio com cálcio, fundamental para transmissão nervosa e é encontrado em queijos e vegetais de cor verde-escura.Fora do prato: álcool, café e outros nutrientes estimulantes devem ser evitados. "Eles alteram o sono e as funções nervosas, podendo causar danos irreversíveis ao órgão", afirma. Alimentos ricos em açúcar refinado ou feitos à base de farinha branca também não são recomendados. Eles promovem a liberação de grandes quantidades de glicose no sangue, mas de curta duração, levando a um estado de fadiga.
Pâncreas
Dentro do prato: estudos mostram que o selênio, assim como as vitaminas C e E, podem ajudar a reduzir o risco de câncer de pâncreas em até dois terços. Para obter tais benefícios, inclua castanha do Pará, salmão, acerola, goiaba, agrião e nozes na dieta. Grãos integrais, frutas e vegetais também garantem seu bom funcionamento, de acordo com a nutricionista Cátia.Fora do prato: carnes processadas são um dos vilões do pâncreas. Seu consumo regular é conhecido pode levar ao desenvolvimento de um câncer. "Alimentos gordurosos e ricos em açúcar também devem ser deixados de lado", afirma a nutricionista Daniela. Além disso, o consumo exagerado de álcool pode levar à obstrução do ducto pancreático, desencadeando uma pancreatite aguda em longo prazo.
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