Levantamento divulgado pela Sociedade Americana do Câncer diz que um terço das mortes por câncer são relacionadas à obesidade. Considerada uma epidemia mundial, a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo.
A obesidade está ligada ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Publicação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, diz que a redução dos níveis de obesidade no país pode evitar 19% dos casos da doença. “A obesidade é a grande epidemia do século XXI. A população brasileira infelizmente está seguindo a tendência internacional e está a cada dia mais gorda. Precisamos nos unir para combater a Obesidade, pois ela é fator de risco para o câncer e outras doenças, como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares”, destaca o especialista em cirurgia da obesidade, Dr. Roberto Rizzi.
De acordo com o Inca, a prática de atividade física e uma alimentação saudável podem reduzir em 63% os tumores de boca, faringe e laringe. O controle da obesidade pode fazer com que o câncer de mama tenha sua incidência reduzida em 30%. “Temos que repensar nossa alimentação, pois ela pode ser fator de
proteção ou aumentar os riscos de desenvolvimento do câncer. Precisamos aumentar o consumo de frutas, fibras, verduras, legumes e peixes e deixar de lado alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas, como refrigerantes e alimentos industrializados”, diz Dr. Rizzi.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a obesidade já atinge mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 3,5 milhões de pessoas estão em estado de obesidade mórbida, ou seja, estão com pelo menos 40 quilos acima do peso corporal ideal.
Por conta do crescimento da obesidade, o Brasil tem registrado um aumento no número de cirurgias bariátricas, popularmente conhecida como redução do estômago, que é indicado no
tratamento da obesidade mórbida. No ano de 2009 o Brasil realizou 30 mil cirurgias, um crescimento de 500% nos últimos 10 anos.
A diminuição do tamanho do estômago para perda de peso é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 40kg/m² em pessoas com idade superior a 18 anos, seja homem ou mulher. O procedimento pode ser recomendado, ainda, se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40kg/m² e o paciente em questão tiver diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnia de disco ou outras doenças associadas à obesidade. “A cirurgia bariátrica é a última opção para o paciente que já tentou, sem sucesso, reduzir peso por métodos
tradicionais. O padrão de qualidade da cirurgia é muito alto no Brasil, temos excelentes equipes e a taxa de mortalidade é muito baixa”, ressalta Dr. Rizzi.
A obesidade interfere de forma diferente em homens e mulheres no desenvolvimento do câncer. Segundo relatório Saúde Brasil, desenvolvido pelo Ministério da saúde, a obesidade responde por:
No sexo feminino
• 29% dos casos de câncer no útero.
• 26% dos casos de câncer de esôfago.
• 16% dos casos de câncer de rim.
• 14% dos casos de câncer de pâncreas.
• 14% dos casos de câncer de mama.
• 1% dos casos de câncer de colorretal (intestino grosso).
No sexo masculino
• 25% dos casos de câncer de pâncreas
• 20% dos casos de câncer de esôfago
• 10% dos casos de câncer de rim
• 8% dos casos de câncer de colorretal
O consumo de alimentos com variedade,
qualidade e quantidade adequadas é um dos principais fatores na prevenção do câncer. Por isso, o setor de Nutrição e Dietética do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, preparou uma lista com alguns alimentos que auxiliam na prevenção contra a doença (veja tabela abaixo).
Algumas substâncias como o Ômega 3, encontrado em peixes, e os polifenóis, presentes na maça, diminuem a formação de compostos inflamatórios, o envelhecimento celular e, consequentemente, a proliferação de células tumorais. Já as fibras solúveis, presentes em alimentos como brócolis, couve manteiga e couve-flor, inibem a formação tumoral, diminuindo a possibilidade de mutações genéticas.
Os hábitos diários também podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer. O sedentarismo, por exemplo, é um fator negativo para as pessoas que buscam qualidade de vida. A prática de atividade física diminui a resistência à insulina, tornando menor o risco de câncer colorretal, por exemplo. A
obesidade também merece atenção. A ingestão alimentar excessiva leva a um aumento de peso, que causa regulação prejudicada da glicemia e hiperinsulinemia e, como consequencia, aumenta o risco do surgimento de tumor no pâncreas, fígado e rins. Outro efeito da obesidade em longo prazo é a Diabetes, que está relacionada com o desenvolvimento de câncer de fígado, endométrio, cervical e mamário.
Na contramão deste consumo
saudável, há os alimentos que potencializam o desenvolvimento de um câncer e que devem ser evitados ou, então, consumidos com moderação, já que são ricos em gordura saturada. Bons exemplos são os de origem animal (carne vermelha, leite integral e derivados e bacon), que podem causar inflamação e alteração dos níveis de hormônios no sangue. A inflamação e o excesso de açúcar no sangue levam à intoxicação das células, o que favorece o desenvolvimento de tumores.
“Não podemos reduzir os alimentos a duas grandes listas: ‘heróis’ e ‘vilões’ da alimentação. Os principais erros em nossos hábitos alimentares não estão relacionados, exclusivamente, a ‘o quê’ comemos, mas também ao ‘quanto’ e ‘com que frequência’ nós consumimos alguns alimentos”, esclarece Suzana Camacho Lima, gerente de
Nutrição do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Confira alguns alimentos que possuem propriedades funcionais que contribuem na prevenção do câncer:
http://www.melhoramiga.com.br/2011/03/cardapio-contra-o-cancer/
Dentre os cânceres, o de mama é o principal vilão das
mulheres. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que ele é responsável por 22% dos casos na população brasileira. No Brasil, o último levantamento realizado em 2008 aponta que mais de 11 mil mulheres sucumbiram à doença. A prevenção, de acordo com o mastologista do departamento de Mastologia do Hospital Amaral Carvalho, João Ricardo Auler Paloschi, começa pela boca e se constitui, principalmente, em cultivar bons hábitos de saúde.
Apesar de só perder para o câncer de pele em incidência, a neoplasia nas mamas é a que ainda mais mata. Para 2011, a projeção do Inca é de quase 50 mil novos casos em todo país. Além da alta frequência, o câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres: é capaz de deixar marca não só no corpo, mas na mente. Os efeitos psicológicos podem afetar percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal, principalmente quando o diagnóstico se faz de forma tardia, seja pela falta da prevenção ou pelo medo, que muitas vezes faz a
mulher esconder alguma anormalidade perceptível até não suportar mais. Esses problemas podem ser mínimos se a mulher se valorizar e fizer seus exames de rotina, o que pode permitir o diagnóstico em fase simples para se tratar e se alcançar a cura.
Relativamente raro antes dos 35 anos de idade, o câncer de mama incide sobre pessoas acima desta faixa de forma que a idade maior represente maiores probabilidades de se desenvolver a doença.. Entre outros fatores de risco está o histórico familiar, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (
mãe ou irmã) forem acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a menos de 10% do total de casos de cânceres de mama. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o câncer de mama..
Sintomas
Para o diagnóstico do câncer de mama, não se pode esperar pela ocorrência de sintomas para buscar auxílio médico. A prevenção deve ser realizada para que seja possível surpreender algo ainda impalpável nas mamas ou muito pequeno. Quanto menor a doença, melhores as condições de
tratamento e cura. Nódulo, acompanhado ou não de dor mamária, é um dos sintomas.
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila ou ferimentos mamilares que não cicatrizam. A consulta com um mastologista deve ser sempre realizada quando for percebido algo que traga dúvida sobre a saúde das mamas, independente do que seja.
Prevenção
A mamografia é hoje e ainda será por muitos e muitos anos o melhor método de imagem para avaliar a saúde mamária, sendo considerada o “Padrão Ouro” para o fim a que se destina. Há ainda vários outros métodos complementares, como a ultrassonografia mamária, a termografia, a ressonância nuclear magnética e a tomossíntese, entre outros.
“Mas não podemos esquecer, entretanto, que os exames de imagem sozinhos não oferecem um diagnóstico e sim uma impressão diagnóstica, que dever ser confrontada com informações clínicas e de exame físico entre outras. Os estudos de imagem não são perfeitos e devem ser interpretados pelo médico-assistente. É possível ter exames de imagem normais ou com aspecto benigno e estarmos diante de um caso de câncer de mama, assim como termos imagens suspeitas e a investigação descartar essa doença”, diz dr. João Ricardo.
O auto-exame também pode ajudar a perceber se existe alguma alteração. No entanto, o diagnóstico mais preciso e precoce só se dá com mamografia.
O poder do verde
Alguns estudos apontam várias formas de prevenir-se contra a doença. Ainda que sempre difundida (e nem sempre seguida), a mais famosa delas é manter uma vida regrada e saudável.. Garantir a qualidade de vida pode ajudar a prevenir, além de inúmeras doenças, o câncer de mama. Dr. João Ricardo afirma que é possível agir a fim de reduzir os fatores de risco mutáveis.. “Dietas saudáveis, ricas em frutas, legumes e verduras e pobres em gorduras animais parecem proteger em algum grau do risco de desenvolver o câncer de mama.”
Ainda segundo o mastologista, atividade física regular também traria seus benefícios, assim como a redução da ingestão de álcool. “Livrar-se do tabagismo, evitar e reduzir a obesidade também são benefícios claros quanto à redução dos riscos. Não podemos esquecer ainda que a amamentação, além de trazer benefícios enormes para a criança, pode também reduzir os riscos para a mãe que amamenta. Para encerrar, o uso de anticoncepcional e a terapia de reposição hormonal devem ser realizadas sempre com o acompanhamento médico rigoroso”.
A auto-medicação hormonal deve mesmo receber atenção redobrada. Segundo Dr. João Ricardo, a terapia de reposição traria consequências para o aumento do risco do câncer de mama, não sendo motivos para não usá-la quando necessária. Porém, a indicação deve seguir critérios precisos e controles rigorosos com o médico que o indicou, podendo também ser acompanhada pelo mastologista, o que pode trazer mais tranquilidade e conforto à paciente e ao médico assistente.
Algumas atitudes simples podem ajudar a prevenir doenças. O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, elaborou algumas dicas importantes que podem auxiliar a prevenir o surgimento da doença.
Atitudes simples de serem incorporadas ao dia-a-dia são fundamentais para prevenir o câncer, que atualmente é a segunda maior causa de morte entre a população.
O primeiro, e uma das principais recomendações, é não fumar. O tabagismo é responsável por 30% das mortes de pacientes oncológicos e um ponto desencadeante de diversas outras doenças. Outro fator importante é não consumir bebidas alcoólicas em excesso, pois o álcool potencializa significativamente os efeitos do tabaco.
“Evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas já vai ajudar, e muito, na manutenção da saúde das pessoas, já que ambos estão associados ao aparecimento de inúmeros tipos de tumores”, diz Gilberto de Castro Jr., oncologista do Icesp.
Confira abaixo os 10 principais passos para prevenir o câncer.
1. Não fume. Mesmo uma pequena quantidade de tabaco pode fazer um grande estrago.
2. Não abuse de bebidas alcoólicas, principalmente se estiver violando a regra número um.
3. Mantenha hábitos de sexo seguro. Use camisinha. O contato com alguns vírus transmitidos por via sexual, como o papiloma vírus humano e o HIV podem desencadear no surgimento de alguns tipos de câncer.
4. O sexo seguro é caminho, ainda, para evitar os vírus da hepatite B (para a qual há vacina) e da hepatite C, ambos com potencial para levar ao câncer de fígado.
5. Evite o consumo excessivo de açúcares, de gorduras, de carne vermelha, de porco e das processadas. Invista em uma dieta saudável, rica em verduras, legumes e frutas.
6. Na mesma linha da dieta saudável, vale reforçar a importância de evitar o consumo de alimentos com muito sódio e conservantes, como é o caso dos enlatados, embutidos e fast foods em geral.
7. Cuidado com o sol. Use filtro solar diariamente e evite a exposição entre 10h e 16h. Na praia ou na piscina, lance mão, também, de barreiras físicas, como chapéu, camiseta e guarda-sol.
8. Pratique atividades físicas todos os dias. Recomendação de que o exercício tenha duração mínima de 30 minutos.
9. Mantenha-se atento à sua saúde. Procure assistência especializada caso note qualquer anormalidade em seu corpo.
10. Faça um check-up anual e realize todos os exames de diagnóstico precoce (screening) indicados pelo seu médico. Esta também é uma atitude fundamental.
Uma pesquisa recente do IBGE alarmou o Brasil sobre o aumento do índice de
obesidade infantil, calculando que em 20 anos, os casos mais do que quadruplicaram, considerando a nível epidêmico.
A má
qualidade na alimentação dessas crianças não se resume apenas ao fácil acesso aos alimentos industrializados, mas também no excesso de comida como um todo. Comer em grande quantidade e beliscar sempre não pode ser justificado pela fase de crescimento.
A nutricionista do Colégio Itatiaia Marcela Shimamoto explica que o bom ou mau hábito alimentar na infância pode refletir na vida adulta e por isso requer
cuidados. “A infância é um momento propício para a aquisição de comportamentos, incluídos aqueles relativos à alimentação”, afirma.
Na lancheira do seu filho sempre tem uma barra de cereal e um
suco à base de soja? Muito bom! Só não esqueça que esses alimentos não deixam de ser industrializados. “Algumas substâncias são resultados de estudos e desenvolvidas em laboratórios, mas não se sabe ao certo quais seriam as conseqüências da ingestão no organismo humano em longo prazo”, alerta Marcela.
Como gosto não se discute, é natural que cada criança tenha preferência e rejeição a determinados tipos de alimentos. A nutricionista afirma que as crianças ficam mais exigentes à medida que crescem e começam a escolher. “Enquanto esta fase não chega, é a oportunidade de oferecer todo tipo de alimento saudável e a possibilidade de experimentar mais de uma vez”.
Normalmente as pessoas não utilizam as partes não convencionais (talos e cascas) dos alimentos. Estas sobras podem ser aproveitadas para preparar pratos deliciosos, além de reduzir o lixo orgânico. É importante que as crianças percebam que há muito mais por trás de uma reeducação alimentar.
Um bom exemplo pode educar mais do que uma ordem. Alimentar-se de forma correta – tanto quantidade, quanto horários – refletirá na saúde dos filhos e na longevidade dos pais.
Estresse, um dos vilões do aumento do peso corporal, assim como a má alimentação e o sedentarismo.
O Dia Nacional de Combate ao Estresse – 23 de setembro-, serve de alerta para a população que vive correndo contra o relógio, seja por conta de inúmeras reuniões, tarefas, metas a serem cumpridas no ambiente de trabalho, ou pelo excesso de compromissos e atividades na vida pessoal. “Em uma rotina marcada pelo estresse, dificilmente a pessoa realiza refeições balanceadas exatamente pela suposta falta de tempo, sendo normalmente privilegiada a escolha de um cardápio em que há excesso de alimentos de preparo rápido como os industrializados, ou aqueles que possuem muita gordura, açúcar, cafeína e calorias”, afirma Camila Cavichioli, nutricionista da Clínica Dr. José Bento. Esta preferência por refeições rápidas e de baixo conteúdo nutricional além contribuir para o sobrepeso, pode também estar associada a quadros de compulsão, incrementando o ganho de peso corpóreo. Uma alimentação inadequada, com desbalanço na composição nutricional, pode também determinar a ingestão de nutrientes essenciais em quantidades bem abaixo das recomendadas, provocando sintomas como fraqueza, desânimo e dificuldade de concentração, presentes também em quadros de estresse.
O Brasil apresentou um aumento dos índices de sobrepeso e obesidade da população, de acordo com a pesquisa VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônicos), realizada pelo Ministério da Saúde. A pesquisa revela que entre 2006 e 2010 os índices de sobrepeso das mulheres adultas aumentaram 5,8%, passando de 38,5% para 44,3%. Já entre os homens, o aumento foi de 4,9% no mesmo período, passando de 47,2% para 52,1%. Além disso, as taxas de obesidade também cresceram, sendo que atualmente, 15% da população é considerada obesa.
Uma alimentação equilibrada deve incluir os nutrientes de diversas fontes e de forma balanceada, nas quantidades adequadas, entretanto, a pesquisa Vigitel demonstra que mais da metade da população adulta, 56,4%, prefere consumir o leite integral ao invés das versões desnatadas e semi desnatadas, 34,2% comem carnes com excessos de gordura e 28,1% bebem refrigerantes regularmente (cinco vezes na semana). “O que se tem notado é que a população também apresenta um déficit de ingestão de frutas e hortaliças, alimentos fonte de vitaminas e minerais. Este padrão alimentar pode trazer prejuízos a longo prazo, pois além do aumento do peso corporal, a pessoa apresenta mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, respiratórias e diabetes”, comenta a nutricionista Camila.
Quando não há a ingestão regular das necessidades diárias de vitaminas e minerais, é importante incrementar a dieta com um suplemento alimentar (Supradyn® Ativa, da Bayer HealthCare). Essa medida visa manter o aporte ideal de nutrientes essenciais, e, consequentemente, garantir o bom funcionamento do organismo.
Se exercícios físicos e hábitos alimentares mais
saudáveis não reduzirem as medidas, existe a possibilidade da cirurgia de redução de estomago ou a técnica não-cirurgica com balão intragástrico.
Pesquisa levantada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a obesidade faz parte da lista dos dez principais problemas de saúde pública, e já atinge 400 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a situação é alarmante, pois de acordo com as últimas estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de pessoas acima do
peso já representa mais da metade da população.
De acordo com o diretor do Centro Nacional – Cirurgia Plástica, Arnaldo Korn, boa parte dos perigos vem de doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo dois e colesterol elevado. “Pessoas com excesso de peso são mais suscetíveis a esses tipos de doenças. No geral esses males comprometem a saúde, por exemplo, o coração fica mais vulnerável devido ao entupimento das coronárias. Além disso, diferentes tipos de câncer estão relacionados ao sobrepeso”, destaca.
O aumento no peso da população brasileira se dá justamente pelo hábito das pessoas, como mudanças no padrão alimentar e falta de exercícios físicos. “Atualmente, fica mais fácil resolver problemas rotineiros, como pagar contas ir ao mercado sem sair de casa. Tarefas que de uma forma ou de outra fazem com que o corpo seja movimentado. Contudo, podemos analisar a falta de tempo e trabalho excessivo, isso também demonstra alta no sedentarismo e maior obesidade”, fala Korn.
A primeira iniciativa para baixar o ponteiro da balança, é fazendo exercícios físicos e melhorando a alimentação, mas, se todos os recursos foram explorados pelo paciente e os resultados não forem positivos, especialistas indicam a cirurgia bariátrica, que é o nome dado à intervenção realizada no aparelho digestivo, o qual reduz o tamanho do estômago, ou a técnica do balão intragástrico, que é um
tratamento não cirúrgico, onde é introduzida uma bolsa esférica e lisa de silicone macio via endoscopia.
O procedimento para introdução do balão intragástrico é realizado em ambiente hospitalar, onde o paciente é submetido a uma sedação anestésica. Através da endoscopia, coloca-se a bolsa no estomago. O processo dura em média vinte minutos, não necessitando em geral, que o paciente durma no hospital. Nesse caso, nos primeiros dias é recomendada dieta líquida, para adaptação, depois pastosa e logo retorna a alimentação normal, porém, em menor quantidade.
Korn destaca que a idade e o Índice de Massa Corpórea (IMC) também são fatores importantes para a indicação dos procedimentos. No Brasil, a cirurgia de redução de estomago é realizada apenas em pessoas com mais de 16 anos e IMC maior que 40 kg/m2, já o balão intragástrico é feito em pacientes com mais de 15 anos, que estejam com no mínimo 15 a 20 kg/m2 acima do peso.
