Casal precisa se adaptar à chegada do primeiro filho
Bebê causa mudanças na rotina que podem levar a problemas no relacionamento
Que o relacionamento do casal muda após o nascimento do filho, é óbvio. Mas será que tem que ser tão complicado como mostrado na peça e como tenho visto com um grande número de mulheres que conheço?
Alexandra Richter e Marcelo Valle capricham na interpretação do texto de Lícia Manzo. Interpretam um casal como tantos que conhecemos: se conhecem, casam e, um dia, descobrem que serão pais. A notícia cai como uma bomba. Na vida real é bem assim: a descoberta da gravidez traz sentimentos contraditórios.
Não se pode perder de vista, que, além do bebê, homem e mulher também precisam de cuidados. Precisam cuidar um do outro!
Na peça, o grande problema do casal após o nascimento do filho é a vida sexual, que fica em segundo plano. A mulher vive de camisola, com um coque horroroso na cabeça e uma fralda de pano suja pendurada no ombro. E, claro, morta de cansada por conta das demandas do bebê e da casa. O homem sai para trabalhar e quando volta quer a mulher, mas só encontra a mãe. "Como pode? Onde está a mulher que casei?", ele se questiona. Por conseguinte, o homem começa a ficar mais na rua, sair com amigos e ter atitudes infantis enquanto a mulher espera que ele seja mais maduro e participativo, assumindo o seu papel de pai.
O que vou escrever é meio clichê, mas é exatamente o que pode salvar a relação: diálogo, diálogo e mais diálogo entre o casal. Cada um expor os seus sentimentos, sem um jogar as culpas pelos problemas no outro, é fundamental. É preciso que um se coloque no lugar do outro. Ser empático faz uma boa diferença. Só percebendo os sentimentos de cada um, as suas necessidades e obrigações advindas dessa nova realidade, que será possível buscar uma solução.
Empurrar os problemas com a barriga não leva a nada, aliás, pode levar à separação do casal. O momento é difícil para os dois. Para a mulher, principalmente, devido à sobrecarga física e emocional. É natural que o homem fique em segundo plano, por conta das necessidades do bebê, e se sinta abandonado. Por isso, não se pode perder de vista, que, além do bebê, homem e mulher também precisam de cuidados. Precisam cuidar um do outro!
Aos poucos, esta fase difícil vai ficando para trás. É um momento difícil, mas, se bem conduzido pelo casal, não se transforma em uma vida inteira. E é possível torná-la mais fácil e, por que não, com sexo. Havendo amor e vontade de ficar junto, vale à pena investir no homem e na mulher que já foram um dia e deixar surgir naturalmente o pai e a mãe, que agora habitarão, também, a vida de cada um de vocês.
Resumindo: uma coisa é ser pai e mãe, outra é ser marido e mulher. Um papel não pode impedir ou anular o outro. Por mais trabalho que dê integrar essas duas coisas de forma harmônica, esse é um objetivo que deve ser seguido com determinação, coragem e, sobretudo, cumplicidade. O filho agradece, o pai agradece e a mulher agradece!
Obrigada pela leitura deste artigo. Meu objetivo como mãe, psicóloga e uma pessoa apaixonada pela maternidade é trazer reflexões que levem pessoas a vivências mais felizes. Até a próxima quinzena!
10 dicas para não estragar seu relacionamento
Evitar pequenas agressões pode contribuir para o futuro da relação
1. Evite guardar a sua opinião com relação às atitudes de seu parceiro que lhe incomodam, pois o que inicialmente parece pequeno um dia poderá ser o estopim de uma grande guerra. Por exemplo, se você se incomoda com a toalha molhada sobre a cama, converse com ele a primeira vez que isso acontecer e exponha claramente porque isso lhe incomoda. Caso você for empurrando com a barriga , pode ser que um dia a gota d´agua para a separação seja justamente a tolha molhada que insiste em repousar sobre a cama.
2. Evite guardar mágoas e ressentimentos do seu parceiro ou parceira quando ele (ou ela) lhe falar algo que você considere ofensivo. Procure livrar-se desse sentimento antes que ele seja capaz de transformar o amor em ódio. Há duas técnicas que lhe permitem evitar o acúmulo de raiva. A primeira: respire fundo e simplesmente deixe o sentimento ir embora - aceite seu parceiro como ele é, incluindo as falhas, pois ninguém é perfeito (nem você). A segunda: fale com seu parceiro (a) sobre isso e procurem uma solução que agrade ambos (e não só você). Tente falar sem confrontar e sim de um jeito que expresse como você se sente sem ser acusatório. De repente você pode descobrir que a intenção não era lhe ofender.
3. Por mais difícil que possa parecer, procure controlar o seu ciúme e o excesso de desconfiança. O ciúme é um veneno letal para a maioria das relações. Um pequeno ciúme leve e ponderado chega ser sadio para a relação, mas quando chega a necessidade de controlar o seu parceiro (a), ele se transforma em brigas que deixam ambos infelizes. Se você tem problemas com ciúmes, e chega ao ponto de parar a sua vida para perseguir o outro, é importante que você reconheça que a raiz desse problema é a sua insegurança, que pode estar ligada a sua infância, ou a algum relacionamento anterior em que você se feriu. Portanto, é necessário que você procure o auxilio de um profissional para compartilhar as suas inseguranças e frustrações e não mais dar vazão a elas em seu relacionamento.
