Quando
você pensa em comida típica brasileira, lembra logo de quê?
Provavelmente, do tradicional feijão com arroz. Só no ano passado, a
população do país consumiu 3,5 milhões de toneladas de feijão e 8,7
milhões de toneladas de arroz.
A receita remonta ao tempo dos índios, depois dos
escravos e permanece em alta até hoje. Do ponto de vista nutricional, a
combinação é completa e traz mais benefícios à saúde junta do que
separada. Isso porque, quando a pessoa consome uma leguminosa como o
feijão com um cereal, no caso o arroz, o organismo consegue fazer a
digestão de todas as vitaminas e proteínas vegetais.
O arroz é rico em uma proteína chamada lisina,
enquanto o feijão contém muita metionina. Segundo a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um prato de arroz com feijão garante
a absorção de mais de 80% dessas proteínas. Além disso, o arroz oferece
carboidratos, vitaminas e minerais, segundo o endocrinologista Alfredo
Halpern e a nutricionista Sônia Tucunduva.
Ministério da Saúde sugere o seguinte consumo: uma
parte de feijão para duas de arroz. Já a feijoada, com a inclusão de
embutidos como linguiça, joelho e outras partes do porco, torna o prato
pouco saudável.
Benefícios do arroz
- É rico em vitaminas do complexo B
- Reduz o colesterol ruim
- Tem menos de 1% de gordura
- Faz bem ao coração e a outros músculos
- Melhora a pele, o sistema nervoso e o aparelho digestivo
- Contribui para o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas
- É bom para os olhos
Benefícios do feijão
- É fonte de vitaminas B1, B2, B3 e B9
- É rico em proteínas e minerais (potássio, ferro, fósforo, cálcio, cobre, zinco e magnésio)
- Faz bem para o intestino
- Melhora o sistema nervoso
- Ajuda a crescer
Tipos de arroz
A dupla preferida dos brasileiros no dia a dia é o arroz polido,
popularmente conhecido como branco, e o feijão carioca, com tom marrom
claro e grãos menores.
O arroz branco perde vitaminas e minerais depois de
descascado. Já o parboilizado, quando ainda está na casca, passa por um
processo, sem agentes químicos, em que é imerso em água aquecida sob
pressão e exposto ao vapor e à secagem. Desse procedimento, resulta um
grão com mais nutrientes em relação ao arroz polido.
O arroz integral, por sua vez, não passa pela etapa
de polimento, apenas a casca é retirada. Daí vem sua coloração mais
escura, o gosto mais acentuado e a textura mais dura após o cozimento. O
arroz integral é mais nutritivo que o tradicional, porque retém grande
parte dos nutrientes que são eliminados no processo de polimento.
O arroz preto, cultivado na China há mais de 4 mil
anos, é o mais rico em compostos benéficos à saúde, pois tem poder
antioxidante, que previne o envelhecimento precoce. Contém 20% mais
proteína e 30% mais fibra em relação ao arroz integral. Também tem menos
gorduras e calorias.
Tipos de feijão
O feijão comum fornece, em cada 100 g, cerca de 350 calorias e
até 24 gramas de proteínas. Diversas formas são cultivadas no mundo, mas
poucos povos souberam tirar tanto proveito desse alimento como o
brasileiro. A iguaria está presente na culinária de todos os estados,
principalmente com o arroz, mas também com carnes, na forma de feijoada,
sopas, caldos, baião de dois, acarajé, feijão tropeiro, dobradinha,
salada, guisado, ensopado e tutu à mineira.
Feijão é o nome genérico para um grande grupo de
plantas da família das leguminosas (Fabaceae), que tem como
característica marcante a ocorrência do fruto do tipo legume, também
conhecido como vagem. Nenhum feijão é melhor que outro e todos contêm
ferro em proporções muito parecidas.
O feijão carioca é rico em proteína, zinco, ferro e
cálcio, entre outros minerais. Tem esse nome porque suas listras lembram
o calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro.
O feijão branco tem grãos grandes e, em sua
composição, apresenta amido resistente, ideal para queimar gorduras. Já o
preto ajuda a controlar o colesterol e a hipertensão arterial. É
bastante consumido na Região Sul, no Espírito Santo e no Rio.
O feijão de corda, também conhecido como feijão-caupi
ou fradinho, é fonte de proteína e energia, razão pela qual faz parte
da dieta alimentar da população de muitos países subdesenvolvidos. O
Brasil está entre os maiores produtores e consumidores mundiais.
Dicas
1 - Coma arroz e feijão diariamente: Não há problema
em consumi-lo no almoço e no jantar, mas preste atenção ao tamanho da
porção. A fibra do arroz e a do feijão reduzem o risco de doenças
cardiovasculares, diabetes, hipertensão e obesidade, além de contribuir
para um melhor funcionamento do intestino.
2 - Não precisa lavar o arroz antes do cozimento:
Esse trabalho é dispensável, já que o alimento será cozido. Também é
importante lembrar que o arroz não é um prato principal, mas um
complemento.
3 - Deixe o feijão de molho: Antes de prepará-lo,
deixe-o de molho para reduzir o tempo de cozimento e os compostos
(taninos, fitatos e oligossacarídeos) que diminuem a capacidade de
digestão de certos alimentos e causam gases intestinais. Jogue a água do
feijão fora e lave-o novamente.
4 - Para os fãs de feijoada, substitua a carne de
porco pela carne seca magra: Dessa forma, você vai evitar o excesso de
gordura do alimento, sem perder o sabor.
Fonte: G1.com.br
Criado em: 04-07-2012 -
Alterado/Corrigido em: 10-07-2012
As informações contidas no site MORELLINUTRICAO possuem apenas caráter educativo.
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