Esses dois mecanismos de ação levam à redução do volume de alimentos ingeridos e a consequente perda de peso, porém, eles não são sinônimos de emagrecimento instantâneo ou permanente. “É importante que o paciente se conscientize e mude seus hábitos, fazendo exercício físico diariamente, respeitando todas as indicações passadas pelo médio no pós-operatório. Isso garantirá o sucesso dos processos e o paciente terá sua
autoestima de volta e estará longe das doenças causadas pela obesidade.”, aconselha ele.
Os valores médios dos procedimentos podem variar de R$ 22 mil à R$ 10 mil, dependendo do processo escolhido. Nesse caso, para auxiliar no pagamento dos procedimentos, o paciente pode optar pelo financiamento da cirurgia, no Centro Nacional – Cirurgia Plástica, que conta com muitos cirurgiões especializados.
Mais informações acessem www.plasticaparcelada.com.br.
Uma pesquisa realizada no Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) em parceria com o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) constatou que praticar exercícios regularmente protege os neurônios do coração de seu processo natural de envelhecimento. Além disso, pesquisadores observaram que esses mesmos neurônios mudam de tamanho à medida que a idade aumenta.
O trabalho é de autoria de Eliane Florencio Gama, pós-doutoranda do Laboratório de Anatomia Funcional Aplicada à Clínica e à Cirurgia do Departamento de Anatomia do ICB. Orientada pelo biólogo Edson Aparecido Liberti, a fisioterapeuta trabalhou com ratos de três meses de idade durante dez meses, fazendo-os correr em esteiras cinco vezes por semana, por uma hora. “Geralmente esse tipo de pesquisa dura cerca de três meses, que é um tempo razoável para que o tecido sofra alteração por causa de algum estímulo. Mas nós preferimos fazer um trabalho a longo prazo para saber os seus efeitos durante o período de uma vida toda”, explica Eliane. Os ratos utilizados na pesquisa vivem em torno de dois anos.
“A velocidade a que submetíamos os ratos é algo semelhante a uma corrida para um ser humano”, descreve. A pesquisadora explica que procurou saber quanto o exercício físico podia atrasar os efeitos do envelhecimento e se a perda de neurônios do plexo cardíaco (região acima dos átrios do coração) poderia ser retardada. Relata o
Portal da Educação Física.Partindo de uma dissertação de mestrado sobre envelhecimento de neurônios cardíacos em ratos, feita em 1999 no próprio ICB, Eliane e Liberti já sabiam que ratos que envelhecem de forma natural, sem praticar exercícios físicos constantemente perderiam cerca de 70% dos neurônios do coração. Porém, ao analisar o plexo cardíaco dos animais que correram na esteira, percebeu-se que a perda de neurônios na região não aconteceu. “Estatisticamente, essa perda não foi significante. Isso já é um ganho, uma vez que um dos problemas do envelhecimento são as perdas”, diz Eliane.
Alteração física
Além dessa conclusão, Eliane conta que o tamanho dos neurônios do plexo cardíaco dos ratos também era diferente, levando em consideração a prática de exercícios. Os animais que não praticaram atividade física apresentaram neurônios maiores. “Quando se tem uma perda tecidual como essa, a tendência é que o corpo ocupe os espaços dos tecidos perdidos aumentando o tamanho dos neurônios que ainda estão ativos.”
No caso dos ratos praticantes de exercícios, em que não houve perda significativa de neurônios no plexo cardíaco, havia uma grande quantidade de neurônios menores. “O que sabemos é que os neurônios menores têm maior excitabilidade, ou seja, respondem melhor diante de um estímulo em relação aos maiores.”
Essa diferença é importante no equilíbrio da atividade cardíaca. “Se uma pessoa precisa, por exemplo, correr atrás de um ônibus e não tem o hábito de praticar atividades físicas, ela ficará mais cansada por muito mais tempo, mesmo estando em repouso logo depois de correr. Isso é explicado porque os neurônios cardíacos dessa pessoa são maiores e demoram mais tempo para responder às ordens do sistema nervoso central que dizem que o coração já pode diminuir a frequência cardíaca. Quando a mesma situação acontece com uma pessoa habituada a fazer exercícios, os estímulos do sistema nervoso central são recebidos por neurônios menores, que respondem rapidamente e normalizam os batimentos cardíacos.”
A pesquisadora atenta para uma vida mais saudável. “O envelhecimento é natural. Ter rugas, perder músculos, ter ossos mais frágeis é uma realidade. Mas ainda assim, todos queremos ter nossa independência e funcionalidade sem depender de ninguém. E a estratégia para isso é o exercício físico.” A pesquisa feita no ICB teve a colaboração do professor Romeu Rodrigues de Souza, ex-professor do Departamento de Anatomia do ICB e de Wilson Jacob Filho e José Maria Santarém, do departamento de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Uma pesquisa recente da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, tem tudo a ver com sexo. Você sabia que quem só faz atividade física de vez em quando – incluindo aí o sexo – tem o dobro de risco de sofrer um ataque do coração?
Pois é, mas o sedentarismo não é o único vilão que pode prejudicar a sua saúde – e a sua libido. Vinhozinho, jantar romântico…. Clima perfeito para a noite acabar muito bem, certo? Errado! Um jantarzão, com entrada, prato principal, sobremesa, alimentos ricos em carboidratos, como pães e massas, podem ser grandes vilões para a libido dos casais.
“A gente tem amigos que são habitués e eles falam ‘olha, a última vez que eu estive no seu restaurante, comi demais e realmente complicou a segunda etapa do meu programa’”, revela o chef de cozinha Salvatore Colonese. “De vez em quando até eu esqueço: ‘Ih, agora já era, me excedi na primeira etapa’”, admite.
Será verdade que muito carboidrato pode prejudicar a performance sexual? A nutricionista Danielle Toledo confirma: “Tem muita verdade nisso, na verdade não só comer muito carboidrato, como comer muito qualquer alimento pode prejudicar a performance sexual, que é uma performance atlética. É um exercício, assim como qualquer atividade física”.
Os remédios contra calvície têm muita fama, mas estudos apontam que apenas 1,8% dos pacientes que usam finasterida têm perda da libido. Mesmo assim, a dermatologista
Leandra Metsavaht confirma: “É uma coisa que ainda assusta os homens: ‘E se eu estiver naquele 1%?
E os anticoncepcionais? Será que cortam a onda da mulher? “Alguns anticoncepcionais são antiandrogênicos, são usados para adolescentes que tem acne”, afirma o terapeuta sexual Amaury Mendes Júnior.
Antiandrogênico significa que o anticoncepcional inibe a produção de testosterona, principal hormônio sexual masculino. “A pele fica muito bonita realmente, mas a libido pode diminuir bastante”, alerta o terapeuta.
Está meio assustado? Então, uma boa notícia: fazer sexo regularmente pode ajudar a manter seu coração saudável. “Quem faz atividade física ou sexual regularmente, ou seja, mais frequentemente, tem menor risco de ter um infarto, porque o coração está mais condicionado, ele tem uma maior tolerância ao esforço físico”, explica o cardiologista Marco Antônio Mattos.
E, no restaurante, será que a noite dos casais vai ter esticadinha? Vamos ouvir a voz da experiência. Roberto e Ani, 46 anos de casamento.
“Dizem que a diferença entre o veneno e o remédio é a dose. Então, se você maneirar a dose, você faz bem as suas coisas”, conta o advogado Roberto Nunes.
A atividade física costuma ser prescrita por médicos para auxiliar no tratamento de enfermidades como doenças do coração, colesterol elevado e até diabetes. Mas, um estudo americano acaba de expandir a lista de benefícios e mostra que os exercícios também são capazes de combater a depressão. Relata o
Portal da Educação Física.
A pesquisa foi coordenada por um grupo de psiquiatras da Universidade da Carolina do Norte, que avaliaram pacientes clinicamente diagnosticados com a doença. Nesse grupo, havia os que praticavam exercícios aeróbios regularmente, os que usavam medicação antidepressiva e os que combinavam remédios e atividades físicas.
Constatou-se que o índice de depressão melhorou em cerca de 90% na turma que apenas praticou exercícios aeróbios. Já aqueles submetidos a medicamentos tiveram uma redução de 55% na incidência da doença, e o terceiro grupo (medicação e exercícios) teve uma melhora de 60%. Os especialistas salientam, então, que praticar atividades físicas até três vezes por semana é a maneira mais eficaz de manter a saúde mental em ordem.
Muitas vezes nos matriculamos em academias de ginástica ou em programas de exercícios físicos regulares como grupos de corrida e não somos bem sucedidos em finalizar nossos planejamentos e atingir nossas metas, sejam elas estéticas ou voltadas ao desempenho atlético. Por diversas vezes ouvi a seguinte afirmação ser enfaticamente repetida: “Quero treinar todos os dias, porque estou animado(a) e espero atingir resultados rápidos”. E a frase enfática, quase pragmática acaba se tornando seis dias na semana, depois cinco, quatro, decresce ainda mais e no final, desânimo e decepção. Tal fato ocorre porque muitas vezes, tanto os profissionais da área de educação física quanto seus alunos acabam não respeitando um conceito fundamental chamado aderência. Noticia
Proximus.
O conceito de “aderência ao exercício” implica em ajustar de maneira inteligente a rotina do aluno a seus afazeres diários, somados à facilidades como horário, estacionamento, trânsito, alimentação pré e pós-exercício, família, trabalho e por aí vai. Por fim, temos muitas vezes um desanimado aluno (e também um desanimado professor) que acabaram não levando em consideração um detalhe fundamental que muitas vezes não se aprende de maneira técnica. Seres humanos fazem parte de redes sociais complexas e precisam conciliá-las a fim de maximizar uma determinada tarefa. Pense nisso na próxima vez em que for organizar um plano de treinamento com seu professor/aluno. Leve em consideração todas as questões técnicas desejáveis como a intensidade do treino, o volume e a modalidade. Mas não se esqueça de considerar variáveis que tecnicamente são consideradas desprezíveis, porém, podem fazer toda a diferença quando o assunto é manter-se saudável, feliz e principalmente, por longo tempo em uma determinada prática esportiva.
Pessoas que praticam exercícios regularmente por prazer são menos propensas a ter sintomas de depressão e ansiedade, segundo um estudo norueguês com 40.000 pessoas. Pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do Kings College de Londres se uniram aos acadêmicos do Instituto Norueguês de Saúde Pública e da Universidade de Bergen, na Noruega, para conduzir a pesquisa.
Apesar disso, o estudo sugere que a atividade física que faz parte da jornada de trabalho não tem o mesmo efeito. A informação foi publicada no site da “BBC News”.
Os pesquisadores escreveram no “British Journal of Psychiatry” que isso acontece provavelmente porque não há o mesmo nível de interação social.
Eles informaram que os níveis mais altos de interação social durante o tempo de lazer colaboram para a relação entre exercício e saúde mental.
Os participantes foram questionados sobre a frequência e o grau das atividades físicas que eles praticavam durante o horário de lazer e na jornada de trabalho, publicou o
Portal da Educaçã Física.
Os cientistas também mediram o nível de depressão e ansiedade dos pacientes, utilizando uma escala padrão –Hospital Anxiety and Depression Scale.
As pessoas menos ativas durante o tempo de lazer tinham quase duas vezes mais chance de ter sintomas de depressão comparadas aos indivíduos mais ativos, segundo o estudo.
No entanto, a intensidade do exercício não parece fazer qualquer diferença.
Segundo o líder do estudo Samuel Harvey, do Instituto de Psiquiatria, “o estudo mostra que as pessoas que participam de atividades de lazer regularmente, de qualquer intensidade, são menos propensas a ter sintomas de depressão”.
“Nós também descobrimos que o contexto no qual a atividade ocorre é vital. Os benefícios sociais associados ao exercício, como aumento do número de amigos e de apoio social, são mais importantes na compreensão de como o exercício pode ser relacionado à saúde mental do que qualquer melhoria dos marcadores biológicos de aptidão.”
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