4. Evite idealizar e colocar excessivas expectativas no ser amado. Freqüentemente no início da relação nós esperamos que nossos parceiros nos coloquem em primeiro lugar em tudo, que nos surpreendam, nos suportem, que sejam sempre sorridentes e etc. Sem perceber, nós criamos expectativas muito altas e não nos damos conta que o nosso parceiro não é perfeito, como ninguém é. Não podemos esperar que eles (ou elas) sejam carinhosos e amorosos a cada minuto de cada dia, pois todos têm períodos difíceis na vida. Não podemos esperar que eles sempre pensem na gente, já que eles obviamente vão também pensar neles ou em outros alguma hora. Não podemos esperar que eles sejam exatamente como nós somos, já que cada um é cada um. Expectativas muito altas levam a desapontamento e frustração, especialmente se não comunicamos ao outro essa expectativa. Como podemos esperar que nosso parceiro atinja essas expectativas se eles nem sabem sobre elas? O remédio é baixar nossa ansiedade, deixar nossos parceiros serem eles mesmos, e aceitá-los e amá-los por isso.
5. Evite criar um abismo entre o casal. Esse não é um problema só de que tem filhos, mas também de outros casais que trabalham excessivamente, viajam constantemente e não abrem de suas atividades de prazer. Infelizmente, casais que não passam algum tempo sozinhos acabam criando um distanciamento entre si. Embora passar tempo junto quando você está com filhos, amigos ou família seja bom, é importante também passar algum tempo juntos e sozinhos. Se está difícil achar esse tempo, sugiro que reservem horário um para o outro no decorrer do dia e levem a sério o combinado, pois se você não desmarca o dentista ou a aula de ginástica, porque desmarcar o horário com a pessoa que você ama? E quando vocês estiverem juntos, façam um esforço para se conectarem, se divertirem e se curtirem, exatamente como vocês faziam no início do relacionamento e não apenas estejam juntos por obrigação.
6. Evitar o diálogo. Esse pecado agrava todos os itens da lista, pois a boa comunicação é fundamental para um bom relacionamento. Se você tem ressentimento, você deve conversar sobre isso em vez de deixar o ressentimento crescer. Se você é ciumento, você deve abrir o jogo, ser honesto e expor sua insegurança. Se você tem expectativas, deve dizê-las ao seu parceiro. Se existem problemas, vocês devem reconhecê-los e trabalhar para solucioná-los. Comunicação não quer dizer apenas falar, discutir a relação ou brigar. Comunicação quer dizer revelar os seus sentimentos (frustração, desculpa, medo, tristeza, alegria) sem medo de demonstrar fraqueza. Para o diálogo entre o casal ficar mais interessante, comunique também o quanto você é feliz ao lado dele (ou dela), o quanto ainda o (a) ama e o quanto vocês são felizes.
7. A falta de reconhecimento também é um grande exterminador de relacionados e geralmente, ele vem aliado à falta de diálogo. A frieza de sentimentos pode ser compreendida como uma falta de gratidão e apreciação de tudo o que o seu parceiro (ou parceira) faz para você. Toda pessoa (até você) quer ser reconhecida e elogiada pelo que faz. Ele lava os pratos ou cozinha algo que você gosta? Ela lhe ajuda, dá suporte ou compreende o seu trabalho? Ao invés de reclamar que a cozinha está uma bagunça, ou que é obrigação dela compreender a sua profissão, tire um tempo para dizer obrigado, dar um beijo e um abraço. Essa pequena atitude poderá fazer com que a pessoa se sinta realmente amada por você e importante na sua vida.
8. Falta de afeto e de troca de carinho. Nesse item, não estamos falando somente de sexo, mas também dele. Estudos comprovam que para a mulher receber atenção do marido e ser acariciada por funcionam como preliminares para a relação sexual. Afeto é importante, faz bem e todo mundo precisa de um pouco dele, especialmente vindo de quem amamos. Tire um tempo, todo santo dia, para dar atenção ao seu parceiro; dê um beijo quando ele ou ela chegar em casa do trabalho, diga-lhe Bom Dia e Boa Noite, chegue por trás e dê um beijo no pescoço, massageie suas costas enquanto ele vê TV e o que mais a criatividade de vocês permitir.
9. Teimosia. Todo relacionamento terá problemas e discussões - mas é importante que você aprenda a resolvê-los depois de baixar a guarda um pouco. Infelizmente, muitos de nós são tão teimosos a ponto de não reconhecer a sua própria teimosia. Evite querer estar sempre certo (ou certa) e colocar todos os erros sobre o seu parceiro. Para evitar que a sua teimosia destrua o seu namoro ou casamento, procure flexibilizar a sua opinião e desenvolva o hábito de pedir desculpas quando você está errado (a) e realmente a culpa é sua. Lembre-se que o orgulho não leva a nada e conforme já disse, não há porque temer parecer ser fraco diante da pessoa que te ama. Certamente, ela irá lhe ajudar a corrigir o seu erro ao invés de te rejeitar por isso.
10. A rotina e o comodismo. Resolvi deixar para o final os maiores assassinos de relacionamento. Depois de muito tempo juntos, o homem pensa que não é mais necessário mandar flores inesperadas para a esposa, convidá-la para jantar em uma noite qualquer e ela também pensa que já não são mais necessárias lingeries novas, beijos de bom dia, conversas durante o jantar... Enfim, ambos pensam que não é mais necessário agir de forma conquistadora e de repente lá estão dois acomodados deixando a relação ser conduzida pelo piloto automático das obrigações cotidianas.
Milena Lhano é terapeuta floral, grafóloga e iridóloga. Para mais informações, entre em contato: (11) 2028-0500 / lhano@uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário